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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Parlamentares e epidemiologistas criticam Conmebol no Brasil

Foto: Lucas Figueiredo / CBF

O anúncio feito pela Conmebol na manhã desta segunda-feira (31) de que a Copa América seria realizada no Brasil gerou críticas de parlamentares, autoridades e epidemiologistas. Eles alertam os riscos de um torneio deste porte com o país registrando mais de 450 mil mortos e na iminência de uma terceira onda da pandemia . 

A princípio, o torneio seria realizado na Argentina, mas o aumento de casos de Covid-19 obrigou a entidade a suspender os jogos. Hoje, a Argentina ultrapassa a marca de 76 mil mortos.  Antes a Colômbia tinha renunciado ao posto de sede pelo menos motivo, a pandemia.

Pela tarde está previsa uma reunião da Casa Civil para falar sobre os estados-sede.

No twitter, parlamentares fizeram críticas à realização no evento no Brasil e ao governo. 

Baleia Rossi, Deputado federal e presidente nacional do MDB, declarou "Sou corintiano e adoro futebol, mas não tem cabimento o governo do Brasil aceitar realizar a Copa América neste momento. Estamos à beira de uma terceira onda na pandemia."

Marcelo Freixo, deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro e líder do Bloco da Minoria na Câmara, afirmou: "A Argentina recusou a Copa América por causa do agravamento da pandemia. Lá, a média móvel de mortes nos últimos sete dias foi de 470 pessoas... Aqui, é de 1.844. QUATRO VEZES MAIOR. Esse é o retrato de um governo assassino."

A Copa América de 2021 está prevista para ser disputada entre 11 de junho a 10 de julho. A seleção brasileira realiza o primeiro jogo em 14 de junho contra a Venezuela. O Brasil já foi sede e campeão da última edição do evento em 2019. No ano passado, o torneio foi suspenso devido à pandemia. 

Fonte: Congresso em Foco

Com Potiguar Notícias


As festas de junho

 As festas do mês de junho são uma tradição antiga. Já nos tempos da Roma tinha um mês  consagrado a Juno, havia grandes festejos que eram chamados “Junonias”, em homenagem à deusa. O cristianismo encontrou pois esta tradição e as festas dos santos católicos por coincidência de época, se identificaram com o que já havia. A igreja passou a comemorar condignamente os seus santos, embora os vestígios das cerimônias pagãs continuassem. Na Europa, sendo junho o mês em que aparece o verão, o povo se alegra pelo advento do calor e o mês é em si mesmo festivo. Na antiga Paris dos tempos da monarquia a 24 de junho armava-se uma árvore nas praças dos bairros e era o rei em pessoa que vinha com a sua corte atear fogo à árvore armada na praça de Notre Dame.

Queimada a árvore, os parisienses em meio a brincadeiras, disputavam o carvão da mesma, que diziam trazer boa sorte.

A tradição portuguesa dá lugar especialmente importante aos santos deste mês: Antônio, João e Pedro. No Brasil deitaram raízes as tradições trazidas por nossos avôs embora hoje bastante diluídas. Em fins do século passado porém, quando o comércio no Brasil estava praticamente todo em mãos portuguesas, não havia loja que não tivesse a protegê-la um Santo Antônio, grande, pequeno, bonito ou feio com ou sem resplendor porém indispensável.

Começava-se naquela época a 1º de junho. juntamente com as trezenas os preparativos para a festa, as moças cortando papel de seda enrolando arames, encrespando pétalas, armando as flores que iriam ornamentar a imagem do Santo, sendo os lírios brancos os mais usados. A época era de fartura e no dia 13 era servido generosamente o bom vinho do Porto, do qual se molhava uma fatia de pão-de-ló torrado. Para garantir a continuação da fartura, para que não faltasse nunca alimento nos lares daqueles que eram devotos de Santo Antônio distribuía-se entre eles pãezinhos bentos.

Até  hoje são lembradas diversas quadrinhas de origem lusa, feitas em homenagem ao Santo festejado no dia 13 entre as quais uma das mais conhecida é:

Santo Antônio de Lisboa

Feito de pinho de lei

Santo Antônio me perdoa

Os beijos que ainda não dei.

Das festas juninas são parte inseparável a fogueira, os doces e as quadrinhas. Sobre a origem da fogueira variam opiniões: há quem afirme do mês de junho e há quem lhe atribua origem cristã, ligada ao nascimento de São João, cuja mãe fora visitada algum tempo antes pela Virgem Maria, que lhe pedira que quando a criança viesse ao mundo acendesse uma fogueira diante da casa para que todos soubessem do fato.

São João é também santo muito querido dos portugueses e brasileiros, sendo que no Porto seu dia é feriado.

Duas noites há no ano,

Que alegram o coração

É a noite de Natal

E a noite de São João.

A parte da devoção dedicada ao santo, há inúmeras crendices ligadas aos festejos entre as quais a de que as árvores estéreis sendo surradas ao amanhecer do dia de São João frutificam, as verrugas desaparecem passando sobre elas o primeiro ramo que se encontrar ao clarear do dia de São João, morrerá no correr do ano, quem à meia-noite de 23 para 24, olhando-se na água de uma bacia, vir refletida somente a metade de sua imagem.

Na Ilha da Madeira, na noite de São João, seus devotos costumam botar embaixo da cama um prato com terra, outro com um cordão de ouro e outro com água. Antes de amanhecer tocam com a mão sem olhar, num dos pratos se for o que tem terra, a morte o espreita, se for no cordão de ouro terá riqueza, na água fará uma longa viagem.

Em matéria de casamentos, Santo Antônio, é o mais invocado pelas moças solteiras, mas em Portugal também São João tem a fama de casamenteiro, como prova esta quadrinha muito recitada nas aldeias:

O meu rico São João

Casai-me que bom sabeis

O casar é aos quatorze

Eu já tenho dezesseis.

Com São Pedro é que se pegavam as viúvas que desejam casar-se de novo, na Bahia, sobretudo grandes fogueiras são queimadas em sua homenagem.

Entre as tradições que se perderam havia uma que dizia poder-se fazer perguntas a São Pedro, em seu dia pois ele achava maneira de respondê-las, predizendo o que futuro traria. Benzia-se um copo d’água na fogueira e ia-se com ele para detrás da porta, dizendo: Pedro, Pedro, Pedro (bater com o pé direito três vezes no chão) a Cristo três vezes negaste e logo te  arrependeste. Numa laje de pedra te meteste, lágrimas de sangue choraste. Ouviste uma voz na praia da Galiléia dizer: Pedro, Pedro, Pedro! (bater com o pé direito no chão três vezes) toma as chaves do céu, estás perdoado. Assim como estas palavras foram certas e verdadeiras, mostrai-me por boca de inocente ou pecador grande ou pequeno muito claramente o que peço, (Neste ponto se faz a pergunta), reza-se um Padre Nosso em intenção ao santo e bebe-se um copo d’água, tendo o cuidado de reter o último gole na boca. Antes que a água aqueça sucede algo que pode ser tomado como resposta. Sendo São Pedro protetor dos pescadores, suas festas costumam ser praieiras, sobretudo no Norte e Nordeste e praias de Portugal. Pescador que se preza neste dia não vai ao mar. No Brasil, onde haja violeiros, eles se juntam em torno dos barcos, enfeitados com bandeirolas e cantam:

São Pedro é homem velho

Homem de muito juízo

Por isso o Senhor o fez

Chaveiro do Paraíso.

(“As festas de junho”. O Jornal. Rio de Janeiro, 20 de junho de 1965)

Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Livro responde campanha que difama a Guerrilha do Araguaia

O jornalista Osvaldo Bertolino é autor de diversas biografias, entre elas a de Maurício Grabois, um dos comandantes da Guerrilha do Araguaia.

O jornalista e escritor Osvaldo Bertolino está lançando o livro “Guerrilha do Araguaia – verdades, fatos e verdades”. O livro mostra como a Guerrilha do Araguaia tem raízes profundas no processo histórico do país.

O jornalista e escritor Osvaldo Bertolino está lançando o livro “Guerrilha do Araguaia – verdades, fatos e verdades”, pela editora Apparte, com polêmicas e argumentos no contexto do avanço de versões sobre o tema com viés de direita na forma de livros, teses acadêmicas e espaços na mídia. A obra, resultado de uma ampla pesquisa sobre a teoria do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que organizou a Guerrilha, responde a uma escalada de versões no âmbito externo ao ideal que formou os guerrilheiros e mergulha na análise da história que resultou no regime de 1964 e no seu enfrentamento.

O autor prospecta a origem da formação histórica das correntes filosóficas e ideológicas que levaram às conflagrações mundiais nos séculos XIX e XX e expõe, como uma reportagem da história, a conjunção de fatores que levou à condensação de dois veios no Brasil, em consonância com os avanços e retrocessos que marcaram esse período histórico. Percorre essa evolução constatando como o processo social e histórico ergueu patamares de superação dos estágios primitivos do capitalismo e gerou o conflito com o desenvolvimento do ideal socialista.

Embrenhando-se nessa seara com espírito crítico, o livro, escrito com leveza e contundência argumentativa, demonstra que o conflito no Araguaia reproduziu essas ideologias que se enfrentam desde a Comuna de Paris, passando pela Revolução Russa e a Segunda Guerra Mundial, chegando às guerras posteriores, tendo como vértice a “Doutrina Truman” e a Guerra Fria. Tudo isso convergiu para os combates entre a Guerrilha do Araguaia e a ditadura militar, segundo a obra. E relata como esse debate perpassou os estágios seguintes da luta política, chegando aos dias atuais.

De acordo com o autor, as versões que surgiram recentemente, assim como outras mais antigas com o mesmo teor e com menos propagação, ignoram essas premissas históricas, filosóficas e ideológicas. Para combatê-las, argumenta na forma de confrontação de dados e informações, numa primeira parte, e, em seguida, recorre à formulação teórica da história do Partido Comunista do Brasil para demonstrar como a Guerrilha do Araguaia tem raízes profundas no processo histórico do país. Ou, como diz o autor, uma reportagem sobre a história dos embates entre campos radicalmente opostos sobretudo ao longo do século XX.

Sobre o autor:
O jornalista Osvaldo Bertolino é autor de diversas biografias, entre elas a de Maurício Grabois, um dos comandantes da Guerrilha do Araguaia

Osvaldo Bertolino é jornalista, historiador e escritor, nasceu em 1962, em Maringá, Noroeste do estado do Paraná. Foi diretor de imprensa do Sindicato dos Metroviário de São Paulo, trabalhou como editor de economia de portais de notícias (Vermelho Grabois (da Fundação Maurício Grabois), foi assessor de imprensa na Câmara dos Vereadores de São Paulo, na Central Única dos Trabalhadores (CUT) e na Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Escreveu os livros Testamento de luta — a vida de Carlos Danielli (2002), Maurício Grabois — uma vida combates (1ª edição em 2004 e 2ª edição em 2012), Pedro Pomar — ideias e batalhas (2013), Amar e mudas as coisas – trinta anos da UJS (2014), Vital Nolasco – vale a pena lutar (2016), Aurélio Peres – vida, fé e luta (2018), todos pela editora Anita Garibaldi; e Da CUT à CTB – a evolução do movimento sindical desde a década de 1970 (Apparte, 2021).


Título: Guerrilha do Araguaia – verdades, fatos e histórias
Editora: Apparte
Autor: Osvaldo Bertolino
ISBN: 978-65-991512-7-9
Edição: 1ª
Páginas: 416
Idioma: Português
Peso: 600g
Formato: 21cm x 14cm x 2cm
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Sinopse:
A Guerrilha do Araguaia faz parte das marcas populares gravadas na história do Brasil de forma indelével. Mas, como convém aos que analisam os acontecimentos históricos à luz dos interesses ideológicos dominantes, a resistência à ditadura militar organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) é majoritariamente apresentada como fato passageiro — um mero choque entre grupos extremados à esquerda e à direita, deflagrado pelos primeiros com a opção da luta armada.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA