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quinta-feira, 20 de maio de 2021

Articulação indígena recorre ao STF para frear ataque de garimpeiros contra Yanomamis


Sonia Guajajara, uma das lideranças que está denunciando os ataques impunes que estão ocorrendo contra povos indígenas - Mídia Ninja

AArticulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) protocolou nesta quarta-feira (19) uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para que seja determinado ao governo federal a adoção imediata de medidas de proteção às comunidades da Terra Indígena Yanomami

Publicado originalmente no Brasil de Fato

Segundo a organização, a medida visa evitar novos massacres contra vidas indígenas. A solicitação pede a retirada imediata dos invasores de sete Terras Indígenas (TI), em especial da TI Yanomami, em Roraima, e da TI Munduruku, no Pará, para garantir o direito à vida e a integridade física dos povos ameaçados nesses locais. 

::Funai diz que presta segurança a Yanomamis sob ataque do garimpo; indígenas desmentem::

Em coletiva de imprensa, a coordenação da Apib, juntamente com a deputada federal Joenia Wapichana (REDE-RR) e lideranças Yanomami e Munduruku, a entidade se pronunciou sobre as medidas de proteção aos povos e denunciou a escalada da violência nas terras indígenas.

Assista à coletiva e ao pronunciamento da Apib.

Segundo o documento, a escalada de violência, degradação ambiental e surtos de doenças em decorrência da exploração de minérios em territórios indígenas têm provocado uma série de violações de direitos fundamentais dos povos originários. 

Na Terra Indígena Yanomami, por exemplo, os ataques a tiros e as intimidações se tornaram parte da rotina. “É um cenário desolador com crime organizado, mortes de crianças, surtos de malária, Covid-19, contaminação dos rios, insegurança alimentar e falta de assistência médica. Como se não bastasse tudo isso, a violência é cada vez mais intensa, o que nos leva a temer a possibilidade iminente de um novo massacre”, alerta a coordenadora executiva da Apib, Sonia Guajajara. 

Desde a primeira semana de maio, quando começou uma ofensiva na comunidade yanomami Palimiu, a Hutukara Associação Yanomami (HAY) busca providências por parte do poder público

::Após ataque a bomba de garimpeiros, Yanomamis enviam 4º pedido de socorro ao Exército::

A situação foi relatada em quatro ofícios destinado à Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami da Fundação Nacional do Índio (Funai), à superintendência da Polícia Federal em Roraima (PF/RR), à 1ª Brigada de Infantaria da Selva do Exército (1ª BIS) e ao Ministério Público Federal em Roraima (MPF/RR). Nada mudou até agora.

O pronunciamento sobre a situação do garimpo em terras indígenas apresentou dados sobre a violência, doenças como malária e covid-19, contaminação por mercúrio e desmatamento. 

“Nós temos invasores em mais terras indígenas, é uma realidade vivida por muitos povos, só que em sete terras em especial, há problemas e conflitos desde muito antes da pandemia, e que a gente já alertava ao STF e demais autoridades brasileiras, de que a questão da pandemia poderia agravar ainda mais o cenário caótico vivenciado. São elas: Terra Indígena Araribóia, T.I. Karipuna, T.I. Kayapó, T.I. Munduruku, T.I. Trincheira Bacajá, T.I. Uru-Eu-Wau-Wau e T.I. Yanomami”, detalhou.

A Apib também relembra a reincidente recusa da União em cumprir com determinações do STF: “Da data da propositura da ação, em 1º de julho de 2020, até março deste ano, o desmatamento e as invasões nas Terras Indígenas cresceram assustadoramente. Neste período, a União não foi capaz de apresentar um plano ou indicar quais medidas concretas realizará para conter e isolar invasores. A União se limita a descrever as funções dos entes que poderão ser envolvidos e a propor monitoramentos satelitais que poderiam ter sido entregues na primeira semana em que a ADPF foi proposta”.

Segundo a entidade, “é urgente a mobilização estatal, de forças de segurança, e mecanismos de seguridade social para as populações das terras nomeadas na proposta. A delicada situação de ataques e agressões vem acompanhada de insegurança alimentar, exposição a doenças agravadas pela pandemia de covid-19, e falta de assistência médica. 

“Esperamos muito que o Supremo de fato possa trazer essa garantia de socorro para o povo Yanomami e demais povos sob ataque”, finalizou Sonia Guajajara. 

Veja também: Após ataque a bomba de garimpeiros, Yanomamis enviam 4º pedido de socorro ao Exército

Fonte: JORNALISTAS LIVRES

MINHA PRIMA ARTISTA (artigo) - Por Portal BRASIL CULTURA

Este ano descobri que tenho uma prima artista plástica, a qual nem sabia da existência.

Neta de Honorato José, um dos irmãos dos meus bisavôs mineiros José e Francisco Pereira da Silva.

Sandra Maria Pereira, com o nome artístico de Sandra Marchandeau já pintou mais de 10 mil telas. A maioria do patrimônio histórico e cultural das cidades históricas de Minas Gerais.

Sandra pintou ruas, casarios e igrejas de Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Congonhas, São João del Rei, Diamantina, Serro, Pouso Alegre, Poços de Caldas, Ouro Branco, São Sebastião da Bela Vista, Silvianópolis, Santa Rita do Sapucaí, Campanha, Paraisópolis, Belo Horizonte e Careaçu: a cidade deste belo quadro de lembranças da sua infância. Imagem saudosa com carro de boi e as hortências em frente à casa de suas tias solteiras Janilde e Zilda.

Sandra alerta “que essa tela foi pintada de memória de como era a cidade de Careaçu na década de 40.”

Neste 2021, Sandra está morando em Silvianópolis, terra onde nasceu minha avó materna Maria Pereira da Silva, esposa de seu primo e meu avô Honorato Pereira da Silva.

E claro, ela está pintando! Pinta desde 1967.

Sandra tem um modo bem particular de criação. Primeiro vai aos locais, fotografa (agora com celular), vai para casa, estuda o motivo do quadro, depois volta para o local, com cavalete, tubos de tintas, avental e chapéu.

Sandra vira espetáculo!

Sim, pois ela pinta ali mesmo na rua, diante dos monumentos históricos e culturais mineiros. Não raro, as pessoas param para contemplá-la no trabalho artístico. Outros puxam conversa, interrompendo o processo criativo. “Eu até gosto de conversar com as pessoas, explicar o que estou fazendo e porquê”, diz ela.

Mas nem sempre foi assim, não!

A esposa de um juiz de uma dessas cidades, já quis expulsá-la da calçada em frente a casa da dita cuja. A mulher ameaçou chamar a polícia. Sandra saiu dali, perdeu o ângulo, e foi para o outro lado da rua, na outra calçada.

Em outras vezes, aparecem jornalistas, equipe de televisão, que fazem reportagens pelo inusitado do fato: uma artista pintando na rua a perpetuação do patrimônio.

Para finalizar, tenho dito:

Corre nas minhas veias o sangue doce dos desbravadores mineiros e dos imigrantes polacos e é por isso que sou Polaqueiro – metade polaco/metade mineiro, com muito orgulho e amor por ambas minhas origens.

Ulisses Iarochinski - Escritor/Jornalista