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domingo, 12 de setembro de 2021

Nova diretoria da Associação dos Docentes toma posse - Por Luziária Machado -

Foi empossada neste sábado, 11 de setembro, a nova diretoria da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern) para os biênio 2021-2023. O professor Raimundo Nonato Vale Neto substitui a professora Patrícia Barra na presidência da entidade representativa dos servidores docentes da Uern.

Em seu discurso de despedida, a professora Patrícia Barra fez uma prestação de contas de sua gestão e agradeceu aos membros da diretoria da Associação. Ela também agradeceu às diretorias que antecederam, aos associados e funcionários da Aduern, filhos e familiares pelo apoio. Patrícia Barra também prestou sua homenagem aos colegas docentes e membros da comunidade acadêmica que foram vítimas da Covid-19, destacando o professor Luiz di Souza, o professor aposentado Felipe Caetano, ex-diretor da Aduern, e o contador da Aduern, Ivo Ribeiro. “Trazemos a lembrança de todas e de todos os bravos lutadores que tombaram na luta contra a pandemia, especialmente entre os aposentados onde as perdas foram mais significativas, expressando nosso respeito e nossa solidariedade às famílias e amigos que enfrentaram a solitária dor da perda de seus entes queridos”.

O professor Neto Vale falou sobre o cenário político nacional e destacou as priodades de sua gestão à frente da Associação, como a valorização dos servidores docentes, ativos e aposentados. defesa da universidade pública e luta pela autonomia financeira e patrimonial da Uern.  “A união de todos e o respeito à autonomia sindical pode ser o caminho de novas vitórias e conquistas”, afirmou o novo presidente da Aduern.

A reitora eleita da Uern, professora Cicília Maia, participou virtualmente da solenidade, que foi realizada de forma híbrida. Ela agradeceu à diretoria que se despedia, parabenizou a nova diretoria e convocou a entidade para caminhar lado a lado pelo fortalecimento da Universidade.

“Hoje um novo momento se inicia na Aduern. Parabenizamos a diretoria ora empossada e desejamos pleno êxito à nova gestão, ao mesmo tempo almejamos que a Aduern, gestão da Uern representada por sua reitora, Sintauern, DCE e as instituições estaduais possam trabalhar de forma alinhada para o fortalecimento e defesa da Uern como uma Universidade pública, gratuita, socialmente referenciada, inclusiva e includente, e com autonomia de gestão financeira”, afirmou Cicília Maia, em mensagem direcionada à Aduern.

Na oportunidade, além da posse da nova diretoria, foi lançada a revista comemorativa dos 41 anos da Associação, comemorados neste 11 de setembro.

Confira a nova diretoria da Aduern:

Raimundo Nonato do Vale Neto – Presidente
Francisco Ramos Neves – vice-presidente
Emanuela Rutila Monteiro Chaves – Secretária
Michel de Lucena Costa – Secretário adjunto
Antonio Gautier Farias Falconieri – Tesoureiro
Nilson Roberto Barros da Silva – Tesoureiro adjunto
Silvana Maria Santiago – diretora de esporte cultura e lazer
Marta Jussara Frutuoso da Silva – diretora adjunta de esporte cultura e lazer
Francisca Otília Neta – diretora do setor de aposentados
Elza Helena da Silva Costa Barbosa – diretora adjunta do setor de aposentados

Fonte: http://portal.uern.br

Centenário de Paulo Freire será comemorado com muita música, personalidades nacionais e internacionais

 

O centenário do educador pernambucano Paulo Freire, que em 19 de setembro de 2021 completaria 100 anos, será comemorado virtualmente com muita alegria e cultura popular. Uma dezena de instituições do movimento educacional brasileiro e internacional promovem, nos dias 19 e 20 de setembro, o 100º Aniversário de Paulo Freire em evento virtual. A live será composta de ato político, pedagógico e cultural, com a apresentação do cantor pernambucano Alceu Valença, às 18h do dia 19.

Dentre as instituições promotoras do evento virtual, estão a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), a IEAL (Internacional da Educação para a América Latina), a Red Estrado (Rede de Estudos Latino Americano sobre o Trabalho Docente), o CEAAL (Conselho de Educação Popular da América Latina e do Caribe) e as entidades que compõem o FNPE (Fórum Nacional Popular de Educação).

Mas a programação é extensa e contará, também, com o cantor e compositor Silvério Pessoa, com o Cavouco Trio (Paula Bujes, Pedro Huff e Antônio Barreto - UFPE), o Bloco Flor da Lira de Olinda, a Quadrilha Junina Origem Nordestina, o Maracatu Estrela Brilhante do Recife e a cordelista Mariane Bigio. O evento será transmitido nos canais do Youtube da CNTE, da UFPE e da IEAL.

Além da programação cultural, o dia 19 de setembro, denominado "Ato Político, Cultural e Pedagógico Paulo Freire", contará com a presença de lideranças educacionais e sindicais do Brasil e do mundo. O ato político também transmitirá a inauguração da escultura de Paulo Freire em Buenos Aires, na Argentina. Também falarão por meio de vídeos gravados o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva; o secretário Geral da Internacional da Educação, David Edwards e a professora Nita Freire, viúva do educador Paulo Freire.

Em outro bloco de breves intervenções, também darão seu recado os escritores Leonardo Boff, Mário Sérgio Cortella e a ex-prefeita de São Paulo e deputada federal Luiza Erundina. Em comum, todos conviveram e tiveram suas obras influenciadas por Paulo Freire, sendo que o educador foi Secretário de Educação na gestão de Erundina.

O evento será intercalado com as intervenções políticas e atrações culturais. Falarão, também, os ex-ministros da Educação Cristovam Buarque e Aloizio Mercadante.

Plenária Mundial Popular de Educação

No dia 20 de setembro, a celebração do Centenário de Paulo Freire se dedicará a ouvir as várias vozes do Continente Americano, Europa e África que estudam e praticam o pensamento freireano. A live do dia 20 terá, em sua abertura, a Aula Magna do semestre letivo da UFPE, proferida pelo reitor Alfredo Gomes e pelo vice-reitor Moacyr Araújo.

Logo após, entidades do movimento sindical e social coordenam um bloco audiovisual apresentando as contribuições de Paulo Freire para o movimento sindical da educação e pedagógico latinoamericano. Serão apresentadas as influências de Paulo Freire na pesquisa, na ação e nos saberes das juventudes, no ensino, na cultura e nas ciências.

A importância de Paulo Freire para os movimentos sociais no mundo também será tema de debates, com a presença de educadores e educadoras do Brasil, Argentina, Chile, Cuba, Estados Unidos, Portugal, Espanha, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde, todos compartihando experiências da educação freriana. Bem como, depoimentos de gestores públicos e parlamentares tratando das contribuições de Paulo Freire para as políticas educacionais.

Fonte: https://www.cnte.org.br

“Um amigo que você nem imagina”: Ivan Cabral traz a amizade imaginária para o seu novo livro

 


O chargista Potiguar Ivan Cabral lança a sua segunda obra infantojuvenil assinando, também, a ilustração e a diagramação do material intitulado “Um amigo que você nem imagina”. O livro que fala sobre a amizade de dois personagens será apresentado ao público, às 19h30 da próxima terça-feira (14), em mais um evento virtual do projeto Encontros e Conversas - uma parceria da Cooperativa Cultural da UFRN com o ADURN-Sindicato.

O autor, já reconhecido pelas suas charges publicadas na imprensa do Rio Grande do Norte desde 1983, relata que a publicação do conto representa uma nova fase da sua carreira. Ivan Cabral é mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e, atualmente, faz parte do setor de Criação de Arte da Superintendência de Comunicação da Universidade. “Depois de mais de 30 anos fazendo charges para jornais, eu resolvi desengavetar alguns projetos de interesse pessoal, dentre esses projetos estava a publicação de contos de literatura infantojuvenil”, explica Ivan.

“Um amigo que você nem imagina” narra as aventuras dos amigos Duda e Júnior que, mesmo sendo diferentes, se identificam bastante um com o outro. “Essse tipo de amizade é um tema muito fascinante para mim. É comum na fase da infância algumas crianças criarem esses amigos, e isso até preocupa alguns pais, já que seus filhos passam bastante tempo conversando ou brincando com esse amigo que nem existe. Pensando nisso, comecei a elaborar a ideia desse amigo, como ele poderia ser e as brincadeiras que poderia ter no livro”, lembra Ivan.

A obra também busca valorizar os momentos especiais da infância que, segundo o autor, são construídos com brincadeiras ao ar livre, atividades lúdicas, bem como momentos de leitura. “Nesse livro eu resgato algumas brincadeiras de crianças que já não são mais tão populares. Foi proposital retratar as atividades que não dependem de bateria nem da eletricidade, uma vez que as crianças estão muito dependentes das telinhas dos celulares e dos jogos eletrônicos atualmente”, diz.

Mas, o autor já adianta que a maior surpresa do livro está no final da história, quando o leitor é desafiado a descobrir quem é o real amigo imaginário da narrativa.

O livro “Um Amigo Que Você Nem Imagina” é uma publicação da editora Paulinas e já está disponível na Cooperativa Cultural da UFRN. No Encontros e Conversas desta terça-feira (14), mediado por Sandra Mara e José Correia Torres Neto, o autor recebe a professora Marly Amarilha.

Serviço

Divulgação do livro “Um Amigo Que Você Nem Imagina”

Quando? Dia 14  de setembro de 2021

Que horas? Às 19h30

Onde? Canal do YouTube do ADURN-Sindicato

BraZil, Teatro dos Absurdos: O Mandrião Falastrão e o Fracasso do Golpe de 7 de Setembro - Por Wellington Duarte

Wellington Duarte - Professor da UFRN e dirigente da ADURN

Depois das manifestações de 7 de setembro, quando o BraZil assistiu a mais um espetáculo de sandices financiadas por empresários e sabe-se lá por quem mais, e um presidente da República, utiliza desavergonhadamente recursos públicos para fazer campanha de violência contra os ministros do STF e achincalhar, pela enésima vez, a democracia, no dia seguinte o país acordou com bloqueios feito por caminhoneiros autônomos, que decidiram “parar” o país para apoiar o principal responsável pelo aumento dos combustíveis, o que não deixa de ser bisonhamente contraditório.

Enquanto grupos bolsonaristas ainda saracoteavam em Brasília, começou um forte movimento de resistência, vindos de todas as partes, abrangendo empresários, lideranças políticas da direita, do presidente do Senado, do STF e do TSE, além de sermos achincalhados mundo afora, tendo repercussão na Bolsa de Valores, com uma forte queda no volume de negócios e aumento do dólar. E o bufão, sentindo o bafo da prisão no seu cangote, deixou de rugir como o Rei Leão e passou a miar como um gatinho.

 

Imediatamente vimos emergir das tumbas da política o senhor Michel Temer, o mordomo de Dilma, responsável pelo envenenamento do governo da presidenta e que, alçado, via Golpe, à presidência plantou as sementes do governo seguinte: encheu o ministério de gente do “centrão” e aplicou o programa neoliberal que agradou demais a Faria Lima.

 

Temer deslocou-se, não em voo noturno, como seria de praxe, mas num avião da FAB e desceu em Brasília para exercer o papel de “escriba da moderação” e passamos a mais um episódio dessa bizarrice que estamos vivendo, que foi a “carta de arrependimento” do Mandrião, algo tão patético que virou piada nas redes sociais.

 

Talvez num futuro saibamos o que aconteceu nos bastidores do bolsonarismo, principalmente entre os dias 6 e 8 de setembro, porque ninguém pode ser suficientemente ingênuo para acreditar que o que o BraZil viu foi o que realmente aconteceu. Mas a transformação do leão feroz em gatinho miador foi realmente um evento de natureza histórica, pois nunca se viu um presidente prestes a dar um Golpe de Estado, escrever uma “Carta ao STF” e pedir perdão por ter sido responsável pela anarquia das últimas semanas.

 

O fracasso do golpe bolsonarista tem vários elementos que deverão ser objeto de análise, mas a realidade se impôs sobre o Bufão. A economia está em frangalhos e qualquer economista meia-boca sabe que o responsável por isso é o próprio presidente. Um sujeito que simplesmente abandonou o governo, deixando que as forças caóticas de um mercado atingido duramente por uma pandemia, regulassem o que está esculhambado. É óbvio que isso não funcionaria e hoje, 21 milhões de braZileiros estão desempregados e desalentados e SESSENTA MILHÕES, cerca de 28,6% de toda a população, estão com risco de “insegurança alimentar”, um eufemismo chique para “prestes a passar fome”.

Os agentes econômicos estão em pânico já que perceberam que de liberal Guedes não tem nada, sendo mais um falastrão bolsonarista e que Bolsonaro, que mal sabe proferir mais de 500 palavras, quer mesmo é que a economia exploda, o que poderia gerar uma violenta crise social, dando a oportunidade para esse celerado decretar um “estado de sítio”, de “defesa”, de “emergência” ou seja lá que passe pela mente distorcida desse elemento.

 

Mas, esse episódio grotesco, uma espécie de “golpe brancaleônico”, mostrou que o “vírus Bolsonaro” já contaminou boa parte da população e provavelmente 15% ficará defendendo os “valores” que o Mandrião elencou como parte da “sociedade cristã ocidental”, o que significa que esses zumbis antidemocráticos assombrarão esse país, mesmo depois que esse fulano deixar a presidência. Fanáticos e mercenários formarão esse novo “exército”, ou seja, a democracia representativa liberal, que permitiu a ascensão dessa turba, está e estará permanentemente por ela.

 

Mas, como todo vírus, há vacinas. Os democratas e progressistas tem o dever de ser essa vacina em nome das quase 600 mil vítimas desse governo, mortas devido a sabotagem do combate a pandemia e dos quase 80 milhões de pessoas que estão correndo o risco de verem seu futuro comprometido, pelo desemprego, miséria e fome.

Uma câmera na mão indígena entre ideias da cabeça - por Helio Carlos Mello

imagens por Kamatxi Ikpeng e Richard Werá Mirim

Uma câmera na mão indígena entre muitas ideias na cabeça, tal um novo cinema num país que nega. A película que não desiste no digital definitivo da suprema insistência. Em paz vejo, apesar das afrontas, a floresta, caatinga ou cerrado que queima, que o índio que não desiste, em protesto incide. Marco temporal NÃO.



País tão diverso, por vezes, me recorda a nau que afunda, mas como submarino, uma sucuri grande de rio ressurge. Se a civilização bóia, dança ou lamenta no trânsito sempre da luta pela vida, vejo hoje que a mulher indígena, tal peixe de fundo, onça que espreita, guarda, comemora, celebra.

Um cérebro eletrônico na terra em que pisamos, eles caminham.



Fotógrafo indígena é tipo desse ser que voa, marca, demarca como águia ou coruja. Aprendeu, conquistou a tal máquina do mundo, como a flor que rompeu o asfalto. Releio meus poetas e percebo, mais do que nunca, porque sofriam tais delicados ou fingidores. Dor primitiva, originária, tradicional.

Crimes da terra, como perdoá-los?

Tomei parte em muitos, outros escondi.

Alguns achei belos, foram publicados.

Crimes suaves, que ajudam a viver.

Ração diária de erro, distribuída em casa.

Os ferozes padeiros do mal.

Os ferozes leiteiros do mal.

* A Flor e a Náusea / Carlos Drummond de Andrade

O ser, mesmo, o resto será chuva. Sorriso que brota quando se abraça. Homens de terno preto quando se queimam.

Fonte: Jornalistas Livres