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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

ASSISTA NO BLOGUE À OBRA-PRIMA DO CINEMA POLÍTICO QUE MAIS FAZ LEMBRAR O CASO BATTISTI: "SACCO E VANZETTI".

Cucciola e Volonté, magníficos...
Foi um verdadeiro achado, o filme certo no momento exato: acabo de encontrar novamente disponibilizado no Youtube, agora com legendas em espanhol, a obra-prima de Giuliano Montaldo, seguramente uma das melhores reconstituições cinematográficas de um assassinato de inocentes pela via judicial em todos os tempos:Sacco e Vanzetti.

A dramaticidade do episódio se deve a ter sido um dos piores assassinatos legalizados cometidos pela Justiça estadunidense em todos os tempos: um sapateiro e um peixeiro italianos foram condenados à pena capital, sem provas, por um latrocínio ocorrido em abril de 1920.

A evidente tendenciosidade do tribunal de Massachussetts causou enorme indignação –manifestações de protesto reuniram multidões por todo o mundo, um sem-número de celebridades e juristas deram declarações candentes e até o Papa tentou evitar que eles fossem executados. Tudo inútil.

O fato de serem ambos anarquistas havia sido o fator preponderante para sua condenação –os EUA viviam um período de histeria anticomunista após a revolução soviética de 1917– e a inevitável politização do caso acabou determinando a não aceitação, por parte do tribunal, de provas e de uma confissão que os inocentavam.
 
 ...nos papéis dos anarquistas eletrocutados.
Ou seja, quando surgiram gritantes evidências de que os crimes haviam sido cometidos por bandidos comuns, as autoridades já tinham ido muito longe e preferiram perseverar no erro do que o admitir honestamente. Cometeram homicídio premeditado, portanto; elas sim mereciam a cadeira elétrica!

Em agosto de 1927, após mais de sete anos de tensão e sofrimento, foram eletrocutados. Meio século depois, o governador do Massachussets reconheceu-lhes oficialmente a inocência.

Esta saga foi levada às telas em 1971 pelo diretor e roteirista Giuliano Montaldo, um especialista em cinebiografias e dramas que têm acontecimentos históricos como pano de fundo (Giordano BrunoDeus está conoscoL'Agnese va a morireL'addio a Enrico Berlinguer, a mini-série Marco Polo, etc.).

Ele foi feliz em apresentar uma síntese bem essencializada do caso, sem prejuízo da sua enorme carga emocional. E teve a felicidade de contar com uma dupla de atores magníficos, extremamente identificados com seus papéis (Gian-Maria Volonté e Riccardo Cucciola); e com mais uma trilha musical memorável do gênio Ennio Morricone, incluindo a felicíssima escolha de Joan Baez para interpretar as três partes da Balada de Sacco e Vanzetti e o tema final, Here's to You.

Na minha opinião, o Caso Battisti foi um Caso Sacco e Vanzetti que, pelo menos por enquanto, acabou bem. A tendenciosidade dos dois relatores do processo no STF (primeiramente Cezar Peluso e depois Gilmar Mendes) foi, p. ex., idêntica à dos promotores estadunidenses. 


E o empenho de reacionários poderosos, no sentido de que o assassinato de ambos servisse como exemplo para intimidar os movimentos de inconformismo com as injustiças sociais que estavam pipocando nos EUA, também tem tudo a ver com a santa aliança que aqui se formou para impingir uma narrativa falsa e justificar o que seria uma decisão tão infame quanto a entrega de Olga Benário aos carrascos nazistas no século passado.


Vejam e avaliem. É um filmaço!

Victor Jara faria 85 anos, sua obra permanece atual na América Latina

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Em 12 de setembro de 1973, cerca de 600 professores e estudantes da Universidade Técnica do Estado (UTE), em Santiago, faziam vigília no campus. O grupo manifestava seu apoio ao presidente Salvador Allende, deposto na véspera por um golpe militar patrocinado por Augusto Pinochet, quando foi conduzido ao Estádio Chile. Era um ginásio de esportes no qual se realizavam shows, partidas de vôlei e basquete, que tinha sido convertido desde o dia anterior em centro de detenção e quartel general da repressão. Entre os presos estava um conhecido compositor de cabelo encaracolado, logo identificado por um dos soldados. “Não o tratem como mulherzinha”, orientou o oficial. Seu nome era Víctor Jara.
Professor da Faculdade de Comunicação da UTE, Víctor Jara militava no Partido Comunista, havia apoiado a eleição de Allende pela Unidade Popular em 1971, e firmava-se como o maior nome da canção de protesto em seu país. Instantes depois de pisar no Estádio Chile, Víctor Jara foi brutalmente espancado. Seu rosto vertia sangue quando lhe esmigalharam também as mãos, a coronhadas, diante de todos. Seus torturadores afirmavam fazer aquilo para que ele nunca mais empunhasse um violão.
Cinco dias após a prisão, Víctor Jara foi assassinado. O laudo emitido após a autópsia, feita quando localizaram o cadáver num matagal, indicou uma porção de ossos quebrados e 44 marcas de balas. Antes de morrer, conseguiu redigir um poema, entregue aos companheiros de cárcere, que providenciaram cópias e conseguiram preservá-lo, dando-lhe mais tarde o título de “Estádio Chile“: “Somos cinco mil aquí/ en esta pequeña parte de la ciudad/ (…) Seis de los nuestros se perdieron/ en el espacio de las estrellas./ Uno muerto, un golpeado como jamás creí/ se podría golpear a un ser humano./ Los otros cuatro quisieron quitarse/ todos los temores, / uno saltando al vacío,/ otro golpeándose la cabeza contra un muro/ pero todos con la mirada fija en la muerte./ ¡Qué espanto produce el rostro del fascismo!”. Trinta anos depois, em setembro de 2003, o mesmo Estádio Chile foi nomeado Estádio Víctor Jara.
Filho de lavrador, Víctor Jara tocava e cantava num grupo de música folclórica quando conheceu Violeta Parra, na segunda metade dos anos 1950, e foi convencido por ela a continuar insistindo na carreira. Em 1965, já tinha gravado um disco com o conjunto quando passou a frequentar a Peña de los Parra. Seus dois primeiros LPs como artista solo foram lançados em 1967.
Aos poucos, a canção folclórica e os temas rurais foram cedendo espaço para a música de protesto, mais urbana e, ao mesmo tempo, profundamente alinhada às bandeiras políticas da época. Víctor apoia o líder vietnamita Ho Chi Min, citando-o nominalmente em plena guerra fria na canção “El Derecho de Vivir en Paz“. Grava “Cruz de Luz”, de Daniel Viglietti, solidarizando-se com o padre e guerrilheiro colombiano Camilo Torres. Monta um repertório com canções em homenagem a Pancho Villa, Che Guevara e Salvador Allende. Musica o poema de Neruda “Aquí me Quedo“: “Eu não quero a pátria dividida / cabemos todos na minha terra”.
Mais conhecido como compositor de “Te Recuerdo Amanda”, gravada por Mercedes Sosa, Joan Baez, Ivan Lins e muitos outros, Víctor Jara registrou sua missão na primeira estrofe da canção “Manifesto“: “Eu não canto por cantar/ nem por ter uma voz bonita/ Canto porque o violão/ tem sentido e razão.”
Fonte: Outras Palavras
C/ Brasil Cultura

NO ÚLTIMO SÁBADO (7) FOI CELEBRADO O DIA DO COMPOSITOR BRASILEIRO!

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Dia do Compositor Brasileiro é celebrado anualmente em 7 de outubro.
Os compositores são as pessoas que compõem músicas, seja a letra ou a sua melodia. Esta data é uma homenagem aos artistas brasileiros que se imortalizaram como mestres da composição musical.
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Dia Mundial do Compositor é comemorado em 15 de janeiro, no entanto, o Brasil é o berço de grandes compositores, merecendo uma data especialmente dedicada a esses nomes.





Fonte: Brasil Cultura
Adaptado por CPC/RN