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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Seminário debate condição da mulher negra no Brasil

O Ministério da Cultura (MinC) participa, até quinta-feira (9), em Brasília, do Seminário Ancestralidade e Sustentabilidade da Mulher Negra: Violência, Violação de Direitos e Emancipação. Organizado pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), como parte integrante das atividades da Década Internacional de Afrodescendentes, o evento conta com a participação de 220 mulheres e simpatizantes, dentre elas 85 representantes de terreiros, que promoverão uma leitura da realidade enfrentada pelas mulheres negras. O objetivo é apontar caminhos para a promoção do respeito à diversidade da herança cultural e para a minimização dos processos históricos de discriminação de gênero e étnico-racial.
O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, integra a mesa de abertura do encontro, nesta terça-feira às 15h, voltada à consolidação de políticas de gênero e étnico-racial. Na quarta (8), às 14h, a diretora do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da FCP, Márcia Uchôa, integra a mediação da roda de conversa O saber ancestral como valor civilizatório e as casas de religiosidade como lócus do apaziguamento social. E na quinta-feira (9), às 9h, será a vez de a diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da FCP, Carolina do Nascimento, compor a mesa Violência Institucional – Políticas Setoriais para as Mulheres Negras.
O seminário também destacará a importância de se reforçar a ação e a cooperação nacional, regional e internacional em favor do pleno acesso da mulher negra aos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos. Nesse contexto, os debates tratarão da adoção e fortalecimento de marcos jurídicos, de acordo com a Declaração e Programa de Ação de Durban e da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.
O evento é promovido pelo MDH, por meio da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em parceria com a Fundação Cultural Palmares, a Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECID) e a Organização das Nações Unidas (ONU). Os três dias do encontro integram uma série de atividades desenvolvidas pelo MDH em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, à Década Internacional de Afrodescendentes, à Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completará 70 anos no dia 10 de dezembro, e aos 130 anos da abolição da escravatura.
Brasil Cultura

Crônicas de éssepê, ou histórias universais que acontecem em São Paulo

A rotina em São Paulo pode ser bastante dura para a maioria dos 12 milhões de habitantes da maior capital brasileira. E o livro “Cachorros de madame latem só para frentistas”, de Tainan Rocha, trata desta crueza do concreto, mas com uma pitada de humor que só existe em quem tem coragem de encarar a cidade todos os dias com leveza.
Por Mariana Serafini
Tainan Rocha é ilustrador e acaba de lançar o livro “Cachorros de madame latem só para frentistas” Tainan Rocha é ilustrador e acaba de lançar o livro “Cachorros de madame latem só para frentistas”
Em seu primeiro livro de crônicas, Tainan fala de São Paulo com paixão e um pouco de desdém. Mas as histórias que ele encontrou no bar, no metrô, na rua, poderiam ter acontecido em qualquer metrópole. São relatos de quem não está indiferente à solidão das capitais.
Com uma carreira consolidada como ilustrador, Tainan decidiu se aventurar na literatura, esta relação que ele não sabe definir se é uma “amizade colorida” ou um “lapso febril”. O fato é que ele acaba de lançar seu primeiro ensaio e traz ao leitor pequenas histórias sobre o cotidiano – real ou não – de quem circula pelas ruas de São Paulo com olhos e ouvidos afiados para ir além do vazio da multidão.
As crônicas de “éssepê” – como ele chama – poderiam acontecer em qualquer lugar, porque Tainan tem sensibilidade de capturar a poesia que vem da sujeira, do barulho em excesso, do isolamento diário nos fones de ouvido dentro do ônibus lotado, e tratar tudo isso com uma boa dose de humor.
Diferente das ilustrações que ele encara com uma disciplina rígida de trabalho, neste livro ele confessa “são a única coisa que eu ainda não consegui transformar em responsabilidade”. Talvez venha daí toda a leveza.
Tainan desenha, tem uma banda e agora escreve. Ao flertar com essas três artes, ele tem um mar de inspirações, mas garante que os preferidos são Eduardo Galeano, Diego Morais, autor de “Meu coração é um bar vazio tocando Belchior”, Mario Prata e Luís Fernando Veríssimo. “Esses caras que eu lia na biblioteca de Barueri”.
O lançamento de “Cachorros de madame latem só para frentistas” acontece no próximo sábado (11), durante a inauguração de uma nova unidade da Quanta Academia de Artes, na capital paulista.
Serviço
Lançamento “Cachorros de madame latem só para frentistas”
Horário: 17 horas
Local: Rua Doutor José de Queirós Aranha, 342 – estação Ana Rosa do Metrô
Do Portal Vermelho

Por Demetrius Montenegro: "Egregorianos"

A imagem pode conter: pessoas sentadas e área interna
Egregorianos.
Vida, minha vida
Olha o que é que eu fiz
Deixei a fatia
Mais doce da vida
Na mesa dos homens
De vida vazia...

....Verti minha vida 
Nos cantos, na pia
Na casa dos homens
De vida vadia...

... Que os faróis da costeira
Me lancem sinais
Arranca, vida
Estufa, veia...

... Toquei na ferida
Nos nervos, nos fios
Nos olhos dos homens 
De olhos sombrios...

Trechos da música “Vida” 
Chico Buarque.

"O Rio Grande do Norte e em especial os novacruzenses se orgulham de ter em seu convívio este grande artista, DEMETRIUS MONTENEGRO! Um jovem que traz a arte/cultura dentro si! Um jovem talentoso que abre os portões para outros artistas em potencial! Nós que fazemos o Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN o parabeniza pela sua determinação e a sua própria alma, que já nasceu fazendo e amando a cultura!" - Eduardo Vasconcelos, presidente do CPC/RN.

QUILOMBO DOS PALMARES - PERNAMBUCO

Quilombo dos Palmares - Pernambuco
A GUERRA DOS PALMARES, ÓLEO DE MANUEL VÍTOR, 1955

POUCO SE SABE SOBRE O DIA-A-DIA E OS PRIMEIROS ANOS NO QUILOMBO DE PALMARES. HÁ NOTÍCIAS DE EXPEDIÇÕES A PARTIR DE 1602, COMANDADAS PELO OFICIAL PORTUGUÊS BARTOLOMEU BEZERRA QUE RESULTARAM NA DESTRUIÇÃO DE MOCAMBOS E NA APREENSÃO DE ALGUNS FUGITIVOS. AS FONTES HISTÓRICAS MAIS CONSISTENTES COMEÇAM A SURGIR APENAS A PARTIR DE 1670, QUANDO TEVE INÍCIO A MOBILIZAÇÃO DE TROPAS ORGANIZADAS PELAS AUTORIDADES COLONIAIS PARA A DESTRUIÇÃO DO MESMO.

Tais manuscritos são de natureza pública - pareceres, alvarás e relatos de comandantes sobre estratégias de guerra – revelando poucos detalhes do cotidiano em Palmares. Já está claro que os chamados “negros alevantados” começaram a se expandir depois de 1630 durante a ocupação do Nordeste pelos holandeses devido à desordem ocasionada pela invasão: negros fugiam das senzalas refugiando-se nos mocambos da região da Serra da Barriga, no atual território de Alagoas.

Nesse período, segundo José Antônio Gonsalves de Mello, grupos de negros promoviam ataques nos caminhos; eram os chamados “boschnegers”, ou negros da mata. O autor Flavio José Gomes Cabral afirma que “há divergências quanto ao número da população de Palmares nessa época. Estima-se que existiam entre 6 mil e 20 mil habitantes.”

Os quilombolas conseguiram vencer as matas e paulatinamente foram tomando conhecimento da topografia da região. A princípio viviam da caça, da coleta e da pesca, mas, com o crescimento da população, passaram a praticar a agricultura (milho, feijão e cana-de-açúcar), comercializando esses produtos e trocando-os por armas e munições.

A comunidade palmarina era hierarquizada, havendo indícios de se tratar de uma “monarquia eletiva”, cujo rei ou “chefe de macacos” comandava os chefes dos outros mocambos. Em uma carta escrita pelo governador D. Pedro de Almeida em 4 de fevereiro de 1678 ao regente D. Pedro, consta que, por ocasião dos ataques contra Palmares que resultaram na morte de Ganga-Zumba, suas mulheres, filhos e cativos, abriu-se a possibilidade de se pensar na inexistência de um “igualitarismo” em Palmares, dada a vigência da escravidão nos quilombos.

Com a capitulação dos holandeses em 1654, os negros palmarinos continuaram a desafiar o poder colonial. Nos anos de 1670, duas expedições contra Palmares não cantaram vitória: a de 1675, chefiada pelo capitão Manoel Lopes Galvão, e a de 1677, comandada pelo capitão Fernão Carrilho, que pensou ter derrotado os negros, quando na verdade apenas pôs as mãos em alguns palmarinos, entre eles os parentes do chefe Ganga-Zumba.

“A década de 1670 é importante porque marca o reconhecimento por parte das autoridades portuguesas e coloniais desse sobado (estado africano) em Palmares. Os termos do acordo negociado em 1678 constituem a maior evidência disso”, disse a historiadora Silvia Hunold Lara. “Todo mundo diz quilombo dos palmares, mas a palavra ‘quilombo’ é empregada deslocadamente nesse contexto e é anacrônica para designar Palmares. A palavra empregada naquele período para designar ‘assentamentos de fugitivos’ é mocambo”, afirmou Lara.

No tempo de D. Pedro de Almeida (1674-1678), governador de Pernambuco, a prioridade era destruir Palmares. Em 1674, organizaram-se algumas forças contra os mocambos. Para isso, munições bélicas e víveres foram estocados em Sirinhaém, Porto Calvo, Una e São Francisco, pontos eqüidistantes do Centro de Palmares. As lutas foram equilibradas acirradas, gerando baixas em ambos os lados.

A pesquisadora Silvia Lara conta que a ideia de as autoridades coloniais fazerem acordos com escravos fugidos sempre existiu (ver Tratado reproduzido no site). O Tratado de 1678, porém, foi o que mais progrediu. Boa parte dos habitantes dos mocambos de Palmares mudou-se para uma aldeia criada especialmente para recebê-los, Cucaú, e eles foram considerados livres.

A paz, no entanto, não durou mais do que dois anos. Uma parte dos mocambos, liderada por Zumbi, rejeitou o acordo e ficou em Palmares. Seguidores de Ganazumba, como seu irmão Ganazona, participaram de buscas para trazer os que haviam permanecido no mato. Ganazumba termina assassinado e Cucaú, destruída, provavelmente por tropas coloniais. As pessoas que moravam lá voltaram à condição de escravos.

Apesar de estar sendo protegido, Zumbi foi morto em combate no dia 20 de novembro de 1695. Sua cabeça foi cortada e enviada ao Recife. A carta do governador Melo de Castro ao monarca datada de 24 de junho de 1696 contava tal fato, relatando a guerra e a morte de Zumbi, cuja cabeça foi exposta como troféu de guerra em um mastro “no lugar mais público” do Recife, na tentativa de satisfazer os patrocinadores da guerra, como também para “atemorizar os negros que supersticiosamente” se recusavam a acreditar na morte do líder negro.


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 ZUMBI REINVENTADO, Roberto Conduru

O monumento ao herói dos Palmares, no centro do Rio, é uma homenagem à negritude ou um símbolo da dominação européia sobre a África?


 AMEAÇA NEGRA, João José Reis

Escravos fugidos assombravam a Colônia e inspiraram lendas que a História não confirma 


QUILOMBOS E REVOLTAS ESCRAVAS NO BRASIL

Acesse esse infográfico interativo no link: http://atlas.fgv.br/marcos/trabalho-e-escravidao/mapas/pequeno-mapa-dos-quilombos 


Palmares.png
Fonte: http://www.historia.uff.br

Povo Krenak perde Cacique Him

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Foto: André Campos

A Funai lamenta o falecimento de José Alfredo Oliveira, o Cacique Him Krenak, também apelidado de 'seu' Nego, na última sexta-feira(3).

Liderança histórica do movimento indígena e da luta pela terra no Vale do Rio Doce, Minas Gerais, o Cacique Nego Krenak era uma pessoa muito discreta, extremamente íntegra e trabalhadora – bom pai e esposo. Recebia as pessoas que visitavam a aldeia sempre com muita atenção. Era um grande conciliador político, inclusive entre os Krenak, tendo lutado arduamente pela garantia dos direitos e contra a dispersão do seu povo, desde o período da ditadura militar até acontecimentos mais recentes como o rompimento da Barragem do Fundão. Foi forte líder em busca da demarcação da terra indígena Krenak e das políticas públicas de direito para a sua aldeia.

Aos 72 anos de idade, Him encerra sua jornada em vida, mas temos a certeza que ele deixou um legado de luta e coragem em cada um que o conheceu e que jamais se apagará de nossas memórias. Exemplo de honestidade, força e simplicidade.

Com informações do Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (Cedefes).

Fonte: FUNAI

Museu Paraense promove exposição sobre os Mebêngôkre-Kayapó

MEBENGOKREKAYAPO
O povo indígena Mebêngôkre-Kayapó somam hoje mais de 11 mil indivíduos habitando um território que inclui ambas as margens do rio Xingu, no Pará, e o norte do Mato Grosso. Entre ambientes de floresta e cerrado, os diversos grupos da etnia, falante de uma língua do tronco Jê, ocupam uma área altamente impactada pela agroindústria, pecuária, mineração e projetos hidrelétricos, como a Usina de Belo Monte. Esse povo milenar e guerreiro é o foco da nova exposição do Museu Paraense Emílio Goeldi, que também integra a programação do XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia. A exposição também resgata o legado científico, político e jurídico do Projeto Kayapó, um amplo estudo multidisciplinar coordenado pelo biólogo e antropólogo Darrell Posey (1947-2001), conhecido entre os Mebêngôkre como Yairati.

A mostra "Os Kayapó e Yairati. Saberes e lutas compartilhadas" será inaugurada no dia 7 de agosto e aberta aos visitantes do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi no dia seguinte, quarta-feira (8). Além das múltiplas contribuições do Projeto Kayapó, a exposição também aborda as lutas políticas nos âmbitos local, regional, nacional e internacional da etnia em parceria com Darrell Posey. Essa história é narrada através de lendas, memórias dos envolvidos, documentos, painéis, mostra de peças do acervo etnográfico do Museu Goeldi, fotografias, vídeos e também por meio de um aplicativo.

No roteiro da exposição, os visitantes poderão ver mais de 20 peças etnográficas coletadas por Posey. O estudioso se tornou referência no campo científico pelas pesquisas que ajudaram a consolidar o campo da etnobiologia, a postura ética de reconhecimento e valorização do saber indígena e a defesa pela garantia dos direitos e autodeterminação das etnias. Ele impulsionou a formação da Sociedade Internacional de Etnobiologia, que realiza seu 16º congresso, também a partir do dia 7, estendendo-se até dia 10, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém.

Wanda Okada, coordenadora de Museologia, explica que os documentos, exsicatas e peças etnográficas em exibição receberam um tratamento diferenciado e passaram por um processo de conservação e restauro minucioso desenvolvido pela pesquisadora portuguesa Maria Miguel Simas.

Projeto Kayapó

Ao integrar competências interdisciplinares, o projeto permitiu uma delicada compreensão da vida e da estrutura do conhecimento milenar dos Mebêngôkre. Sob a liderança de Darrell Posey, o projeto reuniu especialistas de várias áreas, como o entomólogo William Overal, Anthony Anderson (botânica); Elaine Elisabetsky (plantas medicinais); Anne Gély (agricultura); Kent Redford (zoologia); David Oren (aves); Jacques Jangoux (etnobotânica); Susana Hecht (solos); Gustaaf Verswijver (rituais e cerimônias); Márcio D'Olne Campos (astronomia); Eugene Parker (geografia) e Jeffrey Shaw (epidemiologia).

O início do Projeto de Pesquisas Etnobiológicas com os Indígenas Kayapó, ou simplesmente Projeto Kayapó, foi na Universidade Federal do Maranhão, onde Darrell Posey lecionava. Em 1986, já contratado pelo Museu Goeldi para estabelecer o Núcleo de Etnobiologia, Posey (Yairati) reformula o projeto e amplia a rede científica, com o objetivo de enfocar os processos de mudanças causados no ambiente pela presença indígena e suas práticas de manejo. O objetivo final era poder utilizar o conhecimento indígena sobre plantas e animais úteis em projetos de manejo sustentável de recursos nas Terras Indígenas e áreas adjacentes degradadas ou desmatadas pela extração de madeira, mineração ou pecuária.

Atualmente, o Estado brasileiro reconhece dez Terras Indígenas dos Mebêngôkre-Kayapó, que continuam ameaçadas até hoje pelas dinâmicas regionais e, principalmente, pela presença de garimpos ilegais dentro das áreas.

Darrell Posey

Dois anos após ser contratado pelo Museu Goeldi, Posey organizou na capital paraense o primeiro Congresso Internacional de Etnobiologia. Difundia-se, cada vez mais, a certeza de que os povos nativos possuíam um vasto universo de conhecimentos cruciais sobre a utilização sustentável dos recursos naturais, contribuindo para o seu manejo adequado e sua conservação. DARRELLPOSEY

Posey "foi uma das pessoas que incentivou os pesquisadores a reconhecerem a propriedade intelectual dos conhecimentos indígenas, por isso criou esse código de ética da Etnobiologia, que é a Carta de Belém, documento elaborado no primeiro Congresso Internacional de Etnobiologia. A atuação dos Kayapó e de Posey influenciou o campo jurídico e também a Convenção da Diversidade Biológica. Um dos artigos reconhece a propriedade intelectual coletiva dos conhecimentos dos povos indígenas e populações tradicionais e recomenda que eles deveriam ser compensados pelo uso que cientistas e grandes empresas fazem desses conhecimentos", descreve a curadora da Coleção Etnográfica do Museu Goeldi, Cláudia Lopez. A Carta de Belém, firmada em 1988, é a base para as discussões desta 16ª edição do congresso.

Os visitantes da mostra, que se estenderá até dezembro, farão uma viagem ao passado mais recente e poderão ter a ideia de como conceitos científicos são formulados e impactam-o .

Fonte: FUNAI