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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

2.500 anos depois, Antígona continua a desafiar o poder

Apesar da passagem do tempo, peça de Sófocles apresenta uma história de desobediência civil e de uma batalha devastadora que, até hoje, continua tocando as pessoas

Tudo começou há quase 2.500 anos, na Acrópole de Atenas, durante a festa em homenagem a Dionísio, o deus do teatro. Os gregos ali presentes conheciam as primeiras – e já marcantes – palavras com que o poeta Sófocles contava a história de Antígona: “Ismênia, minha querida irmã, companheira de meu destino, de todos os males que Édipo deixou, suspensos, sobre a sua descendência, haverá algum com que Júpiter ainda não tenha afligido nossa vida infeliz?”.

Antígona – o público sabia – era uma das duas filhas de Édipo Rei, protagonista da peça anterior de Sófocles e considerado o mais infeliz dos reis de Tebas. Sem saber, Édipo matou o pai, Laio, e se casou com a própria mãe, Jocasta. Quando o diálogo entre Antígona e Ismênia começa, Jocasta já havia se suicidado, e Édipo tinha furado os olhos, se exilado e morrido. Mas aos infortúnios da família se soma uma guerra em que lutaram os dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinice.

Como destaca Ismênia, ela e a irmã perderam, “num só dia, dois irmãos, um derramando o sangue do outro, se dando mutuamente o golpe de extermínio”. O enredo que se desenrola a partir deste ponto é tão emocionante que “a peça de teatro mais representada no mundo não é uma das adaptações de Harry Potter, de Hamlet ou qualquer outra obra de Shakespeare: é Antígona”, diz o escritor irlandês Colm Tóibín.

E por que se trata de uma obra tão popular? “Porque é uma peça fantástica”, responde o diretor teatral Olivier Py. Apesar da passagem do tempo, essa história de desobediência civil e de uma batalha devastadora continua tocando as pessoas até hoje.  Vale a pena lembrar seu enredo, um dos mais influentes na história da cultura ocidental.

Com a morte de Édipo morre, quem herda o reino de Tebas são seus filhos Etéocles e Polinice – com a condição de que governem alternadamente. Mas, quando chega a hora de Etéocles ceder o poder ao irmão, ele se recusa, levando Polinice a formar um exército. Depois que os irmãos se matam, seu tio Creonte assume o poder. Sua primeira decisão é honrar a memória de Etéocles e não sepultar Polinice, para que as aves de rapina e as hienas o devorem.

Antígona não aceita isso. A seu ver, embora a sociedade o julgue negativamente, seu irmão merece descansar com dignidade – e ela fará de tudo para honrá-lo com um simples gesto: jogar terra sobre seu corpo.

Py montou Antígona em 2019 com detentos da prisão de Avignon-Le Pontet, na França. Segundo ele, os atores “entenderam profundamente esta ideia de que um homem ainda é um homem, independentemente do que ele tenha feito”. Eis a mensagem mais forte e mais longeva da peça de Sófocles. “O maravilhoso de Antígona é que ela luta pelo direito de expressão e de contar a história sob seu ponto de vista. Por isso, para mim, seu ato de desafiar o Estado ou o poder é importante”, diz Py. “Normalmente só ouvimos a história sob a perspectiva dos fortes, dos vitoriosos ou das autoridades.”

Enquanto estava preso, Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul conhecido por sua luta contra o apartheid, também atuou em uma versão de Antígona produzida na Ilha Robben, onde ficou encarcerado. Para refugiadas sírias no campo de Shatila, no Líbano, que encenaram uma versão da peça, foi um reflexo de suas lutas diárias. Esta versão da obra, criada pelo dramaturgo Mohammad Al Attar, mesclou as experiências das refugiadas.

Sem querer, Al Attar descobriu que várias compartilhavam a mesma angústia de Antígona por não poder enterrar seus entes queridos. “A ideia de honrar nossos mortos é tão fundamental”, diz Tóibín, “que nenhum decreto, nenhuma lei, pode mudá-la”. Ainda assim, suscita dilemas difíceis.

A partir do primeiro diálogo entre as irmãs, Sófocles apresenta o dilema – ou melhor, um dos complicados dilemas com que a peça nos confronta. Antígona leva Ismênia para fora do palácio e conta a ela o que Creonte decidiu fazer com o corpo de Polinice – e sobre o decreto proibindo todos os cidadãos de sepultá-lo ou sequer chorar por ele.

“Sua decisão é fria e ameaça quem a desrespeitar com a lapidação, morte a pedradas”, informa Antígona à irmã, enquanto a confronta com a realidade, sob seu ponto de vista. “Agora sabes tudo. Logo poderás demonstrar se tu mesma és nobre ou se és apenas filha degenerada de uma raça nobre.”

Ismênia, consternada, responde: “Minha pobre irmã, se o caso é esse, que importa o que eu faça ou o que eu não faça?” Para Antígona, a única opção é enterrá-lo: “Enterro meu irmão, que é também o teu. Farei a minha e a tua parte se tu te recusares. Poderão me matar, mas não dizer que eu o traí”.

Ismênia, porém, é mais racional e pede a ela que reflita: “Temos de lembrar, primeiro, que nascemos mulheres, não podemos competir com os homens; segundo, que somos todos dominados pelos que detêm a força e temos de obedecer a eles, não apenas nisso, mas em coisas bem mais humilhantes.” A ideia de “desafiar” é para ela um gesto excessivo e sem sentido: “Peço perdão aos mortos que só a terra oprime: não tenho como resistir aos poderosos. Constrangida a obedecer, obedeço”.

“Sófocles sempre usa esse tipo de dualidade: dois personagens expondo o dilema”, destaca Lydia Koniordou, atriz, diretora e ex-ministra da Cultura da Grécia. Em Antígona, cada irmã assume uma posição: Ismênia defende a sobrevivência; Antígona, a morte honrosa. Nenhuma delas é necessariamente boa ou má. Tudo depende do ponto de vista do público – e esta é uma das razões pelas quais a obra de Sófocles pôde ser apresentada a qualquer momento, em qualquer lugar.

A peça foi encenada até mesmo na França de 1944. Com uso inteligente da linguagem, o dramaturgo Jean Anouilh conseguiu fazer com que sua versão da obra fosse aceita pelos censores nazistas durante a ocupação alemã no país, embora permanecesse claramente uma reflexão sobre a submissão e resistência ao poder e ao controle.

E tem sido assim ao longo dos anos com esta peça, criada numa época em que o teatro tinha um papel muito especial. Atenas, a cidade-estado, foi uma das primeiras democracias do mundo – e, em sua Acrópole, estava um dos primeiros teatros da história… Nada foi por acaso. “O teatro era parte integrante da democracia”, explica Koniordou. “Era uma das instituições da democracia: o Parlamento era uma, o Judiciário era a segunda, e a terceira era o Teatro.”

Segundo a ex-ministra grega, “todos os cidadãos iam a Atenas para participar do diálogo e da discussão sobre assuntos públicos e privados da cidade. Para aqueles que não tinham dinheiro suficiente, a cidade dava ingressos grátis”. E Sófocles era um gênio fomentando essas discussões, não apenas convidando à reflexão ao criar situações complexas, mas também personagens multifacetados.

Creonte, o rei, tio de Antígona e pai de seu noivo, poderia facilmente ser classificado como “o vilão”. Mas ele é o homem responsável por unir a sociedade após uma guerra civil. “Ismênia é uma personagem poderosa e interessante, e não fraca como às vezes é retratada”, diz Koniordou.

Já Antígona é uma heroína nem sempre simpática. Ela manipula e despreza a irmã, não é totalmente correta e se aproveita ao máximo da sua situação de vítima. “Antígona é tão exagerada quanto Creonte e igualmente rígida em suas decisões”, afirma a Koniordou. Mas ela questiona o poder em um aspecto fundamental: seus limites. Creonte “não tem nenhum direito de me privar dos meus”, declara a personagem.

Tóibín nos convida a lembrar “de qualquer momento em que as mulheres tenham enfrentado governos e o poder”. Cita o caso do movimento #MeToo, que denunciou, sobretudo em Hollywood, casos de assédio e abuso sexual. Ou das Mães da Praça de Maio, que tiveram filhos mortos ou desaparecidos durante a ditadura na Argentina e ocuparam por décadas uma praça icônica de Buenos Aires.

“Elas disseram: ‘Representamos algo mais antigo e verdadeiro que um decreto ou uma legislação, ou o poder do Parlamento ou a ditadura’”, opina Tóibín. “Esta obra permite que a mulher fale e acuse, e permite que ela diga: ‘Eu sei algo que você não sabe sobre o poder e vou desafiá-lo, porque a forma como você o está usando é uma forma de abuso. Você pode ser o rei, mas está errado”, acrescenta o escritor irlandês.

Creonte se dá conta disso. Diferentemente dos políticos modernos “que nunca admitem que cometeram um erro”, diz Koniordou, Creonte tenta reparar os danos. Mas chega dolorosamente tarde demais. Tanto ele quanto Antígona pagam o preço mais alto pelas decisões que tomaram e arrastam seus entes queridos para as profundezas do luto, não sem antes de nos levar a questionar tudo – seja no século 5 a.C., neste século ou, provavelmente, nos que virão. Como diz Tóibín: “Esse mundo de 2.500 anos atrás ainda é, em certa medida, o nosso”.

Com informações da BBC Brasil

Portal BRASIL CULTURA

POETA BRAZ HOMENAGEA O CPC/RN PELOS SEUS 11 ANOS DE LUTAS - CONQUISTAS E RESGATE DA CULTURA POTIGUAR

Foto: BRAZ FAUSTINO
Nova Cruz está em festa/ Apesar das desventura/ Um ano de pandemia/ Mas sem perder a doçura/Hoje o nosso parabéns/ Vai para o Centro Potiguar de Cultura - CPC-RN, * Poeta, Braz Faustino.

"Agradeço-lhe de coração os apoios que o nobre poeta tem dado ao CPC/RN, principalmente depois deste lindo poema acima, valeu, grande amigo". Eduardo Vasconcelos - Presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN; Agente de Cultura, radialista. blogueiro e ativista.

# Braz Faustino. Natural de Passa e Fica. Membro da  ALAAP ( Academia de Letra e Arte do Agreste Potiguar) Poeta, Escultor e Prof. Na rede estadual de educação do RN e na rede municipal de educação de Nova Cruz

sábado, 26 de dezembro de 2020

Diretoria Executiva da UBES anuncia 12º Bienal de Cultura e Arte em 2021

Participação da UBES no evento em março ficou definida na última reunião do ano, que também analisou resultado das eleições municipais e vitórias do movimento secundarista em 2020.

No sábado, 19 de dezembro, a Diretoria Executiva da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas se reuniu virtualmente, analisou a resistência e vitórias de 2020, incluindo resultado das eleições municipais, e traçou batalhas para 2021, que poderão ser organizadas na 12º Bienal de Cultura e Arte, em março. Leia documento completo:

RESOLUÇÃO POLÍTICA – UBES 2020

Pela primeira vez, nossa entidade fez uma transição de gestão online, algo sem precedentes, o que foi um marco, tanto para UBES, quanto para o funcionamento do movimento estudantil. Isso exigiu um constante esforço de reorganização e reposicionamento da dinâmica da UBES para o momento em que o país e o mundo se encontravam.

Desde o começo de nossa gestão, travamos inúmeras lutas com exitosas vitórias no enfrentamento às nossas batalhas, majoritariamente nas redes, estivemos também nas ruas respeitando as normas sanitárias, garantindo importantes conquistas para o movimento secundarista e os estudantes brasileiros.

Ainda no início da gestão iniciamos o debate sobre a democratização do acesso à educação e à internet através da campanha “Internet Pra Geral”. Após o fechamento das Instituições de Ensino devido à pandemia do COVID-19, as redes de ensino foram transferidas para o mundo digital sem qualquer suporte de imediato do Estado. Precisamos continuar na batalha para que os secundaristas tenham condições de acesso ao ensino em meio a pandemia.

Entendendo as dificuldades dos estudantes em meio à pandemia, garantimos o adiamento do ENEM. Liderado pela UBES, o #AdiaENEM foi exitoso ao garantir o direito de realizar a prova para quase 6 milhões de brasileiros. Um movimento que mobilizou a sociedade e ganhou espaço no debate público. Essa conquista foi um verdadeiro contra-ataque à agenda política do governo Bolsonaro e do ministro que então viria a cair, Abraham Weintraub. Derrubamos Weintraub e, talvez, o principal alicerce deste governo. Certamente, um dos piores Ministros da Educação da história.

O “Estudo Pra Geral” alcançou diferentes regiões do país e se somou às outras tantas iniciativas que partiram do movimento estudantil e educacional, no intuito de construir caminhos e saídas para os problemas agravados e desencadeados pelo cenário da pandemia, coisa que o governo federal se furtou a fazer. Levamos aos cursinhos populares  nossas apostilas, entendendo que os jovens brasileiros, que sonham em ocupar as cadeiras das universidades, não poderiam ter esse sonho interrompido pela ingerência de Bolsonaro diante da crise sanitária, social e política que se erradicou no Brasil. Essas iniciativas foram responsáveis por ampliar a voz da UBES junto aos diversos setores da sociedade. Foram construídos fóruns de permanente discussão e composto por segmentos da educação e de representação da sociedade civil nos estados para forçar um debate consequente sobre as possibilidades de retorno às aulas.

Os desdobramentos da negligência de Bolsonaro e do Ministério da Saúde, instável e com diversas trocas ao longo da crise sanitária, contribuíram para  as mais de 180 mil mortes de brasileiros pela COVID-19. A luta em defesa da vida se tornou uma bandeira política diante de tanto atropelo e despreparo. É urgente que o Brasil realize todos os movimentos necessários para que possamos, no ano de 2021, garantir a vacina gratuita para todos os brasileiros, organizando um plano de distribuição, com etapas e que priorize segmentos, como os trabalhadores da educação, devemos combinar as lutas do movimento de educação, da saúde, do movimento negro e de todo o movimento social no Brasil, é nossa responsabilidade de unificar todas as lutas pela urgência da vacinação já!

A luta que travamos desde o Tsunami da educação fizeram parte da defesa do ensino técnico, especialmente dos Institutos Federais, instituições que são responsáveis por parte importante da produção científica do nosso país. A luta pelo IF está ligada às discussões de sua autonomia e democracia interna, a exemplo do Instituto Federal de Santa Catarina e do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, vítimas de intervenções pelo governo Bolsonaro, neste último, onde avançamos pela posse do reitor eleito. Seguiremos em defesa da nomeação dos reitores eleitos, na garantia da democracia e autonomia dos IF’s.

A nossa luta pela vida também está presente na luta pelo fim do genocídio da juventude negra. Estivemos nas ruas por João Pedro, e por tantos outros e outras que morrem todos os dias nas periferias brasileiras pela mão do Estado. Mais uma vez, a Redução da Maioridade Penal entra em pauta e é desta vez, aprovada em parecer pela Secretaria Nacional de Juventude. A UBES foi responsável em 2015 por derrotar, através de uma grande campanha e muito debate com a sociedade, a proposta de redução. Sem titubear, travaremos mais uma vez essa batalha. 

Em meio a todo esse processo, uma bandeira histórica do movimento secundarista, à beira de seu vencimento, através de uma ação coordenada pela UBES, em conjunto com as entidades da educação, tomou fôlego novamente e protagonizou o debate nacional. 

Conseguimos constitucionalizar o FUNDEB e com ampla articulação, garantir 100% do fundo para a educação pública, o qual traz condições de elevar a um alto patamar jamais alcançado pela educação brasileira, marchando, com isso, para universalização e qualidade do ensino básico público. No ano que vem, essa luta deve seguir em cada estado e município para não aceitar qualquer corte ao orçamento da educação, começando com a mobilização em janeiro em torno da votação da Lei Orçamentária.

Essa enorme vitória tem a digital da UBES, nossa pressão institucional e nas redes foi a força motriz para garantir a exclusividade do fundo para a educação básica pública.

São muitos os desafios postos à UBES e os setores da sociedade que fazem parte do enfrentamento à política implementada pelo governo Bolsonaro. Mesmo com a vitória do Enem, o Inep e o MEC de Milton Ribeiro, em sua desorganização, colocaram ainda mais impasses à juventude brasileira. O calendário absolutamente sem critérios do Sisu, Prouni e do Fies coloca em nosso horizonte próximo a necessidade de organizar a luta para garantir o direito da juventude que, apesar de todos os pesares, se preparou ao longo de 2020 para ingressar na universidade. Essa confusão acerca das datas atesta que, apesar da troca de ministro, a ineficiência do MEC e do Inep permanecem. 

Enfrentamos neste ano, também, o pleito eleitoral, mais uma vez estivemos na vanguarda da defesa da educação pública, apresentando nossa plataforma eleitoral a centenas de candidatos e candidatas às prefeituras e câmaras.

Das urnas, veio uma dura derrota ao Bolsonaro e um reconhecido enfraquecimento do bolsonarismo, fruto do desgaste produzido nas lutas travadas pelos movimentos sociais, mas também de sua desastrosa condução diante dos problemas vividos na pandemia. Contudo, o horizonte segue sendo de luta e de grandes batalhas: a expressão dos valores bolsonaristas ainda possuem capilaridade em meio ao povo, e foram capazes de pautar e polarizar importantes discussões na cena das eleições. 

O momento em que vivemos exige responsabilidade! Precisamos, com muita unidade, trabalhar diuturnamente para construir a resistência balizada pela defesa da educação e dos direitos de nosso povo. É nesse sentido, que deliberamos a participação da UBES na 12° Bienal de Cultura e Arte dos Estudantes, para que possamos construir um encontro com a produção científica e tecnológica, que aponte caminhos no que seria a educação pós pandemia, junto à visibilidade da produção artística e cultural que é gerada na escola pelos estudantes secundaristas.

Reunião da diretoria Executiva da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, 19 de  Dezembro de 2020.

Fonte: UBES

IFRN faz abaixo-assinado para garantir posse de reitor eleito - UNE - " NÓS CONSEGUIMOS!" - EDUARDO VASCONCELOS - CPC/RN

José Arnóbio foi vencedor da eleição realizada em dezembro de 2019 e o atual reitor pro-tempore nem concorreu ao pleito.

por Redação.

A 4ª Vara da Justiça Federal do RN determinou que o Ministério da Educação (MEC) nomeie o reitor eleito do IFRN, professor José Arnóbio de Araújo Filho, em caráter de urgência.

A juíza responsável pelo caso, Gisele Maria da Silva Araújo Leite, destaca que a eleição para a escolha de José Arnóbio “observou os ditames normativos” e “transcorreu de forma regular”. Além disso, avalia que a Portaria MEC 405/2020, que nomeou o professor Josué de Oliveira Moreira reitor pro tempore, “padece de vício de legalidade”, ou seja, foi emitida de forma irregular. Por esse motivo, determina que

Considerando esses fatos o IFRN lançou um abaixo-assinado solicitando que o MEC cumpra a determinação da Justiça e nomeie o professor José Arnóbio reitor do IFRN.

⇒Para assinar CLIQUE AQUI.

Fonte: UNE

Em nota de apoio a Nassif, Advogados para a Democracia rechaçam investidas contra a liberdade de imprensa

 

NOTA PÚBLICA DE APOIO AO JORNALISTA LUIS NASSIF 

APD – Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia -, entidade não governamental, de caráter nacional e sem fins corporativos, que tem por finalidade estatutária o respeito aos valores do Estado Democrático de Direito, vem a público manifestar seu apoio ao jornalista Luis Nassif.

É pressuposto para o exercício pleno da cidadania e efetividade da democracia o acesso irrestrito à informação.

Somente o conhecimento sobre os acontecimentos, mediante fontes confiáveis, permite a formação de nosso juízo sobre os fatos do mundo.

Por isso, a liberdade de imprensa é uma garantia para todos e de fundamental importância para a construção de uma sociedade democrática e justa.

Todos os tipos de embaraço, perseguição, censura e intimidações à atividade jornalística, inclusive quando vêm dissimulados como legítimo exercício da atividade jurisdicional, devem ser rechaçados.

Luís Nassif, jornalista premiado, é respeitado e admirado pelos colegas e leitores em decorrência de sua atuação profissional responsável, independente, corajosa e altiva.

A APD, indignada diante das investidas ilegítimas, que tentam cercear a liberdade de imprensa, manifesta solidariedade e apoio ao jornalista Luis Nassif na resistência às ignóbeis tentativas de conspurcar sua dignidade pessoal e profissional.

Brasília, 23 de dezembro de 2020.

*Fonte: site Viomundo

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

#ArtistaFOdA Universo-Afroito

Foto: Mateus Bernardo

 POR NINJA

Por Marcelo Mucida, para @planetafoda*

Sensibilidade, memória e inquietação: de Recife, Afroito parte de uma narrativa regional para poder falar sobre sentimentos que são do mundo. A partir de composições que retratam experiências pessoais, a sua música tem conseguido romper barreiras e tocar pessoas de diferentes contextos sociais.

Com 27 anos, o artista já lançou 05 músicas, sendo uma em parceria com a banda A Banca 021, e caminha agora para a realização do seu primeiro álbum chamado “FLUIDO – circulante adentro, universo afora”. Para a editoria #ArtistaFOdA, ele falou sobre a sua vida na arte e os cruzamentos que surgem através das suas criações.

Brincante da cultura popular pernambucana, foi numa roda de coco que Afroito sentiu o impulso que o levaria a desenvolver a sua carreira na música. Ele conta que as práticas da cultura popular possuem mestres e mestras, que são as pessoas responsáveis pela condução da dança, das cantigas e do ritmo.

Foto: Divulgação

“Eu comecei a perceber que esse título de líder da brincadeira era passado apenas para pessoas heterossexuais e cisgênero. Você não vê pessoas LGBT liderando. E então me peguei pensando: por que esse corpo também não pode gerir a brincadeira? […] Infelizmente, ainda é criado um estranhamento quando uma pessoa de um demarcador específico ocupa um espaço de poder. Isso gera um impacto social que é gigante.”

E foi com esta provocação que ele compôs “Nunca Mais Eu Venho”, um coco de roda que teve uma boa repercussão com o público. Desde então, já se somam quatro anos de trabalho e, neste momento, tudo aponta para a concretização do seu primeiro álbum.

Sobre este assunto, ele conta que todas as canções já estão compostas e que elas refletem possibilidades de fluidos corporais imaginadas por ele. A obra parte de uma poética líquida para atravessar corpos com percursos diversos.

“É sobre algo para além do corpo. Algo que existe e que pode ser sentido.”

Foto: Meuja Gonzaga

Entendendo a potencialidade que o artista tem ao poder lançar um álbum, ele iniciou uma campanha de financiamento coletivo para garantir a autonomia e o protagonismo no desenvolvimento deste projeto. A campanha segue disponível até o dia 19 de dezembro (próximo sábado) e já alcançou mais de 54% da meta estabelecida. E tudo depende justamente desta arrecadação, já que ele só receberá o dinheiro se atingir o total definido previamente.

“Obará” é uma das músicas que integra o álbum, lançada como single em 2020. Desde setembro, a faixa já foi escutada mais de 50.000 vezes no Spotify. Com uma sonoridade envolvente, a música traz algumas das principais influências para as criações de Afroito: a afetividade e a sua vivência no candomblé. A música brega dos anos 2000 também é referência para o seu trabalho.

A relação com o candomblé vem desde a sua criação, já que foi adotado por uma família que tinha um terreiro em casa mas, no caso da sua obra, ele compartilha: “Eu penso que eu não estou falando apenas de uma religiosidade. Eu não pretendo falar especificamente sobre candomblé ou ancestralidade. Eu quero falar sobre existência. […] Eu não tento pautar a língua iorubá como dialeto possível para ser didático. É só o que eu senti e o que a minha mente entendeu como palavra naquele momento e foi colocado ali.”

Foto: Mateus Bernardo

Corpos em vulnerabilidade social, genocídio e experiências românticas são outros temas abordados no álbum. “Eu penso o corpo preto LGBT. Eu falo de afetividade como solidão. Mesmo quando eu falo de paixões correspondidas, eu estou contando da forma que eu gostaria que fosse. A solidão do corpo preto está super nítida nas músicas. E não tem como falar de afeto, sendo um homem negro, e não cair no lugar da solidão.”

A partir de uma abordagem pessoal, a sua música tem tudo para chegar a novos lugares, provocando sentimentos e levando também uma mistura de sons que compartilham um pouco de Pernambuco e que exploram este universo interno que é a mente criativa de Afroito.

Mais informações sobre a sua obra e sobre a campanha de financiamento coletivo estão disponíveis no Instagram: @afroito

Assista ao clipe de “Obará”:

*@planetafoda é a página de conteúdos LGBTQIAP+ produzidos pela rede FOdA, da Mídia NINJA, junto a colaboradores em todo o Brasil.

Natal Bem Brasileiro – Receitas

A valorização da cozinha brasileira pelos profissionais do fogão e pelo consumidor é muito recente. O Portal Brasil Cultura tem participação nisso! Sugestões de receitas doces e salgadas para quem quer fazer uma ceia de Natal Bem  Brasileira e com muito sabor.

Falar em cozinha brasileira está na moda e os chefs estão percebendo sua importância para fazer uma culinária com raízes próprias, capaz de ganhar respeito no cenário gastronômico mundial pela sua autenticidade. Mas parece que a maioria dos consumidores ainda tem preconceito em pedir pratos da cozinha brasileira. “Por isso tenho que colocar esse conceito de forma moderada no cardápio”. Assim,o site Brasil Cultura aproveita para introduzir releituras de doces brasileiros, como o doce de leite com açafrão, a goiabada cascão com alecrim, o doce de abóbora com cerefólio, mel com coalhada e pimenta aroeira. Uma idéia quase lúdica de comprar pronto os melhores doces típicos brasileiros e fazer harmonizações diferentes com eles, como as receitas que o Portal da Cultura Brasileira  escolheu para fazer uma ceia de Natal contemporânea, baseada nos ingredientes e receitas de nosso país, com um novo olhar. Um Natal com o sabor de uma galinhada remodelada, de um leve caruru, de uma farofa com frutas secas como a jaca e a banana, a castanha-do-pará e a castanha-de-caju e de uma verdadeira iguaria até hoje pouco valorizada que é a suã com arroz de pequi.

SUÃ DE PORCO E ARROZ COM PEQUI

6 porções

1 kg de suã de porco em pedaços

Farinha de trigo (suficiente para empanar)

1 salsão picado

Óleo de girassol

2 cenouras picadas

1 cebola picada

1 alho-poró picado

1 bouquet de ervas

500 ml de vinho branco

1 vidro de pequi em conserva

200 g de arroz

Sal e pimenta-do-reino

1. Tempere os pedaços de suã com o sal e a pimenta-do-reino. Empane-os com farinha de trigo e doure-os em uma frigideira com óleo.

2. Em uma panela funda refogue os legumes, coloque o suã, o bouquet de ervas, o vinho branco e cozinhe até quase secar.

3. Cubra com água, tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo até que fique macio. Retire os pedaços de suã e reserve.

4. Separe 3/4 da conserva de pequi. Use o pequi e o líquido da conserva para fazer um purê no liquidificador e reserve.

5. Faça um arroz branco e quando pronto junte o purê de pequi.

6. Sirva em seguida a suã, acompanhada do arroz de pequi.

FAROFA COM FRUTAS BRASILEIRAS

6 porções

150 g de manteiga

1 cebola roxa picada em cubinhos

50 g de jaca seca

100 g de banana passa

50 g de castanha-de-caju

50 g de castanha-do-pará

300 g de farinha de mandioca

1 ramo de alecrim

Sal e pimenta

1. Derreta a manteiga em fogo baixo e refogue a cebola por vinte minutos.

2. Junte em seguida as frutas secas cortadas finamente, as castanhas inteiras, o ramo de alecrim e o sal. Cozinhe por mais 10 minutos e adicione a pimenta e a farinha.

3. É importante que esta farofa fique bastante úmida.

GALINHADA

6 porções

1 frango caipira em pedaços

70 ml de vinagre de vinho tinto

1 cebola

2 dentes de alho

1 folha de louro

1 ramo de cheiro-verde (cebolinha e salsinha)

1 colher (chá) de urucum

1 colher (sopa) de extrato de tomate

Sal e pimenta

1. Tempere o frango com o sal, a pimenta, o vinagre, a cebola e o alho. Deixe marinar por 2 horas.

2. Aqueça uma panela funda e doure bem os pedaços de frango. Junte então o restante da marinada, as ervas, o urucum e o extrato de tomate.

3. Cozinhe em fogo baixo até quase secar. Cubra então com água, tampe a panela e cozinhe até que o frango esteja bem macio.

CARURU

4 porções

100 g de camarão seco

100 g de castanha-de-caju

1 cebola

1 dente de alho

Suco de limão

30 ml de vinagre

Cheiro-verde e coentro

30 ml de azeite de dendê

200 g de quiabo

1. Em um processador bata o camarão seco e a castanha-de-caju até obter uma massa bem homogênea, coloque água se necessário.

2. Refogue a cebola e o alho finamente picado, e junte então a pasta de camarão. Cozinhe por 15 minutos, adicione o suco de limão, o vinagre e as ervas, misture bem e cozinhe por mais 10 minutos. Coloque então o dendê, apague o fogo e mexa vigorosamente.

3. Sirva em seguida com lâminas de quiabo cruas e também fritas. (O quiabo cru não tem baba)

DOCES DA FAZENDA

Algumas harmonizações de doces tradicionais brasileiros, mas cabem outras criações. Escolha produtos de boa qualidade.

  • Combine a goiabada cascão com folhas de alecrim.
  • O doce de goiaba com manjericão.
  • O doce de leite com pistilos de açafrão.
  • O doce de abóbora com cerefólio.
  • O figo em calda com flores de violeta.Na noite anterior, aqueça a compota com a calda e faça uma infusão de muitas flores de violeta na calda. Deixe retornar à temperatura ambiente. Na manhã seguinte, retire os figos e coe a calda. No momento de servir parta o figo ao meio e decore com uma flor.
  • Escolha um queijo-de-minas meia cura, porém macio e polvilhe com pimenta-do-reino moída na hora.
  • Aqueça o leite cru a 35ºC (pode ser usado um termômetro comum), junte então o coalho, cubra com um pano e deixe descansar por 12 horas. Em seguida, leve à geladeira. Na hora de servir, disponha uma colher num prato, regue com mel e salpique as bagas de aroeira.Disponha de maneira delicada cada doce e suas harmonizações e sirva em seguida.

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Fonte: Portal BRASIL CULTURA