Foto: Állan Matson
Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membros,. ativistas, poetas, escritores, produtores culturais, grupos culturais, violeiros, pensantes e os que admiram e lutam pela cultura potiguar. Cultura! A Cultura, VIVE e Resiste! "Blog do CPC/RN, notícias variadas na BASE DA CULTURA!
Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...
Foto: Állan Matson
Um dia depois das denúncias do Bolsolão, esquema montado pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) para garantir o apoio de parlamantares por meio de um orçamento secreto de R$ 3 bilhões e com mais detalhes sobre o caso sendo divulgado por outros jornais, o presidente, aquele que disse que ia acabar com a mamata, se referindo a corrupção do passado, não se sabe qual, fez a única coisa que faz bem-feito: insultou os jornalistas do Estadão, jornal que revelou o esquema.
Em conversa com apoiadores, Bolsonaro disse que o jornal inventou o orçamento secreto, chamou os jornalistas de canalhas e tentou explicar o inexplicável,
“Só os canalhas do Estado de S. Paulo para
escrever isso aí", afirmou. Bolsonaro explicou para seus apoiadores que o
Orçamento da União foi aprovado pelo Congresso depois de meses de discussão. Só
não disse que, como provam os documentos que o Estadão publicou, a distribuição
dos R$ 3 bilhões foi negociada em gabinetes do Palácio do Planalto e não no
Congresso.
Mas, o presidente sabe que tem, sim, muito o que explicar. A
denúncia deve ser investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e até por
deputados da base aliada do governo que querem criar uma Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI). E os desdobramentos desta terça-feira dão mais argumentos
para a investigação, como os detalhes apurados pelos jornalistas Natália
Portinari, Manoel Ventura e Melissa Duarte, publicada no jornal O Globo, que
denunciaram a criação de uma taxa de fidelidade para
escolher quem ia receber o dinheiro.
De acordo com a reportagem, o Bolsolão,
esquema que desviou dinheiro para a aquisição de tratores e máquinas agrícolas
superfaturadas, foi montado e colocado em prática com base numa taxa
de fidelidade nas votações do Congresso. "Eleito com
apoio do Planalto para comandar a Câmara, Arthur Lira (PP-AL) participou das
negociações para a liberação de recursos para aliados. Presidente do PP, Ciro
Nogueira também teve direito a indicar recursos. Somente na Codevasf, estatal
controlada pelo Centrão, direcionou R$ 30 milhões para sua base",
diz trecho da reprotagem.
"Enquanto contemplava aliados na Câmara e no Senado com as
emendas, o governo mantinha um monitoramento da fidelidade dos parlamentares a
seus projetos. Fichas obtidas mostram como a Secretaria de Governo, na gestão
do então ministro Luiz Eduardo Ramos, fazia o acompanhamento da atuação de
aliados no Congresso, com pontuação para posicionamento e favor e contra o
Planalto nos principais temas”, dia a a.
“A fidelidade”, segue a matéria, “é um dos critérios para
congressistas conseguirem melhor trânsito no governo, com possibilidade de
liberação de emendas e indicação para cargos".
Ainda segundo a reportagem do jornal carioca, o
subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado solicitou ao TCU que apure a
reserva de R$ 3 bilhões do Orçamento de 2020 para deputados e senadores
indicarem a destinação recursos para obras e compras de equipamentos em
municípios.
O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) também fez um requerimento
para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o
esquema. Rocha é aliado de Bolsonaro e tem apadrinhados na Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal
que serviu de principal caminho para a execução das verbas secretas, segundo o Estadão.
“Entendemos imperiosa a instalação de uma Comissão Parlamentar
de Inquérito para que o Senado Federal proceda à vigorosa investigação desses
fatos, visando bem esclarecer a sociedade brasileira e, caso sejam constatadas
irregularidades, recomendar aos órgãos competentes o indiciamento dos
suspeitos”, escreveu o senador na solicitação. Para ser instalada, uma CPI
precisa das assinaturas de no mínimo ⅓ do Senado, ou seja, 27 senadores.
Fonte: CUT
O Brasil deve atingir meio milhão de mortos por Covid-19 em junho.
Supondo que nenhuma grande medida de isolamento social seja adotada doravante e mantendo-se o ritmo lento da vacinação, é praticamente certo que ultrapassaremos 600 mil mortos nos próximos meses.
Se os subnotificados forem 30% dos casos
notificados, como estimou a organização Vital Strategies, é razoavelmente provável que
terminemos o ano com um milhão de mortos (entre notificados e subnotificados),
sem contar as pessoas que morreram de outras doenças, por falta de hospital
etc.
Na estimativa do Institute for Health Metrics and Evaluation da Universidade de Washington, se contarmos tudo isso já estamos com quase 600 mil mortos agora.
Se houver uma terceira onda de inverno agora que tudo reabriu, é perfeitamente possível que cheguemos ao milhão de mortos notificados antes do fim da pandemia.
Já não é impossível que o pessoal do Imperial College, no final das contas, tenha errado para menos.
Enquanto era possível evitar esse assassinato em massa, as elites brasileiras tinham outras preocupações, como as reformas econômicas, o acordão e o trauma que um impeachment obviamente necessário causaria tão pouco tempo depois de um impeachment sem qualquer justificativa.
Resta-nos, ao menos, torcer para que a CPI da pandemia faça seu trabalho e mande o presidente da República para a cadeia.
As primeiras sessões da CPI da Covid foram razoáveis. O número de crimes de Bolsonaro denunciados por Mandetta e Teich é suficiente para prender Bolsonaro e seus cúmplices diretos. Já Queiroga provou estar mesmo só a duas letras de distância de Fabrício Queiroz.
Falando em Queiroz, se no Rio de Janeiro Bolsonaro era amigo do chefe da milícia Escritório do Crime, na CPI é defendido pelo que podemos chamar de Consultório do Crime, um grupo de senadores que buscam tumultuar a investigação mentindo sobre medicina. Seus principais representantes são Eduardo Girão e Luiz Carlos Heinze.
Girão e Heinze mentem sobre a eficácia da cloroquina, mas o curandeirismo presidencial não é o principal crime que tentam acobertar.
Bolsonaro usou a cloroquina como artifício para minimizar os riscos da pandemia e mandar o povo brasileiro morrer na rua.
A cloroquina não é só um remédio ruim, é o remédio ruim que Bolsonaro ofereceu ao Brasil no lugar de isolamento social e vacina. Por isso morreu tanta gente.
Os fatos gritam: Bolsonaro causou uma proporção enorme das mortes brasileiras na pandemia, que, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, p. ex., aconteceram em sua maioria depois da descoberta da vacina.
Desafio Heinze, Girão, Osmar Terra ou qualquer outro cúmplice de Bolsonaro a me mostrar um estudo em que Bolsonaro seja responsável por menos do que 100 mil mortes até o fim da pandemia.
Essa estimativa camarada e favorável a Bolsonaro já o torna culpado de mais assassinatos do que os cometidos por todos os assassinos brasileiros em 2019 (41.730) somados aos cometidos por todos os assassinos brasileiros em 2020 (43.892).
Se os bolsonaristas defendem as execuções no Jacarezinho (RJ) porque alguns dos mortos eram suspeitos de crimes, o que defendem que se faça com o assassino de, na estimativa mais camarada, cem mil brasileiros?
Eu só peço cadeia. E cadeia eu exijo. (por Celso
Rocha de Barros, jornalista e
doutor em sociologia pela Universidade de Oxford)
Postado por celsolungaretti -(
Em um contexto de ampla perseguição a lideranças e a povos indígenas, a Mídia NINJA promove no próximo dia 15 de maio, sábado, um encontro para debater o papel dos povos originários na preservação ambiental. Esta será a terceira edição do Emergências Amazônia, que tem promovido encontros temáticos para formação de redes de proteção da região. Para garantir acesso à programação, os participantes devem se inscrever no site do Emergências Amazônia: www.emergenciasamazonia.org/comunidade
O encontro reunirá, além de indígenas dos mais diversos povos e de diferentes países da América Latina, comunicadores populares, especialistas, jornalistas e indigenistas. A programação ocorrerá a partir das 11h com uma reunião aberta para consolidação da comunidade latino-americana em defesa da Amazônia. Além disso, haverá o encontro de comunicadores indígenas e um espaço de denúncia contra a violência e as violações praticadas contra os povos originários.
No Brasil, entre os casos mais recentes está a perseguição institucional contra lideranças indígenas. Do Maranhão, Sônia Guajajara foi intimada pela Polícia Federal a prestar depoimento sobre acusação de difamar o governo federal, por meio da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Almir Suruí, líder indígena de Rondônia, também foi vítima de um inquérito pedido pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Ambos foram intimados por denunciar as violações cometidas contra indígenas no período de pandemia de Covid-19.
“O governo busca intimidar os povos indígenas em uma nítida tentativa de cercear nossa liberdade de expressão, a ferramenta mais importante para denunciar as violações de direitos humanos”, diz nota da Apib em referência às intimidações contra as lideranças.
Durante a programação do dia 15, também serão realizados outros debates sobre temas como a luta indígena na disputa de imaginário e o projeto de bem viver para o século XXI.