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domingo, 2 de dezembro de 2018

Cultura - Políticas Públicas - A cultura em compasso de espera



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Reprodução: Mídia Social
Um ambiente de confusão e desinformação ronda a área cultural ante o penoso mundo de incógnitas de Jair Bolsonaro

por Jotabê Medeiros

O Ministério da Cultura é responsável por um legado de 80 anos na proteção do patrimônio histórico e cultural do Brasil (cerca de 1,2 mil bens tombados), além de 30 museus, da regulação dos direitos autorais, das políticas de fomento às atividades artísticas, do cinema e do audiovisual, do livro e da literatura e do acompanhamento e assistência a ações de preservação cultural no processo de regulação fundiária, entre outras atividades. 

Para isso, conta com seis secretarias distintas e sete entidades vinculadas, entre elas o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a Agência Nacional do Cinema (Ancine), a Fundação Casa de Rui Barbosa, a Fundação Palmares, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Fundação Biblioteca Nacional.

Daqui a um mês, a partir da entronização do governo Bolsonaro, o Ministério da Cultura deverá ser rebaixado de status. Passará, segundo o novo governo, a ocupar o lugar de uma secretaria abrigada sob o guarda-chuva do Ministério da Educação, junto com o Esporte.

Bolsonaro segue determinação emanada de um documento da Frente Parlamentar Evangélica (também conhecida como Bancada Evangélica, composta por 84 deputados), divulgado no dia 24 de outubro, que dá os contornos da sua estrutura ministerial. A bancada é base do governo eleito.
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Tal recuo institucional só aconteceu pela última vez há 28 anos, quando o governo Collor rebaixou o MinC (o governo Temer também tentou esse desvio, mas levou apenas nove dias para recuar). A pasta da Cultura era fundida à da Educação até 1985, quando veio o período considerado de “redemocratização do País” e o então presidente José Sarney criou o MinC.

Caso se confirme sua extinção, o Brasil se torna um dos poucos países da América do Sul que não tem ministério (Argentina, Chile, Paraguai, Colômbia, Venezuela, Peru, Bolívia: todos têm).
O ambiente de confusão e desinformação ronda a área cultural neste fim de ano.

Um dos filhos do presidente eleito já falou em extinguir também a Lei Rouanet, mas não houve confirmação da equipe do governo eleito. Mais de mil projetos terão sido aprovados até o final deste ano para buscar captação em 2019, entre eles as instituições museológicas e os grupos orquestrais mais celebrados do País, como o Museu do Amanhã (captação de 43 milhões de reais), o Instituto Inhotim, o Masp, a Bienal de São Paulo (todos aprovaram captação de 28 milhões de reais) e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (31 milhões de reais).
A contrariedade de um governo em relação a uma lei (que, por sinal, é muito usada em sua base eleitoral, de Silvio Santos ao dono da Havan, Luciano Hang) não a torna muito estimulante para investidores.
Especialistas em leis de incentivo, no entanto, avaliam que a renúncia fiscal vai permanecer. Por um motivo muito simples: o governo eleito vai querer beneficiar os empresários que destinaram dinheiro para sua eleição e já utilizam o mecanismo. Mas os editais de cultura serão devastados, porque sua finalidade é ampliar o acesso, democratizar e propiciar atividades que são marcadas pela liberdade de expressão e de manifestação.
Suscita preocupação não o que Bolsonaro pode fazer no setor, mas o que ele pode desfazer. Uma gestão inepta poderia aprofundar um desmonte que já está consolidado, como os marcos regulatórios do direito autoral e a política nacional de museus.
Até fevereiro, o Senado deverá finalizar o debate em torno da Medida Provisória nº 850 (que extingue o Instituto Brasileiro de Museus, Ibram, e cria no seu lugar a Agência Brasileira de Museus, a Abram, com dotação orçamentária oriunda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, integrante do Sistema S).
A Abram é um casuísmo criado pelo governo Temer para mostrar algum empenho em resolver a situação dos museus brasileiros após o incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
O atual titular do Ministério da Cultura, Sergio Sá Leitão (que assume, em janeiro, a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, a convite do governador eleito João Doria Jr.), demonstra ter mudado de ideia a respeito da MP nº 850 ‒ passou a se mostrar favorável a não mais extinguir o Ibram, mas ainda assim quer criar a Abram.

Na semana passada, já investido de sua nova posição em outro governo de perfil autocrático, Sá Leitão reuniu-se com Ronaldo Bianchi em São Paulo para tratar da Abram, sua mirabolante “herança”. Bianchi foi superintendente do Museu de Arte Moderna de São Paulo, vice-presidente do Itaú Cultural e gerente do Memorial da América Latina, além de secretário-adjunto de Cultura de São Paulo.
Manter duas estruturas de função paralela, segundo prega Leitão, além de contrariar a proposta original do já finado governo Temer, também não deve encontrar guarida no governo Bolsonaro. Na verdade, é bem difícil saber o que pode ser objeto de análise da nova ordem: em cinco anos de diatribes de militante nas redes sociais, o apoplético ministro da Educação indicado pelo presidente, Ricardo Vélez Rodríguez, parece que só lia os editoriais do Estadão.Demonstra afinidade zero com o assunto cultura, e menos ainda com esportes, mas é ele que vai apitar no novo campo.
“Tudo que havíamos conquistado nos últimos anos, através de políticas públicas, programas e projetos que significam a responsabilização do Estado e sua contribuição com o desenvolvimento do País, será total ou parcialmente perdido com a extinção do MinC”, diz Juca Ferreira, que foi ministro de Estado da Cultura duas vezes.
Ferreira crê que, durante o período, apenas os estados e municípios do Nordeste terão condições de desenvolver políticas culturais saudáveis para atravessar um futuro sombrio. Eventos de grande autonomia, como os festivais de música Maloca Dragão, no Ceará (público de 450 mil pessoas) e Se Rasgum, no Pará (mais de trinta artistas por edição e cem eventos paralelos) afirmam uma saúde cultural extraordinária.
O que mais poderá sobreviver nesse ambiente de desarticulação nacional? Talvez aquilo que esteja mais protegido da demagogia e do populismo. A Agência Nacional de Cinema (Ancine) pode ser esse enclave. Mais profissional estrutura montada pela cultura em décadas, o tripé financiamento-fomento-gestão da Ancine parece ter se tornado à prova de antirrepublicanismo.
Mantida fundamentalmente pela arrecadação de um tributo (a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional, Condecine, que alimenta o Fundo Setorial do Audiovisual), cujo resultado é revertido para o próprio estímulo à produção, a Ancine parece vacinada contra a estupidez governamental e o dirigismo.
Nem na pífia era Temer conseguiram torná-la irrelevante. Pelo contrário: os valores disponibilizados pelo Fundo Setorial do Audiovisual para o setor (filmes, docs, séries, animação, etc.), tanto pela Ancine quanto pela Secretaria do Audiovisual (SAV), somaram 960,2 milhões de reais em 2018 (até 26 de novembro). Isso só de fomento direto. Falta contabilizar ainda o fomento indireto, que são as permissões para a captação no setor privado.
Por conta dessa constância e a capacidade de planejamento da Ancine, o cinema brasileiro se firmou como indústria nos últimos anos de forma inquestionável. Três produções nacionais da chamada era da pós-retomada, encabeçadas por Nada a Perder e Os Dez Mandamentos, tiveram bilheterias assombrosas, mais de 10 milhões de espectadores.
Ficaram à frente de Tropa de Elite 2, lançado em 2010 (e que tornou o cineasta José Padilha num milionário diretor hollywoodiano), o primeiro filme a desbancar a liderança mantida por anos de Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976, um dos marcos do período denominado de “conquista do mercado”.
De 1970 a setembro de 2018, 510 filmes brasileiros ultrapassaram os 500 mil espectadores, um feito não tão extraordinário em face do cinema anglofalante ‒ só neste ano 33 películas estrangeiras, como Megatubarão ou O Predador, ultrapassaram esse patamar.
Mas há uma constância e uma conquista progressiva de público que projeta o cinema brasileiro como um dos grandes mercados da atualidade. Os motivos mais evidentes de que a política de cinema vai sobreviver são dois: é uma área superavitária, que gera mais recursos do que consome, e emprega milhares de pessoas.
projeto conservador da extrema-direita, momentaneamente vencedor, aponta a cultura como inimiga, mas é como eleger o próprio povo como adversário. A cultura é um elemento interdisciplinar, comum a todas as atividades humanas, é o que distingue uma Nação.
Na França do século passado, por exemplo, de André Malraux a Jack Lang, o País se ocupou em afirmar sua singularidade perante o mundo. A cultura funciona como um antídoto contra o avanço da filosofia do lucro a qualquer custo e do vale-tudo social. E segue sempre funcionando, mesmo a contragosto do poder.
Fonte: CARTA CAPITAL

Funarte abre inscrições para programa gratuito de capacitação técnica, no Rio

Inscrições abertas

Oficinas de artes cênicas, música e artes visuais começam no dia 11 de dezembro na capital fluminense.

O Rio de Janeiro recebe, entre os dias 11 e 14 de dezembro, a última etapa do Programa Funarte de Capacitação Técnica 2018. Serão oferecidas ao público doze oficinas gratuitas nas áreas das artes cênicas, música e artes visuais. Os cursos têm duração de 20 horas, cada, e são ministrados por profissionais reconhecidos no mercado.
Para participar das oficinas, os interessados devem preencher, até o dia 5 de dezembro, o formulário on-line nos links disponibilizados no portal da Funarte. As inscrições serão confirmadas no primeiro dia do curso e, se houver desistências, o número de vagas poderá ser ampliado. A lista preliminar de inscritos será divulgada no dia 7 de dezembro.
Na capital fluminense, serão ministradas as seguintes oficinas: Aprimoramento Vocal do Ator, com Angela de Castro; Composição Coreográfica, com Alex Neoral; Direção Cênica, com Eduardo Wotzik; O Corpo na Cena, com Marluce Medeiros; Produção e Administração Teatral, com Cacau Gondomar; Lutheria, com Orlando Ramos; Gestão Cultural, com Paula Brandão; História da Música Brasileira, com Luís Pimentel; Trilha Sonora, com Rodrigo Marsillac; O Educador-Artista: Performatividade e Práticas da Liberdade, com Bianca Bernardo; Performance negra nas artes visuais: corpo, tempo, espaço e política, com Tiago Sant’Ana; e Elaboração e Gestão de Projetos em Artes Visuais, com Ana Paula Santos.
O Programa Funarte de Capacitação Técnica 2018 teve início em julho deste ano e já passou por seis cidades brasileiras: Goiânia (GO), Londrina (PR), Campina Grande (PB), Campinas (SP), Belém (PA) e Fortaleza (CE). A última etapa é no Rio de Janeiro (RJ). No total, cerca de três mil pessoas serão capacitadas pelo programa, que pretende valorizar o processo criativo, contribuindo para o aperfeiçoamento técnico e artístico dos participantes e para a geração de emprego e renda.
A seguir, a programação completa:
Programa Funarte de Capacitação Técnica 2018
Oficinas de Artes Cênicas
Aprimoramento Vocal do Ator
Com Angela de Castro
20 vagas
11 a 14 de dezembro, das 14h às 19h
Local: Teatro Glauce Rocha
Avenida Rio Branco, 179 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

A oficina se propõe a aperfeiçoar o desempenho vocal a partir das diferenças específicas e potencialidades individuais. Tem por objetivo capacitar o profissional a desempenhar suas atividades com segurança e naturalidade, utilizando de maneira eficiente a sua voz.
Angela de Castro é fonoaudióloga e preparadora vocal. Presta serviços de consultoria em Comunicação, media training e preparação específica em voz para executivos, cantores, atores e conferencistas. Trabalha a preparação vocal de diversos artistas, como Zélia Duncan, Leila Pinheiro, Xuxa Meneghel, Padre Fábio de Melo, Simone, Ivan Lins, Pretinho da Serrinha, Marcos Valle, Quarteto em Cy, entre outros. Atuou como preparadora vocal nos filmes Cidade de DeusDuendes 1Diabo a QuatroDois Filhos de FranciscoTropa de Elite 1 e Paraísos Artificiais. Também foi preparadora vocal do elenco principal dos seriados infantis Detetives do Prédio Azul e Valentins. Na música clássica, participou de trabalhos com a cantora lírica Maude Salazar em óperas como Bodas de FígaroA Viúva Alegre e La Traviata, e como assistente de direção geral de O Barbeiro de Sevilha.
Composição Coreográfica
Com Alex Neoral
20 vagas
11 a 14 de dezembro, das 9h às 14h
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, nº 338 – Catete – Rio de Janeiro (RJ)

A oficina oferece aulas de dança contemporânea, abordando diversos assuntos referentes à pratica de dança com apoio nas ferramentas técnicas clássicas. Os encontros serão divididos e a cada dia o foco será nos assuntos das peças do espetáculo Still Reich, que estará em cartaz concomitantemente ao curso.
Alex Neoral é coreógrafo e diretor. Iniciou seus estudos em dança em 1994. Fez parte de companhias do Rio de Janeiro, como Cia de Dança Deborah Colker, Cia Nós da Dança, Grupo Tápias e Cia Vacilou Dançou. Em 1997, fundou a Focus Cia de Dança, que atualmente é uma das mais atuantes companhias do país, já tendo se apresentado em mais de 90 cidades brasileiras e também em outros países, como Alemanha, Itália, Panamá, França, Portugal, Estados Unidos, Canadá, México e Costa Rica.
Como professor de dança contemporânea, ministrou vários workshops pelo Brasil, além de aulas nos Estados Unidos e na Itália. Como coreógrafo convidado, participou de inúmeros trabalhos com destaque para a remontagem de Pathways para o CityDance Ensemble, em Washington; peças inéditas para o Teatro Bolshoi no Brasil, para a Cia Nós da Dança e São Paulo Cia de Dança, além de musicais e peças teatrais.
Atualmente, é coreógrafo da comissão de frente da escola de samba Unidos da Viradouro, somando dez carnavais. Em 2016, sua companhia recebeu a Ordem do Mérito Cultural, a mais importante condecoração do Ministério da Cultura.

Direção CênicaCom Eduardo Wotzik
100 vagas
11 a 14 de dezembro, das 9h às 14h
Local: Teatro Dulcina
Rua Alcino Guanabara, 17 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

A oficina promove um encontro entre o diretor e os participantes com o objetivo de oferecer acesso aos processos de criação e direção cênica na construção de um espetáculo. O curso é voltado para diretores, atores, cenógrafos, figurinistas, iluminadores, produtores, técnicos, e público em geral.
Eduardo Wotzik fundou o Grupo Tapa, no qual desempenhou as funções de ator, produtor e diretor durante dez anos. Fez parte do Conselho da Casa de Cultura Laura Alvim e do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro.
Representou o Brasil no Ano Brasil Portugal com apresentações no Porto/Portugal do espetáculo Bonitinha, mas ordinária, de Nelson Rodrigues. Fundou o Centro de Investigação Teatral, que durante dez anos realizou oficinas, palestras, investigações cênicas e espetáculos na Casa de Cultura Laura Alvim.
Recebeu inúmeros prêmios, entre eles, o Prêmio Mambembe de Contribuição ao Teatro Brasileiro, Prêmio Mambembe de direção, Prêmio Molière, Prêmio IBEU de melhor direção, Prêmio Teatro da Serra, Prêmio MinC-INACEN de melhor espetáculo. Considerado um dos mais destacados encenadores de sua geração, dirigiu os espetáculos Tróia, de Eurípedes; Bonitinha, mas ordinária, de Nelson Rodrigues; Um Equilíbrio Delicado, de Edward Albee; Sonata Kreutzer, de Leon Tolstoi; Escola de Mulheres, de Molière; Édipo Rei, de Sófocles; e Missa Para Clarice, sua obra mais recente, entre outras produções.

O Corpo na Cena
Com Marluce Medeiros
20 vagas
11 a 14 de dezembro, das 9h às 14h
Local: Teatro Glauce Rocha
Avenida Rio Branco, 179 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

A oficina propõe o desenvolvimento da consciência corporal através de atividades que observem os limites, dificuldades, descobertas de padrões e memórias posturais de cada um, que devem ser usados como facilitadores do aprendizado motor. O objetivo é possibilitar a construção de um corpo disponível para o movimento, identificando as tensões e controlando o excesso de energia gasto para desenvolver determinada ação, encontrando o momento da dança de cada um. O corpo consciente é elemento fundamental para o artista na sua criação e interação com o outro. O projeto “O corpo em cena” pretende iniciar a pesquisa corporal de cada participante, ajudando no desenvolvimento da sua arte.
Marluce Medeiros é bailarina, coreógrafa e professora, graduada em Educação Física pela Universidade Gama Filho. Atuou como diretora residente, preparadora corporal e assistente de coreografia do espetáculo Bem Sertanejo – O Musical. Ministrou oficinas no sistema Firjan e Sesc, como “A dança não tem limites” e “Dança é para todos”, voltada para o projeto Vira Vida. Coordenou o Projeto Arará, do Instituto Ary Carvalho, para 270 jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro, entre os anos de 2005 e 2012. Como bailarina, participou de várias produções em TV, teatro e cinema, além de diversos espetáculos de dança no Brasil e no exterior. Em 2004, fundou o Studio Talento e Arte Escola de Dança, do qual é diretora artística. É assistente do coreógrafo Renato Vieira, e preparadora corporal nos musicais Sambra – 100 anos de Samba;Gilberto Gil, Aquele Abraço – O Musical; e Zeca Pagodinho – Uma História de Amor ao Samba.
Produção e Administração Teatral 
Com Cacau Gondomar
20 vagas
11 a 14 de dezembro, das 13h às 18h
Local: Teatro Dulcina
Rua Alcino Guanabara, 17 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

A oficina tem como objetivo oferecer aos participantes noções gerais de produção e gestão de projetos culturais nas artes cênicas. Serão abordados os seguintes tópicos: missão, planejamento, projetos, leis de incentivo, editais, captação de recursos, planos de mídia, produção executiva, projetos de acessibilidade, democratização de acesso e prestação de contas.
Cacau Gondomar é produtora cultural, atriz e designer, pós-graduada em Gestão Comercial. Com experiência no mercado cultural há 20 anos, atuou em inúmeros trabalhos, dentre os quais destacam-se: O Bem do Mar (2009); Marlene Dietrich – As Pernas do Século (2010/2011); A Eva Futura (2011); e Lago dos Cisnes (2013). Integrou a equipe de produção da trilogia infantil SambinhaBossa Novinha – A Festa do Pijama e Forró Miudinho, e também do Festival Panorama 2015. No mesmo ano, foi a diretora de produção responsável pela ocupação Muito Além da Dança, no Teatro Cacilda Becker, no Rio. Em dezembro de 2015, produziu a exposição e o concerto L’homme et son désir, na Sala Cecília Meireles e na Bibliomaison; realizou a programação visual do FITA – Festival Internacional de Teatro de Angra 2016; produziu o estande “Campus France” no Club France, durante os Jogos Olímpicos 2016; integrou a equipe de produção do espetáculo franco-brasileiro Toque; produziu o espetáculo infantil Makuru – Um Musical de Ninar (2017); e assinou a produção artística do espetáculo Bem Sertanejo – O Musical (2ª temporada/2018).
Oficinas de Música
Lutheria
Com Orlando Ramos
6 vagas
11 a 14 de dezembro, das 9h às 14h
Local: Centro Técnico de Artes Cênicas da Funarte – CTAC
Rua do Lavradio, 54 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

O curso tem por objetivo mostrar, através da prática, as técnicas de montagem, regulagem e conservação dos instrumentos de corda com arco, para o melhor desempenho do instrumento.
Obs.: O aluno deve levar seu violino.
Orlando da Motta Ramos formou-se luthier aos 17 anos, especializando-se na confecção e restauração de instrumentos musicais de cordas friccionadas e cordas dedilhadas. Estudou com o maestro liutaio Guido Pascoli, desenvolvendo várias pesquisas na área de acústica e vernizes com o propósito de aperfeiçoar a qualidade de produção dos instrumentos musicais. Juntamente com o maestro Guido Pascoli, se dedicou ao desenvolvimento dos instrumentos do modelo Brasiliano.
Já como professor, Orlando Ramos foi convidado para trabalhar na Fundação Nacional de Artes – Funarte/Ministério da Cultura, no projeto Espiral, cuja finalidade era formar profissionais em todo o país para que propagassem a arte da luteria em seus estados de origem. Em 1980, fez o curso de Construção e Montagem de instrumento de corda com arco com o maestro liutaio Luiz Bellini. Em 1995, através do convênio realizado entre a Funarte e a Funarj (Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro), ministrou aulas de lutheria, para jovens de 14 a 16 anos, na Escola de Música Villa-Lobos. Em 1999, participou de um intercâmbio Brasil/Itália, através do qual teve aulas de restauração e montagem de instrumentos. Em 2000, fez curso na Itália, na Scuola Internazionale di Liuteria di Antonio Stradivari, em Cremona, com o maestro liutaio Claudio Amighetti, onde estudou confecção, restauração de instrumentos antigos (Renascentismo/Romantismo) e aulas de museu. Em 2011, ministrou curso de lutheria no III Fórum de Música, Gestão, Eduação e Cidadania do PIRPIM (programa voltado à integração através da música). Orlando Ramos é servidor da Funarte e ministra aulas, oficinas, cursos e palestras em todo o país, com ênfase na confecção, restauração e conservação dos instrumentos.

Gestão Cultural
Com Paula Brandão
40 vagas
11 a 14 de dezembro, das 14h às 19h
Local: Galpão da Cidadania
Avenida Barão de Tefé, nº 75 – Saúde – Rio de Janeiro (RJ)

O curso traz à discussão as possibilidades da gestão cultural e as especificidades da área da música. Como ser gestor de sua própria carreira ou do seu grupo? Qual o limiar entre a atuação do artista e do gestor? Como ser gestor cultural no Brasil e quais são os principais desafios? São questões importantes para entender a área cultural a partir da sua vivência cotidiana.
Paula Brandão é empreendedora e produtora criativa. Fundou e é a atual diretora de Criação & Planejamento da Baluarte Cultura, empresa especializada em consultoria, gestão e capacitação cultural com certificação do Sistema B e signatária do Pacto Global. Assinou a criação e realização de mais de 90 projetos por todo o Brasil e exterior. É bacharel em Produção Cultural (Universidade Federal Fluminense – UFF) e em Relações Públicas (Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ), com capacitação em Mensuração de Impactos Sociais e Innovation & Strategy pelo Insper; Design Thinking pela ECHOS; Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (Programa 10.000 Women – Goldman Sachs); e em Empreendedorismo Sustentável pelo programa Shell LiveWIRE Brasil. É conselheira do Sistema B Brasil e coordenadora técnica do MBA Executivo em Gestão da Economia Criativa da Estácio.
História da Música Brasileira 
Com Luís Pimentel
40 vagas
11 a 14 de dezembro, das 14h às 19h
Local: Galpão da Cidadania
Avenida Barão de Tefé, nº 75 – Saúde – Rio de Janeiro (RJ)

O curso percorre a história da música brasileira, dos primeiros compositores do período colonial até os dias de hoje. Através dos mais variados ritmos e gêneros, apresenta toda diversidade da música brasileira.
Luís Pimentel é jornalista, escritor e pesquisador da música brasileira. Trabalhou em diversas redações de jornais e revistas do Rio de Janeiro, foi autor-roteirista de programas de humor para a TV, e tem livros publicados em variados gêneros (música, teatro, contos, poesia, infanto-juvenil e textos de humor). Escreveu sobre a MPB e seus principais nomes em veículos como Última Hora, Jornal do Brasil, O Dia, Opasquim21 e na revista Bundas. Publicou sobre o tema os livros Com esses vou – crônicas e perfis da MPBWilson Batista – na corda bamba do samba e Geraldo Pereira, um escuro direitinho, além dos volumes sobre Luiz Gonzaga e Ary Barroso para a coleção Mestres da Música no Brasil, da Editora Moderna. Por sua obra literária já recebeu vários prêmios nacionais, como o Concurso Literatura Para Todos, do MEC; e o Cruz e Souza, da Fundação Catarinense de Cultura.
Alguns títulos literários, para adultos: Aquela música (Contos, Myrrha, 2016), Contos da vida absurda (Casarão do Verbo, 2014), Que assim seja (Poesia, Mondrongo, 2016), Grande homem mais ou menos (contos, Bertrand Brasil, 2007), Cenas de cinema, conto em gotas (Myrrha, 2011) e O calcanhar da memória (Bertrand Brasil, 2006).
É autor dos textos teatrais O amor impossível do Valente Assis (Prêmio Nacional de Dramaturgia Cidade de Belo Horizonte 2009), O homem e seu cachorro (monólogo) e Correntes.
Ministra oficinas de literatura no Rio, em feiras de livros e bienais em diversas regiões do país.

Trilha Sonora
Com Rodrigo Marsillac
40 vagas
11 a 14 de dezembro, das 14h às 19h
Local: Galpão da Cidadania
Avenida Barão de Tefé, nº 75 – Saúde – Rio de Janeiro (RJ)

Aborda a música no audiovisual, sua história, os aspectos perceptivos, o processo de criação, aspectos da produção e dicas para músicos que querem entrar neste mercado.
Rodrigo Marsillac é compositor e produtor musical. Bacharel em Composição pela UNIRIO e pós-graduado em Música para Cinema e TV pelo CBM. Já atuou em diversos setores do mercado audiovisual, como cinema, teatro, publicidade, séries para TV fechada, documentários e programas para TV aberta. Atualmente, é produtor musical da TV Globo, compondo música para novelas, séries e também produzindo programas de variedades.
Oficinas de Artes Visuais
O Educador-Artista: Performatividade e Práticas da Liberdade
Com Bianca Bernardo
20 vagas
11 a 14 de dezembro, das 9h às 14h
Local: Galpão da Cidadania
Avenida Barão de Tefé, nº 75 – Saúde – Rio de Janeiro (RJ)

A oficina reflete sobre o ensino de artes e a geração de espaços para a construção do saber e do fazer artístico através da escuta, da expressão e da problematização das múltiplas vozes que compõem as relações em sala de aula.
Bianca Bernardo é gestora cultural do espaço independente Saracura, no Rio de Janeiro (RJ). Pós-graduanda em História e Cultura Africana e Afro-Brasileira; Mestre em Artes pelo Ppgartes –UERJ, atua em projetos educativos em instituições de cultura desde 2010. Foi gerente de Educação do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea entre 2013 e 2017, coordenou os projetos voltados à infância e adolescência O Museu que Nós queremos! e Merendeira Cor-de-Rosa: Rumo à Expedição!.
Foi artista-educadora do Núcleo Experimental de Educação e Arte do Museu de Arte Moderna (MAM Rio), entre 2011 e 2013; e educadora residente no Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa, em 2014. Em 2016, participou no Museu de Arte Contemporânea de Niterói dos Encontros de Mediação na Arte Contemporânea: a Atuação dos Públicos, do Fórum Permanente (SP) – contemplado no Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 12ª Edição. Em 2017, coordenou o programa de formação educativa da exposição Diáspora Africana en América del Sur: Brasil en la lente de Januário Garcia, no Museo Nacional de Las Culturas na Cidade do México (MEX). Em parceria com o SESC, lançou o material pedagógico Caixa dos Escolhidos e a exposição educativa O Grande Veleiro, a partir da coleção do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea (Rio de Janeiro – RJ). Ainda em 2017, foi artista residente no Hyde Park Art Center em Chicago, Illinois (EUA) com o projeto At the Studio with Mommy, uma investigação sobre “os lugares da criação entre mãe e filho”.
Atualmente, é coordenadora pedagógica da 11ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul.

Performance negra nas artes visuais: corpo, tempo, espaço e política
Com Tiago Sant’Ana
20 vagas
11 a 14 de dezembro, das 14h às 19h
Local: Galpão da Cidadania
Avenida Barão de Tefé, nº 75 – Saúde – Rio de Janeiro (RJ)

A oficina tem como objetivo a investigação da performance e suas relações com as identidades afro-brasileiras e as artes visuais. Serão abordadas a história da arte moderna e da arte contemporânea, observando os conceitos de performance, arte conceitual e happening. Além disso, serão postas em questão as ideias de arte negra e arte afro-brasileira, dando atenção especial para artistas que trabalham com o corpo para ressaltar os seus pertencimentos raciais e religiosos. Num segundo momento, a oficina vai se dedicar a exercícios de preparação mental e corporal a partir de proposições artísticas no tempo e no espaço. Posteriormente, os participantes serão provocados a compor projetos de ações que possuem as poéticas e políticas negras como eixo de investigação.
Tiago Sant’Ana é artista da performance, doutorando em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Desenvolve pesquisas em performance e seus possíveis desdobramentos desde 2009. Seus trabalhos como artista imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras – tendo influência das perspectivas decoloniais. Realizou recentemente a exposição solo Casa de purgar (2018), no Museu de Arte da Bahia. Participou de festivais e exposições nacionais e internacionais como Axé Bahia: The Power of Art in an Afro-Brazilian Metropolis (2017), no Fowler Museum, Reply All (2016), na Grosvenor Gallery, e Orixás (2016), na Casa França-Brasil. É um dos indicados ao Prêmio PIPA 2018. Foi professor substituto do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na Universidade Federal da Bahia entre 2016 e 2017.
Elaboração e Gestão de Projetos em Artes Visuais
Com Ana Paula Santos
20 vagas
11 a 14 de dezembro, das 9h às 14h
Local: Galpão da Cidadania
Avenida Barão de Tefé, nº 75 – Saúde – Rio de Janeiro (RJ)

Curso de elaboração e gestão de projeto cultural voltado para a área de artes visuais. Serão abordados conceitos e técnicas desde a idealização ao desdobramento do projeto realizado, enfatizando o planejamento estratégico, o monitoramento, a avaliação, a comunicação e o marketing.
Ana Paula Santos atua no campo da produção cultural desde 2006, quando iniciou seus trabalhos na área de artes visuais, no Centro de Artes Visuais da Fundação Nacional de Artes – Funarte. Ao longo de 11 anos na Fundação, desempenhou as funções de assistente de produção, produtora, coordenadora de projetos, coordenadora administrativa e também foi membro de comissão de seleção de editais. Em 2013, na cidade do Porto/Portugal, atuou como produtora no Projeto Pneumática, do artista Paulo Paes. Em 2014, foi consultora para novos projetos do Centro de Desenvolvimento Criativo – SER, organização não governamental voltada para a realização de programas e projetos de artes cênicas para a juventude. Assumiu, em 2017, o cargo de coordenadora de Planejamento e Execução do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
É bacharel em Ciências Sociais com ênfase em Produção e Política Cultural pela Universidade Cândido Mendes/RJ e Técnica em Produção Cultural e de Eventos pela Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro. Integrou o Programa de Fundamentação em Artes Visuais da Escola de Artes Visuais do Parque Lage/RJ. Atualmente, integra o curso de formação de Analista de Marketing Digital do Polo Criativo/RJ.

Programa Funarte de Capacitação Técnica 2018
De 11 a 14 de dezembro
Rio de Janeiro (RJ)