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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Governo do RN cria Frente Potiguar pela Educação Esportiva Paralímpica

  Foto: Elisa Elsie

A governadora Fátima Bezerra assinou com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) acordo de cooperação da oferta de Cursos de Formação à Distância na área do paradesporto para professores de Educação Física da rede estadual do Rio Grande do Norte. O ato, realizado nessa terça-feira (03), confirma a participação do estado no programa de capacitação desenvolvido pelo CPB e disponibilizado em todo o Brasil.
 
A parceria vai permitir a capacitação dos profissionais de educação física do Estado do Rio Grande do Norte na área do paradesporto. Para a governadora o ato é mais um motivo de orgulho. “Essa ação se soma às que já temos desenvolvido na área do desporto potiguar. Nosso desejo é que essa parceria traga aquilo que é tão importante para a educação e para o esporte. Estamos focados em instituir o sistema estadual de apoio ao esporte. Essa parceria vai trazer oportunidade de formação de capacitação para os nossos profissionais de educação física”, disse Fátima Bezerra, que esteve acompanhada pelo vice-governador Antenor Roberto.
 
Para o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Yohansson Ferreira, o momento é de dar oportunidades às crianças. “O estado é uma terra que já tem grandes atletas paralímpicos como Edênia Garcia, incluindo a atleta mais jovem da delegação brasileira que estará em Tóquio, a Jardênia Félix. Então, não é só uma assinatura de documento e sim é uma oportunidade que estamos dando de capacitação para que as crianças sejam vistas além da sua deficiência e sim através do seu potencial no esporte”, destacou.
 
Getúlio Marques, secretário de Estado da Educação (Seec), destacou a importância de políticas de programa de governo voltadas para a educação. “A assinatura do programa disponibilizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro vai ser o ápice da política pública voltada para valorização da criança com deficiência. Neste momento teremos a possibilidade de melhorar e ampliar a capacitação de todos os professores”, explicou o secretário, acompanhado do subsecretário de Esporte e Lazer, Canindé de França, que também exaltou a iniciativa.
 
Segundo a Seec, a rede estadual do Rio Grande do Norte possui 1.256 profissionais de educação física, 2.293 alunos com deficiência que são atendidos em 326 escolas, das 596 escolas da rede de ensino do Estado.
 
Para o vice-presidente da Sociedade Amigos do Deficiente Físico do RN (Sadef), Dário Gomes da Silva, o termo de cooperação é relevante para dar destaque ao paradesporto, principalmente no interior do estado. “O curso que vai ser disponibilizado pelo Governo do Estado e Comitê Paralímpico Brasileiro vai capacitar profissionais que vão passar a entender melhor que criança com deficiência pode praticar qualquer esporte que ela venha a gostar e se adaptar”, ressaltou o paratleta. “Estamos à disposição para qualquer parceria, inclusive para troca de informações sobre o paradesporto”, acrescentou.
 
A iniciativa será denominada de Frente Potiguar pela Educação Esportiva Paralímpica e a data inicial e informações sobre os cursos ainda serão divulgadas pela Secretaria Estadual da Educação, do Lazer e do Esporte (Seec). Os municípios também poderão aderir ao programa.
 
Além dos já citados, ainda estiveram presentes na cerimônia: secretária estadual da Mulher, da Juventude, da Igualdade e dos Direitos Humanos (Semjidh), Júlia Arruda;  secretária adjunta da Educação (Seec), Márcia Gurgel; diretor do Programa de Educação Paralímpico, Davi Farias Costa; representando a Adevirn, Lúcia Maria da Silva; representante do Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do RN (IERC), Ana Claúdia Alves de Souza Santos; coordenador de Desporto Escolar da Seec, João Pessoa; coordenador de Eventos da Seec, João Paulo; Maria do Carmo, Tibério Maribondo e César Nunes, representantes da Seec.

Fonte: Potiguar Notícias

São Paulo ganha movimento anti população de rua. Sim, é isso mesmo

 

São Paulo ganha movimento anti população de rua. Sim, é isso mesmo. Foto: Reprodução/Twitter

A advogada defensora de direitos humanos Kelseny Medeiros Pinho fez um alerta assustador em sua conta no Twitter.

ACOMPANHE – prefeito bolsonarista que quer expulsar morador de rua deu cargo de quase R$ 10 mil para a mulher

Ela escreveu o seguinte em um tio (thread):

MAIS – Lutador de jiu-jitsu é acusado de espancar morador de rua até a morte

Movimento anti-população em situação de rua? Sim, é possível! Pessoas saíram às ruas hoje, um coletivo intitulado de ‘Moradores Sem Rua’, reivindicando (pasmem!) direito à cidade. Segundo eles, pessoas em situação de rua ‘usurpam’ a cidade ao morar na rua. #sp #poprua

Com faixas de ‘o centro pede socorro’, alegam q defendem ‘ambos os lados’, ou seja, q a poprua tem q ser acolhida, mas a cidade tem q estar ‘segura’, ‘higienizada’. A solução? Tirar as pessoas das ruas. O ato contou com a presença de parlamentares PSL e Republicanos.

No meio da frente fria histórica que vivemos e das diversas ações em solidariedade à rua, até esquecemos que ainda tem gente que acredita que o recolhimento compulsório é a solução, que o centro e não as pessoas que vivem nele, como a porua, é que pede socorro. #fascismo

Quem pede socorro é a população em situação de rua e as milhares de pessoas que durante essa pandemia que foram para as ruas. Eu poderia falar várias coisas sobre esse ato, mas vou deixar um companheiro q assistia indignado falar a única coisa q importa:

Pra não restar dúvidas sobre o conteúdo do ato, esse post no Facebook chamando para o ato. O que dão ações responsáveis? Fica essa pergunta! Mas ao comparar pessoas em situação de rua a sujeira, caos, transtornos insegurança, já sabemos…”

Confira vídeos inacreditáveis desse movimento claramente fascista.

Movimento anti-população em situação de rua? Sim, é possível! Pessoas saíram às ruas hoje, um coletivo intitulado de "Moradores Sem Rua ", reivindicando (pasmem!) direito à cidade. Segundo eles, pessoas em situação de rua "usurpam" a cidade ao morar na rua. #sp #poprua ⬇️ pic.twitter.com/h1Dx3yFQpL


Fonte: www.diariodocentrodomundo.com.br

Construção 50 anos: o mundo do trabalho na obra de Chico Buarque

Cinquenta anos depois e Construção continua um protesto contra as desigualdades, contra a exploração de quem vive do trabalho, contra a desumanidade do capital destruidor de vidas e de sonhos.

Mais do que celebrar a efeméride dos 50 anos de Construção, de Chico Buarque, considerado como um dos mais importantes álbuns da música popular brasileira, é necessário refletir sobre o papel que a arte tem na transformação do mundo.

Que Chico Buarque é um dos mais importantes autores da MPB e da literatura brasileira não há a menor dúvida. Por isso, ao celebrar os 50 anos desse álbum essencial para a MPB, Chico Buarque poderia bem receber o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra. Assim como Bob Dylan merecidamente se tornou o primeiro compositor a receber o Nobel de Literatura de 2016, Chico possui centenas de poesias musicadas, dramaturgia e romances publicados que fazem jus ao prêmio.

Mas afinal, por que comemorar os 50 anos do álbum Construção? Porque as suas dez faixas reúnem toda a diversidade da música popular brasileira, com arranjos do tropicalista Rogério Duprat (1932-2006) e Magro (Antônio José Waghabi Filho, 1943-2012), do MPB4. O disco vislumbrou a maturidade e os novos caminhos de Chico Buarque, então com apenas 27 anos.

Construção

Chico havia acabado de retornar ao Brasil após 14 meses de exílio forçado na Itália e seguiu o conselho de Vinicius de Moraes (1913-1980) de voltar fazendo barulho. Gravou um compacto (disco de vinil com uma música de cada lado) – ainda não existia CD e muito menos plataformas online para lançamento de músicas, nem streamings, não havia internet.

Um dos lados desse compacto apresentou a histórica Apesar de Você, um canto contra toda a opressão do mundo, seja em épocas de ditadura explícita ou contra os tempos sombrios vivenciados atualmente, onde tentam a todo custo podar a força da classe trabalhadora e de todos os anseios por mudanças.

Aliás, a música Construção, fora os versos dodecassílabos (com 12 sílabas poéticas) com todos os versos terminados em proparoxítonas, as palavras mais raras da nossa língua, é uma pintura, que poderia virar filme. Tudo para dar caráter nobre à vida de um trabalhador oprimido pela ditadura fascista e pelo capital. Por tudo isso, a revista Rolling Stone elegeu Construção a melhor música brasileira já feita no país, em 2009.

Certamente a canção emblemática deve constar de todos os catálogos de melhores canções da MPB. Mas certamente Chico não parou no tempo e conta com canções tão boas quanto e até mais refinadas poética e melodicamente, como uma ordem natural das coisas de evolução com a maturidade. E o trabalhador “morreu na contramão atrapalhando o sábado” dos transeuntes desavisados.

Além de Construção a música incidental Deus Lhe Pague também se tornou um grande protesto. “Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir/A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir/Por me deixar respirar, por me deixar existir/Deus lhe pague”, versos extremamente atuais. Aliás todas as faixas foram sucesso, merecidamente. Nos tempos mais duros da ditadura.

Também compõem o LP (disco de vinil com várias canções, variando em geral, de 10 a 12 faixas).  CotidianoDesalento (em parceria com Vinicius de Moraes), CordãoOlha Maria (parceria com Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Samba de Orly (com Toquinho e Vinicius de Moraes), Valsinha (com Vinicius), Minha História (versão de música de Lucio Dalla e Paola Pallotino) e Acalanto.

Chico Buarque se firmava como uma das mais importantes vozes contra a ditadura (1964-1985) ao mesmo tempo como um dos mais importantes compositores do país. Posteriormente se transformaria também num dos nossos grandes escritores.

Deus Lhe Pague; cantada pelos Paralamas do Sucesso

A sua visão de como deve ser a arte e o artista está sintetizada numa parte da entrevista concedida ao jornalista Geraldo Leite em 1989 sobre a música Construção.

Ele diz que “se eu vivesse numa torre de marfim, isolado, talvez saísse um jogo de palavras com algo etéreo no meio, a Patagônia, talvez, que não tem nada a ver com nada. Em resumo, eu não colocaria na letra um ser humano. Mas eu não vivo isolado. Gosto de entrar no botequim, jogar sinuca, ouvir conversa de rua, ir ao futebol. Tudo entra na cabeça em tumulto e sai em silêncio. Porém, resultado de uma vivência não solitária, que contrabalança o jogo mental e garante o pé no chão. A vivência dá a carga oposta à solidão, e vem da solidariedade — é o conteúdo social”.

Acalanto

Cinquenta anos depois e Construção continua um protesto contra as desigualdades, contra a exploração de quem vive do trabalho, contra a desumanidade do capital destruidor de vidas e de sonhos. Chico Buarque tem uma obra com parte dela centrada no trabalho como motor da vida, da mudança e na construção de um mundo onde prevaleça o respeito e a dignidade.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA