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quarta-feira, 13 de março de 2019

Arte sob tortura: como a ditadura brutalizou um jovem tropicalista

Em 1968, o artista gráfico Rogério Duarte estava no auge. Nascido em Ubaíra (BA) em 1939, morava no Rio de Janeiro desde 1961. Ex-diretor de arte da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da editora Vozes, assinara cartazes de filmes do Cinema Novo, como Deus e o Diabo na Terra do Sol. Criador da estética do Tropicalismo, era de sua autoria a capa de um disco de Caetano Veloso, de 1967. Não tinha atividade político-partidária. Mesmo assim, foi preso e torturado nos porões da ditadura militar.
Rogério Duarte, em fotos com Gilberto Gil e Caetano Veloso: sua tortura virou “estudo de caso” na Comissão da Verdade Rogério Duarte, em fotos com Gilberto Gil e Caetano Veloso: sua tortura virou “estudo de caso” na Comissão da Verdade
No dia 4 de abril, Rogério e seu irmão Ronaldo Duarte foram, com suas respectivas namoradas Ruth Queirós e Sílvia Escorel de Moraes Saldanha, à manifestação popular em homenagem a Edson Luís de Lima Souto, estudante secundarista assassinado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro em 28 de março. A comoção gerada pela morte do estudante transformou a missa de sétimo dia dele, na Igreja da Candelária, no centro do Rio, em uma manifestação de denúncia da violência praticada pelas Forças Armadas do Estado brasileiro. No entanto, terminou em violentos confrontos e prisões arbitrárias e ilegais dos manifestantes; entre elas, a dos irmãos Duarte.
“Já no caminho de ida, depois que escondemos o carro perto do aeroporto, encontramos amigos que voltavam dizendo que a barra estava pesada demais e não dava mais para entrar na Igreja. O Exército sitiara a Igreja e os que ficaram do lado de fora foram expostos à ação de cavalos e das bombas de gás lacrimogêneo. Procuravam sair da Avenida Getúlio Vargas, mas estava tudo cercado”, declarou Rogério à Comissão Nacional da Verdade.
Depois de se dirigirem à manifestação e presenciarem o confronto contra os policiais, Rogério e seu grupo resolveram ir embora. No retorno ao carro, foram abordados por dois agentes à paisana do Serviço Nacional de Informações (SNI), na Rua da Quitanda, por volta das 18 horas. Eles alertaram Rogério e os outros para que os acompanhassem discretamente – “senão vai chover bala”, um deles informou. Fizeram, então, sinal para que uma viatura que ali passava parasse.
Na radiopatrulha 8-149 estavam os patrulheiros Álvaro de Oliveira Souza, Antônio Macedo Portela e José Xavier Tôrres. Os agentes se identificaram como membros do SNI e deram a ordem: as meninas deveriam ser deixadas no Dops e os homens seriam levados para o Departamento de Correios e Telégrafos, a poucos quarteirões. As moças foram liberadas por volta das 23 horas do mesmo dia, graças à intervenção do pai de Sílvia, o embaixador Lauro Escorel.
A tortura
Rogério e Ronaldo Duarte ficaram pouco mais de dez minutos em uma cela do Serviço de Vigilância do Departamento de Contra-Terrorismo (DCT), para então serem transferidos em uma Kombi de cor creme, que os irmãos identificaram como um veículo do Estado. Forçados a ficarem deitados para não saber para onde iriam, foram levados para a Vila Militar, onde ficaram vendados a maior parte do tempo, recebidos com socos e pontapés e despidos.
“Para o primeiro interrogatório, tiraram as vendas, chamaram-nos de Fidel Castro, comunistas, e avisaram que ‘por causa disso, vão apanhar a noite inteira’. Durante oito dias, fomos submetidos a torturas, espancamento, interrogatório, lavagem cerebral, todo o pacote sistemático de técnicas para desestruturar completamente uma personalidade”, relatou Rogério. “Estive em uma cela onde havia dezenas de placas de papelão presas num suporte de pau com o clássico desenho da caveira e as iniciais E.M., de Esquadrão da Morte. Essas placas eram sempre encontradas nos ‘presuntos desovados’ na Baixada Fluminense. Aquela foi uma típica ‘cela da morte’. Podia ser tudo encenação ou eu ia mesmo morrer.”
Rogério e Ronaldo Duarte ficaram privados de contato com amigos e familiares durante todo esse tempo. No dia 10 de abril, quarta-feira, Rogério completava 29 anos de vida em meio a torturas físicas e psicológicas, como choques elétricos nas axilas, além de interrogatórios cujas perguntas pareciam não lhes dizer respeito. Para sua sorte, o caso chegou à imprensa.
“O cineasta Ronaldo Duarte e seu irmão, o artista plástico Rogério Duarte, continuam desaparecidos desde a tarde da última quinta-feira, quando foram levados pela viatura da Radiopatrulha 8-149”, noticiou o jornal Correio da Manhã na edição de 10 de abril. Conforme o diário, “uma comissão de intelectuais e artistas estabeleceu contatos com as diversas áreas de segurança, federais e estaduais, tendo obtido uma única resposta: ‘estes dois nomes não constam na lista’. Assim, fontes do I Exército informaram à Comissão que Ronaldo e Rogério não se encontravam em nenhuma dependência da área militar − do Exército, da Marinha, ou Aeronáutica − tendo a mesma resposta partido da Secretaria de Segurança de Niterói, do Departamento Federal de Segurança Pública e do Departamento de Ordem Político e Social”.
Em 12 de abril, o Correio da Manhã publicou uma carta aberta, assinada por 86 artistas e intelectuais, como Antônio Carlos Jobim, Chico Buarque de Hollanda, Oscar Niemeyer, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Vinicius de Morais, entre vários outros. Nela, pedem esclarecimentos acerca dos irmãos Duarte, cujos nomes não constavam oficialmente em nenhuma instalação das Polícias ou Forças Armadas. Porém, horas antes de o jornal começar a circular pelo país, Ronaldo e Rogério Duarte foram soltos, por volta das 3h30 de 12 de abril, nas proximidades do bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro.
Denúncia pública
Após terem sido libertados, Rogério e Ronaldo delataram, publicamente, as torturas sofridas durante os dez dias em que foram mantidos presos. No Correio da Manhã de 14 de abril, os irmãos deram detalhes das torturas sofridas e da maneira ilegal como foram detidos e mantidos em cárcere.
“No interrogatório, perguntas que não sabiam responder, como se conheciam padres ou pessoas que eles nunca viram. Dormiam nus e estavam em dependências em que outras pessoas também eram torturadas. Enfermeiros tentavam retirar as marcas das pancadas com compressas”, registrava o jornal. Os irmãos “foram transferidos para três prisões dentro da Vila Militar” e “levados em uma Kombi, camuflados embaixo dos cobertores, escondidos inclusive da Polícia Rodoviária”.
A denúncia pública das torturas sofridas pelos irmãos Duarte ganhou dimensão, e o episódio e seu desenrolar figuraram em várias edições dos jornais durante o mês de abril. Em 16 de abril, o comandante interino do I Exército, general José Horácio da Cunha Garcia, soltou uma nota oficial da instituição. Declarando, “de antemão, certo de que as denúncias (…) não correspondiam com a verdade dos fatos”, o milico afirmou ter determinado, “imediatamente”,” meticulosas investigações”. A conclusão oficial – e forjada: “os referidos cidadãos não estiveram presos em nenhuma unidade do Exército e em nenhuma delas passaram por qualquer motivo”.
Mas os nomes dos envolvidos nas torturas de Rogério e Ronaldo Duarte foram identificados pela 3ª Delegacia Distrital do Rio de Janeiro, que investigou o caso. Segundo o Correio da Manhã de 4 de maio, foram acusados “os militares (todos do Batalhão de Comunicações Divisionárias) coronel José Goulart Câmara (apontado como o chefe dos torturadores), o primeiro-sargento Eurico, o segundo-sargento Marcelino, o segundo-sargento Ford, o terceiro-sargento Joevalner, além do civil Valter (ou Walter) Rodrigues, um dos agentes do SNI que efetuaram a detenção dos irmãos Duarte e de suas companheiras”.
O desfecho
Em ficha produzida pelo SNI e expedida em 17 de abril, em atendimento a um requerimento interno aberto dois dias antes, a verdade começou a vir à tona. Conforme o levantamento do histórico político dos irmãos Duarte, Ronaldo possuía “elementos e registros” que despertaram interesse do SNI sobre suas atividades passadas.
Já Rogério foi considerado um “elemento de esquerda ligado a atividades de artes plásticas”, por ser primo do deputado Marcelo Duarte, do MDB. Ele também havia sido indiciado no Inquérito Policial Militar (IPM), sem, porém, ter sido denunciado pelo procurador da Auditoria de Guerra da 6ª Região Militar. Seu caso evidenciava como a ditadura agia à margem da lei contra qualquer pessoa, mesmo sem acusações ou suspeitas mais concretas.
Em 2014, o relatório final da Comissão Nacional da Verdade dedicou à prisão e à tortura de Rogério um “estudo de caso” especial, tantas foram as arbitrariedades em torno do episódio. O artista baiano morreu três anos depois, em 13 de abril de 2017, aos 77 anos, vítima de um câncer. Sua história foi retratada no documentário Rogério Duarte, o Tropikaoslista, lançado em 2018 e dirigido por José Walter Lima.
Com informações da Comissão Nacional da Verdade

VIOLÊNCIA DE GÊNERO - Ameaça de assédio marca rotina das mulheres no transporte público

EBC
Assédio transporte coletivo
38% das mulheres sofreram assédio dentro do transporte coletivo, de acordo com pesquisa Viver em São Paulo: Mulheres
São Paulo – Todos os dias, o desconforto cotidiano causado pela lotação de ônibus, trens e metrôs, dão lugar a possibilidade de um receio ainda maior: assédio, o qual Maria Vitória Gouveia de Oliveira, de 23 anos, moradora de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, já sofreu. Assim como a residente em Itaquera, na zona leste, Rafaela Maria de Cristo, de 30 anos, ou a moradora do Jaçanã, na zona norte da capital, Alda dos Santos, 52 anos.
Usuárias do transporte coletivo e seus depoimentos sobre a iminência de violência contra mulheres no deslocamento, retratam os dados divulgados nesta terça-feira (12) pela pesquisa Viver em São Paulo: Mulheres, da Rede Nossa São Paulo, em que quatro de cada dez entrevistadas mencionam ser no transporte que acreditam correr mais risco de sofrer algum tipo de assédio, ou ainda, 44% das menções.
"Eu já passei por três situações bem difíceis, de passar a mão, pegar, puxar, perguntar meu nome. Situações bem conflitantes mesmo e, em todas elas, me senti muito desconfortável", lamenta Maria Vitória.
Um ano após a primeira edição do relatório da Rede Nossa São Paulo apontar que o transporte coletivo ocupa o topo das situações de assédio mais vivenciadas no dia a dia pelas mulheres, os dados mais recentes dão mostra de que não houve nenhum indicativo de trégua dessa violência, ao contrário. Se em 2018, 25% das usuárias haviam sido vítimas, em 2019, o número subiu para 38%.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, desde que os casos de assédio sexual passaram a ser tipificados como crime de importunação sexual, em setembro do ano passado, do total de 293 queixas registradas, só na capital paulista, 130 casos foram no transporte público, tornando esse, o espaço de maior concentração desses crimes.
E a estação da Sé, local de embarque e desembarque de Maria Vitória, Rafaela e a Alda, onde a violência é mais citada.
Por insegurança e medo, as mulheres adotam diversas estratégias para minimizar a possibilidade de assédio. Rafaela que se desloca da periferia da zona leste ao centro da cidade, tenta sempre ficar perto de outras mulheres e, quando a multidão diária não permite, ficar sempre ao lado, atrás, ou ainda se esquivar dos homens.
Nos ônibus, as práticas são semelhantes. Moradora do bairro Santa Cecília, na região central, Tamara Oliveira, de 19 anos, evita permanecer no final do veículo, ficar próxima a outros homens e tenta sempre ir sentada mesmo que isso demande ainda maior tempo. "Eu já sofri (assédio), mas eu era mais nova, o que é ainda muito pior, tinha por volta dos 14 anos", afirma.
A rotina ingrata de cuidados e prevenção adotada pelas mulheres, se soma às campanhas que as esferas de poder público fazem para desenvolver uma conscientização sobre os assédios. 
REDE NOSSA SÃO PAULO/DIVULGAÇÃO
Para especialista, assédio contra a mulher é um dos resultados da desigualdade de gênero e poder
A SPTrans afirma disponibilizar procedimentos de segurança aos operadores do transporte coletivo para atuação em caso de abuso sexual, como parte do programa Viagem Segura. Nos últimos anos, o órgão também realiza campanhas preventivas com a utilização de cartazes afixados nos ônibus, terminais e nas redes sociais, para incentivar as mulheres a denunciarem os agressores.
Já o Metrô, dispõe de um contato e um aplicativo para que as usuárias possam enviar mensagem de texto em casos de importunação sexual, além de avisos nas dependências nos auto-falantes e cartazes quando a prática ser um crime.
"Acho que as campanhas funcionam pouco, porque se funcionassem, não teriam tantas ocorrências", contesta a usuária, Samara Vasconcelos, 19 anos.
Em parte, o aumento verificado de casos de importunação sexual verificados pela Rede Nossa São Paulo, fazem duvidar da efetividade das ações públicas, mas a pesquisa também analisa que o próprio processo de conscientização das mulheres sobre o assédio reflete no aumento das declarações de violência. 
Advogada, mestranda pela Universidade de São Paulo (USP) e co-fundadora da Rede Feminista de Juristas Tainã Góis destaca ainda o crescimento de notificações como um resultado da visibilidade da luta do ativismo e do movimento de mulheres, mas é evidente que casos de assédio no transporte público são "epidêmicos" e demandam ações mais profundas. "O assédio é estrutural, ele se faz na desigualdade de gênero e de poder entre homens e mulheres", explica Tainã.
"Tudo isso (ações SPtrans e Metrô) auxiliam, mas a gente sabe que é preciso que a gente possa transformar a sociedade como um todo, para que a mulher possa ser vista como sujeito, e isso passa por igualdade salarial no mercado de trabalho e uma melhor divisão das tarefas reprodutivas, no lar, nas tarefas de cuidado, todas formas de coletivização do trabalho que, hoje, faz com que as mulheres fiquem presas ao ambiente doméstico e dificultam a igualdade de gênero para que ela não seja vista como um objeto de assédio", acrescenta a advogada.
Ligada ao aumento da percepção, a pesquisa aponta, no entanto, um certo perfil que se destaca nas situações de assédio, indicado por mulheres de 16 a 34 anos, com ensino superior, renda familiar maior que dois salários mínimos e das classes A e B.
Tainã ressalta que o apontamento do relatório não sugere que as mulheres de outras classes sociais não sofram importunação sexual, apenas que, a própria desigualdade social e racial, impõem à essas mulheres outras demandas.
"O que acontece é que a mulher branca, de classe alta, é vista como um corpo a não ser acessado, puro, que deve ter como se diz, 'ter um marido dentro de casa'. Enquanto que o corpo das mulheres negras das classes C, D e E, as mulheres mais trabalhadoras, de certa forma é entendido como um corpo mais público. Então não é que elas não sofram assédio, é que elas têm outras demandas que prevalecem a essa", avalia a especialista.
Como parte de qualquer deslocamento, o assédio continua para além do transporte coletivo e deixa marcas, como em Maria Vitória, com a possibilidade ainda do agressor estar para além das catracas. "Depois que aconteceu o assédio comigo, eu fiquei muito traumatizada, precisei passar no psicólogo, porque comecei a ficar com pânico de pegar transporte público".
Fonte: REDE BRASIL ATUAL  RBA

Cooperação com Portugal trará exposições e modelos de Centros de Interpretação

Última ópera escrita por Carlos Gomes terá o soprano Eliane Coelho e o tenor Fernando Portari como artistas convidados
Coro e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro se unem para apresentar “Côndor”, a última ópera escrita por Carlos Gomes. O espetáculo de abertura da temporada de 2019, dia 15 de março, terá uma nova récita dia 17 de março, ambas com a regência do maestro Luiz Fernando Malheiro. A montagem resgata a importância da derradeira ópera composta por Carlos Gomes, que estreou no Teatro alla Scala de Milão, em 1891.
“Côndor” é considerada hoje em dia, por críticos e amantes da música, uma das obras mais elaboradas do nosso mais famoso compositor de óperas. As duas apresentações marcarão o retorno do soprano Eliane Coelho aos palcos do Theatro, depois do grande sucesso de “Jenufa” e “Tosca”, em 2017, e os 30 anos de carreira do tenor carioca Fernando Portari.
No Brasil, a ópera foi encenada em 13 de agosto de 1891, no Teatro Lírico, e no Theatro Municipal em duas temporadas, em 1920 e 1944, esta última regida pelo maestro Eleazar de Carvalho. Portanto, há 75 anos não é montada em terras cariocas.
É uma oportunidade única de conhecer essa ópera da maturidade de Carlos Gomes, composta em curtíssimo espaço de tempo (em torno de cinco meses). Com orquestração refinada e melodia magistral, demonstra a genialidade do brasileiro – o “Selvagem da Ópera” – apontando novos caminhos para o desenvolvimento da ópera italiana.
O maestro Malheiro, além de ser o regente titular da OSTM, acumula a direção musical do Theatro Municipal nessa nova temporada, que se inicia em março. André Heller-Lopes está retornando à casa como diretor artístico.
Resumo da ópera: a abertura, que evoca o Oriente num delicado solo de harpa, mostra a rainha Odalea no seu reino de Samarcanda (no atual Uzbequistão), no século XVII. Os três atos se desenrolam a partir da paixão de Côndor, chefe do exército que invade o país, por Odalea, as tentativas da rainha de livrá-lo da ira do seu povo e a fúria das hordas inimigas ao saber que o seu líder é um traidor.
Ficha técnica:

CÔNDOR

Ópera em 3 atos de Carlos Gomes
Elenco:
Condor: Fernando Portari (tenor)
Odalea: Eliane Coelho (soprano)
Adin: Michele Menezes (soprano)
Zuleida: Marianna Lima (soprano)
Almazor: Murilo Neves (baixo)
Mufti: Ciro d’Araújo (barítono)
Orquestra e Coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro
Regente: Luiz Fernando Malheiro
Serviço
Preços dos Ingressos:
15 de março, sexta-feira, às 20h
Frisas e camarotes (6 lugares) – R$ 360,00
Camarotes (5 lugares) – R$ 300,00
Plateia e balcão nobre – R$ 60,00;
Balcão superior – R$ 40,00;
Balcão superior lateral – R$ 20,00;
Galeria – R$ 20,00;
Galeria lateral – R$ 10,00.
17 de março, domingo, às 17h
Todos os lugares – R$10,00 (preços populares)
Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Praça Floriano s/n° – Centro
Lotação – 2.226 lugares
Duração total – 1 hora e 50 minutos
Ingressos na bilheteria ou no ingressorapido.com
O Theatro Municipal é vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro
Realização: Theatro Municipal e Associação dos Amigos do Teatro Municipal
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Cooperação com Portugal trará exposições e modelos de Centros de Interpretação

Em maio de 2019, o país europeu receberá uma missão de intercâmbio com gestores, prefeitos e trades turísticos brasileiros.
A delegação brasileira da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em missão a Portugal trouxe novidades no campo do Patrimônio Cultural. Em maio de 2019, o país europeu receberá uma missão de intercâmbio com gestores, prefeitos e trades turísticos brasileiros. O objetivo é conhecer referências em Centros de Interpretação portugueses, a fim de trazer modelos para as 13 cidades detentoras de sítios culturais Patrimônio Mundial no Brasil.
Ainda neste ano, está prevista a inauguração de exposição sobre Patrimônio Imaterial luso-brasileiro, no Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial, no Rio de Janeiro. O Brasil é referência mundial por sua política de preservação do Patrimônio Cultural Imaterial, com 47 bens salvaguardados, sendo cinco reconhecidos como Patrimônio da Humanidade. A mostra irá, também, tratar sobre os 10 bens imateriais portugueses, sete dos quais levam o título da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Um dos objetivos é demonstrar a maneira como as culturas se relacionam, além do destaque às raízes comuns que existem entre os dois países. Posteriormente, a exposição seguirá para o Museu Nacional de Etnologia e Museu de Arte Popular, em Lisboa.
Em 2020, quando o Rio de Janeiro irá sediar o Congresso Mundial de Arquitetos, a cidade irá receber outra exposição produzida em cooperação com Portugal. A mostra Patrimônio Arquitetônico Luso-brasileiro, também prevista para inauguração no Paço Imperial, vai apresentar experiências de intervenção contemporânea no Patrimônio Cultural, tanto lá quanto cá.
A delegação brasileira foi integrada pelo secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Medeiros Pires, a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, o diretor do Cooperação e Fomento do Iphan, Marcelo Brito, e o diretor de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, Andrey Schlee.
Centros de Interpretação
Os Centros de Interpretação oferecem atendimento a turistas e visitantes, com informações sobre o sítio histórico, atrativos locais, programação cultural, entre outras informações. Ali se pode encontrar exposições permanentes e outros serviços, como oficinas, palestras e atividades formativas para público tanto adulto quanto infantil. Esses espaços levam os visitantes a uma viagem que incentiva a exploração do sítio, a compreender a sua história, a reconhecer os seus valores culturais e a tomar conhecimento dos seus atrativos. O turista pode descobrir e aprender em seu próprio ritmo, ao ter acesso a informações que podem o auxiliar a vivenciar o local, em uma experiência ao mesmo tempo enriquecedora e prazerosa.
Os gestores brasileiros poderão se inspirar em casos como a Casa da Memória de Guimarães ou o Centro Interpretativo da Rota do Românico, onde se divulgam itinerários culturais, apresentando as diversas rotas que podem ser feitas no território, a partir de uma explanação sobre o tema no próprio edifício onde está instalado.
Durante a missão na cidade do Porto, foram apresentados novos casos de centros de interpretação, como o do Vale do Tua, em Mirandela, construído a partir da reutilização de armazém ferroviário que foi totalmente recuperado, voltado para revelar a riqueza cultural de um território, ou ainda o do Vale do Varosa, que apresenta um conjunto de monumentos nos quais foram instalados espaços funcionais de interpretação sem introduzir novas construções. O projeto demonstra como visitas guiadas ajustadas para cada tipo de público permitem aprofundar níveis de informação e experiência, valorizando o Patrimônio Cultural.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA