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sábado, 26 de setembro de 2020

Nota da ABI – Bolsonaro mente na ONU e envergonha o Brasil - Por Jornalistas Livres

No seu discurso na manhã desta terça-feira na Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro contribuiu para que o Brasil caminhe para se tornar um pária internacional.

Sem qualquer compromisso com a verdade, o presidente afirmou que seu governo pagou um auxílio emergencial no valor de mil dólares para 65 milhões de brasileiros carentes, durante a pandemia. O auxílio foi de 600 reais.

Bolsonaro mentiu

O presidente responsabilizou, ainda, índios e caboclos pelos incêndios na Amazônia e no Pantanal, que alcançam níveis nunca antes vistos no País. Todas as investigações, inclusive de órgãos oficiais, indicam que fazendeiros estão na origem das queimadas.

Como se vê, de novo Bolsonaro mentiu.

O presidente transferiu a responsabilidade para governadores e prefeitos pelos quase 140 mil mortos vítimas do coronavírus. Todo o país é testemunha de sua leviandade, ao classificar a pandemia de “gripezinha” e ir na contramão dos procedimentos defendidos pelas autoridades de Saúde.

Assim, mais uma vez Bolsonaro mentiu.

A ABI, com a autoridade de seus 112 anos de existência em defesa da democracia, dos direitos humanos e da soberania nacional, repudia esse comportamento que vem se tornando recorrente e conclama o povo brasileiro a não aceitar o verdadeiro retrocesso civilizatório que o governo está impondo ao País.

Paulo Jeronimo – Presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

Zélia Duncan: Ricardo Salles é uma vergonha sem fim, um irresponsável da pior espécie - Fonte: BRASIL 247

 

Zélia Duncan e Ricardo Salles (Foto: Roberto Setton/Divulgação | ABr)

Zélia Duncan também apontou a mentira contada por Bolsonaro na ONU, que acusou indígenas pelas queimadas nas florestas brasileiras. Nesta sexta-feira, a PF indiciou quatro fazendeiros pelas queimadas no Pantanal. "Algum fazendeiro rico vai ser preso, gente? Pois é, não vai não. É muito revoltante", questionou a cantora

247 - A cantora Zélia Duncan, pelo Twitter, afirmou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é uma "vergonha" e o chamou de "irresponsável". A artista também apontou a mentira contada por Bolsonaro em discurso na ONU culpando os indígenas pelas queimadas nas florestas brasileiras. 

Nesta sexta-feira (25), a Polícia Federal indiciou quatro fazendeiros pelas queimadas na região da Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Sobrou também para o vice-presidente, Hamilton Mourão, que foi criticado por Zélia por apenas atacar as tecnologias usadas pelo Inpe para monitorar o desmatamento e não agir para combater os incêndios.

"4 fazendas em Corumbá, responsáveis pelo fogo no Pantanal, que tal!? A PF está constatando isso, foi ato criminoso... e o outro culpando 'indígenas e caboclos'...algum fazendeiro rico vai ser preso, gente? Pois é, não vai não. É muito revoltante. Mourão prefere questionar a tecnologia, do que combater o fogo, que devasta nossas matas. Ricardo Salles é uma vergonha sem fim, um irresponsável da pior espécie, que só poderia estar nesse governo", escreveu a artista.

Fonte: BRASIL 247

Sepultura - Guardians of Earth (Official Music Video)

O videoclipe da música “Guardians of Earth” (Guardiões da Terra), do disco Quadra, traz cenas da floresta Amazônica e a devastação promovida. “Nossa terra, nossa salvação, deslizando através de nossas mãos atadas”, diz trecho da canção. “Salve o nosso futuro. Nós nunca desistiremos. Preserve o nosso futuro. Nunca desista, lute até o fim, nunca desista”, canta ainda o Sepultura.

Leia mais na Fórum.

Fonte: BRASIL 247

Volks faz acordo de R$ 36 milhões para indenizar vítimas da ditadura - Por Portal BRASIL CULTURA

 A Volkswagen do Brasil vai destinar R$ 36,3 milhões aos trabalhadores que na época do regime militar (1964-1985) foram presos, perseguidos ou torturados. Ela torna-se a primeira empresa a anunciar uma reparação judicial por ter participado da repressão ao movimento operário durante a ditadura brasileira.

A informação foi divulgada pela imprensa alemã nesta quarta-feira (23). Segundo o jornal Süddeutsche Zeitung e as emissoras estatais NDR e SWR, o acordo de compensação será assinado pela companhia nesta quinta-feira em São Paulo. No Brasil, a decisão foi anunciada em nota pública conjunta do Ministério Público Federal em São Paulo, do MPE-SP e do MPT. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado entre as três instituições e a montadora alemã.

O acordo vai encerrar três inquéritos civis que tramitam desde 2015 para investigar o assunto. Ao longo das apurações, os MPs identificaram a colaboração da Volks com o aparato repressivo do governo militar a partir de milhares de documentos reunidos, informações de testemunhas e relatórios de pesquisadores.

Em 2014, o relatório final da Comissão Nacional da Verdade enumerou 53 empresas, de diversos portes, que contribuíram com o golpe de 1964 e o período de ditadura militar. Algumas delas são Johnson & Johnson, Esso, Pirelli, Texaco, Pfizer e Souza Cruz.

Relatório alemão

Em 2017, um relatório de 406 páginas, contratado pela própria empresa, e feito pelo historiador alemão Christopher Kopper, apontou que a filial brasileira da VW espionou funcionários com interesse de descobrir opiniões políticas e documentou essa ação por escrito. A documentação era periodicamente compartilhada com o Departamento de Ordem Política e Social, o Dops.

O documento não abordou quão profundo seria o conhecimento da sede da montadora, em Wolfsburg, na Alemanha, sobre as atividades da filial brasileira. Porém, uma análise extensa de documentações, realizada por Kopper, sugeriu que a sede tomou conhecimento desses atos o mais tardar em 1979.

O historiador da Universidade de Bielefeld, afirmou que o acordo desta quinta-feira será histórico. “Será a primeira vez que uma companhia alemã aceita sua responsabilidade por violações de direitos humanos contra seus próprios funcionários por eventos que ocorreram após o fim do nacional-socialismo”, disse o especialista aos veículos alemães.

Em sua reportagem, o Süddeutsche Zeitung aponta que a decisão é “um sinal importante, justamente porque o presidente ‘populista de direita’, Jair Bolsonaro, já glorificou a ditadura militar da época”. “Para os trabalhadores da fábrica, significa uma justiça pela qual eles tiveram que esperar por décadas”, completou o jornal.

Em nota, a Volkswagen afirma que lamenta as violações ocorridas no passado. “Para a Volkswagen AG, é importante lidar com responsabilidade com esse capítulo negativo da história do Brasil e promover a transparência”, escreveu Hiltrud Werner, membro do Conselho de Administração da Volkswagen para assuntos jurídicos.

A montadora afirmou que, com o acordo, quer “promover o esclarecimento da verdade sobre as violações dos direitos humanos naquela época”, e que foi “a primeira empresa estrangeira a enfrentar seu passado de forma transparente” durante a ditadura.

Relatório brasileiro

“A Volks teve um papel ativo. A montadora não foi obrigada a isso. Eles fizeram parte porque queriam”, escreveu Guaracy Mingardi, perito que assinou o documento do MPF, em 2017. O documento revelou ainda que o departamento de segurança da montadora permitiu a prisão de funcionários dentro de suas fábricas, mesmo sem mandados.

O inquérito apurou que seis trabalhadores foram presos e, ao menos um, foi torturado na fábrica no ABC paulista. É o caso do metalúrgico Lúcio Bellentani, morto no ano passado, aos 74 anos, responsável pelo relato impressionante de sua prisão no dia 28 de julho de 1972 dentro da própria fábrica. Agentes do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) o levaram para uma sala reservada e o agrediram com socos e pontapés. Com a anuência da empresa, foi levado para a prisão, onde permaneceu durante um ano e meio.

Lúcio Bellentani

Memória e verdade

Pelo TAC, R$ 16,8 milhões vão ser doados à Associação Henrich Plagge, que reúne os trabalhadores da Volkswagen. O dinheiro vai ser repartido entre os 60 ex-funcionários que foram alvo de perseguições por conta de suas opiniões políticas. Tais critérios foram definidos por um árbitro independente perante a supervisão do Ministério Público do Trabalho.

Fora o valor mencionado acima, outros R$ 10,5 milhões irão reforçar políticas de Justiça de Transição, um conjunto de medidas aderidas para a luta contra o passado ditatorial, “como projetos que resgatam a memória sobre as violações aos direitos humanos e a resistência dos trabalhadores na época”.

O projeto Memorial da Luta por Justiça, desenvolvido pela seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política (NPMP), é uma dessas iniciativas e receberá R$ 6 milhões, valor que será suficiente para concluir a implantação na sede da antiga auditoria militar em São Paulo.

Outros R$ 4,5 milhões serão destinados à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para financiar novas pesquisas sobre a colaboração de empresas com a ditadura e também para a identificação das ossadas de presos políticos que foram encontradas em uma vala clandestina no cemitério de Perus, zona oeste da capital paulista, em 1990.

A Volkswagen também se obrigou a pagar R$ 9 milhões aos Fundos Federal e Estadual de Defesa e Reparação de Direitos Difusos. Além disso, a empresa também vai publicar em grandes jornais uma declaração pública sobre o assunto.

Um relatório sobre os fatos investigados ainda é previsto pelo TAC e será publicado pelos ministérios públicos, e a companhia também apresentará sua manifestação jurídica sobre o caso. As medidas estão previstas para até o fim deste ano e devem ser cumpridas logo que os órgãos de controle do MPF e do MP-SP confirmarem o arquivamento dos inquéritos. Os desembolsos financeiros acordados estão com estimativa de serem efetuados em janeiro de 2021.

Com informações da assessoria do MPF-SP e da DW Brasil