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domingo, 15 de setembro de 2019

Atrofia cultural


O cartunista Miguel Paiva afirma que a cultura brasileira segue ameaçada. Ele diz: “um país como o Brasil não pode ser entregue a iniciativa privada como querem os neoliberais. Somos um país pobre, muito pobre, violento e abandonado, sem autoestima, sem orgulho, sem possibilidades reais de crescimento nessas condições”
Charge: Miguel Paiva
Cartonista relata a “atrofia cultural” que o Brasil vive neste momento.
A censura desavergonhada e explícita que vem acontecendo nas manifestações culturais no Brasil, incluindo as recentes retiradas de apoio da Caixa Cultural a dois espetáculos teatrais e mais a tentativa de recolhimento de livros na Bienal acendem de cara o sinal vermelho da democracia. O último corte anunciado de 43% nos recursos do Fundo Setorial para o Cinema funcionou como a facada no chuveiro do Psicose de Hitchcock. A trilha sonora sensacional do Bernard Hermann poderia ser usada para todo o governo Bolsonaro. Aquelas cordas sincopadas ilustrando o suspense e o terror caem como uma luva no nosso dia a dia. A cultura vai sendo colocada para escanteio porque , de fato, não interessa ao governo. Nunca esperei nada diferente dessa turma. E se esperasse seria uma coisa absurda o que se produziria. A arte ligada a um governo autoritário é sempre desprezível e de péssima qualidade. Ainda bem que até agora pouca coisa se fez enaltecendo esse governo. Já vivemos no passado, à época da ditadura militar que o governo reafirma todos os dias que não existiu, uma situação parecida. Havia censura prévia explícita, proibição aberta de filmes, música, teatro e livros.
Assim mesmo, fomos capazes de produzir e muito. É impossível parar pela força a criação, a inquietação, a manifestação artística. Fica mais difícil criar mas não impossível. O complicado agora é encarar, disfarçado de democracia, o clima de penúria cultural depois de anos de efervescência, produção e reconhecimento, não só aqui mas em todo mundo, da nossa arte. Eles não querem. Querem um país debaixo de um controle rígido que só produza riqueza para quem já é rico. As tentativas desatinadas da nova CPMF, a reforma da previdência que não visa os grandes devedores, a anunciada reforma tributária e outros projetos existem para poder saldar a dívida assumida para a eleição do presidente. Nenhum projeto deste governo, cultural ou social, visa o bem estar do povo, a melhoria da informação ou o desenvolvimento humano. Esse é o projeto da direita internacional e a cultura bate de frente nisso. O que está se produzindo a favor do Donald Trump ou do Projeto Brexit, por exemplo? O que se produziu de bom na Europa de direita? Nada. A cultura não fecha com essas ideias, muito menos a História ou a Ciência. O mundo anda pra frente levando no bojo a cultura. Quando começa-se a andar pra trás é sinal de que a ela foi colocada de lado. Depois, lá na frente, quando a História mudar os rumos desta prosa vamos encontrar novamente o que foi produzido mesmo sem condições, mesmo escondido e sob censura nesse período de trevas.
Um país como o Brasil não pode ser entregue a iniciativa privada como querem os neoliberais. Somos um país pobre, muito pobre, violento e abandonado, sem autoestima, sem orgulho, sem possibilidades reais de crescimento nessas condições. Precisamos de um estado, que junto com a iniciativa privada como parceira, possa criar condições de crescimento social, de sobrevivência mesmo e de efervescência cultural que também alimenta, ou na pior das hipóteses, enquanto efervescente, ajuda na digestão dos problemas. Achar que a meritocracia é justa , que a iniciativa privada vai fazer de tudo para o desenvolvimento social é cair em outro conto da carochinha que vem sendo a especialidade deste governo. Quero ver até quando o povo que votou nele vai continuar esperando que alguma coisa aconteça em seu benefício. Só destruir, desmontar, não leva a nada, só a uma sensação ilusória de que aquilo que se combatia, mesmo que inventado, foi destruído.
E agora? fazemos o quê? Acreditamos nas histórias ou começamos a refletir sobre a merda que se estabeleceu no nosso país? Deprimimos com a situação atual ou começamos a perceber onde alguma coisa acontece para podermos reagir? Aceitamos essa tirania cultural ou começamos a articular alguma reação autônoma, alguma saída para esta penúria cultural que se anuncia? Sentamos na frente da TV para ouvir as mentiras ou trocamos informações com nossos pares onde se apresentar a possibilidade. Ficamos atrelados à grande imprensa ou buscamos a informação na imprensa alternativa? O caminho está aí. Não dá pra ficar parado.
*Cartunista, ilustrador, diretor de arte, roteirista e criador da Radical Chic e Gatão de Meia Idade.
Especial para os Jornalistas Pela Democracia

Músico Roberto Leal morre aos 67 anos

A vida sem trabalho, segundo os poetas

Pode-se viver sem trabalho? Para Luiz Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha, não. Ele explicita, em sua canção Comportamento Geral, que o trabalho é fundamental para o ser humano ser pleno – mas realça que o trabalho deve ser prazeroso.
Por Marcos Aurélio Ruy*
E sem o seu trabalho / O homem não tem honra / E sem a sua honra / Se morre, se mata”, cantou Gonzaguinha
Ele alia o trabalho como fundamental para a vida com a resistência a um sistema que oprime e rejeita a alegria como parte de uma vida em busca da felicidade.
Você deve notar que não tem mais tutu
e dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
e dizer que está recompensado
Você deve estampar sempre um ar de alegria
e dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
e esquecer que está desempregado
(…)
Você deve aprender a baixar a cabeça
E dizer sempre: ‘Muito obrigado’
São palavras que ainda te deixam dizer
Por ser homem bem disciplinado
Deve pois só fazer pelo bem da Nação
Tudo aquilo que for ordenado
Pra ganhar um Fuscão no juízo final
E diploma de bem-comportado
Completamente atual em tempos de Jair Bolsonaro na Presidência e retrocessos mil na vida do País.
Já o grupo pernambucano Nação Zumbi, na música Livre Iniciativa, de Fred Zero Quatro e Xef Tony, denuncia o liberalismo que detona a classe trabalhadora em nome de uma suposta liberdade. Lembra o senhor de escravo que grita indignado ao ser impedido por um juiz de açoitar seu escravo, como sugere Karl Marx em A Ideologia Alemã.
Trabalho novo trabalho
Trabalho novo trabalho
Quem se importa de onde vem a bala
Qualquer dia tua acorda cheio
Quem se importa de onde vem a grana
Tu tem que ter o bolso cheio”
Já Raul Seixas mostra uma visão da necessidade de que o trabalho não seja alienado para a satisfação geral de trabalhadoras e trabalhadores na belíssima Ouro de Tolo. Porque é tolo quem se sente superior seja porque motivo for.
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal
Raul não deixa por menos e canta como o trabalho, por ser tão essencial para a vida humana, também é tão frustrante para quem deseja mais do que simplesmente vida boa para si e para os seus. É preciso ir além na contestação e na busca de vida boa para todo mundo.
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73…
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado
Essas três canções do rico acervo da música popular brasileira mostram como o trabalho é indissociável de uma vida plena e feliz. Como diz Gonzaguinha: “E sem o seu trabalho / O homem não tem honra / E sem a sua honra / Se morre, se mata”. Mas essa é outra história de outra linda canção.
Marcos Aurélio Ruy é jornalista

Legalidade: Não vai ter golpe

Mesclando fatos e ficção, o filme Legalidade que estreia nos cinemas brasileiros neste fim de semana evoca com brio um momento em que o país, ao contrário de hoje, soube defender a democracia.
Por Carlos Alberto Mattos*
O heroísmo de Leonel Brizola durante o breve período em que a democracia brasileira esteve ameaçada, em 1961, ganhou, enfim, seu lugar no cinema com Legalidade, produção gaúcha dirigida por Zeca Brito. A inesperada renúncia de Jânio Quadros pegou o país de surpresa e instigou os militares a solaparem o poder enquanto o vice-presidente João Goulart voltava de uma viagem de aproximação com a China. Do palácio do governo do Rio Grande do Sul, Brizola liderou a famosa campanha pela legalidade, que mobilizou políticos, setores militares e o povo em defesa da Constituição, garantindo a posse de Jango.
É uma história que merecia ser contada. Zeca Brito e seu corroteirista habitual Leo Garcia (responsáveis pelos longas A Vida Extra-ordinária de Tarso de Castro e Em 97 Era Assim) se atreveram a mesclar os fatos históricos com um enredo de ficção em torno de um triângulo amoroso. Cleo (que não se assina mais com o sobrenome Pires) faz uma correspondente do Washington Post que se envolve romanticamente com dois irmãos, o antropólogo comunista Luís Carlos (Fernando Alves Pinto) e seu irmão Luís Antonio (José Henrique Ligabue), jornalista da Última Hora, ambos íntimos de Brizola (Leonardo Machado, em seu último papel antes de morrer, e a quem o filme é dedicado postumamente).
Afora os poucos dias trancorridos entre a renúncia de Jânio e a posse de Jango em regime parlamentarista, temos alguns flashbacks da Conferência Interamericana de Punta del Este, um mês antes da crise, em que Brizola confraternizou com Che Guevara. E ainda a investigação de Blanca (Letícia Sabatella), filha de Cecília, a respeito da história de sua mãe, 43 anos depois.
A opção de combinar fatos e ficção tem sido alvo de críticas, mas a considero, em si, defensável. A licença ficcional é bastante clara, apesar de levantar suspeitas sobre uma relação transversa do personagem de Fernando com Luís Carlos Prestes. O aspecto de folhetim não é disfarçado num filme que pretende narrar um fato histórico e ao mesmo tempo um episódio novelesco. Se isso é bem desenvolvido dramaticamente, já é outra conversa.
Legalidade se apruma muito bem no que diz respeito à produção, à direção de arte e aos cuidados técnicos em geral. Nem sempre soa plausível, principalmente na maneira como a jornalista Cecília se insere tão facilmente na intimidade do governo gaúcho ou na sua rocambolesca atuação entre os interesses do governo norte-americano e a lealdade aos amigos brasileiros. É num fio delicado que Zeca Brito conduz esse misto de resgate histórico, filme de espionagem e aventura romântica. Com a suprema ousadia de inventar um desfecho decisivo para o futuro do país.
Mesmo tropeçando aqui e ali, não há dúvida de que Legalidade evoca com brio um momento em que o país esteve à beira de uma revolução. As cenas em que Brizola comanda o abastecimento do seu alto escalão com armas velhas e defeituosas, e prega a resistência popular armada, traduzem bem o espírito um tanto naïf, mas exemplarmente combativo, da Legalidade. “Não vou dar o primeiro tiro, mas também não vou errar o segundo”, diz o governador, numa das várias passagens que o elevam à estatura de herói. A oratória de Brizola assume protagonismo, uma vez que a resistência ao golpe militar foi organizada pelo rádio, através da chamada Rede da Legalidade.
A montagem de cenas ficcionais com registros documentais da campanha se resolve satisfatoriamente e supre o que a produção não seria capaz de prover. Por outro lado, a sequência de amor entre Cecília e Luís Carlos sobre as trincheiras construídas no Palácio Piratini situam o filme no seu devido lugar: cinema de entretenimento com um lastro de História.

II ENSAIO RUMO AO III TALENTOS DAS CASAS DE CULTURA POTIGUAR FOI SHOW HOJE (15)! CONFIRAM!!

 Eduardo Vasconcelos, agente de cultura e artistas pousando para fotos após o II ensaio de hoje (15), RUMO AO III TALENTOS DAS CASAS DE CULTURA POTIGUAR
Foto 01: SILVANDREISON. Foto 02: DANIEL. Foto 03: CRISTIANE E Foto 04: FCO PAIXÃO
Foto 02: Cristian Felipe e Foto 03 MICHELY OLIVEIRA

Hoje (15) a tarde a Casa de Cultura "Lauro Arruda Câmara" de Nova Cruz/RN promoveu mais um ensaio com os cantores previamente  inscritos para o III TALENTO DAS CASAS DE CULTURA POTIGUAR, que iniciará por NOVA CRUZ próxima quinta-feira (19), a partir das 19 horas na Casa de Cultura de NOVA CRUZ.

Nesta segunda-feira (16) e terça-feira (17) haverá ensaios a tarde e noite nos mesmos horário e na quarta-feira (18) batalha para a estruturação do EVENTO e na quinta-feira (19) o mais esperado! O III TALENTOS DAS CASAS DE CULTURA POTIGUAR 2019! Abrindo com chave de ouro mais uma edição.

Participaram do ensaio/reunião: EDUARDO VASCONCELOS, FRANCINALDO SOARES, LENE ROSA, SILVANDREISON FREITAS, LETÍCIA OLIVEIRA. CRISTIANE FELIPE, FRANCISCO PAIXÃO, MICHELLY OLIVEIRA, SAMARA GOMES, ELISANGELA GOMES, FRANCISCO PAIXÃO, DANIEL PAIXÃO, ELISÂNGELA GOMES, MICHELE OLIVEIRA e CRISTIANE GOMES DA SILVA


1º ENSAIO DOS INSCRITOS DE NOVA CRUZ/RN PARA O III TALENTO DAS CASAS DE CULTURA POTIGUAR - QUE INICIA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA (19), ÁS 19H DE FRONTE A CASA DE CULTURA DE NOVA CRUZ-CONFIRA!


 Os primeiros inscritos ensaiaram ontem (12) na Casa de Cultura de NOVA CRUZ/RN
Concorrentes (FOTO 1) E MARCIO SANTOS - (FOTO 2) - JEFFERSON LIMA
Ensaio: Foto 01: (vertical): GIL GÓIS - FOTO 2: JULIANA SOARES foto 3: FCO PAIXÃO
Foto 01 DANIEL DO ARROCHA e foto 02: VIVIANA SILVA

Ontem (14) a noite foi realizado o PRIMEIRO ensaio com parte dos inscritos para o III TALENTOS POTIGUAR NAS CASAS DE CULTURA POTIGUAR 2019. Foi muito bacana, onde todos os presentes num total de 15 inscritos compareceram 07, os outros demais irão ensaiar hoje a tarde e a noite e os demais na segunda-feira (14), finalizando os ensaios na terça-feira!.

Todos estão se afinando para quinta-feira (19) a noite, a partir das horas na CASA DE CULTURA "LAURO ARRUDA CÂMARA" - Nova Cruz/RN. Com participação especial do cantor e compositor, FERNANDO LUIZ.  Lembrando que o classificado irão para a etapa ESTADUAL em NATAL.

No comando dos ensaios está com o amigo cantor e compositor, WANDERSON RAMOS, sob a supervisão do Agente de Cultura, Eduardo Vasconcelos.

HOJE (15) O ENSAIO SERÁ ÁS 14 HORAS!

Lembrando que, o Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN apoia esta iniciativa.

Nossos agradecimentos aos amigos professores, FRANCINALDO, SOARES E LENE ROSA e CLAUDIO LIMA.