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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Exposição A arte de Luzia Dantas

Luzia de Araújo Dantas nasceu em um sítio do município de São Vicente, na região do Seridó, em 1937. Cresceu nesse sítio e dizia que nunca frequentou a escola, tendo estudado apenas em casa.  

Ainda menina, começou a esculpir na imburana, madeira particularmente fácil de se entalhar, fazendo bonequinhas e pequenos animais para brincar. Com o tempo, seu trabalho foi sendo conhecido e ela passou a receber encomendas de ex-votos, imagens religiosas e cenas regionais, como vaquejada e casa de farinha. Em 1962, foi tema de uma grande matéria publicada na imprensa de Natal, que a revelou ao grande público.

A partir daí, o sucesso foi num crescendo e ela tornou-se referência da arte popular potiguar. Em 1973, mudou-se para Currais Novos, a fim de melhor atender à clientela, que vinha de todas as partes. Em 2007, através de Lei Estadual, ganhou o título de Patrimônio Vivo do Rio Grande do Norte, reconhecimento máximo pela importância de sua obra. Apesar do triunfo, continuou vivendo simplesmente e trabalhando, até falecer em fevereiro de 2022, aos 85 anos.

Essa mostra apresenta a maioria das peças de Luzia Dantas que fazem parte do acervo do Museu Câmara Cascudo. A coleção, constituída desde a década de 1960, permite conhecer a arte da escultora popular em toda sua plenitude, dando a admirar seu talento extraordinário para transformar a madeira em obras de grande sensibilidade e detalhamento, que reproduzem diferentes temas com um mesmo sentido de equilíbrio, harmonia e beleza.

EVERARDO RAMOS - Curador

FICHA TÉCNICA

Curadoria: Everardo Ramos e Jailma Medeiros

Fotografia: Alexandre Santos e Cícero Oliveira

Mobiliário: Olavo Bessa e Daniel Cavalcanti

Cenografia: Olavo Bessa

Produção Cultural: Étore Medeiros

Design gráfico: Ana Paula Resende

Museologia: Gildo Santos, Jacqueline Silva

Comunicação: Iano Flávio Maia, Rebeca Oliveira e  Richardson Souza


Fonte: https://www.mcc.ufrn.br

Enem 2022: número de inscrições de negros é maior do que de brancos

Ao contrário do último Enem, que foi o mais elitizado e branco da história, o deste ano entrega diversidade.

O Exame Nacional do Ensino Médio teve sua primeira etapa no dia 13 e terá a próxima no dia 20 de novembro, sendo esta segunda uma data muito significativa: o Dia da Consciência Negra. O ano de 2022 é o segundo ano consecutivo em que o exame bate recordes e recebe poucas inscrições. Contudo, diferente do ano passado, que a prova foi caracterizada como a mais branca e elitizada de todos os tempos, neste ano, pretos e pardos representam a maioria dos inscritos confirmados para a prova.

ENEM: A PORTA DE ENTRADA PARA A UNIVERSIDADE 

Não por acaso o Enem é considerado a porta de entrada para a universidade, com ele, estudantes de todo o Brasil conseguem acessar as universidades através de programas do Ministério da Educação, como o Sisu, o ProUni e o FIES.

Contudo, no ano de 2021, em meios às polêmicas e à pandemia em estado de calamidade graças ao (des)governo Bolsonaro, a prova foi descrita como uma das mais elitizadas de todos os tempos pois, além da baixa quantia de inscrições, a maioria era de brancos, o que reflete totalmente no cenário de desigualdade social e econômica do Brasil no (des)governo atual. 

Entretanto, neste ano de 2022, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) indicam que os pretos são maioria na versão impressa, enquanto os pardos dominam as candidaturas do Enem digital. 

Ao todo, na modalidade impressa, o número de inscrições de pretos é de 1.434.820. Já de autodeclarados brancos é de 1.360.923, pardos é de 391.666, amarelos 63.114, não declarados 61.903 e indígenas 19.140. Na versão digital, a maioria se autodeclaram pardos (27.408), depois brancos (25.324), pretos (8.937), indígenas (446), amarelos (1.443) e não declarados (1.508). 

A POTÊNCIA DOS ESTUDANTES PRETOS

Dados como esses aparecem pela primeira vez nas inscrições confirmadas do Exame. Com isso, é preciso exaltar a força da produção de ciência, cultura e arte dos estudantes negros nas escolas públicas e a importância das cotas para vermos cada vez mais estudantes dessas escolas nas universidades. 

A fala de Jade Beatriz, presidenta da UBES, retrata bem isso: “É a prova que somos potência, do nosso pertencimento e na ansiedade de trazer mudanças para o nosso povo. Será muito emocionante fazer o ENEM com este sentimento e a certeza de pertencimento. O dia 20 de novembro será histórico para mim.”

Isso demonstra que, mesmo com as tentativas de acabar com as políticas de inclusão, os estudantes estão de pé e provam a sua força. 

QUEDA DE INSCRITOS NO ENEM 

Por um lado, comemoramos, mas por outro, devemos ficar atentos. Por mais que o número de inscritos do Enem tenha aumentado em 10%, ainda enfrentamos a queda muito grande que tivemos a partir de 2021. Nesse último ano, houve o menor número de estudantes desde 2005, quando ele ainda não era um exame consolidado e o mais importante para o acesso ao ensino superior público.

Isso tudo é reflexo do (des)governo atual que como, Jade declara, fez o Exame enfrentar “Problemas recorrentes nas correções, interferência nas questões e a dificuldade em dar segurança aos estudantes durante a pandemia são as causas da queda no interesse do Exame”. 

Mas os estudantes são fortes e demonstram diariamente a sua potência. Desejamos que a partir deste Enem, os próximos apresentem políticas de ampliação do acesso às universidades, aumentando e gerando ainda mais incentivo para que mais jovens negros ingressem nas universidades através da Lei de Cotas, que também foi muito criticada e banalizada pelo (des)governo atual. 

Fonte: UBES