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domingo, 15 de dezembro de 2019

APRESENTAÇÃO DO QUARTETO FOUR SUNS NA III NOITE DAS HOMENAGENS DO CPC/RN OCORRIDA DIA 11/12/2019 NA CÂMARA DE NOVA CRUZ/RN

Uma linda apresentação do QUARTETO FOUR SUNS do IFRN Campus de Nova Cruz/RN na III NOITE DAS HOMENAGENS promovida pelo Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN alusiva aos seus 10 anos de fundação.*

O evento ocorreu na última quarta-feira (11) no Plenário da Câmara Municipal de Nova Cruz/RN, onde artistas, políticos e In Memória foram homenageados pelos relevantes serviços prestados a cultura local e regional, bem como os artistas In Memória que também deixaram um acervo cultural riquíssimo para os novacruzenses, como os saudosos, JOÃO RAMOS e FERNANDO LUIZ DE SOUZA!

Foram homenageados professores, cantores, compositores, políticos, historiador, artesã, secretários municipais, entre outros.

O CPC/RN fará outras homenagens em outras regiões até janeiro de 2020, uma forma de agradecimentos e homenagens a aqueles que forma direta ou indireta contribui ou contribuíram com o resgate e memória da cultura potiguar, disse, Eduardo Vasconcelos, presidente do CPC/RN.

Ditadura Nunca Mais: Aberta a última caixa da Vala Clandestina de Perus!

Por Karina Morais / Jornalistas Livres
O Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF), vinculado à Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) concluiu ontem (13 de dezembro) a abertura da última caixa com os remanescentes ósseos da Vala Clandestina de Perus, do total de 1049 caixas.
A vala foi descoberta em 04 de setembro de 1990, no Cemitério Dom Bosco, localizado no bairro de Perus, Zona Norte da capital paulista. O cemitério foi construído em 1971, durante a gestão de Paulo Maluf. Entre “indigentes” e presos políticos, foi lugar de escoamento dos corpos não identificados ou dos que não se pretendiam identificar.
Fotografia: Reprodução/Instituto Lula
Em meio à efervescência política, face ao processo de redemocratização do país, as suspeitas acerca do lugar ganharam fôlego e, logo no início da década de 1990, confirmou-se enquanto terreno de desova dos perseguidos pelas forças repressivas do Estado. Com o apoio da prefeitura de São Paulo, sob gestão de Luiza Erundina, as investigações lograram espaço, sobretudo por conta da criação da Comissão Especial de Investigação das Ossadas de Perus.
Com o término de seu mandato e em meio a uma série de intervenções externas na perspectiva de cercear os trabalhos, o andamento das investigações foi bastante comprometido. Mais tarde, em 2014, houve uma nova conquista acerca do caso. Por meio de parceria firmada entre a prefeitura de São Paulo, na ocasião sob gestão de Fernando Haddad, o Ministério dos Direitos Humanos e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), criou-se o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF/UNIFESP), na perspectiva de estimular e promover pesquisas e formação acerca dos Direitos Humanos, bem como atuar na investigação de práticas de violência institucional. Desse processo surge o Grupo de Trabalho Perus (GTP), sob a incumbência de analisar as ossadas encontradas na vala clandestina.
O GTP foi fundamental tanto para novas identificações de desaparecidos políticos, quanto para a consolidação de um campo forense intrinsecamente comprometido com a tão almejada, complexa e permanente luta por memória, justiça e verdade.
Entre avanços e retrocessos: Bolsonaro e as políticas de silenciamento da história
Se é verdade que houve conquistas importantes, é verdade também que segue em curso uma política de austeridade mais interessada em manter seus cadáveres nos porões da história. Em 11 de abril deste ano, o Presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto 9.759 que “Extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal”. O decreto impede a continuidade dos trabalhos da equipe de identificação do caso de Perus, o que significa, na prática, extinguir o GTP e a sua capacidade de gerar novos dados e seguir nos informando sobre o caso.
De todo modo, seu desmonte não é novidade em uma gestão governada por um chefe de Estado que ovacionou, em rede nacional, o general Carlos Brilhante Ustra. Um militar que institucionalizou a prática de tortura no Brasil e adotou técnicas bem “refinadas”, como colocar ratos em vaginas de mulheres ou pôr crianças em contato com a mãe torturada. Além dos já conhecidos eletrochoques, afogamentos, atropelamentos e espancamentos, inclusive de mulheres grávidas.
Não é novidade que o Decreto parta de um Chefe de Estado que estimula a comemoração do aniversário de início da Ditadura Militar no Brasil. Que, enquanto parlamentar, satirizava o assassinato dos presos no Araguaia, inclusive em fotografias com cartazes com frases como “quem procura osso é cachorro”, colocando-se claramente contra a investigação dos casos de tortura e a identificação dos corpos.
Fotografia: Reprodução/Brasil de Fato
O Presidente não é apenas um saudosista da ditadura por sua trajetória militar, é também quem defende o armamento público, ao passo em que vota pelo congelamento de verbas para saúde e educação. É também quem defende a privatização das universidades públicas e tem empregado uma série de medidas na perspectiva de sucatear a produção acadêmica e barrar o desenvolvimento de novas pesquisas.
Desde 1970, na Vala de Perus camuflou-se a vida de diversos desaparecidos políticos, assassinados durante a Ditadura Militar no Brasil. Incontáveis são as famílias que não puderam velar os corpos de seus pais, filhos e netos, perseguidos e assassinados. O desmantelamento do GTP insere-se em uma articulação mais ampla de Jair Bolsonaro e do grupo político que o sustenta. No último mês, mais uma luta foi travada quando a União anunciou a proposta de retirar as ossadas da responsabilidade da UNIFESP e levá-las para Brasília, sob a justificativa de enxugar os gastos. É certo que, uma vez extinguido o grupo de identificação e concluída a transferência dos remanescentes ósseos para Brasília, os trabalhos se encerrariam. Manter-se-ia para sempre, nas tumbas clandestinas de nossa história, parte de um passado ainda não revelado.
A importância do comprometimento social das pesquisas
Os desafios são muitos e o caminho na busca da verdade segue árduo e longo. De todo modo, neste final de semana comemoremos a abertura da última de 1049 caixas com os corpos encontrados na Vala, não mais clandestina, de Perus. Confira a nota do CAAF a respeito disso:
“Hoje, dia 13 de dezembro de 2019, após 5 anos de recebimento dos remanescentes ósseos da Vala de Perus no CAAF/Unifesp, temos a satisfação de comunicar que realizamos a abertura da última das 1.049 caixas.
Nestes anos construímos uma forte institucionalidade (Ministério dos Direitos Humanos, Prefeitura de São Paulo e Unifesp), por meio de uma ação judicial movida pelo Ministério Público Federal, e, sempre, com a participação direta e decisiva dos familiares de mortos e desaparecidos políticos da Ditadura.
O trabalho, inicialmente denominado Grupo de Trabalho Perus (GTP, grupo extinto pelo atual governo Bolsonaro), produziu protocolos únicos de análise de uma vala desta complexidade, colaborou com a formação de profissionais, estreitou laços com os movimentos sociais de denúncia da violência de Estado, entre outros ganhos.
Identificamos dois militantes políticos, presos, torturados e assassinados pela Ditadura, no Doi-Codi do Exército, em São Paulo. São eles: Dimas Antônio Casemiro e Aluizio Palhano.
Na próxima etapa, reabriremos 26% das caixas, as quais contém mais ossos misturados de outros indivíduos, exigindo um processo de reassociação dos ossos que não pertencem aos indivíduos principais destas caixas.
Que este seja um passo colaborativo no sentido de constituir no país uma antropologia forense autônoma e independente de apuração da violência do Estado.
Que novas identificações possam ser confirmadas e possamos restituir às famílias seus entes queridos e ao Brasil sua história de luta.
Um grande abraço da equipe de análise dos remanescentes ósseos da Vala de Perus.”
Fotografias: Prof. Dr. Edson Teles (CAAF/UNIFESP)


Leia mais sobre esse assunto nos links abaixo:
Fonte: Jornalistas Livres

13 de Dezembro – Dia de Nascimento de Luiz Gonzaga e Dia Nacional do Forró

gonzaga
Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Segundo filho de Ana Batista de Jesus e oitavo de Januário José dos Santos. Foi um dos principais representantes da música popular brasileira, devido as suas obras que valorizavam os ritmos nordestinos, levando o baião, o xote e o xaxado para todo o país.
Rei do Baião, como ficou conhecido no Brasil, retratava em suas canções a pobreza e as injustiças no Sertão Nordestino. Em 1920, com apenas 8 anos, Gonzaga foi convidado para substituir um sanfoneiro em uma festa tradicional, e partir desse episódio recebeu diversos convites para tocar em eventos da época.
Em 1929, em consequência de um namoro proibido, Luiz foge para cidade de Crato/CE, e em 1930 vai para Fortaleza/CE, servir ao exército. A partir de 1939, já na cidade do Rio de Janeiro, Gonzaga passa a dedicar-se à música e começa a tocar nos mangues, no cais, em bares, nas ruas e nos cabarés da Lapa. Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, apresentou uma música sua, “Vira e mexe”, e ficou em primeiro lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas radiofônicos, inclusive gravando discos como sanfoneiro para outros artistas, até ser convidado para gravar como solista, em 1941. Daí em diante, o talento do Rei do Baião começa a ser reconhecido.
Continuou fazendo programas de rádio e gravando solos de sanfona. A partir de 1943, Luiz Gonzaga passa a utilizar os trajes típicos de cangaceiro, posteriormente irá os substituir pelo de vaqueiro, para as suas apresentações. Nesse mesmo ano, suas músicas passaram a ser letradas por Miguel Lima; a parceria deu certo e várias canções fizeram sucesso: “Dança, Mariquinha” e “Cortando Pano”, “Penerô Xerém” e “Dezessete e Setecentos”, agora gravadas pelo sanfoneiro e, também cantor, Luiz Gonzaga. No mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto Teixeira, com quem sedimentou o ritmo do baião, com músicas que tematizavam a cultura e os costumes nordestinos. Seus sucessos eram quase anuais: “Baião” e “Meu Pé de Serra” (1946), “Asa Branca” (1947), “Juazeiro” e “Mangaratiba” (1948) e “Paraíba” e “Baião de Dois” (1950).
No ano de 1947, já casado com Helena das Neves e tendo assumido a paternidade de Gonzaguinha, conhece Zé Dantas, que passou a ser seu parceiro, assumindo o posto deixado por Teixeira, que se afastara da música devido à vida política. Juntos compuseram outros clássicos (“O xote das meninas”, “Vem Morena”, “A volta da Asa Branca”, “Riacho do Navio” etc.) e Luiz Gonzaga se firmou como o Rei do Baião.
Nos anos 1960, o sucesso da Bossa Nova, do rock e do Ieieiê ofuscaram o brilho de Lua (apelido dado por Paulo Gracindo). Porém, dada sua genialidade, era admirado por inúmeros artistas, incluindo os da nova geração, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Raul Seixas, para quem, Luiz Gonzaga, era o personagem mais “elvispresliano” da música brasileira.
Além de nunca ter parado de compor Entre as décadas de 1970 e 1980, regravações, homenagens e parcerias foram estabelecidas com as/os novas/os cantoras/es, formando um espécie de séquito ao redor de Gonzagão: Fagner, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Dominguinhos, seu grande discípulo.
Nessa época também se reaproximou de seu filho, Gonzaguinha, saindo numa bem sucedida turnê pelo país, o que concedeu novo fôlego à sua carreira devido a músicas como “Vida de viajante” e “Pense n’eu”. Em 1984, recebeu o primeiro disco de ouro com “Danado de Bom”. Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir as biografias sobre o homem simples e inventivo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.
O Rei do Baião morreu, em Recife, em 2 de agosto de 1989. Se vivo, completaria 103 anos. Devido a sua genialidade musical da canção Asa Branca, que se tornou Hino do Nordeste Brasileiro, Luiz Gonzaga foi o artista que mais vendeu discos no Brasil de 1946 a 1955. Seu legado é homenageado até hoje. Em 2012, Gonzaga foi tema do carnaval da Unidos da Tijuca, fazendo com que a escola ganhasse o título deste respectivo ano. A história do rei do baião também é contada no filme “Gonzaga, de pai para filho”, de Patrícia Andrade. Em 2005, a data de seu nascimento foi tornada Dia Nacional do Forró.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Alvim derruba indicada para Iphan em menos de 24h

Com bastante prestígio com o presidente Jair Bolsonaro, o secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, venceu mais uma queda de braço com um ministro do governo. Desta vez, conseguiu derrubar, em menos de 24 horas, uma indicação do titular do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), para o comando do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Antônio indicara a arquiteta Luciana Feres. O secretário já havia vencido uma batalha nos bastidores com Osmar Terra, da Cidadania.
Luciana Feres, nomeada na quarta-feira para o cargo, era uma indicação pessoal do ministro do Turismo, que desejava retirar das mãos de Alvim o comando sobre o setor de patrimônio, área que mexe com licenciamento de obras em todo o País.
No entanto, o nome desejado por Alvim para o cargo, Olav Schrader, defensor da monarquia, foi vetado em análises da Casa Civil por ser estrangeiro, segundo fontes do governo – oficialmente, o Palácio do Planalto não confirma o veto.
O secretário busca novo nome para o comando do Iphan dentro do rol de seguidores do escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo. A ideia é que seja alguém ligado a área cultural.
A secretaria de Cultura está acomodada dentro do Ministério do Turismo. Em tese, Antônio é chefe de Alvim, mas o secretário tem livre acesso a Bolsonaro. O presidente já disse que ele tem “porteira fechada” para nomeação, ou seja, pode escolher quem bem entender. Procurados, Cultura e Turismo não se manifestaram.
Menos de um dia no cargo
Ao deixar o Palácio do Planalto na terça-feira, 10, onde se reuniu com Jair Bolsonaro, Roberto Alvim disse que não havia decisão sobre o Iphan. O ministro do Turismo, no entanto, articulou para emplacar Feres, que foi nomeada no dia seguinte e, horas mais tarde, despedida em edição extra do Diário Oficial.
A arquiteta disse ao jornal O Estado de S. Paulo, após ser nomeada, defender uma conexão “abrangente” entre o patrimônio histórico cultural e o ambiente em que está inserido. “Tem de ter uma visão global, de parceria.”
Ela substituiria Kátia Bogéa no comando do Iphan, que afirmou ao jornal ter sido pega de surpresa ao ser exonerada. Luciana Feres esteve à frente da conquista de um dos mais recentes títulos alcançados pelo País na Unesco: o de Patrimônio Cultural da Humanidade, em 2016, para o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado em 1943.
Na capital mineira, ela foi coordenadora do Conjunto Arquitetônico da Pampulha e da Comissão Executiva do Programa de Declaração do Conjunto Moderno da Pampulha a Patrimônio Mundial pela Unesco, criado pela prefeitura na gestão de Marcio Lacerda, à época no PSB. Feres esteve nos cargos entre 2013 e 2016.
Além de Antônio, Alvim já teve disputas com o ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), que resultou na transferência da Secretaria da Cultura ao Turismo. O secretário ocupava uma diretoria da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e entrou em conflito com Terra por causa de nomeações na equipe.
Na terça-feira, 10, o secretário de Cultura disse que não irá “aparelhar o setor”. “Um governo de esquerda patrocina propaganda ideológica. O governo de direita patrocina obras de arte. O que estamos lutando é pelo renascimento do conceito de obra de arte”, afirmou Alvim após se reunir com Bolsonaro.
O governo tem sido criticado por escolhas recentes para a área de cultura. A Justiça Federal chegou a suspender a nomeação para presidente da Fundação Palmares do jornalista Sérgio Camargo, que já afirmou nas redes sociais que a escravidão foi benéfica e que o Brasil tem “racismo nutella”. Na quarta-feira, a nomeação de Camargo foi suspensa para atender à determinação judicial.
Nomeado presidente da Funarte, o maestro Dante Mantovani também causou divergência no meio artístico por declarações em vídeos e redes sociais. Ele já afirmou, por exemplo, que o “rock ativa as drogas, que ativam o sexo livre, que ativa a indústria do aborto que ativa o satanismo”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
PALAVRAS-CHAVES:
Portal BRASIL CULTURA