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terça-feira, 25 de setembro de 2018

É HOJE!!! CPC/RN CONVOCA ASSEMBLEIA GERAL



O Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, em reunião realizada no dia 01 de setembro do ano em curso em sua sede - Nova Cruz/RN, deliberou convocação de Assembleia Geral, que ocorrerá HOJE, dia 20 de outubro próximo, conforme Edital Publicado no Diário Oficial do Estado (DOE/RN), no último dia 22 de setembro, conforme EDITAL e CARTAZ acima exposto.

Dando assim ciência nos termos estatutários aos demais diretores, associados, convidados.e a sociedade em geral.



Personalidades lançam abaixo-assinado pela democracia e contra Bolsonaro

‘Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial’, diz o documento
Um grupo de personalidade, de diferentes posições políticas, lançou o abaixo-assinado Democracia Sim. O manifesto, que até a noite deste do domingo 23 reunia 333 nomes, conta com o endosso principalmente de artistas e intelectuais com trajetórias pessoais e públicas variadas e está aberto para colher a assinatura de cidadãos que se identifiquem com o que eles defendem.
O texto lembra que o Brasil enfrenta desafios e que o desgaste da classe política disseminou um sentimento de descrença. “Mas sabemos também dos perigos de pretender responder a isso com concessões ao autoritarismo, à erosão das instituições democráticas ou à desconstrução da nossa herança humanista primordial”, afirma.
O manifesto afirma também que as assinaturas unem brasileiros que votam em pessoas e partidos diversos, que defendem causas, ideias e projetos distintos para nosso país, muitas vezes antagônicos.
“Mas temos em comum o compromisso com a democracia. Com a liberdade, a convivência plural e o respeito mútuo. E acreditamos no Brasil. Um Brasil formado por todos os seus cidadãos, ético, pacífico, dinâmico, livre de intolerância, preconceito e discriminação.”
Em comum, os signatários repudiam a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). “É preciso dizer, mais que uma escolha política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial. É preciso recusar sua normalização, e somar forças na defesa da liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós.”
As 333 assinaturas reúnem artistas como Alessandra Negrini, Leandra Leal e Tulipa Ruiz, que já se manifestaram aliadas às candidaturas à esquerda, sem dar nomes, e Patrícia Pillar, que publicamente vota em Ciro Gomes. O casal Caetano Veloso e Paula Lavigne, também apoiadores públicos de Ciro, estão na lista.
A lista conta ainda com o economista Bernard Appy, que foi do governo Lula e desenhou uma proposta de reforma tributária endossada por diversos presidenciáveis, e com o advogado Miguel Reale Jr, historicamente ligado ao PSDB. Outros tucanos aderiram, entre eles Andrea Calabi e Celso Lafer, que foram ministros de Fernando Henrique Cardoso, e Claudia Costin.
O médico Drauzio Varella, a historiadora Lilia Schwarcz, o empresário Guilherme Leal, antigo apoiador de Marina Silva, a socióloga Esther Solano, o ator Wagner Moura, o comentarista esportivo Walter Casagrande Jr, o jornalista Juca Kfouri, o cineasta Walter Salles e Danilo Santos de Miranda, presidente do Sesc em São Paulo, são outros nomes que assinam o manifesto.
No fim, o texto afirma que é a democracia que provê abertura, inclusão e prosperidade aos povos que a cultivam com solidez no mundo. “Que nos trouxe nos últimos 30 anos a estabilidade econômica, o início da superação de desigualdades históricas e a expansão sem precedentes da cidadania entre nós… Por isso, estamos preparados para estar juntos na sua defesa em qualquer situação, e nos reunimos aqui no chamado para que novas vozes possam convergir nisso. E para que possamos, na soma da nossa pluralidade e diversidade, refazer as bases da política e cidadania compartilhadas e retomar o curso da sociedade vibrante, plena e exitosa que precisamos e podemos ser.”
Confira a íntegra do manifesto:
Democracia Sim
– MANIFESTO –
Pela Democracia, pelo Brasil
Somos diferentes. Temos trajetórias pessoais e públicas variadas. Votamos em pessoas e partidos diversos. Defendemos causas, ideias e projetos distintos para nosso país, muitas vezes antagônicos.
Mas temos em comum o compromisso com a democracia. Com a liberdade, a convivência plural e o respeito mútuo. E acreditamos no Brasil. Um Brasil formado por todos os seus cidadãos, ético, pacífico, dinâmico, livre de intolerância, preconceito e discriminação.
Como todos os brasileiros e brasileiras sabemos da profundidade dos desafios que nos convocam nesse momento. Mais além deles, do imperativo de superar o colapso do nosso sistema político, que está na raiz das crises múltiplas que vivemos nos últimos anos e que nos trazem ao presente de frustração e descrença.
Mas sabemos também dos perigos de pretender responder a isso com concessões ao autoritarismo, à erosão das instituições democráticas ou à desconstrução da nossa herança humanista primordial.
Podemos divergir intensamente sobre os rumos das políticas econômicas, sociais ou ambientais, a qualidade deste ou daquele ator político, o acerto do nosso sistema legal nos mais variados temas e dos processos e decisões judiciais para sua aplicação. Nisso, estamos no terreno da democracia, da disputa legítima de ideias e projetos no debate público.
Quando, no entanto, nos deparamos com projetos que negam a existência de um passado autoritário no Brasil, flertam explicitamente com conceitos como a produção de nova Constituição sem delegação popular, a manipulação do número de juízes nas cortes superiores ou recurso a autogolpes presidenciais, acumulam declarações francamente xenofóbicas e discriminatórias contra setores diversos da sociedade, refutam textualmente o princípio da proteção de minorias contra o arbítrio e lamentam o fato das forças do Estado terem historicamente matado menos dissidentes do que deveriam, temos a consciência inequívoca de estarmos lidando com algo maior, e anterior a todo dissenso democrático.
Conhecemos amplamente os resultados de processos históricos assim. Tivemos em Jânio e Collor outros pretensos heróis da pátria, aventureiros eleitos como supostos redentores da ética e da limpeza política, para nos levar ao desastre. Conhecemos 20 anos de sombras sob a ditadura, iniciados com o respaldo de não poucos atores na sociedade. Testemunhamos os ecos de experiências autoritárias pelo mundo, deflagradas pela expectativa de responder a crises ou superar impasses políticos, afundando seus países no isolamento, na violência e na ruína econômica. Nunca é demais lembrar, líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes autocráticos na história e no presente foram originalmente eleitos, com a promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações, antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários.
Em momento de crise, é preciso ter a clareza máxima da responsabilidade histórica das escolhas que fazemos.
Esta clareza nos move a esta manifestação conjunta, nesse momento do país. Para além de todas as diferenças, estivemos juntos na construção democrática no Brasil. E é preciso saber defendê-la assim agora.
É preciso dizer, mais que uma escolha política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial. É preciso recusar sua normalização, e somar forças na defesa da liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós.
Prezamos a democracia. A democracia que provê abertura, inclusão e prosperidade aos povos que a cultivam com solidez no mundo. Que nos trouxe nos últimos 30 anos a estabilidade econômica, o início da superação de desigualdades históricas e a expansão sem precedentes da cidadania entre nós. Não são, certamente, poucos os desafios para avançar por dentro dela, mas sabemos ser sempre o único e mais promissor caminho, sem ovos de serpente ou ilusões armadas.
Por isso, estamos preparados para estar juntos na sua defesa em qualquer situação, e nos reunimos aqui no chamado para que novas vozes possam convergir nisso. E para que possamos, na soma da nossa pluralidade e diversidade, refazer as bases da política e cidadania compartilhadas e retomar o curso da sociedade vibrante, plena e exitosa que precisamos e podemos ser.
  • Assinam este manifesto

Adriana Lisboa
Alê Youssef
Alessandra Negrini
Alessandra Orofino
Alexandre Brasil Fonseca
Alexandre Nero
Alexandre Schneider
Alice Braga
Amon Barros
Ana Carolina Evangelista
Ana Claudia Souza
Ana Helena Altenfelder
Ana Lucia Carneiro da Cunha
Ana Moser
Ana Toni
André Corradi Moreira Luthier
Andre Degenszajn
André Fischer
André Pereira de Carvalho
Andre Perosa
André Vallias
Andrea Alvarez
Andrea Barata Ribeiro
Andrea Calabi
Andrea Magri
Andreia Horta
Anete Abramowicz
Angela Alonso
Anna Penido
Antonia Pelegrino
Antonio Grassi
Antônio Nóbrega
Antônio Prata
Ariovaldo Ramos
Arnaldo Antunes
Aron Zylberman
Ary Oswaldo Mattos Filho
Astrid Fontenelle de Brito
Aurea Vieira
Bárbara Musumeci Mourão
Beatriz Bracher
Bel Coelho
Bel Melo
Bela Gil
Belisario dos Santos Junior
Bernard Appy
Beth Pessoa
Beto Ricardo
Beto Vasconcelos
Beto Verissimo
Bia Barbosa
Binho Marques
Braulio Mantovani
Bruno Carazza dos Santos
Bruno Carvalho
Bruno Mazzeo
Bruno Torturra
Cadão Volpato
Caetano Veloso
Caio Magri
Caio Tendolini
Camila Pitanga
Carlos Mello
Carlos Nobre
Carlos Pitchu
Carlos Ritl
Carolina Bueno
Carolina Kotscho
Cazé Pecini
Cecilia Boal
Celia Cruz
Celso Athayde
Celso Lafer
Cesar Callegari
Chico Buarque
Chico Diaz
Chico Whitaker
Cicero Araujo
Ciro Biderman
Claudia Abreu
Claudia Costin
Cláudio Couto
Clemente Ganz Lucio
Clemir Fernandes
Cléo Regina Todaro Santos de Miranda
Daniel Augusto
Daniel Cerqueira
Daniel De Bonis
Daniel Ganjaman
Daniela Bianchi
Daniela Di Bonito Mônaco de Moraes
Daniela Frozi
Daniela Gleiser
Danilo Miranda
Danilo Santos de Miranda
Dario Guarita Neto
Dario Menezes
Débora Lamm
Denis Mizne
Dira Paes
Doriam Borges
Drauzio Varella
Edson Fernando de Almeida
Eduardo Calil Ohana
Eduardo Marques
Eliane Dias
Eliane Giardini
Elisandro Lotin de Souza
Enrique Diaz
Estevão Ciavatta
Esther Solano
Eugenia Moreyra
Eugenio Bucci
Fabiana Luci de Oliveira
Fabiana Pereira
Fabio Feldman
Felipe Roseno
Fernand Alphen
Fernanda Abreu
Fernanda Lima
Fernanda Thompson
Fernanda Torres
Fernando Abrucio
Fernando Burgos
Fernando Grostein Andrade
Fernando Meirelles
Fernando Morais
Flávia Gusmão Eid
Flávia Lacerda
Flávio Conrado
Flavio Tavares de Lyra
Flora Gil
Floriano de Azevedo Marques Neto
Francisco Sandro Rodrigues Holanda
Franklin Feder
Gabriel Feltran
Galeno Amorim
George Avelino Filho
Gerorgiana Goes
Gilberto Dimenstein
Gilberto Gil
Gilberto Saboia
Gisele Froes
Glória Kalil
Gregorio Duvivier
Gui Amabis
Guilherme Casarões
Guilherme Leal
Guilherme Werneck
Haroldo Torres
Heitor Dhalia
Helder Vasconcelos
Helena Kerr
Helio Santos
Helivete Ribeiro
Heloisa Buarque de Holanda
Heloísa Perisse
Henri Philippe Reichstul
Henrique Silveira
Hugo Possolo
Humberto Dantas
Ilona Szábo
Ilza Jorge
Inês Lafer
Ivam Cabral
Ivanir dos Santos
Ivo Herzog
Jailson Silva
Joana Jabace
João Biehl
Joaquim Falcao
Joel Zeferino
Joel Zito Araújo
Jorge Abrahao
Jorge Hage
Jorge Romano
Jorge Schwartz
Jose Carlos Dias
José Jobson de Andrade Arruda
José Marcelo Zacchi
Juana Kweitel
Juca Kfouri
Julia Michaels
Juliana Braga de Mattos
Juliana Sakai
Julita Lemgruber
Jurandir Freire Costa
Jussara Silveira
Karina Buhr
Karine Carvalho
Katia Maia
Laerte
Lauro Gonzales
Leandra Leal
Leonardo Avritzer
Leonardo Letelier
Leopoldo Nosek
Leticia Colin
Lilia Schwarcz
Luana Lobo
Lúcia Nader
Luciana Guimarães
Lucio Maia
Luedji Luna
Luis Bolognesi
Luiz Armando Badin
Luiz Camillo Osorio
Luiz Eduardo Soares
Luiz Felipe de Alencastro
Luiz Nascimento
Luiz Ruffato
Luiz Weis
Luiza Lima
Lusmarina Campos Garcia
Malak Poppovic
Mano Brown
Manoela Miklos
Marcelo Behar
Marcelo Burgos Santos
Marcelo Furtado
Marcelo Issa
Marcelo Madureira
Marcelo Masagão
Marcelo Rubens Paiva
Marcia Pereira das Neves
Márcio Tavares Amaral
Marco Antônio Carvalho Teixeira
Marcos Cavalcanti
Marcos Fernandes
Marcos Flaksman
Marcos Fuchs
Marcos Joaquim Alves
Marcos Rolin
Marcus Vinícius Faustini
Marcus Vinicius Matos
Maria Alice Setubal
Maria Arminda do Nascimento Arruda
Maria Augusta Gomes Reichstul
Maria da Glória Bonelli
Maria de Medicis
Maria Filomena Gregori
Maria Gadu
Maria Hermínia Tavares de Almeida
Maria Ignez Barbosa
Maria Martha Cassiolato
Maria Stella Gregori
Maria Victoria Benevides
Mariana Lacorte Camponez do Brasil
Mariana Pamplona
Marília Librandi
Marina Dias Werneck
Marina Lima
Marina Person
Mário Aquino Alves
Mário Monzoni
Mário Shapiro
Marisa Moreira Salles
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Ricardo Borges Martins
Ricardo Chaves
Ricardo Henriques
Ricardo Lisias
Ricardo Sennes
Ricardo Teperman
Ricardo Young
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Roberta Martinelli
Roberto Amorim
Roberto Andrés
Roberto Dias
Roberto Waack
Rodrigo Martins Constante
Ronaldo Lemos
Rubens Barbosa
Rubens Naves
Rudi Rocha
Ruth Goldberg
Samira Bueno
Sarah Oliveira
Sergio Abranches
Sergio Adorno
Sergio Leitão
Sergio Miletto
Silvia Noronha dos Santos
Silvia Ramos
Silvia Taques Bittencourt
Silvio Eid
Sueli Carneiro
Tadeu Jungle
Tadeu Valadares
Tainá Müller
Talita Todaro Santos de Miranda
Tasso Azevedo
Tati Bernardi
Tereza Cristina
Theo Dias
Thiago Amparo
Thiago Lacerda
To Brandileone
Tulipa Ruiz
Valeria Macedo
Valerie Tomsic
Valmir Ortega
Valter Roberto Silverio
Valter Silvério
Vanessa Elias de Oliveira
Vera Iaconelli
Vítor Marchetti
Vítor Oliveira
Wagner Moura
Walter Casagrande Jr
Walter Salles
Washington Olivetto
Wilson Simoninha
Xis
Xixo Mauricio Piragino
Zeca Camargo
Zuza Homem de Mello

Fonte: BRASIL CULTURA

Cartas contra o fascismo de Bolsonaro

Multiplicam-se as manifestações coletivas antifascistas que repudiam o conservadorismo e a truculência de Jair Bolsonaro, candidato de extrema-direita à Presidência da República.
O grupo “Mulheres unidas contra Bolsonaro” arregimentou, em poucos dias, o apoio de mais de dois milhões de eleitoras que não aceitam o autoritarismo do candidato que se apoia na pregação do ódio contra a democracia e a esquerda, e investe contra os direitos dos trabalhadores, pobres, negros, mulheres, grupos LGBT e todos aqueles que defendem bandeiras democráticas, populares e igualitárias.
A onda democrática antifascista pode ser vista na profusão de manifestos e cartas que circularam nos últimos dias, e que exprimem sentimentos democráticos que estão no coração de milhões de brasileiros e movem sua ação política antiautoritária.
As centrais sindicais difundiram o documento “Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro”, no qual repudiam sua candidatura e pedem eleições democráticas e melhores dias para o Brasil. E conclamam que “todos digam não a Bolsonaro!”
Várias torcidas organizadas se posicionaram igualmente em defesa da democracia e dos direitos do povo e dos trabalhadores, contra aquele que se apresenta como o campeão da exclusão social e a favor dos privilégios da pequena minoria que domina a sociedade brasileira. São as torcidas organizadas de times como Corinthians, Palmeiras, Santos, Bangu e Flamengo (RJ), e Internacional (RS).
Mesmo policiais já haviam se manifestado em igual sentido. Em novembro do ano passado o coletivo de Policiais Baianos Progressistas e pela Democracia divulgou manifesto contra a candidatura de Jair Bolsonaro na eleição deste ano.
Estas manifestações são movidas pela rejeição às posições racistas, misóginas, homofóbicas, fortemente autoritárias do candidato da extrema direita. E, sobretudo, contra as ideias antidemocráticas e antipopulares que Bolsonaro defende, e que poderão aprofundar ainda mais a calamidade causada aos brasileiros pela ditadura financista imposta por Michel Temer. O programa de Bolsonaro ameaça agravar a situação de pobreza, desemprego e perda de renda que aflige os brasileiros. Tornar pior a situação que a indústria, o comércio e os setores produtivos da economia enfrentam sob o governo imposto pelo golpe de 2016. Prostrar ainda mais o Brasil perante as potências imperialistas, com mais ameaças contra a soberania nacional.
São cartas antifascistas que reforçam a opção pela democracia, pela volta do desenvolvimento e respeito à soberania nacional que os eleitores brasileiros poderão fazer no dia 7 de outubro. São manifestações explícitas de amplos e diversos segmentos da sociedade da brasileira que não querem ver o país de volta ao passado já distante vivido na ditadura militar, mas ainda muito presente devido aos graves traumas que provocou. Outras iniciativas deverão surgir e tantas mais devem ser estimuladas para que o Brasil siga firme de volta à plena democracia, rejeite a intolerância fascista e retome o caminho do desenvolvimento econômico soberano, com geração de emprego, renda e inclusão.
Fonte: BRASIL CULTURA

Racismo contra indígenas: o discurso que alimenta a violência


Daiana Lopes

Lideranças indígenas se reúnem na Bahia para debater o preconceito contra povos originários e defendem o combate a discursos que incitam a violência

Vinte anos se passaram desde a morte do indígena pataxó Galdino Jesus dos Santos,  queimado vivo por quatro jovens enquanto dormia em um ponto de ônibus, em Brasília. O caso que ganhou repercurssão nacional é apenas um entre incontáveis crimes cometidos contra indígenas, que passam despercebidos, ocultos por seus autores ou ignorados pela grande mídia.

Galdino foi à capital com outras sete lideranças para reinvindicar a  recuperação da Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, em conflito fundiário com fazendeiros – que vitimou anos antes seu irmão. Passa o tempo, mudam etnias e aldeias, mas a problemática persiste ao longo do território nacional.

E a violência, institucionalizada, muitas vezes incitada pelos próprios  representantes políticos do país, acaba por alimentar o preconceito e o racismo contra os povos originários – como alguns exemplos, a polêmica fala do Deputado Federal, Luis Carlos Heinz – ao afirmar que índios, quilombolas e homossexuais “são tudo o que não presta” e a firmações preconceituosas do ministro Gilmar Mendes, na discussão sobre o marco temporal.


É o que aponta Kretã Kaingang, representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e coordenador do programa indígena da 350.org  Brasil. Kretã  participou nesta quinta-feira (18) do Debate Público “De Galdino a Marcondes”, ao lado de diversas lideranças indígenas na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, para debater propostas para uma luta nacional contra o racismo – evento organizado Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA).

Fonte: 350.org,br