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sexta-feira, 22 de julho de 2022

HOMESCHOOLING É criminoso torturar criança, diz dirigente da CNTE sobre violência como forma de educar

 

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com informações da Agência Pública (Alice de Souza, Clarissa Levy, Mariama Correia, Diana Cariboni) 

“É uma prática criminosa que defensores deste tipo de ensino domiciliar têm colocado de forma vexatória através de sites, livros, palestras  invadindo espaços educativos”, denuncia Iêda Leal, secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e atual coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), ao repercutir o fato da prática de encorajar pais de alunos a bater e castigar crianças como “forma de educar” no ensino domiciliar, o homeschooling.

É que grupo de direita ultraconservador e defensor do homeschooling (Ensino Domiciliar) vem utilizando sites, livros, vídeos e palestras para encorajar pais de alunos violentar seus filhos evitando lesões graves, marcas visíveis e humilhação pública, como apontou a denúncia, publicada pela Agência Pública de Jornalismo nesta segunda-feira (18), A reportagem teve acesso a vários documentos que comprovam a prática.
Profissionais da educação e entidades, que defendem a categoria, reagiram com indignação à essa prática de torturar crianças. Confira a reportagem completa clicando aqui.

“Tudo isso para dizer como se deve torturar criança. Para mim e para muitos educadores do país isso são provas de que precisamos acionar o Ministério Público, os Conselhos Tutelares e reforçar a vigia e a defesa das nossas crianças”, continua Iêda, que também é pedagoga pela PUC-GO e especialista em métodos de ensino.

A proposta de educação domiciliar não é bem vista por pais e mães de alunos. De acordo com a pesquisa nacional Educação, Valores e Direitos, 78% dos entrevistados, disseram que os pais não devem ter o direito de tirar seus filhos da escola e ensiná-los em casa. Nove em cada dez pessoas concordam que as crianças devem ter o direito de frequentar a escola mesmo que seus pais não queiram.

E como já mostrou a CNTE, pesquisas também apontam um grande apoio à visão da educação como um direito das crianças e adolescentes, independentemente do desejo dos pais.

Castigo ou tortura?

Segundo ainda a reportagem, os materiais também afirmam que os pais que não castigam os filhos com a “vara” não amam a Deus ou aos seus filhos. Essa é uma pauta defendida há anos por grupos conservadores e membros do alto-escalão do governo, apesar de essa modalidade de ensino alcançar apenas 0,03% das crianças em idade escolar, segundo estimativas.

Esse tipo de prática que lembra a tortura é proibido na educação pública do Brasil desde 2014.

“Para nós educadores e educadoras do Brasil é uma situação que nós vergonha, saber que no nosso país tem pessoas que defendem a tortura. Educar é a palavra que não pode caber na boca dessas pessoas que defendem a tortura, nós defendemos a liberdade”, aponta a dirigente.

Iêda destaca que as escolas públicas são espaços de acolhimento e de sustentação social, e não lugar de castigo e violência contra as crianças.

“Esse projeto tem que ter uma derrota exemplar do Senado porque não representa a maioria da nossa população, não representa absolutamente nada daquilo que nós construímos nesse país”, ressaltou.

Atualmente, o castigo físico é proibido em 62 países, incluindo o Brasil. Aqui, a Lei da Palmada, como ficou conhecida o Projeto de Lei nº 7672/2010, define punições para castigo físico (ação punitiva ou disciplinar aplicada com emprego de força física que resulte em sofrimento físico ou lesão) ou tratamento degradante (aquele que humilha, ameaça gravemente ou ridiculariza) contra crianças ou adolescentes, e está em vigor desde 2014.

Trâmite do Projeto de Lei

O Senado Nacional pode votar ainda este ano o Projeto de Lei (PL nº 2401/2019) que busca regulamentar o homeschooling (educação domiciliar) no Brasil já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e aguarda votação do Senado Federal ainda este ano. É uma promessa assumida por Bolsonaro desde a campanha de 2018.

O projeto de lei que trata da regulamentação da educação domiciliar (ensino em casa) foi aprovado em maio pelo plenário da Câmara dos Deputados, e não foi debatido em nenhuma comissão porque foi votado em regime de urgência urgentíssima, e o próximo passo é ser aprovado no Senado.

Fonte: CNTE

Nota de Repúdio: Presidente anuncia Golpe de Estado - Por INTERSINDICAL

 

A Intersindical Central da Classe Trabalhadora vêm a público REPUDIAR o conteúdo explicitamente GOLPISTA do pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro, proferido no dia 18 de julho de 2022, em reunião convocada pelo mesmo junto aos embaixadores e representantes diplomáticos de diversos países.

O discurso de Bolsonaro apresentou uma lista de 19 alegações contra a legitimidade do sistema eleitoral, em especial atacando a lisura do voto eletrônico. O presidente realiza um espetáculo de “fake news”, com a apresentação inclusive de recortes de notícias e vídeos, retirados do seu contexto, ou marcadamente sensacionalistas.

Todas alegações já foram refutadas, ao seu tempo, por órgãos como o TSE e o TCU, ou nunca foram comprovadas por nenhuma fonte confiável ou outro meio de provas, conforme indica a Nota de Ilícito Eleitoral (19/07/22) elaborada por representantes do Ministério Público Federal.

No entanto, o pronunciamento do presidente não se trata exclusivamente de um crime eleitoral, mas do anúncio de um golpe de estado em marcha. Ao questionar antecipadamente a legitimidade do processo eleitoral e atacar membros do TSE, STF e o ex-presidente Lula – candidato na dianteira nas intenções de votos para as eleições deste ano – Bolsonaro pretende criar as condições para questionar o resultado das urnas e com isso impedir uma provável transição de governo no próximo.

O mau desempenho nas pesquisas de intenção de voto, inclusive com a possibilidade de derrota ainda no primeiro turno para o ex-presidente Lula, leva Bolsonaro a apostar em uma ruptura com a legalidade, e transitar, de maneira efetiva, no campo do golpe de estado.

Em seu discurso, deixa evidente a estratégia golpista que está em curso, que pode ser descrita em três táticas combinadas: 1) deslegitimação do sistema de votação e as autoridades responsáveis pelas eleições; 2) introdução das Forças Armadas como avalista do processo eleitoral, contrariando explicitamente a Constituição Federal; 3) retirada o foco do debate eleitoral, evitando uma avaliação sobre seu governo e a crise, e colocando a legitimidade do processo eleitoral como centro da discussão.

Com isso, o presidente prepara sua base de apoio social e política para uma disputa não apenas eleitoral, mas de regime. Se o seu chamado surtir efeito, e não encontrar resistência à altura, as manifestações por ele convocadas para o dia 31 de julho, mas sobretudo para o 7 de setembro serão o sinal para interromper o processo eleitoral.

Fonte: INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA

Exposição ‘Amazônia’, de Sebastião Salgado, chega ao Museu do Amanhã, no Rio

 

Mostra imersiva, em cartaz até 29 de janeiro, reúne 194 fotografias distribuídas em núcleos temáticos, convidando o visitante à reflexão e à ação em defesa do ecossistema

Estreouou, no Museu do Amanhã, localizado no Rio de Janeiro, a exposição “Amazônia”, resultado da imersão de um dos fotógrafos mais famosos do mundo, o brasileiro Sebastião Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado, na maior floresta tropical do planeta, e convida o visitante à reflexão e à ação em defesa do ecossistema. A exibição fica em cartaz até 29 de janeiro.

Composta por quase 200 painéis fotográficos, “Amazônia” tem causado impacto por onde passa, como França (Museu da Música, Filarmônica de Paris), Itália (MAXXI Museu, em Roma) e Inglaterra (Museu da Ciência, em Londres), lembrando o quão impressionante a vida na floresta é, seja na visão aérea que traz a curva luminosa de um rio, seja nos minuciosos adornos utilizados pelos povos originários.

As 194 imagens impressas são resultado de sete anos de experiências e expedições de Sebastião Salgado na Amazônia brasileira e revelam uma natureza viva, inclusive com um caminho d’água sob os pés dos visitantes e uma trilha sonora elaborada pelo francês Jean-Michel Jarre a partir dos sons da floresta.

Leia mais :: Amazônia e Cerrado representam quase 90% de todo desmatamento no Brasil

Xamã Yanomami em ritual no Pico da Neblina, Amazonas, 2014 | Foto: Sebastião Salgado

Nas imagens, paisagens do bioma se unem a registros dos povos Awá-Guajá, Zo’é, Suruwahá, Yawanawá, Marubo, Asháninka, Korubo, Yanomami e Macuxi, além de suas culturas, traduzidas pela lente de Salgado. Esse denso universo marcou o olhar do fotógrafo com imagens impressionantes, em sua grande maioria mostradas ao público pela primeira vez. Idealizada e concebida por Lélia Wanick Salgado, a mostra promove um mergulho no coração da Amazônia e é um convite para ver, ouvir e, ao mesmo tempo, refletir sobre o futuro da biodiversidade e a urgente necessidade de proteger os povos indígenas e preservar esse ecossistema imprescindível para o planeta.

“Ao projetar ‘Amazônia’, quis criar um ambiente em que o visitante se sentisse dentro da floresta, se integrasse com sua exuberante vegetação e com o cotidiano das populações locais”, comenta Lélia.

Além das imagens impressas, a exposição apresenta ainda dois espaços com projeções de fotografias. Uma delas mostra paisagens florestais musicadas pelo poema sinfônico “Erosão – Origem do Rio Amazonas”, do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959); a outra revela retratos de indígenas, com uma composição especial de Rodolfo Stroeter. Também serão exibidos vídeos com testemunhos de lideranças indígenas sobre a importância da Amazônia e os problemas enfrentados hoje em sua sobrevivência na floresta.

Chuva cai no Parque Nacional da Serra do Divisor, estado do Acre, 2016 | Foro: Sebastião Salgado

Leia mais :: Canção pra Amazônia: “Salve-se a selva ou não se salva o mundo”

“Esta exposição tem o objetivo de alimentar o debate sobre o futuro da floresta amazônica. É algo que deve ser feito com a participação de todos no planeta, junto com as organizações indígenas”, defende Sebastião Salgado.

A mostra conta com o patrocínio da Seguradora Zurich, que também apoia o Instituto Terra, projeto dos Salgado de recomposição da mata nativa no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais; e patrocínios ouro da Natura e do Itaú.

O Museu e a Floresta

A chegada da exposição Amazônia se soma a uma série de iniciativas que o Museu do Amanhã realiza neste ano com foco na valorização desse bioma. Desde sua inauguração, no fim de 2015, o Museu busca estimular o debate sobre a preservação da floresta por meio de eventos organizados com parceiros, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e da atualização constante de dados relativos ao desmatamento na região, divulgados na exposição de longa duração.

Em 2022, esse posicionamento ganhou ainda mais força com a exposição Fruturos – Tempos Amazônicos, que ficou em cartaz até junho, acompanhada por uma série de atividades que reforçaram a pergunta central do projeto: como promover um novo modelo de desenvolvimento para a região, que alie saberes tradicionais e conhecimento científico, com o compromisso de manter a floresta em pé? Também neste ano, teremos no LAA (Laboratório de Atividades do Amanhã) a mostra Etnomídia Indígena, que busca aproximar o público de iniciativas como Vídeo nas Aldeias e Rádio Yandê, entre outras que têm em comum a perspectiva da autorrepresentação.

Indígenas Suruwahá, Amazonas | Foto: Sebastião Salgado

Ao destacar a Amazônia em sua programação, o Museu do Amanhã tem a oportunidade de abordar questões que reverberam pelas mais diversas áreas, em todas as regiões brasileiras. Isso envolve, por exemplo, a necessidade de termos mais investimentos em pesquisa, assim como propostas assertivas para enfrentar as causas e as consequências do aquecimento global. Também passa, de modo fundamental, pela valorização e defesa de populações que historicamente vêm sendo dizimadas em nosso território, como os povos originários. Tudo isso dialoga diretamente com os quatro eixos do museu: sustentabilidade, convivência, conhecimento e inovação.

No Museu, “o amanhã é feito hoje”. Diante disso, receber a exposição Amazônia de Sebastião Salgado neste ano reforça o compromisso de convidar o público para enxergar a potência dos diversos ecossistemas e do nosso meio ambiente, debater as questões urgentes que enfrentamos para um melhor futuro do nosso planeta e repensar nossa existência de uma maneira transformadora.

Arquipélago de Mariuá, Médio Rio Negro. Estado do Amazonas, Brasil, 2019 | Foto: Sebastião Salgado

A atividade está comprometida com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), clique aqui para saber mais.

SERVIÇO:

O quê? Exposição Amazônia – Sebastião Salgado
Onde? Museu do Amanhã – Praça Mauá, 1, Centro – Rio de Janeiro
Quando? De 19 julho de 2022 à 23 de janeiro de 2023 – 6 meses
Horário? De terça a domingo, das 10 às 18 horas (última entrada às 17h)
Faixa etária: Todas as idades

Os ingressos variam de gratuito, às terças-feiras, à meia-entrada (R$ 15) para estudantes, professores, PCDs e podem ser adquiridos aqui

Para mais informações, acesse: Exposição Amazônia

Fonte: Portal BRASIL CULTURA