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quarta-feira, 20 de março de 2019

ENCONTRARAM A 1ª IDENTIDADE FEITA NO RN, E ELA É DE 1918

O ITEP-RN (Instituto Técnico-Científico de Perícia do RN) divulgou hoje que havia encontrado em seus arquivos o primeiro registro de um documento de identidade feito no Rio Grande do Norte.
O documento é de 1918, e traz a assinatura e as impressões digitais de Joaquim Ferreira Chaves Filho, o primeiro governador eleito pelo voto aberto do estado, que foi registrado quando já tinha 65 anos de idade.
E um detalhe da época contido no registro é interessante. Naquele tempo a foto não vinha anexa ao documento, então descrevia-se a pessoa fisicamente: cor dos olhos, cor dos cabelos, estatura física e até barba e bigode.
A folha tem a marca do governo do Rio Grande do Norte e aponta, logo no topo, que o ITEP não se chamava assim, e sim “Gabinete de Identificação e Estatística da Repartição Central de Polícia”.
O ITEP passou recentemente por um processo de digitalização de seus documentos. O projeto é de que, num futuro próximo, seja criado o ‘Museu do ITEP’. Em mais de 100 anos de existência o órgão já emitiu mais de 4 milhões de identidades no Rio Grande do Norte.
Fonte: ITEP RN
Por Curiozzo

Verdades sobre a Base de Alcântara [Entrevista com o Conde]

“Práticas que surgiram na ditadura continuam acontecendo”: diretora do documentário “Pastor Cláudio” fala ao DCM. Por Larissa Bernardes

Cláudio Guerra olha fotos de mortos e desaparecidos políticos (Foto: Divulgação)
Na terça-feira (dia 12/03), o DCM foi convidado a assistir uma exibição exclusiva do documentário “Pastor Cláudio”, escrito e dirigido pela cineasta Beth Formaggini.
A obra mostra o encontro entre Cláudio Guerra, ex-delegado responsável por assassinar e incinerar opositores à Ditadura Militar no Brasil, e Eduardo Passos, psicólogo e ativista dos Direitos Humanos, que trabalha no atendimento a vítimas da violência do Estado.
No longa, Cláudio, que hoje é pastor e membro ativo da comunidade evangélica, revela, dentre outros crimes, como fazia para desaparecer com corpos durante sua atuação no período da ditadura.
O filme estreia dia 14 de março nos cinemas, mês do aniversário de 55 anos do golpe militar de 1964 e um ano do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Em entrevista exclusiva à repórter Larissa Bernardes, do DCM, Beth Formaggini conta como foi o processo da realização do longa.
Leia na íntegra:
DCM – Como surgiu a ideia para a realização do filme?
Beth Formaggini – Na verdade, o filme começa com uma história de amor, que é a história da Ivanilda [da Silva Veloso] e do Itair [José Veloso]. A Ivanilda é aquela viúva que está no filme. Eu fiz um filme com ela, que é o “Memória Para Uso Diário”, de 2007, que eu a acompanho nos arquivos tentando achar alguma evidência de que o Itair tivesse sido preso, porque ele desapareceu. Ela não tinha nenhuma pista, então entrou com uma ação na Justiça e era uma coisa completamente contraditória, porque a própria Justiça que tinha que fornecer as provas para ela, arquivou o processo por falta de provas. Fui com ela em alguns arquivos e finalmente ela achou uma prova de que ele foi morto dentro das dependências de uma prisão do Estado.
Quando surgiu o livro do Cláudio Guerra, em 2012, que se chama “Memórias de Uma Guerra Suja”, eu vejo no livro que ele foi autor de vários crimes da Operação Radar. Essa foi a operação que matou o Itair. Ele [Guerra] assassinou, ocultou cadáver, então pensei “ele deve saber alguma coisa do Itair”.
Então, o filme foi motivado por isso. Eu pensei que poderia ajudar essa viúva a encontrar o corpo do marido ou saber se for incinerado…
DCM – Você tem algumas obras sobre a ditadura. Qual sua ligação com o tema?
BF – Eu tenho 3 filmes sobre a ditadura. O primeiro que eu fiz foi um curta sobre a Operação Radar, chama “Uma Família Ilustre”. Esses filmes representam uma necessidade que eu tenho de entender o país.
Eu sou historiadora de formação, e vivi nessa época, quando eu fiz 18 anos era o auge da ditadura, época do Médici.
DCM – Você chegou a sofrer perseguição na época da ditadura?
BF – Não, eu não fui militante, naquela época eu era muito jovem. Se eu tivesse nascido uns 4 anos antes, talvez tivesse participado da resistência e hoje nem estaria aqui conversando com você.
DCM – Como foi para você assistir aos depoimentos do pastor Cláudio durante a gravação?
BF – Muito difícil, assim como incomoda a vocês que estão assistindo. Foi muito difícil conviver com aquele assassino. Passamos uma tarde inteira com ele, entrevistando, e mais de um ano montando [o filme]. Assim… não foi fácil não.
DCM – Em determinado momento do filme o pastor diz que, mesmo após a abertura, a mentalidade da ditadura continua nos espaços de poder do país. Você concorda com esta afirmação?
BF – Existem assassinatos diários no Brasil cometidos pelo Estado, pela polícia, e essas práticas que surgiram na ditadura, continuaram ocorrendo. As mesmas práticas. Agora mesmo, deve ter alguém sendo torturado em alguma prisão, ou algum jovem sendo assassinado em uma favela. O Estado continua matando e torturando.
DCM – Com casos como o de Marielle agora, o filme se torna algo muito atual…
BF – Exatamente. Ele é feito para o presente, é um filme sobre o passado impregnando o presente e até o futuro. Ainda mais nesse momento que estamos vivendo.
DCM – Com essa onda de violência política, você teme por represálias ou boicotes ao filme?
BF – A gente teme, claro. Eu espero que não aconteça, porque acho que a liberdade de expressão é um direito humano. Eu espero que não aconteça nada. O importante é que o filme seja exibido e irá passar em 10 cinemas do Brasil todo, 10 cidades, e eu acho que terá muito debate. Acho que as pessoas irão começar a pensar sobre essa questão e é justamente nesse momento que precisamos conversar, pensar e debater.
DCM – No filme, o pastor Cláudio fala que agora seu comprometimento é com Deus e dá a entender que isto é o suficiente. Você acredita que essa suposta redenção basta?
BF – Não, eu acho que ele tem que ser julgado. Ele cometeu crimes e o Brasil assinou tratados que fazem com que esses crimes não possam ser perdoados. Como ele e ninguém foi julgado, essas práticas continuam. Eu acho que não tem perdão para essas ações, são crimes contra a humanidade.
DCM – Mudando um pouco de assunto… o cinema para você é um ambiente machista? Como que é para você ser uma mulher cineasta?
BF – É um ambiente machista sim. Quando eu comecei, era muito mais machista, mas hoje as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço. Agora, você tem muitas diretoras mulheres. Normalmente, as mulheres ficavam mais restritas à produção, que é uma função que eu exerci e ainda exerço.
Hoje existem muitas diretoras bacanas e jovens, na minha época se contava nos dedos. As mulheres estão de fato se impondo e lutando contra esse machismo. Em um festival, por exemplo, você vai ver a comissão e são todos homens, a comissão de seleção de projetos e editais, tudo homem. Teve um levantamento agora na Ancine, o número de mulheres é muito inferior ao número de homens que conseguem ter acesso à verba para produzir.
Mas, acho que, mesmo assim, temos conquistado um espaço muito grande. Principalmente essa garotada jovem que me inspira muito.
DCM – Com o governo Bolsonaro e a extinção do ministério da Cultura, como você acha que ficará a produção audiovisual no país? Teme por uma recessão?
BF – Com certeza, acho que existe esse risco.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO - DCM

Hoje começa o outono brasileiro

outono inicia-se entre os dias 20 e 21 de março no Hemisfério Sul. Sua ocorrência marca o período de transição do verão para o inverno.
O Outono é a estação do ano que ocorre após o verão e antes do inverno, sendo assim considerado como um período de transição entre essas duas estações antagônicas. No Hemisfério Sul, o início do outono ocorre entre os dias 20 e 21 de março e o seu término acontece entre 20 e 21 de junho. Já no Hemisfério Norte, o seu início acontece entre os dias 22 e 23 de setembro e o seu encerramento entre os dias 21 e 22 de dezembro.
A característica principal do outono é a gradativa redução da luz solar diária ao longo de sua duração. Isso acontece porque o seu início se faz, justamente, no ápice do equinócio, período em que a Terra encontra-se igualmente iluminada, entre o Hemisfério Norte e Sul, pelo sol, por isso há dias e noites com a mesma duração. Nessa época, o fenômeno também é chamado de equinócio de outono, o que também é útil para diferenciar o outro equinócio que marca o início da primavera.

Escola Nacional de Circo da Funarte convoca para residências e intercâmbios

Escola Nacional de Circo da Funarte convoca para residências e intercâmbios
Escola Nacional de Circo, pertencente à Fundação Nacional de Artes (Funarte), abriu inscrições para o processo seletivo do LaboratórioENC 2019. No programa, serão selecionados projetos de residências artísticas e intercâmbio, individuais ou coletivas, relacionados às artes circenses. O prazo de inscrições é até dia 29 de março.
Podem concorrer no Chamamento Público para o Laboratório ENC: pessoas físicas; grupos (duos, trupes, companhias, coletivos) e profissionais ou estudantes circenses estrangeiros. Os responsáveis pela inscrição nos módulos para residências artísticas individuais ou de grupos devem ser brasileiros natos ou naturalizados. Porém, estrangeiros podem participar como integrantes de grupos, ou se inscrever individualmente no módulo de Intercâmbio, em formulário específico.
Fonte: Brasil Cultura

CÂMARA CASCUDO EXPLICOU COMO SURGIU O CUSCUZ E VOCÊ NÃO FAZIA IDEIA DE QUE FOI ASSIM

Resultado de imagem para imagem CÂMARA CASCUDO EXPLICOU COMO SURGIU O CUSCUZ E VOCÊ NÃO FAZIA IDEIA DE QUE FOI ASSIM
Foto: Google - Câmara Cascudo
Você gosta de cuscuz? Então não pode deixar de ver isso.
O maior folclorista do mundo, o potiguar Luís da Câmara Cascudo, explicou com detalhes a origem desse prato tão comum no RN.
Segundo ele, o nome original é “kuz-kuz”, “alcuzcuz”, e ele é um prato nacional dos mouros na África Setentrional, do Egito a Marrocos.
Mas olha que curioso: o cuscuz inicialmente não era feito de milho, e sim de arroz, farinha de trigo, painço e sorgo – uma espécie de planta com flor parecido com trigo – conhecido no Brasil como “milho-zaburro”.
Os Mouros foram um povo árabe-berbere que conquistaram a Península Ibérica, vindos principalmente da região do Saara ocidental e da Mauritânia. Foto: http://historiaespetacular.blogspot.com
O cuscuz só passou a ser de milho americano quando o “Zea mayz”, nome científico do milho, espalhou-se pelo mundo. Isso lá pelo século XVI.
Aí passaram a serví-lo misturando milho e mel, e de diversas outras formas como: com caldo de carne e legumes, molhado na manteiga, com leite e açúcar, com passas de uvas, tâmaras, acompanhando carne ou pescado, ou apenas puro, sozinho, como almoço árabe.
Tudo indica que foram os “berberes”, conjunto de povos do Norte de África, foram os criadores do cuscuz, e o trouxeram para África, Ocidental, Central, Atlântica, quando desceram em invasões pelo Níger e Congo, há quase doze séculos.
Alcuzcuz de Alhuzema, restaurante em Madri, Espanha.
Então o cuscuz de milho foi uma solução brasileira/americana, onde o milho dominava. Ah, e também é brasileira a tradicional adição do leite de coco, que não ocorre em nenhuma região africana. Lá na África, porém, continuam os tipos clássicos, aqueles de trigo, sorgo, sêmola de arroz e milheto. Lá eles misturam com carnes, crustáceos e legumes, não muito raro de ocorrer no Rio Grande do Norte, mas há bem fácil de se ver em São Paulo, por exemplo.
Cuscuz tradicionalmente feito em São Paulo
Mas o cuscuz era prato popular em Portugal quando o Brasil apareceu na rota da Índia. No Brasil surgiu rapidamente no vocabulário, e, é claro, no gosto. O padre José de Anchieta, da Bahia de Todos os Santos, último de dezembro de 1585, informava: “fazem farinha que fica como cuscuz de farinha de trigo”.
Aqui em terras tupiniquins, como era fácil fabricar o cuscuz, ele mantinha famílias pobres e circulava entre consumidores modestos. Diziam que era “comida de negros”, trazida pelos escravos, porque “provinha do trabalho obscuro da gente negra, distribuído à venda nos tabuleiros, apregoado pelos mestiços, filhos e netas das cuscuzeiras anônimas”, segundo Cascudo. E algumas dessas “cuscuzeiras” ficaram famosas, como a pernambucana de Palmares que o poeta Ascenso Ferreira evocou: “Babá-do-arroz-doce, Sá-Biu-dos cuzcuz”.
Portanto portugueses e africanos já vieram para o Brasil conhecendo o cuscuz!
“Aqui é que ele se fez de milho e molhou-se no leite de coco.” (Câmara Cascudo).
Fonte: “História da Alimentação no Brasil”, Luís da Câmara Cascudo, 4ª. edição, São Paulo: Global, 2011.
Por CURIOZZO

Morre em Salvador Makota Valdina, ícone da luta contra o racismo e intolerância religiosa

Foto: Leo Ornelas/Divulgação
“Makota é porque eu resolvi, conscientemente, empunhar a bandeira da militância, não como educadora que eu era, mas como religiosa do candomblé”, disse.
Morreu na madrugada desta terça-feira (19), em Salvador, a educadora, líder religiosa e militante da causa negra, Makota Valdina, 75 anos. Segundo a família, Makota estava hospitalizada há um mês, no Hospital Teresa de Lisieux. Ela foi referência na luta contra o racismo e intolerância religiosa e na valorização da cultura afro-brasileira.
Ela deu entrada na unidade com dores causadas por pedras no rim, mas, durante a internação foi constatada um abcesso no fígado e, no domingo, Makota sofreu uma parada cardio-respiratória. Ela entrou em coma e não resistiu.
Makota é o cargo religioso ocupado por ela no terreiro de candomblé Tanuri Junsara, de Nação Angola, espécie de conselheira da mãe de santo e responsável por cuidar da casa. “Makota é porque eu resolvi, conscientemente, empunhar a bandeira da militância, não como educadora que eu era, mas como religiosa do candomblé”, disse, em entrevista ao CORREIO, da Bahia, em 2013.
Ambientada na religião de matriz africana desde pequena – sua mãe era do candomblé – Makota só aderiu ao candomblé nos anos 70, quando tomou consciência do racismo. Coincidentemente, era o mesmo ano de surgimento do Movimento Negro Unificado e do Ilê Aiyê.
Sua vida é retratada no documentário Makota Valdina – Um jeito Negro de Ser e Viver, que recebeu o primeiro Prêmio Palmares de Comunicação, da Fundação Cultural Palmares, na categoria Programas de Rádio e Vídeo. Em 2013, ela publicou o livro de memórias intitulado “Meu caminhar, meu viver”.
Ao longo de sua trajetória, Makota recebeu muitas homenagens. Entre elas os prêmios Troféu Clementina de Jesus, da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO), Troféu Ujaama, do Grupo Cultural Olodum, Medalha Maria Quitéria, da Câmara Municipal de Salvador, e Mestra Popular do Saber, pela Fundação Gregório de Mattos.
Seu corpo será velado no Cemitério Jardim da Saudade e o enterro está previsto para ocorrer às 15h30 desta terça-feira. Makota não deixa filhos biológicos, mas ficam muitos sobrinhos que ela considerava como filhos. “Ela era a mãe de todo mundo aqui. O que ela sempre pediu foi que a gente perpetuasse o legado e os ensinamentos que ela deixou perante a religião e a luta dos negros”, disse o sobrinho Júnior Pakapym.
Com informações do Correio 24 Horas

Dia de São José – 19 de março

Esta é uma data religiosa que celebra a figura do “pai terreno” de Jesus Cristo e esposo de Maria, mãe de Cristo: José de Nazaré ou José, o Carpinteiro, é um dos santos mais venerados pela Igreja Católica em todo o mundo.
São José é considerado o padroeiro dos trabalhadores e das famílias. Em Portugal, o Dia de São José é também celebrado como o Dia do Pai.
Simpatia de São José
Na tradição popular brasileira, no Dia de São José é comum fazer a “simpatia das frutas”, o que tem como intuito conquistar um objetivo muito almejado. Normalmente, esta simpatia é feita pelas pessoas que desejam arranjar um bom casamento.
O ritual consiste em escrever o nome de várias frutas que você conhece (e costuma consumir) em pedaços de papel, colocar tudo numa caixa e sortear um.
A fruta que for sorteada não deverá ser consumida pela pessoa durante um ano, como forma de penitência e promessa para São José interceder no desejo feito pelo fiel.
Não é permitido consumir nenhum alimento que contenha a fruta sorteada.
Logo a seguir, de acordo com a tradição, aconselha-se que o fiel faça uma oração a São José, como forma de agradecimento.
Oração de São José
“A vós, São José, recorremos na nossa tribulação, cheios de confiança solicitamos a vossa proteção no dia de hoje para todos os pais de família.
Vós fostes o pai adotivo de Jesus, soubestes amá-Lo, respeitá-Lo e educá-Lo com amor e dedicação, como vosso próprio filho.
Olhai todos os pais do mundo e especialmente os da nossa comunidade, para que, com amor e dedicação, eduquem os seus filhos na fé cristã e para a vida.
Protegei todos os pais doentes que sofrem por não poderem dar saúde, educação e casa decente para seus filhos.
Protegei todos os pais que trabalham arduamente no dia-a-dia para não faltar nada aos seus filhos.
Protegei todos os pais que se dedicam de corpo e alma à sua família.
Iluminai todos os pais que não querem assumir sua paternidade.
Iluminai todos os pais que desprezam seus filhos e esposas.
Enfim, olhai por todos os pais, para que assumam e vivam com alegria sua vocação paterna. Ámen”.

Por que ler Revolução Laura, de Manuela D’Ávila

Manuela D’Ávila se elegeu vereadora de Porto Alegre (RS) com 23 anos e deputada estadual no Rio Grande do Sul com 25. Anunciada pré-candidata do PCdoB à Presidência aos 36, acabou por concorrer, um ano depois, como vice na chapa de Fernando Haddad. De fenômeno político regional, tornou-se referência da cena brasileira. Nenhum desses feitos extraordinários e precoces, porém, transformou mais sua vida pessoal do que a maternidade – e é disso que trata Revolução Laura.
Por André Cintra
Foto: Facebook Manuela Davila
Manu e Caetano, no lançamento do livro na Bahia Manu e Caetano, no lançamento do livro na Bahia.
Publicado pela editora Belas Letras, o livro de Manu já foi lançado nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. O público nos eventos de lançamento tem sido surpreendente e diversificado. Em Salvador (BA), onde até o mais ilustre dos baianos, Caetano Veloso, marcou presença, os 400 livros separados para a sessão de autógrafos se esgotaram. É um indício de que a líder gaúcha acertou a mão ao contar – de forma “não linear”, conforme ela frisa – sua experiência como, digamos assim, uma mãe no olho do furacão.
Um furacão que não tardou a se revelar. Laura nasceu em 27 de agosto de 2015, nove dias depois de Manu completar 34 anos. O pai, o músico Duca Leindecker, tinha uma agenda de shows programados. Na medida do possível, Manu procurou acompanhar o marido, levando a filha recém-nascida. Em outubro, quando Laura tinha menos de dois meses de vida e estava num show do pai, uma mulher começou, do nada, a xingar Manuela e atacar a bebê, que estava num sling.
A cena foi tão rápida quanto desconcertante. “Eu nem tive tempo para reagir. Quando percebi ela [a mulher] já estava longe. Não lembro direito de nada”, registra Manu, no início do livro. “Esta agressão, por mais contraditória que possa parecer, mudou o rumo de nossas vidas. Ali decidi que ia carregá-la mais comigo, protegê-la mais.”
Desde então, as aparições públicas de Laura ficaram, de fato, frequentes. Numa delas, Manu foi fotografada enquanto amamentava em meio à sessão de uma comissão parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A foto viralizou nas redes sociais e foi alvo de um sem-número de comentários machistas – mas também de uma onda de solidariedade. Aos poucos, Manu foi descobrindo os tabus de um tema que, em tese, deveria ser o mais natural possível, de tão corriqueiro.
“Levar Laura comigo tornou-se, sem que eu percebesse, uma forma de resistência à política que desumaniza”, resume Manu. Nas eleições municipais de 2016, embora a então deputada estadual do PCdoB não fosse candidata a nenhum cargo, mãe e filha foram juntas a diversas atividades de campanha pelo interior gaúcho – “Quaraí, Begé, Cruz Alta, Rio Grande, Pelotas, Erechim”. Foi o prenúncio da pré-campanha e da campanha presidencial de 2018, quando Laura foi companhia da mãe em nada menos que 19 estados – a começar pelo Pará.
Revolução Laura é um livro que emana afeto e comove em meio a tantas reflexões – o que poderia soar como um estímulo a que toda e qualquer mulher seja mãe. Para evitar generalizações e ruídos, Manu é direta: “Eu ouvi dizer que levar a Laura comigo para atividades públicas significa reivindicar a maternidade. Reivindicar a maternidade no mau sentido, naquele que diz que só existimos sendo mães ou, melhor dizendo, que estaria fazendo apologia à maternidade. Eu nunca o fiz. Sempre deixei claro o conjunto de privilégios que marcam minha decisão de engravidar e de me tornar mãe e minha militância para que deixem de ser privilégios”.
Mais do que uma obra autobiográfica, Revolução Laura é um livro-testemunho, talvez um livro-blog, permeado de divagações e citações. A sem-cerimônia é uma marca dos comentários de Manu. Embora goste da vida de mãe, a autora faz igualmente questão de intitular certos capítulos de seu livro sem floreamento nenhum: “Mar de rosas não existe”, “Contos de fada machucam”, “Como eu também sou machista” e por aí vai. Não se trata – ainda bem – de literatura de autoajuda.
O mais importante do relato é que, diante do preconceito e da dor, ambos onipresentes, Manuela pode até chorar, mas jamais desmorona. A maternidade fortaleceu a mulher, a ativista e a política. Deu-lhe mais dimensão, coragem e envergadura. Tanto que, no prefácio do livro, a amiga Marcia Tiburi faz uma confissão a Manu: “Eu te conheço melhor a partir do momento em que há Laura em tua vida”.
Vale a pena encarar o livro por tais méritos e também pelas singularidades desta mãe e desta filha em particular. De resto, a linguagem informal, o projeto gráfico leve e baseado em duas cores (o laranja e o azul), a imensa quantidade de fotos, tudo isso torna a leitura mais acessível aos jovens – o público mais afim à trajetória de Manuela D’Ávila. Não deixe de ler Revolução Laura.
Fonte. BRASIL CULTURA

Centro Técnico Audiovisual oferece duas oficinas de audiovisual em abril

Em abril, o Centro Técnico Audiovisual (CTAv), vinculado ao Ministério da Cidadania, realiza mais duas oficinas: Básico em iluminação audiovisual e Básico do Cinema de Animação. Essas capacitações integram o Ciclo Audiovisual em Formação 2019, cuja proposta é trazer ao CTAv ao longo do ano oficinas e workshops que contemplem todas as etapas do processo produtivo, desde a concepção até a finalização do projeto audiovisual. As inscrições seguem até o dia 23 de março.
Confira mais detalhes sobre cada uma delas e inscreva-se:
Data: 8 e 9 de abril, das 13 às 17h.
Local: CTAv. Avenida Brasil, 2482, Benfica – Rio de Janeiro/RJ CEP 22930-040
Instrutor: Joaquim Eufrasino Neto, técnico do CTAv, que atua há 44 anos no setor audiovisual e possui conhecimentos em operacionalização de Truca, direção de fotografia e iluminação.
Conteúdo: Através de atividades práticas e teóricas, nessa capacitação será feita a apresentação e montagem de uma câmera 4k (Black Magic Production); filmagem de teste para produção de pequenos conteúdos e montagem e posicionamento de luzes em set de filmagem, com a instrução de Joaquim Eufrasino Neto, técnico do CTAv, que atua há 44 anos no setor audiovisual e possui conhecimentos em operacionalização de Truca, direção de fotografia e iluminação.
Quantidade de vagas: 20
Idade mínima: 18 anos
Critério de seleção: As vagas serão preenchidas segundo a ordem de inscrição, priorizados aqueles que tenham renda mensal familiar inferior ou igual a 03 (três) salários-mínimos (R$2.994,00).

Data: 15, 16, 22, 23, 29 e 30/04, das 13h às 17h.
Local: CTAv. Avenida Brasil, 2482, Benfica – Rio de Janeiro/RJ CEP 22930-040
Instrutor: Sergio Arena – responsável técnico pelo Núcleo de Animação do Centro Técnico Audiovisual do Ministério da Cultura, fotógrafo, produtor de finalização e diretor de animação.
Conteúdo: O Workshop abordará os princípios básicos para a construção do movimento quadro a quadro até a produção de um filme de animação. Não é necessário ter conhecimento prévio de animação ou desenho.
Quantidade de vagas: 12
Idade mínima: 15 anos
Critério de seleção: As vagas serão preenchidas segundo a ordem de inscrição, priorizados aqueles que tenham renda mensal familiar inferior ou igual a 03 (três) salários-mínimos (R$2.994,00).

Mais informações: formacao.ctav@cultura.gov.br