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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

CONTAG defende a preservação da cultura, dos direitos e denuncia o preconceito contra os povos indígenas

Hoje, 9 de agosto, é o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em dezembro de 1994, numa referência ao dia da primeira reunião do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Populações Indígenas, realizada em Genebra, em 1982. O Grupo foi criado para desenvolver os padrões de direitos humanos que protegeriam os povos indígenas.

Em 1985, esse mesmo Grupo deu início aos preparativos da minuta da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. O Brasil também participou do movimento. Lideranças indígenas brasileiras se envolveram nos debates, impondo suas necessidades, exigindo o respeito às suas culturas e da sua forma de ver o mundo, às distintas línguas e à preservação de seus costumes.

Há cerca de 370 milhões de indígenas em cerca de 90 países, representando aproximadamente 5% da população mundial. São mais de 5 mil grupos diferentes que falam cerca de 7mil línguas. No Brasil, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, existem 896,9 mil indígenas com presença em todos os estados brasileiros. São 305 etnias, que falam 274 línguas.

Há também um grande número de povos isolados, não contabilizados pelo Censo. Nosso país tem a maior concentração de povos isolados conhecida no mundo. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Estado brasileiro reconhece a existência de 103 registros, sendo 26 confirmados, todos na Amazônia Legal. Não há estimativa sobre número de indivíduos. No entanto, o novo Censo Agropecuário, divulgado no final de julho/2018, informa que 56 mil pessoas entrevistadas se autodeclararam indígenas.

Para a CONTAG, esta é uma importante data para lembrar e reforçar a resistência, a identidade e a cultura dos povos indígenas e originários, bem como combater o extermínio secular, o preconceito e estereótipos atribuídos a esse povo. “A CONTAG destaca a importância dos povos indígenas para a produção de alimentos, preservação ambiental, inclusive das águas, e para a medicina fitoterápica, por exemplo. Essa população passou a sua cultura e costumes a cada geração e estão presentes até hoje”, destacou o presidente da CONTAG, Aristides Santos.
Um dos produtos mais típicos dos indígenas, a mandioca, também conhecida como aipim e macaxeira, é um dos alimentos mais consumidos no nosso País e a agricultura familiar domina essa cadeia produtiva com 84% da produção (Censo Agropecuário 2006).
O novo Censo Agropecuário ainda não trouxe o recorte específico da agricultura familiar e indígena, mas aponta a grandiosidade dessa cultura em todo o País. Quase 1 milhão de estabelecimentos no Brasil produzem mandioca. Uma produção de 7,8 milhões de toneladas.
Na cultura dos povos indígenas, também é muito forte a produção extrativista. O açaí, por exemplo, é produzido em mais de 65 mil estabelecimentos rurais, numa produção total de 450 mil toneladas.
Além do reconhecimento, a CONTAG é solidária à pauta dos povos indígenas e originários. “Que eles possam permanecer nos seus territórios, que sejam respeitados e suas culturas e seus costumes e modo de vida preservados, que tenham direito à educação, saúde, entre outros direitos e políticas públicas que os permitam ter uma vida digna e de qualidade”, defendeu Aristides.



Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas

A Declaração estabeleceu padrões mínimos universais para a sobrevivência, dignidade e bem-estar dos povos indígenas. O documento histórico é o instrumento internacional mais abrangente sobre os povos indígenas, direitos coletivos, incluindo direitos à autodeterminação, terras tradicionais, territórios e recursos, educação, cultura, saúde e desenvolvimento.

Entre os principais pontos da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, destaca-se, além do pleno direito de desfrutar de todos os direitos humanos e liberdades reconhecidas internacionalmente, o direito à autodeterminação, à autonomia ou ao autogoverno nas questões relacionadas a seus assuntos internos e locais e o direito a não sofrer assimilação forçada ou a destruição de sua cultura.

De acordo com o documento, os povos indígenas têm o direito de conservar e reforçar suas próprias instituições políticas, jurídicas, econômicas, sociais e culturais, mantendo ao mesmo tempo seu direito de participar plenamente, caso o desejem, da vida política, econômica, social e cultural do Estado.

Os Estados estabelecerão ainda mecanismos eficazes para a prevenção e a reparação de todo ato que tenha por objetivo ou consequência privar os indígenas de sua integridade como povos distintos, ou de seus valores culturais ou de sua identidade étnica e de todo ato que tenha por objetivo ou consequência subtrair-lhes suas terras, territórios ou recursos, entre outros.

Fonte: CONTAG

100 dias na Presidência da Funai

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Foto: Acervo/Funai
Nesta quinta (9), data em que se comemora o Dia Internacional dos Povos Indígenas, Wallace Bastos completa 100 dias como Presidente da Funai. A promoção de uma gestão técnica voltada ao fortalecimento do órgão e à proteção dos direitos dos povos indígenas foi o compromisso assumido por Bastos no ato de sua posse, em 2 de maio, e reiterado, em reunião com os servidores da Fundação, quando afirmou que a Funai é: "mais do que uma causa, é uma missão".

Das 277 demandas pendentes de órgãos de controle, 258 estão sendo monitoradas e 143 já estão em análise na Controladoria Geral da União. Processos de contratação de recursos humanos, investimentos em infraestrutura e apoio técnico na estruturação do Plano de Carreira Indigenista – PCI são outros progressos instituídos. A definição, clara, da missão institucional e a restauração do quadro de pessoal, atualmente deficitário, também foram objetos da atual gestão, que encaminhou o pedido de nomeação de 50% além do número de vagas do último concurso da Funai, de 2016.
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Foto: Acervo/Funai


Integração

A aproximação entre a Funai e os atores envolvidos na questão dos povos indígenas é outra marca impressa nos cem dias. Foram realizadas viagens às Coordenações Regionais espalhadas pelo Brasil, para conhecer, de perto, a realidade dos servidores que atuam nas pontas e das comunidades atendidas, além de reuniões com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Associação Nacional dos Servidores da Funai (Ansef) e Indigenistas Associados (INA), grupos que atuam em prol dos servidores e da causa.

"Minha estratégia de trabalho, nesse primeiro momento, é conhecer de perto os problemas. Sair do escritório, do gabinete, ir até à ponta entender, de fato, o que está acontecendo e descobrir como posso ajudar. Os mais de um milhão de indígenas podem esperar dessa gestão muito trabalho e muita dedicação, sempre em prol do bem-estar deles", informou o presidente.
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Foto: Acervo/Funai

As comunidades do Parque Indígena do Xingu (MT) e Capoto Jarina (MT), terra do Cacique Raoni, há mais de 10 anos não recebiam a visita da Funai. Também foram ouvidas as Coordenações Regionais do Interior Sul e Passo Fundo (RS), Manaus (AM), Baixo Tocantins (PA) e Coordenação Técnica Local em Aracruz; as Terras Indígenas Nonoai (RS), aldeia Pau Brasil (ES) e Waimiri Atroari (AM e RR), e indígenas das mais diversas etnias como os Kaingang, Tupiniquim, Guarani, Waimiri Atroari, Xikrin, Parakanã, Hupd'äh e Kayapó.

Fonte: FUNAI

18 PALAVRAS QUE OS NATALENSES APRENDERAM COM OS AMERICANOS DURANTE A 2ª GUERRA

Na época da Segunda Guerra Mundial, em que os americanos se estabeleceram em Natal, o vocabulário da cidade foi “enriquecido” com várias palavras novas.
Era a nova sensação da sociedade pronunciar as expressões do idioma, e o gosto pelo inglês fez surgir diversos professores e estudantes interessados no seu aprendizado.
Veja algumas delas:

“show”

Talvez pela presença constante de música pelos clubes e bares da cidade, ou quem sabe quando os militares estavam curiosos com algo da terrinha e soltavam um “show me!”. Hoje em dia na linguagem popular quer dizer que algo está ótimo.

“whisky”

Bebida que começou a ser mais consumida justamente com a chegada dos americanos na cidade.
Foto cortesia do museu Negro Leagues Baseball Museum

“Yankees”

Famoso time de baseball de Nova York, talvez em conversas que os nativos tinham com os soldados sobre os esportes mais famosos dos EUA. Na época também os Yankees estavam atraindo a atenção do mundo devido à uma temporada mágica de sucesso que estavam desempenhando.

“boy”

Até hoje muito presente no vocabulário do natalense, tendo até variações próprias como “boyzinha” para as mulheres.
Dançarinos de rock entre os anos 40 e 50

“rock”

Mais uma que supostamente apareceu pela popularidade, por ser o ritmo mais famoso entre os norte-americanos.

“girl”

Garota. Quem sabe proveniente das paquera entre soldados e garotas natalenses, ou pela beleza inédita destas.

“drink”

Bebida (ou beber). O consumo de álcool claramente se tornou maior com os estrangeiros. As bebidas mais comuns eram cervejas, “whisky”, a aguardente brasileira e Martinis, esse último mais consumido pelas mulheres.

“cocktail”

Coquetel. Mistura de duas ou mais bebidas típicas de boates nos EUA e que começava a chegar em Natal como uma nova ideia para a forma de se beber.

“money”

Dinheiro. Algo muito desejado em forma de gorjetas pelos comerciantes que vendiam cigarros, bebidas e outros souvenirs para os militares.

“shorts”

Palavra que chegou e se estabeleceu de vez na cidade em adição à “calção” e “bermuda”. Hoje em dia tem variações como “shorte”.

“boyfriend/girlfriend”

“Namorado / namorada “. Os natalenses já sacavam que o amor havia chegado ao coração de um americano quando ele pronunciava essa palavra.

“golf”

Quem sabe não rolava umas brincadeiras em que os visitantes ensinavam golf aos nativos?

“big”

Que significa “grande”. Adjetivo comum e que provavelmente foi fácil de ser incorporado pelos nativos.
Outras palavras eram mais usadas pela necessidade de uso constante:

“blackout”

Que é “apagão”. Devido à precariedade do sistema elétrico da cidade na década de 40 era comum a ocorrência de apagões.

“relax”

Que significa “relaxe”. Essa deve ter rolado muito nas rodas de conversas.

“all right”

“Tudo bem”. Que deveria ser muito comum nos diálogos pra dizer simplesmente: entendi.

“okay”

Essa dispensa explicações, né? Não sei se você sabe, mas o termo “OK” apareceu pela primeira vez na história em um artigo humorístico do Boston Morning Post em 1839, sendo uma abreviatura da frase “oll korrect” que, por sua vez, significava “all correct” (“tudo certo” ou “tudo bem” em tradução livre) – fonte: Mega Curioso

e “slack”

Slack é uma camisa de seda tipicamente norte-americana, geralmente com estampas floridas.
As informações deste post foram coletadas através de relatos de Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto.
Fonte: curiozzzo.com (Henrique Araújo)