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segunda-feira, 21 de junho de 2021

Diário do Bolso: o capitão das 500 mil mortes - Fonte> JORNALISTAS LIVRES

Por José Roberto Torero

Diário, tem dias que a vida vale a pena. Hoje é um desses.

É que recebi um grande presente do Edaílson, aquele compositor que é meu fã. Veio junto com uma cartinha em que ele conta sua vida. Qualquer dia boto ela aqui.

O Edaílson fez uma música pra comemorar a Copa América e as quinhentas mil mortes. Tudo ao mesmo tempo, né capitão.

Olha, ficou um negócio muito bom. Só não chorei porque homem que é homem não chora nem quando corta cebola.

O treco tem as imagens que eu mais gosto: futebol e bandeira brasileira.

Já a letra diz um monte de vezes “Salve o capitão”, que é a frase mais linda que eu conheço, e fala em coisas muito engraçadas, como falta de kit intubação (de vez em quando, na minha live, eu faço uma imitação ótima de doente de covid).

Ah, Diário, pena que as orelhas das suas folhas não escutam, porque você ia gostar dessa bagaça.

Olha, eu queria que cada patriota que votou em mim visse esse treco.

Todos eles. E várias vezes, Umas quinhentas mil.

José Roberto Torero é autor de livros, como “O Chalaça”, vencedor do Prêmio Jabuti de 1995. Além disso, escreveu roteiros para cinema e tevê, como em Retrato Falado para Rede Globo do Brasil. Também foi colunista de Esportes da Folha de S. Paulo entre 1998 e 2012.

#diariodobolso

o capitão das 500 mil mortes
Fonte: JORNALISTAS LIVRES

Novo orçamento deixa universidades em colapso, UFRN enfrenta situação crítica

“Se continuar como está, ninguém chega ao final do ano”. A declaração é do presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira, e define a atual situação das universidades federais do país, diante dos cortes presentes na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no final de abril.

Para se ter uma dimensão do desafio que os gestores dessas instituições terão pela frente, em 2014 esse orçamento nominal chegou a 7,38 bilhões. Em 2021, o valor não passa de 4,3 bilhões, mesmo com mais alunos e a criação de novas universidades. Em comparação com o ano passado, a queda de investimentos chegou a 18%, comprometendo os gastos com as despesas discricionárias, em que se encaixam os custos, por exemplo, com água, luz, segurança e programas de assistência estudantil. 

Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o orçamento de custeio para este ano é de R$ 115 milhões, somados a R$ 30 milhões para assistência estudantil. Já o orçamento de capital, utilizado para obras e aquisição de equipamentos, bens patrimoniais e material permanente, foi zerado. O reitor da UFRN, Daniel Diniz, enxerga a situação orçamentária das universidades como sendo extremamente crítica. “Chegamos no limite”, afirma. Segundo Diniz, as Instituições Federais de Ensino (IFES) só receberam cerca de 40% do valor previsto; repasse que, enfatiza, “não é suficiente para o pagamento (das despesas) em nenhuma universidade”. O restante do orçamento permanece sob supervisão e depende ainda de nova aprovação pelo Congresso. Dessa parte sob supervisão, 13,89% foram bloqueados.

Daniel carrega ainda uma preocupação com as atividades de pesquisa e extensão da UFRN: “o que nós percebemos claramente é a redução nos editais de pesquisas nacionais, de CAPES e de CNPQ, que são disponibilizados para as universidades e que garantem um crescimento, fortalecimento, e a manutenção das pesquisas”. Diniz lamenta que os cortes tenham inviabilizado diferentes ações de enfretamento à pandemia da COVID-19, uma vez que tais ações “demandavam investimento, recursos específicos disponibilizados para isso”.

O presidente da Andifes reforça que “tudo aquilo que as universidades podiam fazer, mesmo com prejuízo em suas atividades, fizeram: diminuíram a segurança, limpeza, deixaram de fazer manutenção predial, manutenção de frota, reduziram gastos com viagens, reduziram tudo que era possível”. Segundo Madureira, “o deixar de fazer agora’ é quase que desligar a energia”.

A afirmação de Edward revela que, com recursos iguais aos que eram destinados em 2004, as universidades correm o risco de sofrer um verdadeiro “apagão”. Um cenário que atinge o seu auge em 2021, mas que vem sendo enfrentado pelas IFES há alguns anos, como explica o presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte: "Não foi exatamente o Governo Bolsonaro que deu vazão a esse tipo de procedimento. Ele surge como uma despolítica de governo a partir do Governo Temer, mas Bolsonaro acrescenta ao princípio do desgoverno, a tática e a estratégia de destruição em massa das universidades. Ele faz um ataque sistemático destrutivo às universidades públicas e talvez aí esteja a explicação dessa derrocada vergonhosa".

O presidente eleito do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, lembra que os novos cortes na Educação têm relação direta com as medidas de ajuste fiscal adotadas nos últimos anos pelo Governo, como a Emenda Constitucional (EC) 95 (a antiga PEC do Teto de Gastos), aprovada em 2016, e a Reforma Administrativa que pode ser votada neste ano pelo Congresso. “Já era perceptível que a EC ia nos levar a esse momento que vivenciamos hoje. Contudo, pior do que a Emenda Constitucional é a atual gestão do Governo, porque ele tem feito cortes que vão além do que esteva previsto na EC 95. É uma perda de recursos em todas as áreas”, declara Oswaldo.

 

Articulação nacional

Nesta semana, foi anunciado que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) poderia parar no segundo semestre por falta de verba. Edward Madureira enfatiza que não se trata de um caso isolado. “A UFRJ chama atenção porque é a maior do país, mas o colapso é em cada universidade e também nos Institutos Federais. Não tem ninguém surfando em uma onda de tranquilidade. Ninguém chega ao final do ano”, alertou.

Questionado se o orçamento pífio poderia ser revertido, o presidente da Andifes foi taxativo: “Ele tem que ser! Não há como não ser revertido, sob pena da gente interromper uma série de atividades, interromper a formação de profissionais, interromper pesquisas estratégicas para o país.”

Como uma parte dos recursos que devem ser destinados às universidades está bloqueada e ainda depende de nova aprovação no Congresso, Daniel Diniz explica que, para garantir essa liberação e, pelo menos, a recomposição imediata do orçamento do ano passado, a Andifes está fazendo uma discussão em nível nacional, na qual a UFRN está envolvida.

Assim como o reitor da UFRN, Edward aposta na articulação nacional para a liberação dos valores bloqueados. “A Andifes está mobilizada e chamando atenção para isso desde agosto, quando a LOA foi enviada para o Congresso. Desde aquele tempo nós estamos mobilizando o Parlamento e continuamos estabelecendo diálogo com o Ministério da Educação (MEC)”.

Oswaldo Negrão, que assume a presidência do ADURN-Sindicato em junho e é docente do Departamento de Saúde Coletiva da UFRN, também faz um alerta: “nós ainda não temos noção do risco material de literalmente parar no 2º semestre por falta de recursos”. Para reverter a situação, ele ressalta a importância do trabalho do sindicato no sentido de tentar conscientizar e mobilizar a comunidade acadêmica contra o desmonte da Educação.

Daniel Diniz segue a mesma linha. “Os sindicatos têm essa compreensão de que nós precisamos de um sistema de educação forte no país, e têm feito um enorme esforço nesse sentido. Então, eu vejo como uma atuação essencial. Nós estamos todos unidos, defendendo uma mesma bandeira que é a da educação”, finaliza.

ADURN Sindicato

Lançamento da etapa estadual da Conferência Nacional Popular de Educação no RN acontece nesta terça (22)

Nesta terça-feira, 22 de junho, o Fórum Estadual de Educação no Rio Grande do Norte realiza o lançamento da etapa estadual da Conferência Nacional Popular de Educação (CONAPE). O evento acontece a partir das 15h30, de forma virtual, com  transmissão ao vivo pelos canais do Youtube do SINTE/RN, UNDIME/RN e Assembleia Legislativa do RN. O ADURN-Sindicato é membro do Fórum e participa da Comissão de Mobilização a nível estadual e nacional, com o diretor Darlio Inácio.

Desde o mês de abril e até o mês de julho estão sendo realizadas em todo o Brasil conferências municipais, intermunicipais e territoriais. As etapas estaduais e distrital acontecem no 2º semestre deste ano.

Com o tema: “Reconstruir o país: a retomada do Estado democrático de direito e a defesa da educação pública e popular, com gestão pública, gratuita, democrática, laica, inclusiva e de qualidade social para todos/as”, a Conape 2022 deve ocorrer entre os dias 10 e 12 de junho do próximo ano, na cidade de Natal/RN. 

O principal objetivo da conferência é mobilizar todos os setores e segmentos da educação nacional dedicados à defesa do Estado democrático de direito, da CF de 1988, do PNE e de um projeto de Estado que garanta educação pública, com a mais ampla abrangência, de gestão pública, gratuita, inclusiva, laica, democrática e de qualidade social para todas e todos, para consolidar uma plataforma comum de lutas pela educação no país.

“A mobilização popular é fundamental para alcançarmos as metas traçadas para o Estado em todos os segmentos. O desafio é que estes sejam espaços de retomada do projeto democrático educacional do país e de enfrentamento aos ataques à Educação Pública”, ressaltou a Diretora de Assuntos do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do ADURN-Sindicato e diretora de comunicação do PROIFES-Federação, Gilka Pimentel, que também participa da articulação estadual da Conape.

Fonte: ADURN