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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Rozana Barroso, do RJ, é a nova presidenta da UBES


Estudante negra assume gestão provisória da entidade, enquanto 43º CONUBES permanece inviável: “Lutamos por um futuro que inclua todos nós”. Por Natália Pesciotta - Foto destaque: Raiza Rodrigues - CIRCUS DA UBES.

Em meio a uma pandemia inédita e um governo federal irresponsável, a estudante Rozana Barroso assume a tarefa de presidir provisoriamente a União Brasileira de Estudantes Secundaristas, entidade representativa dos 42 milhões de estudantes de ensino fundamental, médio e pré-vestibular – este último, caso da fluminense.
Esta gestão provisória recebe o desafio enorme de continuar propondo caminhos de solidariedade e justiça em uma crise muito grave e inédita até que as eleições da UBES possam ocorrer em segurança. A decisão da Diretoria Plena por adiar o 43º Congresso, que aconteceria de 30 de abril a 3 de maio, coloca a saúde e a vida da população em primeiro lugar, como secundaristas têm feito desde a chegada do novo vírus ao Brasil. 
Diante de tantas situações adversas, Rozana diz confiar ainda mais na força de meninas e meninos secundaristas para lutar contra injustiças e propor novos caminhos para o país, sem deixar ninguém para trás. Mulher, negra e feminista, ela assume a presidência após a primeira gestão com a mesa diretora 100% negra. 

Mulher, negra e feminista, ela assume a presidência após a primeira gestão com a mesa diretora 100% negra (Paulo Sérgio/CIRCUS da UBES)
Natural de Campos dos Goytacazes (RJ), Rozana explica que, graças à força do movimento estudantil, sonha em ser a primeira da sua família a entrar numa universidade federal.

Um futuro com todos

Depois de toda a vida em escola pública, Rozana se prepara para o Enem em um curso pré-vestibular popular. Tem dois irmãos secundaristas, além de seus pais, que atualmente cursam o Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Por isso conhece bem a realidade fora dos comerciais do Ministério da Educação. E vê o adiamento do Enem como uma das principais lutas de hoje por justiça e igualdade.
“Eu sonho com o Enem há anos! Em respeito ao necessário isolamento social, meu cursinho nem começou as aulas este ano. E não temos Ensino a Distância, como muitos cursinhos e escolas particulares”, revolta-se. “Lutamos por um futuro que inclua todos nós.”
Após trajetória na escola pública e estudante de um curso popular de pré-vestibular, Rozana destaca importância do adiamento do Enem: “Sonho com essa prova há anos!”

Trajetória

Não é de hoje que a luta faz parte da vida dela, assim como a música, a arte, o feminismo. Rozana compôs a gestão 2017-2020 da UBES, como diretora de Escolas Técnicas. Ela então esteve na liderança de um dos maiores movimentos de resistência ao governo Bolsonaro, o #TiraAMãoDoMeuIF e os tsunamis da Educação, em maio de 2019.
No 14º Encontro Nacional de Escolas Técnicas, em 2019 (Foto: Patrícia Santos)
Antes disso, integrou a União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro. No estado, participou do enorme movimento de ocupações de escolas em 2016. Na época, foi uma das lideranças da ocupação da sua escola, a Faetec João Barcelos Martins, em Campo dos Goytacazes (RJ), pela valorização dos professores e das escolas no estado.
Com muita facilidade para emendar assuntos descontraídos e questões sérias, ela diz que esta trajetória deixou cada vez mais clara a importância da escola pública valorizada como única opção para um país justo, democrático e desenvolvido. “Se a gente não lutar por ela, ninguém vai”, afirma, muito séria. E logo sorri: “Ainda bem que não nos falta força e coragem para isso.”


Secundaristas, força e sonhos: “Se a gente não lutar pela escola pública, ninguém vai. Ainda bem que não nos falta força e coragem para isso.” (Foto: Maiakovski Pinheiro)
Fonte: UBES

Regina Duarte se torna ré em ação por 'apologia a crimes de tortura'

(Brasília - DF, 06/05/2020) Reunião com o Ministro de Estado do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio e Regina Duarte, Secretária Especial da Cultura do Ministério da Cidadania.
A ex-atriz da Globo e ex-secretária da Cultura de Bolsonaro, Regina Duarte, se tornou ré em uma ação na Justiça Federal do Rio de Janeiro por “apologia a crimes de tortura praticados na ditadura”.

247 - A ex-secretária da Cultura, Regina Duarte, é ré em uma ação na Justiça Federal do Rio. Segundo a denúncia, Duarte é tipificada no crime de apologia a crimes de tortura praticados na ditadura. 

A reportagem do jornal O Globo destaca que “a denúncia foi feita por Lygia Jobim, filha do falecido embaixador José Jobim, uma das vítimas do regime. Ela alega que Regina, durante entrevista à CNN Brasil, em 7 de maio, relativizou os atos dos militares. Entre seus pedidos, Lygia cobra indenização de R$ 70 mil. A defesa é feita pelo advogado Carlos Nicodemos.”
Fonte: BRASIL 247

Evoé, jovem artista!



Fonte: Portal BRASIL CULTURA
“Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil, faixa dois do lado A do disco “Chico Buarque”, de 1978, em dueto com Milton Nascimento, foi composta em 1973, nos últimos anos da ditadura Médici, e tornou-se um clássico da canção de resistência ao regime militar.
As metáforas dos versos que passavam o recado e denúncia de um governo autoritário, repressor, violento em todos os sentidos, vão além da figura de linguagem.
O recurso da citação da Paixão de Cristo, a partir do título, para fazer uma analogia com a repressão que passava o país naquele momento, é de uma preciosidade poética marcante na história da música brasileira. Chico Buarque, além de recorrer ao imaginário bíblico na narrativa sobre o terror que vivíamos, pontua, por exemplo, com citações de lendas como “monstro da lagoa” quando se refere aos corpos “sumidos” que por vezes emergiam de águas de rios.
A análise de toda a letra é longa, é uma canção cheia de lucidez humana e política na grandiosidade lírica de cada verso.
Letra censurada de Cálice
Em 2011 o rapper paulistano Criolo postou em sua conta no YouTube, uma versão de “Cálice”, aparentemente despretensiosa, mas com necessário e preciso incremento de uma realidade social pulsante nas favelas, na abordagem denunciante do preconceito com nordestinos, negros, pobres… Nesse diálogo entre o original e a releitura “atualizando o aplicativo”, o jovem cantor, que dizia que não existe amor em SP, apresenta-se e diz que “a ditadura segue, meu amigo Milton / a repressão segue, meu amigo Chico / me chamam Criolo e o meu berço é o rap”.
Chico Buarque ouviu, gostou e reverenciou Criolo em um já histórico show naquele mesmo ano, em Belo Horizonte (vídeo abaixo), citando trechos da versão, cantando mais um desdobramento da composição no ritmo discursivo do rap.
Completando hoje 76 anos de idade, o jovem Chico Buarque de todos os tempos.

As cores e os sabores da tradição junina

Junho é o mês de três importantes santos católicos, que foram introduzidos no Brasil pelos colonizadores portugueses: São Pedro, Santo Antônio e São João.
O primeiro deles, um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, é tido como o guardião das portas do céu, além de protetor das viúvas e dos pescadores. A ele foi dedicado o dia 29 de junho. Santo Antônio, por sua vez, comemorado no dia 13 de junho, é o santo casamenteiro, sendo invocado pelas pessoas solteiras que desejam encontrar um parceiro. E, por fim, São João, primo de Jesus Cristo, cujo nascimento ocorreu no dia 24 de junho. Dos três, esse último é o santo festeiro e o mais comemorado. Originalmente, a festa de São João, muito popular na Península Ibérica, era chamada de Joanina, mas, com o tempo, passou a ser conhecida como Junina.
Em se tratando de festas que utilizam o fogo, faz-se necessário lembrar que essa tradição advém de remotas comemorações pagãs, nos primórdios da era cristã, quando cultos e sacrifícios eram empreendidos para enfrentar e afastar demônios e bruxas responsáveis por pestes, estiagens, esterilidade. Os portugueses, neste sentido, incorporaram o fogo ao seu calendário, acreditando que ele poderia atuar como elemento importante na luta entre as forças do bem e do mal.
Há controvérsias, no entanto, sobre a origem da festa de São João. Cabe esclarecer que o dia 23 de junho, segundo os rituais do calendário agrário da antiguidade, representa a data comemorativa das colheitas de cereais, bem como a passagem do solstício de verão ou de inverno, conforme o hemisfério.
Há quem considere o mês de junho, o quarto no calendário de Rômulo, como o período do ano dedicado à deusa Juno, a cultuada filha de Saturno e mulher de Júpiter, que teve muitos filhos. As festas juninas, portanto, se originavam da devoção dos povos pagãos àquela divindade, onde as fertilidades da deusa e da terra eram reverenciadas. E, para espantar a seca e as pestes da lavoura, tantos sacrifícios em seu nome foram empreendidos.
Alguns pesquisadores, por outro lado, situam os primórdios da festa junina na Ásia e África, 3.500 a.C., salientando que, no Egito antigo, a morte e a ressurreição do deus Osíris estavam relacionadas às cheias do rio Nilo e isto era bastante comemorado. O retorno das águas, ao leito usual, deixava uma faixa de terra úmida e fértil para a semeadura possibilitando, desse modo, a presença de excelentes colheitas.
De acordo com Câmara Cascudo independentemente das teorias sobre a sua origem, o São João é festejado com alegrias transbordantes de um deus amável e dionisíaco com farta alimentação, músicas, danças, bebidas e uma marcada tendência sexual nas comemorações populares, adivinhações para casamento, banhos coletivos pela madrugada, prognósticos do futuro, anúncio de morte do censo do ano próximo… Segundo a tradição o Santo adormece durante o dia que lhe é dedicado tão ruidosamente pelo povo, através dos séculos e países. Se ele estiver acordado, vendo o clarão das fogueiras acesas em sua honra, não resistirá ao desejo de descer do céu para acompanhar a oblação e o mundo acabará pegando fogo.
No Nordeste do Brasil, em particular, é uma das festas mais comemoradas. Dentre os seus aspectos fundamentais, encontram-se as quadrilhas e o forró, as fogueiras, os balões, as procissões e novenas, e a maravilhosa culinária junina. Nesta, os portugueses introduziram o sal, o açúcar, a canela em pó, o cravo da Índia, o coco, o milho. Os índios, por sua vez, trouxeram a mandioca. Como parte fundamental da cultura brasileira, a culinária também foi reelaborada e recriada pela miscigenação de gostos e experiências de vida das principais etnias que formaram a população brasileira: a indígena, a africana e a europeia.
No que se refere à rica culinária junina, os seus pratos típicos são os seguintes: milho cozido ou assado (na brasa), canjica, pamonha, pé-de-moleque, cocadas, bolos de milho, macaxeira (também chamada de aipim) e mandioca.
Trazemos quatro receitas básicas das festas juninas:
Canjica

Ingredientes:
25 espigas de milhos verdes;
1 ½ xícara (de chá) de água;
3 cocos ralados;
2 xícaras (de chá) de açúcar;
canela em pó (para polvilhar);
sal a gosto.

Modo de fazer:
Com uma faca afiada, corte os grãos de milho rente ao sabugo. Coloque-os no liquidificador, junte a água, aos poucos, e triture até que a mistura se torne um purê. Peneire, em seguida, para retirar as cascas dos grãos. Em seguida, retire do coco o leite grosso e reserve. Esprema novamente o coco para obter um leite mais ralo. Em uma panela grande, misture a massa de milho com a metade do leite ralo, leve ao fogo, mexendo sempre devagar, até a mistura ficar espessa. Tempere com sal, acrescente o açúcar e misture bem. Retire do fogo. Coloque a canjica em pratos ou travessas e polvilhe com a canela em pó.
Pé de Moleque

Ingredientes:
1 kg de massa de mandioca,
4 xícaras (de chá) de açúcar,
½ litro de água, 250 g de manteiga,
2 ovos inteiros,
½ litro de leite de coco, 2
00 gramasde castanha torrada,
1 colher (de chá) de cravo da Índia,
1 colher (de chá) de erva-doce.

Modo de fazer:
Lavar, deixar assentar e espremer a mandioca. Reservá-la e colocar em uma bacia grande. Amassar bem, até virar pó, a castanha, o cravo e a erva-doce. Juntar à mandioca. Levar ao fogo, para fazer um mel, a água, o açúcar e a manteiga. Despejar o mel, bem quente, sobre a mandioca e os temperos polvilhados e misturar bem com uma colher de pau. Adicionar os 2 ovos inteiros e o leite de coco. Bater bem a massa. Colocar em uma forma untada e enfarinhada e levar ao forno quente. Retirar da forma depois de frio.
Bolo de Macaxeira

Ingredientes:
2 kg de macaxeira,
1 coco ralado, 500 g de açúcar,
1 colher (de sopa) de manteiga,
cravo da Índia, pitada de sal,
leite de vaca (o suficiente para cobrir o bolo).

Modo de fazer:
Descascar, lavar e ralar a macaxeira e misturar ao coco ralado. Fazer uma calda com o açúcar e os cravos. Retirar os cravos e despejar sobre a macaxeira. Acrescentar a manteiga, o sal, e misturar bem tudo. Untar e enfarinhar uma forma. Despejar a massa do bolo e cobrir com o leite de vaca. Levar ao forno quente e retirar da forma depois de frio.
Pamonha

Ingredientes:
20 espigas de milho verde,
xícaras (de chá) de leite de vaca ou de coco, 3
colheres (de sopa) de creme de leite,
açúcar e sal a gosto.

Modo de fazer:
Cortar os grãos dos milhos com uma faca afiada e passá-los no liquidificador ou máquina de moer. Depois, peneirá-los em uma peneira grossa. Misturar todos os ingredientes da receita. Embrulhar e amarrar o líquido grosso na própria palha do milho e, em um caldeirão com água fervendo, cozinhar as pamonhas, por cerca de 30 minutos, até que endureçam.

AQUI CULINÁRIA BRASILEIRA



Fonte: Fundação Joaquim Nabuco
Com Portal Brasil Cultura