Postagem em destaque

FIQUEM LIGADOS! TODOS OS SÁBADOS NA RÁDIO AGRESTE FM - NOVA CRUZ-RN - 107.5 - DAS 19 HORAS ÁS 19 E 30: PROGRAMA 30 MINUTOS COM CULTURA" - PROMOÇÃO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A justificativa da construção da escravização negra...


A História da África é conhecida no Ocidente por escritos que datam da Antiguidade Clássica. O homem passou a estar presente na África durante os primeiros anos da era quaternária ou os últimos anos da era terciária. A maioria dos restos de hominídeos fósseis que os arqueólogos encontraram, australopitecos, atlantropos, homens de Neandertal e de Cro-Magnon, em lugares diferenciados da África é a demonstração de que essa parte do mundo é importante no processo evolutivo da espécie humana e indica, até, a possível busca das origens do homem nesse continente. As semelhanças comparáveis da história da arte que vai entre o paleolítico e o neolítico são iguais às das demais áreas dos continentes europeu e asiático, com diferenças focadas em regiões então desenvolvidas. A maioria das zonas do interior do continente, meio postas em isolamento, em contraposição ao litoral, ficaram permanentes em estágios do período paleolítico, apesar da neolitização ter sido processada no início em 10.000 a.C., com uma diversidade de graus acelerados.

Antiguidade -O Império de Kanem-Bornu, próximo ao Lago Chade, dominou a parte norte da --- Nigéria por mais de 600 anos, prosperando como rota de comércio entre os bárbaros norte-africanos e o povo da floresta.

No começo do século XIX, Usman dan Fodio reuniu a maior parte das áreas do norte sob o controle de um império islâmico tendo como centro Sokoto. Ambos os reinos de Oyo, no sudoeste, e Benim, no sudeste, desenvolveram sistemas elaborados de organização política nos séculos XV, XVI e XVII.
Colonização europeia.

Até 1471, navios portugueses haviam descido o litoral africano até o delta do Rio Níger. Em 1481 emissários do rei de Portugal visitaram a corte do oba de Benim, com o qual mantiveram por um tempo laços estreitos, usufruindo de monopólio comercial até o fim do século XVI.

Chegada dos conquistadores portugueses à África
Quando ocorreram os primeiros contactos entre conquistadores portugueses e africanos, no século XV, não houve atritos de origem racial. Os negros e outros povos da África entraram em acordos comerciais com os europeus, que incluíam o comércio de escravos que, naquela época, era aceito como uma forma de aumentar o número de trabalhadores numa sociedade.Para a gente entender melhor- Na antiguidade, entre diversos povos, as relações eram sempre de vencedor e cativo. Estas existiam independentemente da raça, pois muitas vezes povos de mesma matriz racial guerreavam entre si e o perdedor passava a ser cativo do vencedor, neste caso o racismo se aproximava da xenofobia.
- Por muito tempo o racismo permaneceu de uma forma mais xenofóbica do que racial propriamente dita, permanecendo latente até a época de expansão das nações europeias.

Se liga: Com o avançar das conquistas territoriais e culturais dos povos europeus, ainda na Idade Média não havia necessariamente o racismo da forma como manifestado futuramente, o que havia era o sentimento de superioridade xenofóbico de origem religiosa. Isto ocorria devido ao poder político da igreja cristã que justificava submissão de povos conquistados de
forma incorporá-los à cristandade. Porém, àqueles que não se submetiam era aplicado o genocídio, que gerava sentimentos racistas por parte dos vencedores e dos submetidos.

Entre os séculos XVII e XIX, comerciantes europeus estabeleceram portos costeiros para o aumento do tráfico de escravos (prisioneiros de guerra das tribos africanas mais fortes e dominadoras regionais) para as Américas, concorrendo fortemente com os árabes neste comércio. O comércio de commodities substituiu o de escravos no século XIX.

A Companhia Real do Níger foi criada pelo governo britânico em 1886 e, em 1900, criou os protetorados britânicos do Norte da Nigéria e do Sul da Nigéria. Estes protetorados foram fundidos em 1914, para formar a colônia da Nigéria.

Ameríndios e negros- Foi durante a expansão espanhola e portuguesa na América que surgiu a ideia de se buscar uma sustentação ideológica influenciada pela religião de que os índios não eram seres humanos. Estes eram animais e portanto era justificada por Deus a sua exploração para o trabalho, desta forma eram socialmente aceitos os suplícios a que eram submetidos, estendendo-se logo esta crença para a raça negra.

No Brasil os negros foram trazidos para serem escravos nos engenhos de cana de açúcar, devido às dificuldades da escravização dos ameríndios, os primeiro habitantes brasileiros do qual se tem relato. A Igreja Católica nunca se opôs à escravidão negra, e acreditava-se que os negros não tinham almas[carece de fontes]. Com o passar dos anos, o Vaticano tentou esconder o erro histórico da igreja que nunca foi devidamente explicado. O Papa João Paulo chegou a pedir desculpas pelos erros históricos da igreja católica.Nos últimos anos a igreja afirmou que sempre existiram inúmeros santos negros, mesmo tendo os canonizados só após a Lei Áurea. O convívio com as doenças dos brancos e de seus animais, por terem contatos há séculos com os povos brancos e com os animais por eles domesticados, e juntamente com a motivação financeira, decorrentes do fato do tráfico negreiro ter sido a maior fonte de renda do período colonial, foram usados como justificativas para a escravização negra.

Mais tarde, quando os europeus começaram a colonizar a África no século XIX, eles começaram a apresentar justificativas piores para a implementação da cultura e modo de vida europeus às sociedades negras; uma dessa justificativas foi a ideia errônea de que os negros eram uma raça inferior. Assim, passaram a aplicar a discriminação com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados "direitos" aos colonos europeus. O caso mais extremo foi a instituição do apartheid na África do Sul, em que essa discriminação foi suportada por leis decretadas pelo Estado.
O racismo como fenômeno social

O racismo, como fenômeno comportamental e social, procura afirmar que existem raças puras, e que estas são superiores às demais; desta forma, procura justificar a hegemonia política, histórica e econômica.

Do ponto de vista racial, os grupos humanos atuais em sua maioria são produto de mestiçagens. 
A evolução das espécies incluindo a humana e o sexo facilitaram a mistura racial durante as eras. Afirmar que existe raça pura torna ilusória qualquer definição fundada em dados étnicos e genéticos estáveis. Portanto, quando se aplica ao ser humano o conceito de pureza biológica, o que ocorre é uma confusão entre grupo biológico e grupo linguístico ou nacional.

As raças, nós as inventamos e nós as levamos a sério por séculos, mas já sabemos o bastante para largar mão delas. Hoje em dia sabemos que somos todos parentes e todos diferentes, de acordo com o feliz slogan criado pelo geneticista francês André Longaney, e não é preciso ter feito estudos aprofundados para convencer-se disso.

Finalizando- A abolição da escravatura brasileira foi um processo lento que passou por várias etapas antes sua concretização. Criaram-se leis com o intuito de retardar esse processo de abolição como a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários entre outras, as quais pouco favoreciam os escravos.

Quando finalmente foi decretada a abolição da escravatura, não se realizaram projetos de assistência ou leis para a facilitação da inclusão dos negros à sociedade, fazendo com que continuassem a ser tratados como inferiores e tendo traços de sua cultura e religião marginalizados, criando danos aos afrodescendentes até os dias atuais.

Durante o século XX, os negros brasileiros ainda enfrentaram muitas dificuldades para superarem as discriminações no mercado de trabalho e na sociedade em geral. Mesmo com o reconhecimento da igualdade form

O Navio Negreiro - Caetano Veloso & Mª Bethânia

SÃO PAULO LINDA E MARAVILHOSA MAS CHEIA DE CONTRASTES!






São Paulo capital uma cidade linda, mas cheia de contrastes.  Primeiro muito prédios antigos que retrata o nascimento e vida de uma metrópoles, cheia de desigualdades. É como São Paulo retratasse duas vidas.  A primeira com seus prédios coloniais e modernos, entre eles muitos abandonados e em segundo uma parte do seu povo.  Milhares espalhados pelas ruas e calçadas fazendo sua moradia, pra não dizer abandonados pelo sistema,

Pessoas doentes, sem lenço e sem documento e mais! Sem esperança de vida.  Muitos viciados pelas ruas, sim, mas muitos desses entregaram-se as drogas por não ter mais esperança de uma vida digna.

É só olhar esse contraste, muitos prédios abandonados e muitas pessoas sem teto.

A solidariedade aparece de vez em quando, mas partindo de pessoas que passa e ajuda, não só com dinheiro, mas com uma palavra de esperança.  E o sistema?

É importante também repassar para os nossos jovens que antes de pensar em ir para uma cidade grande em busca de trabalho, de estudo ou outros motivos, pensem duas vezes.  O custo de vida dessas metrópoles é muito alto, entre outras coisas.

É preferível  ganhar um pouco menos sua cidade Natal ao lado de sua família ou criar outros meios de ganhar dinheiro extra para aumentar sua renda, Existem várias formas. Pense e reflita, que farás o correto.  Lembrando que longe do afeto e proteção da família fica muito mais difícil de avançar na vida.  Estudo e aprimoramento ainda é o melhor caminho para se conseguir uma vida melhor.

PRESIDENTE DO CPC/RN VISITA EXPOSIÇÃO DO ARTISTA PLÁSTICO FERNANDO AREAIS NO AEROPORTO DE RECIFE


 "Exposição fantástica!" - Eduardo Vasconcelos






Eduardo Vasconcelos, presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, antes de embarcar para São Paulo aproveitou para prestigiar a Exposição do Artista Plástico, Fernando Areias, pernambucano e de grande reconhecimento por parte de especialistas  da cultura brasileira, entre eles o nosso saudoso Ariano Suassuna.

Exposição aconteceu no Salão Nobre do Aeroporto do Recife.  Para Eduardo um momento único e brilhante em poder ver e admirar um trabalho bonito de mais um grande artista plástico nordestino, FERNANDO AREAIS. Vale a pena prestigiar. Adorei. Concluiu, Eduardo Vasconcelos.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Quase seis décadas de compromisso, mas a luta anticolonial persiste – Por Moara Crivelente

khaled
Há 56 anos, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a histórica “Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais”, almejando encerrar o capítulo vergonhoso de uma história de opressão, dominação e subjugação. Casos como o do Saara Ocidental, da Palestina e de Porto Rico continuam pendentes, porém, não sem obstinada resistência, respaldada por movimentos anticoloniais e anti-imperialistas construídos nessa luta.
Em 14 de dezembro de 1960, a Assembleia Geral da ONU adotou a Resolução 1514 (XV) para declarar politicamente o direito dos povos à autodeterminação e à independência. Em pleno século 21, entretanto, nos vemos confrontados com as remanescências anacrônicas do colonialismo, ainda que travestido de outros estatutos.
Em 1960, a ONU admitia 19 novos Estados membros e, pouco antes da Declaração, em 1955, eram 16 os novos países acolhidos, num processo acelerado de descolonização. Também em 1955 acontecia a histórica Conferência de Bandung entre 29 países asiáticos e africanos, na Indonésia. Líderes e movimentos de libertação nacional reuniam-se para afirmar a continuidade e a expansão da luta dos povos sob dominação estrangeira.
Nasce neste processo, em 1961, o Movimento dos Não Alinhados – hoje composto por mais de 100 países – que a terminologia hegemônica durante a Guerra Fria taxou de “descomprometido”. Já em janeiro de 1966, a Conferência Tricontinental reuniu mais de 700 participantes – entre delegados e convidados de cerca de 80 países – em Havana, onde nasceu a Organização de Solidariedade com os Povos da Ásia, da África e América Latina (OSPAAAL).
Entre os objetivos está uma transformação do sistema que promoveria também uma nova ordem internacional, rejeitando os avanços neocoloniais e imperialistas que ainda hoje ameaçam países independentes. A luta anticolonial e anti-imperialista é, por isso, extremamente atual, guiada pela defesa da soberania popular e nacional contra as investidas e a dominação estrangeiras e respaldada pela solidariedade internacionalista na luta por emancipação.
Nomes como o de Frantz Fanon, da Martinica, Mehdi Ben Barka, do Marrocos – coordenador da Conferência Tricontinental, mas que foi assassinado antes da sua realização –, Ahmed Ben Bella, primeiro presidente da Argélia independente, Amílcar Cabral, da Guiné-Bissau, Patrice Lumumba, que se tornaria o primeiro-ministro da República Democrática do Congo, e o do próprio Che Guevara, entre outros, ficaram marcados na história da luta anticolonial e da perseguição que matou muitos deles.
A Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais é um pilar de diversas ações no seio da própria ONU que afirmam rejeição à persistência da situação da Palestina, do Saara Ocidental e de Porto Rico, entre outros, servindo de referência também ao reconhecimento do direito dos povos de resistir à colonização e à ocupação estrangeira.
Por exemplo, em 1975 o Tribunal Internacional de Justiça emitiu uma Opinião Consultiva sobre o Saara Ocidental, com base na Declaração de 1960, para concluir, após exame aprofundado, que nem o Marrocos nem a Mauritânia tinham “perdido” o território quando da colonização espanhola para justificar sua reivindicação a despeito da vontade e do direito do povo saráui à autodeterminação, após a retirada da Espanha. Até hoje, entretanto, o Reino do Marrocos segue ocupando o território e o Saara Ocidental segue sendo a última colônia africana lutando pela autodeterminação através da realização de um referendo desde então impedido pela ocupação marroquina.
Além disso, o Comitê Especial da ONU sobre a Descolonização já aprovou mais de 30 resoluções a respeito da situação de Porto Rico, ainda hoje sob colonização estadunidense. Em junho de 2016, o Comitê voltou a instar os EUA a promover novas consultas sobre a autodeterminação do povo porto-riquenho, a reavaliar a prática e o estatuto de território autônomo conferido a Porto Rico e a libertar Oscar López Rivera, que está há 35 anos encarcerado por lutar pela independência do seu país. O Comitê requisitou ainda que a Assembleia Geral da ONU considere a questão, de forma mais abrangente.
Diversas resoluções também reconhecem o direito dos povos sob ocupação à resistência e à luta por libertação, inclusive armada. Uma resolução de 29 de novembro de 1974, por exemplo, “reafirma a legitimidade da luta popular por libertação da dominação colonial e da subjugação estrangeira através de todos os meios possíveis, inclusive a luta armada”, além de condenar “firmemente todos os Governos que não reconhecem o direito à autodeterminação e independência dos povos sob dominação colonial e subjugação estrangeira, notavelmente os povos da África e o povo palestino.”
Em 1969, porém, o conhecido advogado argelino Jacques Vergès, que tentava defender os comandos palestinos após os ataques contra a companhia aérea israelense El Al, envolvida na logística de operações militares, mostra-se cético quanto ao vigor de um direito cuja natureza servia à proteção dos interesses dos detentores do poder. Como ele, o palestino Ghassan Kanafani rejeita o “moralismo burguês” e adere ao ceticismo em uma entrevista à New Left Review, em 1975, quando a resistência armada parecia ser a única possibilidade.
Um dos legados da luta anticolonial, entretanto, é o uso do direito internacional para a promoção da soberania e da autodeterminação e também da legitimidade da resistência, direitos consagrados em diversos instrumentos, como os mencionados acima. A Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais é um deles, conquistado justamente por causa da mobilização anticolonial, e fica evidente a sua atualidade.
C/ Blog eduagreste.blogspot.com

A importância do negro na sociedade brasileira

 Fotos Google


  1. 1. A Importância do Negro na Sociedade Brasileira Quando recebemos no Brasil este povo maravilhoso, não sabíamos da sua grande importância e contribuição para todos os setores da economia, da cultura, da religião, das artes, da política e tantos outros. O continente Africano com sua grande diversidade cultural vê-se intensamente ligado à cultura brasileira, uma vez que recebemos neste país cerca de cinco milhões de negros africanos, que através da sua alegria e seu jeito de ser conseguiram produzir uma geração de pessoas alegres, mulatas lindas e um povo que de toda dificuldade tira uma lição de vida e se fortalece ainda mais. Os africanos que aqui checaram prezam muito a moral e a assemelham à religião, valorizam as tradições familiares, a natureza e o semelhante, para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, pestes, doenças, morte, etc. A influência do negro apesar de não ser aceita em muitas regiões foi automaticamente se implantando e sendo incorporada ao dia-dia da nação, contribuiu principalmente nos setores: -Religião: candomblé - usam para adorar seus orixás; as expressões corporais, a dança, os tambores, batuques, atabaques, adornos, sacrifícios de animais ao som de cânticos; -Capoeira: durante a escravidão era utilizada como forma defensiva, já que não tinham acesso a armas; -Culinária: acrescentou aos costumes indígenas e aos produtos naturais da terra o leite de coco, óleo de palmeira, azeite de dendê, a pimenta e até a feijoada feita a partir dos restos do boi ou do porco. Nas fazendas brasileiras, apesar da maioria executar o trabalho braçal nas lavouras, sendo os únicos trabalhadores a movimentar toda a economia, alguns deles executavam trabalhos domésticos, serviam como reprodutores e até amas de leite. As mulheres raramente se casavam com coronéis, e acabavam influenciando nas decisões políticas dos vilarejos. Os quilombos na sua maioria eram auto-suficientes, produzindo a agricultura de subsistência, tecidos, utensílios de barro, remédios naturais (a maioria desses conhecimentos trouxeram da sua terra natal). Era importante para os colonizadores, divulgar que os africanos não possuíam almas, sendo assim também não possuiriam hábitos, costumes e cultura. Quem não possui cultura, não possui história conseqüentemente não existe, facilitando muito sua escravização. Se este fato cruel não houvesse ocorrido com certeza seríamos uma nação muito mais rica e avançada em todos os sentidos. De maneira geral, tanto na época colonial como durante o século XIX a matriz cultural de origem europeia foi a mais valorizada no Brasil, enquanto que as manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas. Assim, as religiões afro-brasileiras e a arte marcial da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas. Entretanto, a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX. Posteriormente, o governo da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo nas quais a cultura afro-brasileira encontrou caminhos de aceitação oficial. Por exemplo, os desfiles de escolas de samba ganharam nesta época aprovação governamental através da União Geral das Escolas de Samba do Brasil, fundada em 1934. Outras expressões culturais seguiram o mesmo caminho. A capoeira, que era considerada própria de bandidos e marginais, foi apresentada, em 1953, por mestre Bimba ao presidente Vargas, que então a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional". A partir da década de 1950 as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuíram e a Umbanda passou a ser seguida por parte da classe média carioca[1] . Na década seguinte, as religiões afro- brasileiras passaram a ser celebradas pela elite intelectual branca
  2. Resultado de imagem para IMAGEM DA FEIJOADA
    Feijoada uma tradição trazida pelos nossos irmãos negro
  3. 2. Culinária A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas. A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos típicos como acarajé, vatapá e moqueca. Estes pratos são preparados com o azeite-de-dendê, extraído de uma palmeira africana trazida ao Brasil em tempos coloniais. Na Bahia existem duas maneiras de se preparar estes pratos "afros". Numa, mais simples, as comidas não levam muito tempero e são feita nos terreiros de candomblé para serem oferecidas aos orixás. Na outra maneira, empregada fora dos terreiros, as comidas são preparadas com muito tempero e são mais saborosas, sendo vendidas pelas baianas do acarajé e degustadas em restaurantes e residências. Música e dança A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos. A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe. Como aconteceu em toda parte do continente americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais. Instrumentos afro-brasileiras: Afoxe, Agogô, Atabaque, Berimbau, Tambor Multiculturalismo no Brasil é a mistura de culturas. Trata-se da miscigenação dos credos e culturas que ocorrem no Brasil desde os tempos da colonização. E uma das principais características da cultura brasileira é esta diversidade. O processo imigratório teve grande importância para a formação desta cultura. O Brasil incorpora em seu território culturas de todas as partes do mundo. Podemos dizer que este processo de imigração começou em 1530 quando os portugueses deram início à colonização do Brasil. Os primeiros imigrantes não-portugueses que vieram para o Brasil foram os africanos, que eram utilizados como escravos nas lavouras de café. Graças ao rápido desenvolvimento das plantações de café, esta colonização intensificou-se a partir de 1818, quando para cá vieram imigrantes de fora de Portugal à procura de oportunidades. Vieram suíços, alemães, eslavos, turcos, árabes, italianos, japoneses, entre outros. O caso brasileiro é bem mais complexo, porque aqui se desenvolveu um processo colonizador cuja característica fundamental foi a mestiçagem cultural. A riqueza cultural e étnica do país não é levada em consideração no quotidiano, tendendo ao estereótipo e à disseminação de preconceitos. O Brasil é um país de raízes mestiças, e que não constitui historicamente minorias. Deveríamos estar abertos às diferenças que faz do povo brasileiro um povo tão misto em nossas heranças culturais. É nesta pluralidade e na diversidade dos brasileiros que se pode construir o presente e perseguir o sonho do futuro possível.
  4. Fonte: http://www.slideshare.net/luanareverti/a-importncia-do-negro-na-sociedade-brasileira

NOSSAS SINGELAS HOMENAGENS A QUEM REALMENTE É O VERDADEIRO DONO DO BRASIL, CLIC E CONFIRA!








Imagem relacionada

CIDADANIA:A importância de conhecer a diversidade cultural brasileira

 Fotos: Google



Sugerido por João 

Do Jornal do Brasil, 19/05/2014
 
 
Gilmar Silvério*
 
Para um país como o Brasil, em que a diversidade cultural é imensa, pode parecer estranho quando se fala na história dos nossos antepassados. Ainda mais se pensarmos na forma como ocorreu a formação da nossa sociedade, a partir das influências recebidas dos diferentes ciclos migratórios.
 
Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade.
 
A despeito da visão europeia, que ainda é predominante nos livros didáticos e paradidáticos, há outra corrente que defende que a história da humanidade seja contada com base em outros relatos e visões de mundo. Nesse sentido, existe uma legislação federal que torna obrigatório o ensino nas escolas da cultura afro-brasileira e indígena. Essa lei, que acaba de completar dez anos, infelizmente ainda é pouco conhecida. Compete a nós, militantes e especialistas da área de educação, colocarmos isso em prática.
 
Como exemplo, podemos citar o que ocorre em Santo André, na região do ABC paulista. No final de 2013, teve início a capacitação sobre cultura indígena para os professores de educação física da rede municipal de ensino. O objetivo é fazer com que o docente passe a utilizar em suas aulas as danças, os jogos cooperativos e as brincadeiras oriundas dessa tradição.
 
Trazer essa visão de mundo para os alunos é importante para se perceber como a influência desse povo se faz muito presente no nosso dia a dia. Para ficar em um só aspecto, vale mencionar o hábito do banho diário. Sem falar nas centenas de palavras e termos de origem indígena que usamos para nos expressarmos.
 
Essa percepção, que por vezes passa despercebida face ao contexto globalizado em que vivemos, é fundamental para mostrar às nossas crianças e jovens a riqueza da cultura e da tradição dos primeiros habitantes do nosso país.
 
Ao oferecer essa possibilidade aos alunos, estamos contribuindo para resgatar o papel dos índios na formação do Brasil. Serve, ainda, para evitar possíveis percepções preconceituosas em relação a esse povo, que deve ser reverenciado pelas inúmeras contribuições que, hoje, se encontram naturalmente incorporadas ao nosso cotidiano. Significa também dar à cultura indígena o devido protagonismo que ela tanto merece.
 
* Gilmar Silvério, professor da rede estadual de ensino, é secretário de Educação de Santo André, SP. -  gilmar_silverio@hotmail.com.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Quilombação realiza seminário e discute os impactos do governo Temer na população negra

Mais de 70 pessoas participaram do evento
A Rede Antirracista Quilombação realizou no último dia 10 de dezembro o seu III Seminário Internacional, com a participação de 70 pessoas, inclusive com falas de representantes da entidade da Colômbia e da Bolívia. Ao final de um dia todo de discussões, foi aprovada a “Carta do III Seminário” que reproduzimos abaixo
Os presentes ao III Seminário Quilombação realizado no dia 10 de dezembro de 2016 em São Paulo, data em que se celebra os 68 anos da Declaração dos Direitos Humanos, diante dos retrocessos políticos que o país vive, declaram o seguinte:
a-) LIBERDADE PARA RAFAEL BRAGA, jovem negro trabalhador vítima do desrespeito aos direitos humanos no país;
b-) Opõem-se radicalmente ao governo golpista e ilegítimo de Michel Temer, imposto por um golpe parlamentar-midiático-judicial que destituiu uma presidenta legitimamente eleita pela população, com o objetivo de impor um ajuste neoliberal que não recebeu o crivo das urnas. Deste ajuste neoliberal, destacamos a emenda constitucional aprovada prestes a ser votada no Senado que congela por 20 anos todos os investimentos públicos o que prejudicará as políticas públicas de saúde, educação, assistência social. O governo ainda tem tratado as manifestações populares com truculência, tendo como comandante uma pessoa com nítidas posições autoritárias que está no Ministério da Justiça. Por isto, FORA TEMER!
Mais de 70 pessoas participaram do evento
c-) Opõem-se a nova versão da Lei dos Sexagenários que é a proposta de reforma da Previdência que exigirá que um trabalhador que inicia sua vida laboral aos 14 anos, trabalhe por mais 51 anos para poder se aposentar, o que praticamente interdita este benefício para grande parte da população negra, pobre e da periferia que raramente chega a esta idade;
d-) DENUNCIAR o processo de extermínio da população negra e pobre, expresso pelo assassinato de jovens negros e negras nas periferias; violência contra a mulher negra e todas as formas de violência sistêmica e assistêmica nas periferias que são hoje territórios de morte, lugares onde se pratica a necropolítica (política da morte). Opõem-se também a política de guerra às drogas e defendem uma INICIATIVA NEGRA POR UMA NOVA POLÍTICA DE DROGAS. Os quilombativistas reafirmam o seu lema: A DEMOCRACIA NÃO CHEGOU NA PERIFERIA;
e-) Opõem-se a todo o sucateamento dos sistemas de benefícios sociais, do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), SUS (Sistema Único de Saúde), SINAPIR (Sistema Nacional de Promoção de Igualdade Racial), SNC (Sistema Nacional de Cultura), conquistas da população brasileira. Opõem-se também à retirada dos conteúdos humanísticos do ensino básico e a proposta autoritária de movimentos como “Escola Sem Partido” e o sucateamento das universidades públicas. Isto porque UM POVO SEM MEMÓRIA NÃO É UM POVO LIVRE.
f-) Opõem-se a toda a forma de violência física, psicológica, social contra a mulher negra, que se concentra na base da pirâmide social e é a vítima do sistema de opressão interseccional de classe, gênero e etnia.
g-) Opõem-se a intolerância contra as religiões de matriz africana.
h-) Defendem a autodeterminação dos povos de todo o mundo, em especial da América Latina; defendem que se implementem as medidas de proteção das comunidades afrodescendentes nos acordos de paz assinados na Colômbia; o direito dos povos indígenas e camponeses na Bolívia.
A DEMOCRACIA NÃO CHEGOU NA PERIFERIA. NEGRAS E NEGROS CONSTRUINDO UM PODER POPULAR.
Rede Quilombação, 10 de dezembro de 2016.
Fonte: Revista Fórum

NO BRASIL: A CULTURA E A SUA FALTA

Falar de cultura pode até ser atrevimento. De cultura brasileira. Vão-me cair em cima os mestres, aqueles que sabem tudo de coisa pouca, talvez os mestres de algumas escolas que pensam ensinar disciplinas mas esquecem da cultura, e não os Mestres que sabem um pouco de quase tudo, aprendido ao longo da vida e do seu interesse pelo Outro.

O Brasil vive com culturas dispersas, o que é natural face às origens dos emigrantes. Entre umas desanimadas festas da cerveja, Oktoberfiest com nome alemão e tudo, lá pelo sul, passando pela da Madona da Quiropita para os italianos do Bexiga em São Paulo, ao Bumba-Meu-Boi lá para o Norte, este de tradição e cultura antiga, pode-se assistir a algumas outras isoladas que as populações locais se empenham em ano após ano aumentar o brilho e a participação de forasteiros. Pouco mais.
Nacional só o Carnaval, que se transformou em “mercadoria de exportação”, dificilmente se encontrando já aquele verdadeiro carnaval de bairro, do povo. Hoje o carnaval, aquele carnaval grande, espetáculo de “exportação”, não é mais para o povo. Só para turista ou brasileiro rico que pode pagar milhares para assistir.

Então, friamente analisadas as festas “nacionais”, podemos ainda encontrar algumas de caráter religioso em Minas, e a cada quatro anos, tipo festa bissexta, a subida da rampa em Brasília de um novo presidente a inaugurar um “novo ano e um novo período de promessas”, que o povo, quer assista ou não, fica a torcer para que dê certo, e nunca dá. Teoricamente a festa seria para ele, povo. Mas é para ele, o eleito, e sua camarilha. E que festa...

Ah! É verdade. O futebol. A maior festa nacional... sobretudo quando o Brasil ganha.

Mas até aqui, de cultura brasileira... tudo isto sabe a pouco. A nada.

Falando de língua, temos a língua portuguesa a unir este quase continente, e se os paulistas não a deturparem muito pronunciando os plurais à moda italiana, sem o “s” no final (dois pão, quatro homem, etc.), perdurará por muitos e muitos anos. Ainda. Porque pelo meio da multidão estão mauricinhos e patricinhas que queriam mudar a nossa língua para a inglesa, o que lhes facilitaria as idas aos states fazer compras. (É evidente: lá custa tudo menos de metade do que custa aqui!

(E ainda temos aquele crime de se reescrever Machado de Assis, porque alguns ministros não sabem o que significa “sagacidade” e outras palavras assim difíceis e vão mudá-las para esperteza e afins! E o governo vai distribuir 600.000 exemplares, de uma nova edição “revista e assassinada” de o Alienista, de graça, o que evidencia uma negociata, - ver roubada – das grandes e um imenso crime contra a cultura).

Línguas nativas então... nem cheiro delas, e entre os quase 200 milhões de brasileiros deve ser difícil encontrar um, unzinho só, que fale alguma em profundidade. Tirando alguns índios que ainda vivem no meio das florestas, como é óbvio, e que serão os últimos guardiões de um valor inestimável que parece ninguém se interessar em preservar!

Vamos tendo, haja Deus, mas muito raramente uma boa música, mas que se está a degenerar com essa proliferação virótica dos “rap” e “funk” que nem é música nem coisa alguma, mas que se difunde como vírus na Internet, e pelo mundo. O tempo da Bossa Nova passou e hoje está difícil entrarmos num outro período de tanta criatividade e beleza!

Mas cultura não é só isso, assim como somente saber muito de matemática ou física ou outras ciências também não se pode chamar cultura.

Diz o Aurélio (sempre a mania de consultar os Mestres) sobre cultura: “O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização.” E diz mais: O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores.

Aqui é que está o nó do póbrema! Para se atingir essa civilização, essa cultura, há que transmitir coletivamente as nossas crenças, os nossos valores espirituais e das instituições. E pior quando tentamos transmitir, e coletivamente, padrões de comportamento tão ignóbil com aquele que, todos os dias, todos, se nos apresentam através dos órgãos de informação expondo claramente o descalabro e desmando nos mais altos escalões da vida pública, os que deviam dar o exemplo, sem que nada aconteça aos ladrões. Ladrões, sim. O povo, pode não ter muita cultura mas não é besta, e recebe esta transmissão de valores – invertidos – como se fossem os verdadeiramente bons, ou pelo menos os mais rentáveis, e fica almejando alcançar posições semelhantes para se locupletar também do aparente inesgotável erário público.

Paralelamente, as instituições, e aqui deviam entrar o congresso, o judiciário e etc., que também não podem gabar-se de dar ao povo o exemplo que ele tanto queria receber e necessita! Lá aparecem vários senadores que..., deputados que..., juízes que... , outros políticos e funcionários do alto escalão que... , enegrecem e desacreditam todas as instituições, que elas em si, não têm vontade própria. A imensa quantidade do povo vive de mão estendida às “graças” do des-governo que assim comanda legislativo e judiciário e eleições. A chamada farsa dos Três Poderes.

Como primeira transmissão de valores, estamos não só a empobrecer a nossa cultura como a roubá-la!

Depois o Aurélio fala-nos nas crenças. Acreditar em que? Nos governantes e políticos, já ninguém acredita. Reverenciar a história, toda deturpada... ninguém se interessa. Numa religião? Povo composto de gente de tão diferentes culturas originais, tinha conseguido um modus vivendi bastante harmonioso, casando o catolicismo com tradições africanas, não só dando origem ao candomblé, mas adoçando por todo este imenso país o rigor romano. Criou os seus santos, e porque não, se todos o fizeram, desde a Senhora de Aparecida à Senhora do Rosário e ao Padinho Páde Cíço, e mais devoção menos devoção, essa religião brasileira, brasileira sim, serviu como meio de união. Há poucos anos chegaram os vendedores de milagres, os grandes marqueteiros vendedores de crendice. Assistimos agora a outra virose bem mais perigosa do que as músicas funk, que logo logo vão saturar também e não fazem bem a alguém, as igrejas de enriquecimento rápido, o melhor negócio neste momento no Brasil, depois de banco, é claro.

Há dias, nas janelas de uma dessas igrejas estava colocada uma larga faixa, que eu vi, e dizia:

“Esta semana grande promoção de milagres”

Incrível! Milagres por atacado. Talvez até para revenda. Preços módicos. Pagamento no cartão de crédito ou em “n” parcelas sem juros. Entrega em domicílio?

Lamentei não ter comigo uma máquina fotográfica! Mas muito povo acorre e paga para ver. Sem impostos nem inspetores de espécie alguma a perturbar o negócio, uns quantos milagritos combinados com silenciosos empregados ou familiares, promovem o rápido enriquecimento desses pastores ou bispos. O povo vai lá porque procura qualquer coisa. Ele passa mal, há pobreza, desemprego, fome até num país que produz 200 milhões de toneladas de grãos o que dá uma média uma tonelada por cabeça e por ano, quantidade mais do que suficiente para engordar a todos! Procura milagres assim como joga na loteria à espera deste outro milagre. E milagres não acontecem. Cada um de nós é que os faz!

Então que crença devemos transmitir aos jovens e vindouros? Que valores espirituais? O que se entende por valores espirituais? A educação cristã? A hebraica? Porque não hindu? E o candomblé?

Isto de religião é complicado, mas valores espirituais não tanto. O espírito é eterno, a carne limitada a um curtíssimo espaço de tempo entre a concepção e a morte. Daí que mausoléus e outros mais ou menos bem enfeitados jazigos possam ser úteis se nos ajudarem a reter o exemplo que o defunto eventualmente nos deixou! De outro modo não passa de mais uma demonstração de estratificação social, abominável.

Sem valores espirituais, morais e éticos, não conseguiremos, jamais, alcançar valores materiais. Não os materiais representados por riqueza, ostentação, esbanjamento, mas as obras de arte e infra-estrutura que identifiquem e ajudem a unir o povo.

Infelizmente também poucas são as escolas e faculdades confiáveis, e para a ignorância vale mais um diploma do que o conhecimento.
Com isto talvez se possam resumir os valores espirituais a pouco mais do que aquele ensinamento cristão: Ama o teu próximo com a ti mesmo, acrescentando o que naquela época era ainda desnecessário lembrar, ou impor: Respeita a natureza.

Ainda o nosso Aurélio diz por fim que O desenvolvimento de uma nação é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores.

Temos que começar por valorizar o que temos e o que tivémos. Porque enquanto os desprezarmos não os podemos aprimorar.

Onde fica então o desenvolvimento da nação?

Talvez com esta demonstração de “cultura” vinda do altíssimo topo, onde se destaca a objetividade, o conhecimento político-científico, a erudição e a...

Tem uma infraestrutura muito importante para o Brasil, que é também a infraestrutura relacionada ao fato de que nosso país precisa ter um padrão de banda larga, tanto backbone como backroll, compatível com a necessidade que nós teremos para entrarmos na economia do conhecimento, de termos uma infraestrutura, porque no que se refere a outra condição, que é a educação, eu acho importantíssima a decisão do Congresso Nacional de Brasil em relação aos royalties.

Esta maravilha de linguajar é parte de um pronunciamento, oficial, da madama dona presidenta!

Entendeu o que ela disse? Nem ela.

E o pior é que está lá desde 2011 e quer ficar mais quatro anos.

Só um backroll nos salva.

Por: Francisco Gomes de Amorim - Rio de Janeiro/RJ - http://abemdanacao.blogs.sapo.pt/

domingo, 11 de dezembro de 2016

Cultura Brasileira

Cultura Brasileira é o resultado da miscigenação de diversos grupos étnicos que participaram da formação da população brasileira.
A diversidade cultural predominante no Brasil é consequência também da grande extensão territorial e das características geradas em cada região do país.
O indivíduo branco, que participou da formação da cultura brasileira fazia parte de vários grupos, que chegou ao país durante a época colonial.
Além dos portugueses, vieram os espanhóis, de 1580 a 1640, durante a União Ibérica (período sob o qual Portugal ficou sob o domínio da Espanha).
Durante a ocupação holandesa no nordeste, de 1630 a 1654, vieram flamengos ou holandeses, que ficaram no país, mesmo depois da retomada da área pelos portugueses. Na colônia, aportaram ainda os franceses, ingleses e italianos.
Entretanto, foi dos portugueses que recebemos a herança cultural fundamental, onde a história da imigração portuguesa no Brasil confunde-se com nossa própria história.
Foram eles, os colonizadores, os responsáveis pela formação inicial da população brasileira, através do processo de miscigenação com índios e negros africanos, de 1500 a 1808, portanto por três séculos, eram os únicos europeus que podiam entrar livremente no Brasil.
Para saber mais:

A Formação da Cultura Brasileira

A formação da cultura brasileira, em seus vários aspectos, resultou da integração de elementos das culturas: indígena, do português colonizador, do negro africano, como também dos diversos imigrantes.

Cultura Indígena

Foram muitas as contribuições dos índios brasileiros para a nossa formação cultural e social. Do ponto de vista étnico, contribuíram para o surgimento de um indivíduo tipicamente brasileiro: o caboclo (mestiço de branco e índio).
Na formação cultural, os índios contribuíram com o vocabulário, o qual possui inúmeros termos de origem indígena, como pindorama, anhanguera, ibirapitanga, Itamaracá, entre outros. Com o folclore, permaneceram as lenda como o curupira, o saci-pererê, o boitatá, a iara, dentre outros.
A influência na culinária se fez mais presente em certas regiões do país onde alguns grupos indígenas conseguiram se enraizar, como na região norte, onde os pratos típicos estão presentes, entre eles, o tucupi, o tacacá e a maniçoba.
Raízes como a mandioca é usada para preparar a farinha, a tapioca e o beiju. Diversosutensílios de caça e pesca, como a arapuca e o puçá. Por fim, diversos utensílios domésticos, foram deixados como herança, entre eles, a rede, a cabaça e a gamela.
Para saber mais: Índios Brasileiros e Cultura Indígena.

Cultura Portuguesa

Portugal foi o país europeu que exerceu mais influência na formação da cultura brasileira. Os portugueses realizaram uma transplantação cultural para a colônia, destacando-se a língua portuguesa, falada em todo o país e a religião católica, crença de grande parte da população, com extenso calendário religioso, com suas festas e procissões.
As instituições administrativas, o tipo de construções dos povoados, vilas e cidades e a agricultura fazem parte da herança portuguesa.
No folclore brasileiro é evidente o grande número de festa e danças portuguesas que foram incorporadas ao país, entre elas, a cavalhada, o fandango, as festas juninas (uma das principais festas da cultura do nordeste) e a farra do boi.
As lendas do folclore (a cuca e o bicho papão), as cantigas de roda (peixe vivo, o cravo e a rosa, roda pião etc.) permanecem vivas na cultura brasileira.
Se quiser saber mais sobre o folclore do país: Folclore Brasileiro.

Cultura Africana

negro africano foi trazido para o Brasil para ser empregado como mão de obra escrava. Conforme as culturas que representavam (ritos religiosos, dialetos, usos e costumes, características físicas etc.) formavam três grupos principais, os quais apresentavam diferenças acentuadas: os sudaneses, os bantos e o malês. (sudaneses islamizados).
Salvador, no nordeste do Brasil, foi a cidade que recebeu o maior número de negros e onde sobrevivem vários elementos culturais como o “traje de baiana” (com turbante, saias rendadas, braceletes, colares), a capoeira, os instrumentos de música como o tambor, atabaque, cuíca, berimbau e afoxé.
De modo geral, a contribuição cultural dos negros foi grande: na alimentação (vatapá, acarajé, acaçá, cocada, pé de moleque etc.); nas danças (quilombos, maracatus e aspectos do bumba meu boi); nas manifestações religiosas (o candomblé na Bahia, a macumba no Rio de Janeiro e o xangô em alguns estados do nordeste).
Para saber mais, leia também os artigos:

Cultura dos Imigrantes

Os imigrantes deixaram contribuições importantes na cultura brasileira. A história da imigração no Brasil começou em 1808, com a abertura dos portos às nações amigas, feita por D. João.
Assim, para povoar o território vieram famílias portuguesas, açorianas, suíças, prussianas, espanholas, sírias, libanesas, polonesas, ucranianas e japonesas que se estabeleceram no Rio Grande do Sul.
O grande destaque foram os italianos e os alemães, que chegaram em grande quantidade. Eles se concentraram na região sul e sudeste do país, deixando importantes marcas de suas culturas para o país, principalmente na arquitetura, na língua, na culinária, nas festas regionais e folclóricas.
A cultura vinícola do sul do Brasil se concentra principalmente na região da serra gaúcha e de campanha, onde predomina descendentes de italianos e alemães.
Na cidade de São Paulo, em virtude do grande fluxo de italianos, fez surgir bairros como o Bom Retiro, Brás, Bexiga e Barra Funda, onde é marcante a presença de italianos, e com eles vieram as massas típicas como a macarronada, a pizza, a lasanha, o canelone, entre outras.
Para saber mais: Cultura da Região Sul.