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domingo, 21 de julho de 2019

ALÉM DO SEU TEMPO - Peça mergulha no universo de Carolina de Jesus, a autora do clássico “Quarto de despejo”

PAULO PEREIRA/DIVULGAÇÃO

Espetáculo retrata a vida e a obra dessa mulher negra e pobre, cuja obra revelou um Brasil que o Brasil insiste em esconder.

Publicado por Redação RBA

O livro "Quarto de despejo" foi traduzido para 13 línguas e vendido em 80 países. Política, história e sociologia se fundem na obra de Carolina de Jesus

São Paulo — Um “enigma” e um “poço sem fundo”. Assim a atriz, dramaturga e arte-educadora Dirce Thomaz define Maria Carolina de Jesus, a catadora de papel descoberta pelo jornalista Audálio Dantas na favela do Canindé, em São Paulo, e autora do livro Quarto de despejo, lançado em 1960 e que logo se transformou em estrondoso sucesso.

Para Dirce Thomaz, o diário de Carolina de Jesus é “forte, real e visceral”. A atriz está em cartaz com a peça Eu e Ela: visita a Carolina de Jesus, espetáculo em que interpreta Carolina e no qual é também a diretora. A peça, baseada no diário de Carolina de Jesus, está em cartaz na Funarte, em São Paulo, até o dia 10 de agosto.

Poeta, compositora e feminista, Carolina de Jesus ainda cantava e dançava. “Uma mulher além do seu tempo. Quando falo que ela era um poço, agora estão descobrindo que Carolina também escreveu para teatro. A cada dia se descobre alguma coisa de Carolina”, afirma Dirce, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual.

A atriz conta estar mergulhada no universo desde 1988. Atuou no curta-metragem O papel e o Mar e, em 2009, interpretou Carolina de Jesus no cinema. “E daí não teve mais jeito, foi um mergulho nessa mulher incrível que é Maria Carolina de Jesus, esse universo incrível.” Dirce lembra que, ao ser lançado, Quarto de despejo vendeu mais que Jorge Amado. “Foi um best seller, foi uma fama, uma coisa muito louca.”

Carolina de Jesus aprendeu a ler aos 7 anos de idade, a idade correta para uma criança ser alfabetizada, mesmo ela sendo uma criança muito pobre vivendo na cidade grande. “Ela saia na rua lendo tudo, ela se encontrou ali. Fazia crítica à política, à história e à sociedade. A obra de Carolina não é só o diário do que ela passava na favela, é uma obra política e social de peso”, afirma a dramaturga. Quarto de despejo foi traduzido para 13 línguas, em 80 países.

“Ela só não é muito respeitada no Brasil. A Academia Brasileira de Letras não a reconhece como poeta, porque fala que ela teve só o segundo ano primário. Ela estudou muito. O Brasil sempre não quer falar das suas mazelas”, reclama Dirce. “Como vamos ficar falando da história das favelas, história de mulher negra favelada?”, ironiza.

Após o sucesso de Quarto de despejo, Carolina de Jesus não conseguiu mais espaço para editar novos trabalhos, e decidiu então editar a própria obra. “A gente (o povo negro) esperneia desde o período colonial, para sobreviver, para chegar em algum lugar, para estudar, para trabalhar. E a Carolina é um espelho muito grande para as mulheres negras sobre tudo o que acontece com a população negra. Carolina foi e é um marco na história do Brasil, uma referência forte para as mulheres negras.”

Eu e Ela: visita a Carolina de Jesus
Até o dia 10 de agosto
Funarte - Alameda Nothmann, 1.058, Campos Elíseos, São Paulo 
Sextas e sábados, às 19h, e domingos, às 18h 

EDUCAÇÃO: "INSTADO" Programa ‘Future-se’ cria instabilidade financeira nas universidades, alerta Renato Janine Ribeiro

Colaboração com as empresas, mote do Future-se, "é algo que as universidades já fazem", segundo o ex-ministro.

Ex-ministro diz ainda que programa não foi debatido com a comunidade acadêmica, proposto por um governo que vê a educação como inimiga.

São Paulo – Anunciado pelo Ministério da Educação como forma de garantir autonomia financeira às universidades e institutos federais, a partir de fundos associados ao mercado, o programa “Future-se vai acabar criando instabilidade na financiamento do ensino superior no Brasil, alerta o ex-ministro Renato Janine Ribeiro. Ele lembra que as instituições de ensino superior já contam com autonomia na captação de recursos, e que não prospera, muitas vezes, pela falta de apoio da iniciativa privada. As diretrizes do programa foram decididas de cima para baixo, sem negociação com a comunidade acadêmica, e ferem ainda o princípio da autonomia acadêmica, garantido na Constituição.

“O mercado é, por definição, instável. Pode subir ou cair. Logo, o orçamento das universidades poderia aumentar, mas também poderia cair. É um risco muito grande. Se temos algo chamado ‘Estado’ é justamente porque tem que deixar estáveis uma série de políticas. Não é um ‘instado'”, afirmou Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (19). Ele diz que o patrimônio educacional, que inclui, além dos campi universitários, uma rede de milhares de cientistas e pesquisadores, não pode ficar a mercê das flutuações capitalistas.

Sem diálogo
Janine diz que a elaboração de um projeto como o “Future-se” deveria contar com a participação dos representantes das universidades, que conhecem melhor do que ninguém as suas próprias necessidades e limitações. “Mesmo a colaboração com as empresas, um dos pontos ‘fortes’ do projeto, é algo que as universidades já fazem. Se essa colaboração não é maior, não é só por causa das universidades. É porque, muitas vezes, as empresas também não querem”, disse o ex-ministro. Ele citou esforços, desde a década de 1990 até os governos Lula e Dilma, de integração entre a pesquisa acadêmica e inovação.

Outro problema no Future-se constatado pelo ex-ministro é a criação de um comitê gestor para supervisionar e acompanhar a implementação das diretrizes do programa que, dentre outras incumbências, poderá interferir na seleção dos reitores das universidades, ao definir critérios para a aceitação de certificações dos candidatos. “É um cheque em branco dado a pessoas que não se sabe quem são e o que farão”, critica Janine. Ele lembra que o governo Bolsonaro já editou decreto que estabelece que a nomeação de vice-reitores e pró-reitores deve  passar pelo “crivo” da Casa Civil, em mais um ataque à autonomia das universidades.

Educação como inimiga
Janine fundamenta suas preocupações no fato inédito de que Bolsonaro foi eleito sem jamais ter feito a defesa da educação pública no país. Pelo contrário, durante a campanha, o então candidato fez reiteradas críticas ao educador Paulo Freire e a avanços na igualdade de gênero – além de ataques às leis de cotas. “Isso incomoda uma parte substancial da base do governo, que responsabiliza a área educacional (por esses avanços). Olham a educação com certa desconfiança. Esse é um problema sério.”

Fonte: Rede Brasil Atual

Tropeirismo no Paraná

Após a diminuição considerável da atividade de mineração, em vista da escassez dos veios auríferos e da descoberta das Minas Gerais, Curitiba e região foram gradualmente se adaptando às novas atividades, como a criação e o comércio de gado, e a incipiente extração da erva-mate. Porém, o comércio de gado dependia muito de Minas Gerais e a crise desse mercado acabou de vez com a circulação de riquezas na região, afastando a cidade de Curitiba e arredores da rota comercial da época. (DUDEQUE, 1995, p.116-117).
A cidade de Curitiba, nessa época, não passava de um agrupamento de casas de moradores das redondezas que as ocupavam somente nos dias de festas e deveres religiosos. Não possuía mais do que dez ruas, de traçado irregular, agrupadas em torno da Praça Matriz, sem iluminação pública e localizada entre os rios Belém e Ivo.
A necessidade de buscar uma nova alternativa econômica para o Estado, ou melhor para as cinco comarcas da província de São Paulo, foi a conquista e exploração do território dos Campos Gerais.
As principais ocupações nos Campos Gerais foram feitas pelos “homens ricos” de São Paulo, Santos e Paranaguá, e que não possuíam um caráter de colonização e povoamento. As primeiras posses foram feitas “simplesmente como um negócio a ser explorado comercialmente para abastecer São Paulo, e as áreas de mineração nas Minas Gerais”. As sesmeiras dos Campos Gerais paranaenses, procuravam se localizar às margens do caminho de Curitiba – Sorocaba – São Paulo.
Como Curitiba ficava à margem, a cidade só começou a ter lucros com a conquista do centro e norte dos Campos Gerais, devido a abertura da estrada de Viamão – Sorocaba. Essa abertura propiciou a conquista dos campos ao sul de Curitiba, tendo como centro a Lapa.
Depois da segunda metade do século XVIII é que a região começou realmente a ser povoada, e isso aconteceu no rastro do tropeiro. Em 1772, na extensão toda dos Campos Gerais, desde de Itararé, no norte, até a Lapa, no sul, podíamos somar cerca de 50 fazendas e em torno de 125 sítios que povoavam a região. A estrada das tropas servia como eixo, e ao longo dela destacavam-se como povoações: Ponta Grossa, Palmeira, Castro, Imbituba e a Lapa.
O ouro das Minas Gerais foi nos últimos anos do século XVII o ponto alto da colônia. O Brasil era o maior produtor do metal. E isso atingiu o Paraná, agora de forma diferente da exploração do ouro de Paranaguá e região. As minas preciosas precisavam em grande escala de bois e cavalos (muares em especial) para transportar o ouro até o Porto do Rio de Janeiro, e de lá receber as cargas que importava. Como o gado estava nos Pampas, o Caminho de Viamão atravessava os planaltos dos atuais três estados do Sul, e ligava o Rio Grande à São Paulo. Por mais de 100 anos desfilaram por esse caminho tropas e tropeiros. Eles cortavam os campos, inclusive Curitiba, que passaram a ter utilidade como postos de recuperação do gado que chegava extenuado após uma longa jornada. Assim, a pecuária passa a dominar a economia regional.
As fronteiras dos Campos Gerais foram ampliadas, as atividades econômicas paralelas, em função do ciclo, desenvolveram-se, e com a decadência da exploração do ouro, no final do século XVIII, o tropeirismo entra em recessão. No entanto, ainda não era o fim, pois com a expansão da economia cafeeira, depois da independência do Brasil, o tropeirismo ganha novo fôlego e novos mercados, chegando ao seu apogeu em meados do século XIX. O tropeirismo paranaense não busca agora gado somente no Rio Grande do Sul, ele também os busca na província argentina de Corrientes.

O ciclo dos tropeiros chega ao fim definitivo nos fins do século XIX, com a construção das rodovias em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A economia fica estagnada e a subsistência passa a ser a atividade principal. A pecuária surge também como uma nova economia, e podemos dizer que ela, assim como o tropeirismo, teve um papel importante no povoamento do Paraná, pois devido a eles surgiram vários arraiais e vilas.
Assim, na travessia do Rio negro, nasceu um povoado chamado de Capela da Mata, que originou as cidades de Rio Negro e Mafra. Em 1829, teve início o primeiro núcleo de agricultores europeus (alemães) no terriórtio paranaense. Ao fim do século XVIII quase toda a área dos Campos Gerais estava povoada. Nessa época, o planalto adquiri a supremacia econômica e social sobre o litoral. E, em 1812, a sede da comarca é transferida de Paranaguá para Curitiba.
Embora Curitiba ainda fosse inferior comercialmente à Paranaguá, em 1812 já existiam indícios que as condições geográficas da cidade iriam lhe conferir vantagens políticas, sociais e administrativas.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Violão no Brasil

O primeiro instrumento de cordas que se tem notícias que chegou ao Brasil foi a viola de dez cordas ou cinco cordas duplas, muito popular entre os portugueses e precursora do violão, trazida pelos jesuítas portugueses que aqui chegaram para catequisar os índios e a usavam durante a catequese.
A primeira notícia que se tem sobre este instrumento no Brasil, ocorre no século XVII em São Paulo, vendida por um preço exorbitante na época, por dois mil réis e pertencente a um bandeirante chamado Sebastião Paes de Barros.
Sobre a viola, o escritor Mário de Andrade cita em uma de suas obras, um cidadão chamado Cornélio Pires, para quem a viola era um dos instrumentos que o acompanhava  nas danças populares de São Paulo. A confusão entre a viola e violão começa em meados do século XIX, quando a viola é usada com uma afinação própria do violão, isto é, lá, ré, sol, si, mi.
Mas, o uso da nomenclatura usada como referência ao instrumento viola/violão, continua conforme  afirma Manuel Antônio de Almeida, autor da Memórias de um Sargento de Milícias (1854-55), quando se refere muitas vezes com terminologia da época do final da colônia, a viola em vez de violão ou guitarra sempre que trata de designar o instrumento urbano com o qual se acompanhava as modinhas.
Atualmente, a viola passou-se a ser denominada de viola caipira, por ser um instrumento típico do interior do país, e a nomenclatura violão, ao instrumentoque era característico de uso urbano e ter  sua forma atual estabelecida no final do século XIX.
Com isso, o violão passou a tornar-se o instrumento favorito para o acompanhamento vocal, como no caso das modinhas, na música instrumental, acompanhando a flauta e o cavaquinho, e com isso formando a base de um conjunto de chorinho.
violão por ser um instrumento muito usado na música popular brasileira e pelo povo, passou a ter uma má fama, sendo considerado por muitos como um  instrumento de boêmios, presente entre seresteiroschorões, tornando-se um símbolo de vagabundagem e, carregando consigo este estigma por muitos anos.
Em virtude desta discriminação sofrida pelo violão no Brasil e sua associação, os primeiros que tentaram desmistificar esse ranço pejorativo e discriminatório do violão, divulgando-o como um instrumento sério foram considerados verdadeiros heróis.

Um dos precursores do violão moderno no Brasil foi o fundador da revista “O Violão”, publicando-a em 1928, foi Joaquim Santos (1873-1935) ou Quincas Laranjeira, considerado o “Pai do violão moderno” que nos últimos anos de sua vida dedicou-se a ensinar a tocar o violão pelo método de Tárrega.
violão no Brasil desenvolveu-se, basicamente, em dois grandes eixos da expressão da arte no Brasil: Rio de Janeiro e São Paulo. Onde surgiram a grande maioria dos grandes violonistas brasileiros, que obtiveram sua formação instrumental com os professores que moravam nestas cidades.
Na cidade de São Paulo, através do violonista uruguaio Isaías Savio (1900-1977), que teve sua formação violonística com Miguel Llobet, resultou a fundação de uma das melhores escolas de violonistas da América do Sul, vindo morar no Brasil, em São Paulo, onde desenvolveu a maior parte do seu trabalho fundando a Associação Cultural Violonística Brasileira, e em 1947, e tornou-se professor de violão do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo,  fundando a primeira  cadeira de violão no país.
Em 1951, ele participou da fundação da Associação Cultural de Violão de São Paulo, sendo responsável pela composição de  mais de 100 obras para o violão e cerca de mais ou menos 300 transcrições e revisões, sendo seus trabalhos usados atualmente por muitas escolas de música em todo o Brasil e fora dele.
O Brasil teve e tem a sua própria safra de violonistas, podemos citar:
  • Clementino Lisboa: iniciou as apresentações de violão em público, apresentando o instrumento para a elite carioca;- Joaquim Santos: fundador da revista “O violão”;
  • Aníbal Sardinha: precursor da bossa-nova.
Ainda citamos alguns como Jorge do FusaAmérico JacominoNicanor Teixeira e Egberto Gismonti.
A música brasileira para violão tem por base a pequena obra de Villa-Lobos, que foi um importante compositor e violonista brasileiro, que conta basicamente com 12 estudos sobre violão.

4 razões para incluir o caldo de cana na dieta

O caldo de cana, também conhecido como garapa, é uma bebida altamente nutritiva. Apesar de ser bastante doce, ela é indicada para atletas e até para pessoas portadoras da diabetes do tipo 1. Além disso, o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar, o que a torna acessível em preço e disponibilidade.
Veja abaixo quatro motivos para incluir o caldo de cana na dieta.
  1. Rica em açúcares bons
O açúcar contido na cana é a forma bruta, ao contrário dos refinados, que tem nutrientes e minerais removidos e possuem apenas carboidratos e calorias. Por isso, o caldo de cana possui baixo índice glicêmico, ajudando a controlar o açúcar do organismo.
  1. Ótimo pós-treino natural
Se você é atleta e costuma sentir a fadiga nos músculos após o treino, o caldo de cana pode ser um ótimo aliado na sua recuperação. Por ser fonte de glicose, ele é ótima fonte de energia para os músculos e também uma bebida que reidrata o corpo rapidamente.
  1. Ajuda a combater doenças
A cana-de-açúcar possui propriedades antioxidantes e alcalinas. Isso significa que este alimento ajuda a manter o organismo saudável e a combater enfermidades como o câncer, doenças consequentes do envelhecimento e problemas cardiovasculares.
  1. Fonte de vitaminas e minerais
Esta planta possui alto teor de minerais, como o ferro, cálcio, potássio e o magnésio, que ajudam a manter sangue e ossos saudáveis. Além disso, este alimento é fonte de vitaminas A, B e C.
Sugestões:
A cana-de-açúcar pode ser consumida in natura ou na forma de caldo. Neste caso, é possível acrescentar outros alimentos à bebida, de forma a torna-la ainda mais nutritiva e saborosa. Ele pode ser incluído sem medo a dieta, pois não engorda e não provoca o excesso de açúcar no sangue. No entanto, o consumo constante não é indicado para quem tem diabetes do tipo 2.
Redação CicloVivo