Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membros,. ativistas, poetas, escritores, produtores culturais, grupos culturais, violeiros, pensantes e os que admiram e lutam pela cultura potiguar. Cultura! A Cultura, VIVE e Resiste! "Blog do CPC/RN, notícias variadas na BASE DA CULTURA!
A INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA vêm a público se solidarizar com a Deputada Estadual Andreia de Jesus (PSOL/MG) frente às graves ameaças que tem sido vítima nos última semana em razão da sua atuação à frente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Andreia de Jesus ocupa hoje o cargo de Presidenta da referida Comissão e tem atuado de maneira exemplar na luta pela garantia de direitos para toda a sociedade mineira, com destaque para o diálogo com as demandas históricas da classe trabalhadora e setores mais vulneráveis da população de Minas, como quilombolas, comunidades indígenas e moradores e moradoras de periferia.
Tal atuação tem causado o ódio daqueles que negam o respeito universal aos direitos humanos e às condições dignas de vida para todos. Ódio que agora se manifesta por ameaças à vida, injúria e ofensas contra a deputada feita nas redes sociais.
A extrema-direita bolsonarista mais uma vez mostra sua face mais covarde, atacando mais uma liderança popular cujo trabalho é defender intransigentemente a vida e a dignidade.
Neste sentido, nós, da Intersindical, nos somamos às dezenas de entidades e movimentos em defesa do direito de lutar por direitos; o direito da companheira Andréia seguir o trabalho para a qual foi eleita.
Exigimos investigação e responsabilização dos autores de ameaças e injúrias contra a Deputada Andréia de Jesus.
Por Marcos Aurélio Ruy (Foto: Racionais MCs/Divulgação)
Nesta edição, as três canções selecionadas constam da trilha sonora do filme Marighella (2019), de Wagner Moura. E como brinde de uma memória musical, Bom Conselho de Chico Buarque, que não está no filme, mas poderia.
Essas músicas reforçam a sensação de ação e de chamamento para a resistência. Como canta Gonzaguinha (1945-1991) sobre a tentativa de apagar da história a resistência contra a ditadura (1964-1985) .
“Uma crença num enorme coração/Dos humilhados e ofendidos/Explorados e oprimidos/Que tentaram encontrar a solução/São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas/Memória de um tempo onde lutar por seu direito/É um defeito que mata” (Pequena Memória Para Um Tempo sem Memória).
Pela memória dos que tombaram em defesa da liberdade e da justiça, essas canções comovem tanto quanto levam a reflexões sobre a atualidade e a necessidade de enterrar o fascismo de vez. Mais uma vez aprecie sem nenhuma moderação e se puder assista ao filme de Wagner Moura.
Nação Zumbi
O grupo pernambucano Nação Zumbi e Chico Science (1966-1997) com seu som singular cantam que “O medo dá origem ao mal/O homem coletivo sente a necessidade de lutar/o orgulho, a arrogância, a glória/Enche a imaginação de domínio/São demônios, os que destroem o poder bravio da humanidade”.
“Modernizar o passado
É uma evolução musical
Cadê as notas que estavam aqui
Não preciso delas!
Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos
O medo dá origem ao mal
O homem coletivo sente a necessidade de lutar
o orgulho, a arrogância, a glória
Enche a imaginação de domínio
São demônios, os que destroem o poder bravio da humanidade
Viva Zapata!
Viva Sandino!
Viva Zumbi!
Antônio Conselheiro!
Todos os panteras negras, Lampião, sua imagem e semelhança
Eu tenho certeza, eles também cantaram um dia”
Monólogo ao Pé do Ouvido (1994), de Chico Science; canta Nação Zumbi
Racionais MCs
Já o grupo da periferia de São Paulo, Racionais MCs homenageia Marighella com esse rap. Suas canções têm melodias e poesias fortes, marcantes. Aqui o grupo canta que “nosso lema é unir as forças revolucionárias/(Em qualquer parte do Brasil, compatriotas de todas partes/Podem surgir dos bairros, das ruas, dos conjuntos residenciais/Das favelas, mocambos, malocas e alagados/A missão de todos os revolucionários é fazer revolução”.
“Carlos Marighella
Carlos Marighella essa mensagem é para os operários de São Paulo
Da Guanabara, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Rio Grande Do Sul
Incluindo os trabalhadores do interior
Para criar o núcleo do exército de libertação
Carlos Marighella, Carlos Marighella
Carlos Marighella (Carlos Marighella) o poder pertence ao povo
(Carlos Marighella) nosso lema é unir as forças revolucionarias
(Em qualquer parte do Brasil, compatriotas de todas partes
Podem surgir dos bairros, das ruas, dos conjuntos residenciais
Das favelas, mocambos, malocas e alagados
A missão de todos os revolucionários é fazer revolução
Cada patriota deve saber manejar sua arma de fogo
(Carlos Marighella) aumentar sua resistência física (Carlos Marighella)
O principal mesmo para destruir seus inimigos é aprender a atirar
(Carlos Marighella)
Carlos Marighella, atenção, atenção, atenção
A postos para o seu general
Mil faces de um homem leal (vamo! Oi!)
A postos para o seu general
Mil faces de um homem leal
Protetor das multidões
Três encarnações de célebres malandros
De cérebros brilhantes
Reuniram-se no céu
O destino de um fiel, se é o céu o que Deus quer
Consumado, é o que é, assim foi escrito
Mártir, o mito ou Maldito sonhador
Bandido da minha cor
Um novo Messias
Se o povo domina ou não
Se poucos sabiam ler
E eu morrer em vão
Leso e louco sem saber
Coisas do Brasil, super-herói, mulato
Defensor dos fracos, assaltante nato
Ouçam, é foto e é fato a planos cruéis
Tramam 30 fariseus contra Moisés, morô
Reaja ao revés, seja alvo de inveja, irmão
Esquinas revelam a sina de um rebelde, óh meu
Que ousou lutar, honrou a raça
Honrou a causa que adotou
Aplauso é pra poucos
Revolução no Brasil tem um nome
Vejam o homem
Sei que esse era um homem também
A imagem e o gesto
Lutar por amor
Indigesto como o sequestro do embaixador
O resto é flor, se tem festa eu vou
Eu peço, leia os meus versos, e o protesto é show
Presta atenção que o sucesso em excesso é cão
Que se habilita a lutar, fome grita horrível
A todo ouvido insensível que evita escutar
Acredita lutar, quanto custa ligar?
Cidade chama vida que esvai por quem ama
Quem clama por socorro, quem ouvirá?
Crianças, velhos e cachorros sem temor
Clara meu eterno amor, sara minhas dores
Pra não dizer que eu não falei das flores
Da Bahia de São Salvador Brasil
Capoeira mata um mata mil, porque
Me fez hábil como um cão
Sábio como um monge
Antirreflexo de longe
Homem complexo sim
Confesso que queria
Ver Davi matar Golias
Nos trevos e cancelas
Becos e vielas
Guetos e favelas
Quero ver você trocar de igual
Subir os degraus, precipício
Ê vida difícil, ô povo feliz
Quem samba fica
Quem não samba, camba
Chegou, salve geral da mansão dos bamba
Não se faz revolução sem um fura na mão
Sem justiça não há paz, é escravidão
Revolução no Brasil tem um nome
A postos para o seu general
Mil faces de um homem leal
A postos para o seu general
Mil faces de um homem leal
Nessa noite em São Paulo um anjo vai morrer
Por mim e por você, por ter coragem de dizer
Todos nós devemos nos preparar para combater
É o momento para trabalhar pela base
Mais embaixo pela base
Chamemos os nossos amigos mais dispostos
Tenhamos decisão
Mesmo que seja enfrentando a morte
Por que para viver com dignidade
Para conquistar o poder para o povo
Para viver em liberdade
Construir o socialismo, o progresso
Vale mais a disposição
Cada um deve aprender a lutar em sua defesa pessoal
Aumentar a sua resistência física
Subir ou descer
Numa escada de barrancos
A medida que se for organizando a luta revolucionária
A luta armada, a luta de guerrilha
Que já venha com a sua arma
(Atenção)
Muito obrigado Marighella pela sua participação (Carlos Marighella)
Muito obrigado Carlos Marighella
Carlos Marighella
Eh Marighella agradecemos-lhe pela sua participação para o Brasil
Que com estes princípios se pode obter as mudanças
Carlos Marighella hoje vem para falarmos a cerca da conferência da Orla
Marighella que impressões você teve da conferência
Marighella em que outro aspecto você considera importante
Entre os vários temas tratados na conferência da OLAS?
Marighella e sobre a questão da tomada do poder pelas forças revolucionárias
Também discutida na OLAS?
O que você tem a dizer a respeito?
Marighella, passando a outro ponto
Muito obrigado Marighella pela sua colaboração com o nosso programa!
Mil Faces de Um Homem Leal (Marighella, 2012), de Mano Brown; canta Racionais MCs
Gonzaguinha
Como um dos grandes nomes da MPB, o carioca Gonzaguinha mostra toda a sua força poética com esta poesia cantada de modo pujante. No filme, leva às lágrimas. Afinal são memórias “de um tempo onde lutar por seu direito é um defeito que mata”.
Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito
É um defeito que mata
São tantas lutas inglórias
São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens
São sementes espalhadas nesse chão
De Juvenais e de Raimundos
Tantos Júlios de Santana
Uma crença num enorme coração
Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas
Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetes
São braços esquecidos que fizeram os heróis
São forças, são suores que levantam as vedetes
Do teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida
Pois ela é bem mais sangue
Ela é bem mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
O grito da batalha
Quem espera, nunca alcança
Ê ê, quando o Sol nascer
É que eu quero ver quem se lembrará
Ê ê, quando amanhecer
É que eu quero ver quem recordará
Ê ê, não quero esquecer
Essa legião que se entregou por um novo dia
Ê eu quero é cantar essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta.
Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória (1981), de Gonzaguinha
Chico Buarque
Depois de publicar esta matéria no site Rádio Peão Brasil e atendendo a pedido do editor do Portal CTB, veio à memória esta canção de Chico Buarque, que não faz parte do filme, mas poderia. Um brinde aos leitores da CTB. Chico que se recupera de uma cirurgia, sempre esteve e continua na resistência ao fascismo.
“Inútil dormir que a dor não passa/Espere sentado, ou você se cansa/Está provado, quem espera nunca alcança” e a censura não percebeu.
Ouça um bom conselho, que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa Espere sentado, ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança Venha meu amigo, deixa esse regaço Brinque com meu fogo, venha se queimar Faça como eu digo, faça como eu faço Haja duas vezes antes de pensar Corro atrás do tempo, vim de não sei onde Devagar é que não se vai longe Eu semeio o vento na minha cidade Vou pra rua e bebo a tempestade Vou pra rua e bebo a tempestade Vou pra rua e bebo a tempestade
Cálculo do mínimo ideal é feito com base no
custo da cesta básica mais cara do país, entre as 17 capitais pesquisadas pelo
Dieese. Em outubro, o maior foi registrado em Florianópolis, que custou R$
700,69.
Na calada da noite de 04 de novembro e longe dos olhos da população, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou por 312 votos a favor e 144 contra, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº. 23/2021, em primeiro turno.
Conhecida como PEC dos Precatórios, a PEC 23 estabelece um limite anual para o pagamento de precatórios e possibilita o parcelamento dos valores devidos à pessoas e empresas. Na prática, a PEC é mais um do golpe do Governo Federal contra a classe trabalhadora e pode ser classificada como um calote do Executivo em quem está há anos esperando receber algo que é seu por direito.
No campo da Educação, a PEC 23/2021 vai atingir especialmente os precatórios do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que têm previsão de pagamento de mais de R$ 30 bilhões, entre os anos de 2022 e 2023, a estados e municípios que foram prejudicados com o erro de cálculo da União sobre o valor aluno ano definido nacionalmente, entre 1998 e 2006.
De acordo com o texto aprovado na madrugada da quinta-feira, os precatórios para o pagamento de dívidas da União relativas ao antigo Fundef, atual Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), ao invés de quitados em uma única vez, deverão ser pagos em três anos, em três parcelas, sendo 40% do valor no primeiro ano, 30% no segundo e 30% no terceiro ano. Consequentemente, o repasse desses valores para pagamento da remuneração de profissionais da educação básica e despesas com manutenção e desenvolvimento da educação também fica represado.
O SINTE/RN segue entendimento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e se mantém contrário à PEC 23/21. Como assegura a CNTE: “Ao propor calote aos precatórios federais de grande monta, o governo desrespeita as decisões do Poder Judiciário, afronta os detentores dos precatórios (na maioria estados e municípios) e ataca, mais uma vez, a educação pública”. Confira AQUI a Nota de Repúdio da CNTE contra a aprovação da PEC dos Precatórios.
Se o resultado da votação em 1º turno for mantido pelos/as deputados/as e encontrar coro no Senado, o governo federal vai estar autorizado a furar o teto de gastos, com liberação no orçamento para o governo Bolsonaro viabilizar o Auxílio Brasil – programa social substituto do Bolsa Família. Somado a isso, o presidente poderá gastar bilhões com emendas parlamentares pelas quais tem comprado apoio político.
A PEC 23 precisa ser derrotada no segundo turno de votação na Câmara dos Deputados. Com esse objetivo, o SINTE/RN convoca os/as trabalhadores/as em Educação para que enviem mensagens aos parlamentares potiguares e peçam para que se posicionem contrários à PEC. A mensagem pode ser enviada clicando no link: https://tinyurl.com/NAOAPEC23 .
TRAMITAÇÃO DA PEC 23
Para concluir a votação da matéria, os deputados precisam analisar e votar os destaques apresentados pelos partidos, que podem ainda mudar trechos da proposta. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avalia que a Câmara pode concluir a votação da PEC até 09/11.
Para se tornar PEC, o texto precisa de aprovação do Plenário da Câmara dos Deputados em dois turnos.
CONFIRA COMO VOTARAM OS PARLAMENTARES POTIGUARES
Pela retirada de pauta e contra a PEC 23: Natália Bonavides (PT), Rafael Motta (PSB) e Walter Alves (MDB).
Pela retirada de pauta e a favor da PEC 23: Benes Leocádio (Republicanos), Beto Rosado (PP), Carla Dickson (PROS), General Girão (PSL) e João Maia (PL).
PRECATÓRIOS
Precatórios são dívidas do governo com sentença judicial definitiva, podendo ser em relação a questões tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o poder público seja o derrotado. Em outros termos, são dívidas do Governo com pessoas e empresas que já ganharam ações na Justiça.
*Matéria com informações da CNTE e da Agência Câmara de Notícias.
Após os painéis na parte da manhã de ontem (sábado-6) teve início o debate de Situação Nacional na Reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas.
Alguns temas permearam a explanação das convidadas e convidados da mesa, assim como a intervenção de delegados(as) e observadores(as).
A compreensão de que a crise do capitalismo se aprofunda a cada dia que passa e vem combinada com a necessidade deste sistema de promover mais e maiores ataques à classe trabalhadora e ao povo pobre.
As exposições da mesa ficaram sob responsabilidade dos dirigentes da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, metalúrgico de São José dos Campos; Rejane Oliveira, educadora do Rio Grande do Sul; Regina Ávila, do Andes-SN; Nancy Galvão, educadora da rede estadual de São Paulo; e Danilo Serafim, do Sepe-RJ.
Um tema consensual que diz respeito ao sistema capitalista é a forma como os governos do mundo lidam com a pandemia. Nancy criticou os EUA ao terem descartado recentemente 15 milhões de vacinas o que daria para vacinar milhões de pessoas em países africanos onde muitos vacinaram 1% da população apenas e resgatou a presença da pandemia no mundo. “É muito importante marcar que a pandemia segue na conjuntura mundial e nacional e entre os cinco milhões de mortos e 250 milhões de infectados, existem os órfãos e sequelados, a maioria da classe trabalhadora”, lamentou.
“No Brasil, os números oficiais que indicam mais de 600 mil mortos de covid-19 é baseado em subnotificação, na verdade, podemos ter atingido 1 milhão de mortos”, chamou atenção Mancha em sua exposição lembrando que isso não sensibilizou o governo de ultradireita de Jair Bolsonaro.
Neste marco da crise capitalista que tem se aprofundado em todo o mundo, as debatedoras Rejane e Regina apontaram números contundentes que indicam os resultados da política de Bolsonaro que tem levado o maior país da América do Sul a uma situação de barbárie.
Ambas as dirigentes expuseram o número da fome no Brasil, que avança e atinge, em dois anos, mais nove milhões de pessoas. Basearam-se no levantamento mais recente da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional que aponta que no total 19,1 milhões pessoas, ou seja 9% da população brasileira, estão nessa situação.
Também apontaram o índice de desempregados no Brasil cujo patamar atinge 14,6%, ou seja 14,8 milhões de brasileiros e brasileiras segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Além disso, muitos do que têm empregos estão no setor informal (40,6%) ou subempregados. A sub ocupação – o desemprego por insuficiência de horas trabalhadas – alcançou o recorde de 7,5 milhões de pessoas no mesmo período.
Rejane, que analisou o governo Bolsonaro com características de fascismo, chamou atenção para o desprezo com os direitos humanos e extermínio do povo pobre. “Extermínio do povo pobre é característica do fascismo e está marcada neste governo por meio do extermínio, da matança dos povos indígenas, pela fome e miséria imputada ao povo e também o feminicídio”, salientou.
Regina acrescentou que dos mais de 14 milhões de desempregados a maioria é do povo negro e mulheres e que 66% das mulheres assassinadas no Brasil são negras e salientou o aumento dos ataques aos povos indígenas. “Vivemos uma situação de guerra e barbárie”, foi definido duas palestrantes, Regina e Rejane.
Para a qual Rejane acrescentou: “Isso indica que o Brasil passa por uma das maiores crises econômica, social e sanitária, e esse governo utiliza o militarismo, a força e a violência para atacar a classe trabalhadora”.
Danilo lamentou a situação do país. “Pessoas revirando caminhão de lixo pra comer e cada dia mais pessoas moram nas ruas”.
Atuação e lutas
A tentativa de aprovação da PEC 32, a reforma administrativa, também foi abordada pelos debatedores como um reflexo da política do governo Bolsonaro em destruir os serviços públicos para a população que dele necessita ao querer transferir tais serviços para o setor privado.
Mancha abordou tais ataques contra a classe e o povo pobre como parte da “dominação e rapina” do sistema capitalista que tem se expressado fortemente na economia brasileira por meio da destruição dos serviços públicos, acrescentando mais alguns ataques: “a desindustrialização crescente, privatizações; profundos ataques nas relações trabalhistas, no trato com a natureza e nas liberdades democráticas”, salientou.
O dirigente, assim como os outros debatedores, apontou a necessidade da luta de classes para derrubar o governo Bolsonaro e Mourão e o capitalismo. Contudo, na realidade atual do país apontou que há contradições no movimento por Fora Bolsonaro. “Houve um crescente desgaste do governo, mas esse evento não conseguiu ampliar a participação de setores da classe que trabalhadora nas manifestações”. Mancha justificou que parte dessa situação se deve aos atos terem se transformado em atos eleitorais “porque conjunto das direções trabalha na perspectiva de 2022”, justificou.
Mancha reforçou a atuação da CSP-Conlutas em unidade de ação com as mais diversas entidades, organizações e movimentos para s lutas que ocorreram e salientou o programa emergencial provado no início da pandemia. “Apresentamos um programa de emergência que partiu da necessidade imediata da classe trabalhadora com exigência de emprego, salários e direitos; contra as opressões e a defesa do planeta apontando uma alternativa ao sistema capitalista”, assegurou.
Também consensual é a participação da Central e a batalha pela luta na campanha para derrubar Bolsonaro sem esperar a eleição de 2022 e para isso, a Central defenderá em cada fórum e amplo movimento que participa.
Foi indicado como centralidade da organização para das mobilizações o próximo 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, que para além do peso na luta contra o racismo, levantar as bandeiras da classe trabalhadora contra o aumento de preços, da fome e do desemprego, como defender salários e direitos e exigir fora Bolsonaro e Mourão.
Danilo propôs unidade de ação com o movimento Povo na Rua e a com FNL (Frente Nacional de Luta – Campo e Cidade) com a qual a Central já vem preparando a Marcha pela Reforma Agrária em São Paulo, que parte de Sorocaba no dia 9 de novembro, caminhando até a capital paulista.
As explanações dos(as) convidados(as) e fechamento da mesa expressaram os temas que foram debatidos em plenário virtual e que preocupam as entidades e movimentos que compõem a Central para que tirem política e organizem os trabalhadores.
Fome, miséria, desemprego, violência contra negras e negros, povos indígenas e LBGTIs; aumento do feminicídio; a lata de preços do gás de cozinha, combustíveis e alimentos; os despejos que vêm ocorrendo; a destruição da Amazônia; os ataques à classe trabalhadora e a precarização do trabalho. Todos esses temas foram incorporados na fala dos 49 inscritos sorteados para o tempo previamente estipulado para o debate.
A crítica às Centrais Sindicais foi generalizada por não conduzirem à altura a luta pela necessidade da classe, capitulando ao calendário eleitoral, principalmente por não convocar uma Greve Geral que possa fortalecer a mobilização para derrubar Bolsonaro e Mourão, já.
Diante disso, a CSP-Conlutas defenderá um novo dia nacional de manifestações em dezembro para que se feche o ano reforçando a mobilização para derrubar este governo, assim como manterá a defesa da Greve Geral na base das categorias e movimentos.
A Central também participará do dia 8 de novembro quando terá mobilização nacional das servidoras e servidores público contra a PEC 32, assim como organizará e participará de atividades preparadas para 15 de novembro, data desmarcada pela campanha Fora Bolsonaro para nova mobilização.
O Palácio do Governo, em Natal-RN, foi tombado por sua importância cultural.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Palácio do Govêrno, à Praça Sete de Setembro
Outros Nomes: Palácio Potengi
Localização:Praça Sete de Setembro – Natal – RN
Número do Processo:758-T-1963
Livro do Tombo Histórico:Inscr. nº 383, de 11/06/1965
Uso Atual:Governo Estadual do Rio Grande do Norte
Descrição: Atual Pinacoteca do Estado/Palácio da Cultura. Em meados do século XIX, funcionavam no local a Assembleia Legislativa, no andar superior, e a Tesouraria Provincial, no andar térreo. Construído em estilo neoclássico, entre 1866 e 1873.