Postagem em destaque

FIQUEM LIGADOS! TODOS OS SÁBADOS NA RÁDIO AGRESTE FM - NOVA CRUZ-RN - 107.5 - DAS 19 HORAS ÁS 19 E 30: PROGRAMA 30 MINUTOS COM CULTURA" - PROMOÇÃO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

terça-feira, 26 de julho de 2022

Julho das Pretas: importância do movimento para a sociedade brasileira

 

POR QUE JULHO?

Em julho de 1992, foi realizado o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Caribenhas pela ONU. A partir de então, o dia 25 de julho tornou-se o Dia Internacional da Mulher Negra Afro-Latino-Americana e Caribenha, como também o Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra, em homenagem à líder que comandou a luta do Quilombo de Quariterê, no século 18.

A primeira edição do Julho das Pretas, um movimento com o objetivo de fortalecer a ação política das mulheres pretas nas esferas da sociedade brasileira, ocorreu em 2013. Desde então, todos os anos, evidencia pautas relacionadas à superação da desigualdade de gênero e raça. 

JULHO DAS PRETAS 2022

Na 10ª Edição do Julho das Pretas de 2022, o tema central é “Mulheres Negras no Poder, Construindo o Bem Viver”, contando com 427 atividades promovidas por mais de 200 organizações de mulheres pretas, em 18 estados brasileiros. 

Após dois anos de atividades virtuais, o movimento retornará suas atividades presenciais e participará de diversos atos e manifestações pelo Brasil. Além disso, a edição deste ano também marca 10 anos de realização do Julho das Pretas e 30 anos da declaração do dia 25 de julho, como o Dia Internacional da Mulher Negra Afro-Latino-Americana e Caribenha. 

EDIÇÕES ANTERIORES JULHO DAS PRETAS 

Durante os anos de pandemia, por exemplo, o movimento Julho das Pretas colocou em evidência o agravamento da situação de vulnerabilidade de mulheres pretas. Segundo dados do IBGE, 6,4 milhões de homens e mulheres pretos perderam seus empregos, em comparação a 2,4 milhões de brancos, entre o primeiro e segundo semestre de 2020. 

Além disso, o auxílio emergencial que deveria amenizar os problemas gerados pelo desemprego e poucas possibilidades de renda para este grupo, que possuía oportunidades majoritariamente presenciais, como trabalho doméstico e informalidade – estando mais expostos ao vírus, apresentou diversas dificuldades de acesso, cadastramento e até a diminuição do valor. “Diminuiu porque não tem mais como se endividar”, justificou o atual presidente Jair Bolsonaro, a respeito da redução, em 2021. 

O Julho das Pretas então, apresentou-se como uma estratégia de organização e fortalecimento para enfrentar estruturas sociais e históricas, que refletem estas desigualdades na trajetória de vida das mulheres pretas. 

A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO JULHO DAS PRETAS

O Julho das Pretas é um movimento que garante um espaço de luta e fala para as mulheres pretas na sociedade brasileira. Sua agenda de atividades resgata as participações sociais e históricas destas mulheres, de forma a terem contribuído para o cenário político, acadêmico, cultural, entre outros. 

As duas datas comemorativas no mês de julho marcam a importância de existir uma agenda anual não só para comemoração, mas também luta e discussão que garantam ações afirmativas de empoderamento de mulheres pretas, visando concretizar o seu desejo de chegar onde quiserem e livres das amarras históricas de desigualdade e vulnerabilidade. 

Fonte: UBES

Nota de Repúdio: Presidente anuncia Golpe de Estado

 

A Intersindical Central da Classe Trabalhadora vêm a público REPUDIAR o conteúdo explicitamente GOLPISTA do pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro, proferido no dia 18 de julho de 2022, em reunião convocada pelo mesmo junto aos embaixadores e representantes diplomáticos de diversos países.

O discurso de Bolsonaro apresentou uma lista de 19 alegações contra a legitimidade do sistema eleitoral, em especial atacando a lisura do voto eletrônico. O presidente realiza um espetáculo de “fake news”, com a apresentação inclusive de recortes de notícias e vídeos, retirados do seu contexto, ou marcadamente sensacionalistas.

Todas alegações já foram refutadas, ao seu tempo, por órgãos como o TSE e o TCU, ou nunca foram comprovadas por nenhuma fonte confiável ou outro meio de provas, conforme indica a Nota de Ilícito Eleitoral (19/07/22) elaborada por representantes do Ministério Público Federal.

No entanto, o pronunciamento do presidente não se trata exclusivamente de um crime eleitoral, mas do anúncio de um golpe de estado em marcha. Ao questionar antecipadamente a legitimidade do processo eleitoral e atacar membros do TSE, STF e o ex-presidente Lula – candidato na dianteira nas intenções de votos para as eleições deste ano – Bolsonaro pretende criar as condições para questionar o resultado das urnas e com isso impedir uma provável transição de governo no próximo.

O mau desempenho nas pesquisas de intenção de voto, inclusive com a possibilidade de derrota ainda no primeiro turno para o ex-presidente Lula, leva Bolsonaro a apostar em uma ruptura com a legalidade, e transitar, de maneira efetiva, no campo do golpe de estado.

Em seu discurso, deixa evidente a estratégia golpista que está em curso, que pode ser descrita em três táticas combinadas: 1) deslegitimação do sistema de votação e as autoridades responsáveis pelas eleições; 2) introdução das Forças Armadas como avalista do processo eleitoral, contrariando explicitamente a Constituição Federal; 3) retirada o foco do debate eleitoral, evitando uma avaliação sobre seu governo e a crise, e colocando a legitimidade do processo eleitoral como centro da discussão.

Com isso, o presidente prepara sua base de apoio social e política para uma disputa não apenas eleitoral, mas de regime. Se o seu chamado surtir efeito, e não encontrar resistência à altura, as manifestações por ele convocadas para o dia 31 de julho, mas sobretudo para o 7 de setembro serão o sinal para interromper o processo eleitoral.

Fonte: INTERSINDICAL

Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

 

Desde 1992 o dia 25 (ontem) de julho se transformou em um marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. A data foi criada a partir do primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana.

Este dia busca dar visibilidade às situações de desigualdade racial e de gênero, ao mesmo tempo em que viabiliza o fortalecimento das muitas lutas das mulheres negras seja contra o racismo, o sexismo, a discriminação de classe, o preconceito ou mobilizando ações que fortalecem e resgatam organizações e grupos de resistência.

Festa e luta

Para a militante dos movimentos sociais e fundadora do Movimento Nacional dos Quilombos, Givânia Silva, é necessário pensar no dia 25 de julho como um marco referencial e transformador para as mulheres negras. “Existe um enorme déficit entre as demais populações e as mulheres negras, existe um acúmulo de prejuízos causados por um mal que ainda não vencemos, o mal do racismo que se fortalece muito com as ações do machismo. É importante dizer que o racismo é estruturador, ele avassala, elimina, mata, e nós mulheres negras somos o alvo principal dessa ação nefasta. Por isso celebramos o dia de hoje não apenas como festa, mas como reflexão do que tem sido a vida das mulheres não só no Brasil, mas no mundo, principalmente nos países que foram colonizados e sofrem os efeitos dessa ação que ainda se faz muito presente”, constata.

Machismo e violência

Ao falar sobre as urgências que se apresentam como lutas para as mulheres negras no Brasil, Givânia Silva destaca a questão da violência. “Aqui no Brasil nós mulheres negras atuamos em várias frentes, minha atuação tem sido junto às mulheres quilombolas, mas reconheço que existe uma questão que une todas nós mulheres negras que é a questão do machismo e da violência que vem matando mulheres todos os dias, não é possível aceitar que todos os dias morram tantas mulheres em cada lugar desse nosso país vítimas das ações do machismo ou do racismo. A maior parte desses crimes ficam em pune, então mais do que qualquer outra bandeira, que também são importantes para a vida das mulheres, nós precisamos pensar o quanto elas estão sendo vítimas do feminicídio”.

O Mapa da Violência 2015  mostra que a taxa de assassinatos de mulheres negras aumentou 54% em dez anos, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013.

Processo histórico

Ao longo do processo histórico não é difícil constatar que as mulheres negras sofrem de forma mais severa os impactos da cultura machista e da ordem global econômica injusta que continua tratando mulheres negras com discriminação à medida que não discute e não aplica critérios justos no âmbito salarial, nas oportunidades de emprego ou no acesso à educação de qualidade.

No contexto atual que revela a situação de violência que as mulheres, e de modo especial, as mulheres negras enfrentam, grupos, instituições e coletivos seguem trabalhando em um conjunto de ações para divulgar e denunciar essa dura realidade que persiste no decorrer dos séculos em toda América Latina e Caribe, como lembra Givânia Silva: “Nos últimos anos o Brasil, por exemplo, conseguiu diminuir alguns indicadores importantes como os da fome e da miséria, que agora se encontram novamente ameaçados, mas não conseguiu diminuir os indicadores alarmantes do número de mulheres que morrem vítimas da violência doméstica, principalmente”.

Tereza de Benguela: Uma mulher que tornou-se símbolo de liderança, força e luta pela liberdade.

A partir da lei  Lei nº 12.987/2014, no Brasil celebramos também em 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma importante líder quilombola que viveu durante o século 18. Casada com José Piolho, negro que chefiava o quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, assumiu o comando da comunidade revelando-se uma grande  líder após a morte do marido.

Por Jucelene Rocha / Assessoria de Comunicação Cáritas Brasileira

Fonte: Portal BRASIL CULTURA

25 de Julho Dia Nacional do Escritor (ONTEM)

O 25 de julho (ONTEM) foi definido como dia nacional do escritor por decreto governamental, em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado naquele ano pela União Brasileira de Escritores, por iniciativa de seu presidente, João Peregrino Júnior, e de seu vice-presidente, Jorge Amado.

Escrever pode ser um ofício, um passatempo, uma forma de desabafo, uma manifestação artística.

A escrita tem várias funções dentro da linguagem e o verdadeiro escritor é aquele que sabe utilizar-se de cada uma destas funções para atingir seu objetivo, seja ele informar ou encantar quem o lê.

Antes do século VI a.C., as grandes narrativas eram passadas oralmente. Desde a invenção da escrita, essas histórias puderam ser repassadas e permanecer na história em sua forma inicial, já que o discurso oral sempre apresentava variações (basta lembrar do ditado: “quem conta um conto aumenta um ponto”).

Assim, temos registros de grandes escritores da Antigüidade, da Idade Média, do Renascimento… e, graças a eles, temos escritos históricos de épocas remotas; ficções de fadas e dragões medievais; mitos e lendas antigos; tratados de medicina e alquimia; compêndios de estudos filosóficos e religiosos.

O escritor convence graças ao poder de sua paixão pela palavra, e não prioritariamente pela paixão que dedique a uma causa.

Ou melhor, a sua causa sempre foi e será a palavra, caminho e céu de todas as causas. E de todas as paixões.

O texto literário nasce das mãos do escritor. No dia do escritor comemoramos a solidão diante da palavra, a verdade, o medo, a alegria, o amor indizíveis de só saber escrever.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA