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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Quase seis décadas de compromisso, mas a luta anticolonial persiste – Por Moara Crivelente

khaled
Há 56 anos, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a histórica “Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais”, almejando encerrar o capítulo vergonhoso de uma história de opressão, dominação e subjugação. Casos como o do Saara Ocidental, da Palestina e de Porto Rico continuam pendentes, porém, não sem obstinada resistência, respaldada por movimentos anticoloniais e anti-imperialistas construídos nessa luta.
Em 14 de dezembro de 1960, a Assembleia Geral da ONU adotou a Resolução 1514 (XV) para declarar politicamente o direito dos povos à autodeterminação e à independência. Em pleno século 21, entretanto, nos vemos confrontados com as remanescências anacrônicas do colonialismo, ainda que travestido de outros estatutos.
Em 1960, a ONU admitia 19 novos Estados membros e, pouco antes da Declaração, em 1955, eram 16 os novos países acolhidos, num processo acelerado de descolonização. Também em 1955 acontecia a histórica Conferência de Bandung entre 29 países asiáticos e africanos, na Indonésia. Líderes e movimentos de libertação nacional reuniam-se para afirmar a continuidade e a expansão da luta dos povos sob dominação estrangeira.
Nasce neste processo, em 1961, o Movimento dos Não Alinhados – hoje composto por mais de 100 países – que a terminologia hegemônica durante a Guerra Fria taxou de “descomprometido”. Já em janeiro de 1966, a Conferência Tricontinental reuniu mais de 700 participantes – entre delegados e convidados de cerca de 80 países – em Havana, onde nasceu a Organização de Solidariedade com os Povos da Ásia, da África e América Latina (OSPAAAL).
Entre os objetivos está uma transformação do sistema que promoveria também uma nova ordem internacional, rejeitando os avanços neocoloniais e imperialistas que ainda hoje ameaçam países independentes. A luta anticolonial e anti-imperialista é, por isso, extremamente atual, guiada pela defesa da soberania popular e nacional contra as investidas e a dominação estrangeiras e respaldada pela solidariedade internacionalista na luta por emancipação.
Nomes como o de Frantz Fanon, da Martinica, Mehdi Ben Barka, do Marrocos – coordenador da Conferência Tricontinental, mas que foi assassinado antes da sua realização –, Ahmed Ben Bella, primeiro presidente da Argélia independente, Amílcar Cabral, da Guiné-Bissau, Patrice Lumumba, que se tornaria o primeiro-ministro da República Democrática do Congo, e o do próprio Che Guevara, entre outros, ficaram marcados na história da luta anticolonial e da perseguição que matou muitos deles.
A Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais é um pilar de diversas ações no seio da própria ONU que afirmam rejeição à persistência da situação da Palestina, do Saara Ocidental e de Porto Rico, entre outros, servindo de referência também ao reconhecimento do direito dos povos de resistir à colonização e à ocupação estrangeira.
Por exemplo, em 1975 o Tribunal Internacional de Justiça emitiu uma Opinião Consultiva sobre o Saara Ocidental, com base na Declaração de 1960, para concluir, após exame aprofundado, que nem o Marrocos nem a Mauritânia tinham “perdido” o território quando da colonização espanhola para justificar sua reivindicação a despeito da vontade e do direito do povo saráui à autodeterminação, após a retirada da Espanha. Até hoje, entretanto, o Reino do Marrocos segue ocupando o território e o Saara Ocidental segue sendo a última colônia africana lutando pela autodeterminação através da realização de um referendo desde então impedido pela ocupação marroquina.
Além disso, o Comitê Especial da ONU sobre a Descolonização já aprovou mais de 30 resoluções a respeito da situação de Porto Rico, ainda hoje sob colonização estadunidense. Em junho de 2016, o Comitê voltou a instar os EUA a promover novas consultas sobre a autodeterminação do povo porto-riquenho, a reavaliar a prática e o estatuto de território autônomo conferido a Porto Rico e a libertar Oscar López Rivera, que está há 35 anos encarcerado por lutar pela independência do seu país. O Comitê requisitou ainda que a Assembleia Geral da ONU considere a questão, de forma mais abrangente.
Diversas resoluções também reconhecem o direito dos povos sob ocupação à resistência e à luta por libertação, inclusive armada. Uma resolução de 29 de novembro de 1974, por exemplo, “reafirma a legitimidade da luta popular por libertação da dominação colonial e da subjugação estrangeira através de todos os meios possíveis, inclusive a luta armada”, além de condenar “firmemente todos os Governos que não reconhecem o direito à autodeterminação e independência dos povos sob dominação colonial e subjugação estrangeira, notavelmente os povos da África e o povo palestino.”
Em 1969, porém, o conhecido advogado argelino Jacques Vergès, que tentava defender os comandos palestinos após os ataques contra a companhia aérea israelense El Al, envolvida na logística de operações militares, mostra-se cético quanto ao vigor de um direito cuja natureza servia à proteção dos interesses dos detentores do poder. Como ele, o palestino Ghassan Kanafani rejeita o “moralismo burguês” e adere ao ceticismo em uma entrevista à New Left Review, em 1975, quando a resistência armada parecia ser a única possibilidade.
Um dos legados da luta anticolonial, entretanto, é o uso do direito internacional para a promoção da soberania e da autodeterminação e também da legitimidade da resistência, direitos consagrados em diversos instrumentos, como os mencionados acima. A Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais é um deles, conquistado justamente por causa da mobilização anticolonial, e fica evidente a sua atualidade.
C/ Blog eduagreste.blogspot.com

A importância do negro na sociedade brasileira

 Fotos Google


  1. 1. A Importância do Negro na Sociedade Brasileira Quando recebemos no Brasil este povo maravilhoso, não sabíamos da sua grande importância e contribuição para todos os setores da economia, da cultura, da religião, das artes, da política e tantos outros. O continente Africano com sua grande diversidade cultural vê-se intensamente ligado à cultura brasileira, uma vez que recebemos neste país cerca de cinco milhões de negros africanos, que através da sua alegria e seu jeito de ser conseguiram produzir uma geração de pessoas alegres, mulatas lindas e um povo que de toda dificuldade tira uma lição de vida e se fortalece ainda mais. Os africanos que aqui checaram prezam muito a moral e a assemelham à religião, valorizam as tradições familiares, a natureza e o semelhante, para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, pestes, doenças, morte, etc. A influência do negro apesar de não ser aceita em muitas regiões foi automaticamente se implantando e sendo incorporada ao dia-dia da nação, contribuiu principalmente nos setores: -Religião: candomblé - usam para adorar seus orixás; as expressões corporais, a dança, os tambores, batuques, atabaques, adornos, sacrifícios de animais ao som de cânticos; -Capoeira: durante a escravidão era utilizada como forma defensiva, já que não tinham acesso a armas; -Culinária: acrescentou aos costumes indígenas e aos produtos naturais da terra o leite de coco, óleo de palmeira, azeite de dendê, a pimenta e até a feijoada feita a partir dos restos do boi ou do porco. Nas fazendas brasileiras, apesar da maioria executar o trabalho braçal nas lavouras, sendo os únicos trabalhadores a movimentar toda a economia, alguns deles executavam trabalhos domésticos, serviam como reprodutores e até amas de leite. As mulheres raramente se casavam com coronéis, e acabavam influenciando nas decisões políticas dos vilarejos. Os quilombos na sua maioria eram auto-suficientes, produzindo a agricultura de subsistência, tecidos, utensílios de barro, remédios naturais (a maioria desses conhecimentos trouxeram da sua terra natal). Era importante para os colonizadores, divulgar que os africanos não possuíam almas, sendo assim também não possuiriam hábitos, costumes e cultura. Quem não possui cultura, não possui história conseqüentemente não existe, facilitando muito sua escravização. Se este fato cruel não houvesse ocorrido com certeza seríamos uma nação muito mais rica e avançada em todos os sentidos. De maneira geral, tanto na época colonial como durante o século XIX a matriz cultural de origem europeia foi a mais valorizada no Brasil, enquanto que as manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas. Assim, as religiões afro-brasileiras e a arte marcial da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas. Entretanto, a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX. Posteriormente, o governo da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo nas quais a cultura afro-brasileira encontrou caminhos de aceitação oficial. Por exemplo, os desfiles de escolas de samba ganharam nesta época aprovação governamental através da União Geral das Escolas de Samba do Brasil, fundada em 1934. Outras expressões culturais seguiram o mesmo caminho. A capoeira, que era considerada própria de bandidos e marginais, foi apresentada, em 1953, por mestre Bimba ao presidente Vargas, que então a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional". A partir da década de 1950 as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuíram e a Umbanda passou a ser seguida por parte da classe média carioca[1] . Na década seguinte, as religiões afro- brasileiras passaram a ser celebradas pela elite intelectual branca
  2. Resultado de imagem para IMAGEM DA FEIJOADA
    Feijoada uma tradição trazida pelos nossos irmãos negro
  3. 2. Culinária A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas. A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos típicos como acarajé, vatapá e moqueca. Estes pratos são preparados com o azeite-de-dendê, extraído de uma palmeira africana trazida ao Brasil em tempos coloniais. Na Bahia existem duas maneiras de se preparar estes pratos "afros". Numa, mais simples, as comidas não levam muito tempero e são feita nos terreiros de candomblé para serem oferecidas aos orixás. Na outra maneira, empregada fora dos terreiros, as comidas são preparadas com muito tempero e são mais saborosas, sendo vendidas pelas baianas do acarajé e degustadas em restaurantes e residências. Música e dança A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos. A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe. Como aconteceu em toda parte do continente americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais. Instrumentos afro-brasileiras: Afoxe, Agogô, Atabaque, Berimbau, Tambor Multiculturalismo no Brasil é a mistura de culturas. Trata-se da miscigenação dos credos e culturas que ocorrem no Brasil desde os tempos da colonização. E uma das principais características da cultura brasileira é esta diversidade. O processo imigratório teve grande importância para a formação desta cultura. O Brasil incorpora em seu território culturas de todas as partes do mundo. Podemos dizer que este processo de imigração começou em 1530 quando os portugueses deram início à colonização do Brasil. Os primeiros imigrantes não-portugueses que vieram para o Brasil foram os africanos, que eram utilizados como escravos nas lavouras de café. Graças ao rápido desenvolvimento das plantações de café, esta colonização intensificou-se a partir de 1818, quando para cá vieram imigrantes de fora de Portugal à procura de oportunidades. Vieram suíços, alemães, eslavos, turcos, árabes, italianos, japoneses, entre outros. O caso brasileiro é bem mais complexo, porque aqui se desenvolveu um processo colonizador cuja característica fundamental foi a mestiçagem cultural. A riqueza cultural e étnica do país não é levada em consideração no quotidiano, tendendo ao estereótipo e à disseminação de preconceitos. O Brasil é um país de raízes mestiças, e que não constitui historicamente minorias. Deveríamos estar abertos às diferenças que faz do povo brasileiro um povo tão misto em nossas heranças culturais. É nesta pluralidade e na diversidade dos brasileiros que se pode construir o presente e perseguir o sonho do futuro possível.
  4. Fonte: http://www.slideshare.net/luanareverti/a-importncia-do-negro-na-sociedade-brasileira

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CIDADANIA:A importância de conhecer a diversidade cultural brasileira

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Sugerido por João 

Do Jornal do Brasil, 19/05/2014
 
 
Gilmar Silvério*
 
Para um país como o Brasil, em que a diversidade cultural é imensa, pode parecer estranho quando se fala na história dos nossos antepassados. Ainda mais se pensarmos na forma como ocorreu a formação da nossa sociedade, a partir das influências recebidas dos diferentes ciclos migratórios.
 
Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade.
 
A despeito da visão europeia, que ainda é predominante nos livros didáticos e paradidáticos, há outra corrente que defende que a história da humanidade seja contada com base em outros relatos e visões de mundo. Nesse sentido, existe uma legislação federal que torna obrigatório o ensino nas escolas da cultura afro-brasileira e indígena. Essa lei, que acaba de completar dez anos, infelizmente ainda é pouco conhecida. Compete a nós, militantes e especialistas da área de educação, colocarmos isso em prática.
 
Como exemplo, podemos citar o que ocorre em Santo André, na região do ABC paulista. No final de 2013, teve início a capacitação sobre cultura indígena para os professores de educação física da rede municipal de ensino. O objetivo é fazer com que o docente passe a utilizar em suas aulas as danças, os jogos cooperativos e as brincadeiras oriundas dessa tradição.
 
Trazer essa visão de mundo para os alunos é importante para se perceber como a influência desse povo se faz muito presente no nosso dia a dia. Para ficar em um só aspecto, vale mencionar o hábito do banho diário. Sem falar nas centenas de palavras e termos de origem indígena que usamos para nos expressarmos.
 
Essa percepção, que por vezes passa despercebida face ao contexto globalizado em que vivemos, é fundamental para mostrar às nossas crianças e jovens a riqueza da cultura e da tradição dos primeiros habitantes do nosso país.
 
Ao oferecer essa possibilidade aos alunos, estamos contribuindo para resgatar o papel dos índios na formação do Brasil. Serve, ainda, para evitar possíveis percepções preconceituosas em relação a esse povo, que deve ser reverenciado pelas inúmeras contribuições que, hoje, se encontram naturalmente incorporadas ao nosso cotidiano. Significa também dar à cultura indígena o devido protagonismo que ela tanto merece.
 
* Gilmar Silvério, professor da rede estadual de ensino, é secretário de Educação de Santo André, SP. -  gilmar_silverio@hotmail.com.