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sábado, 25 de abril de 2020

SAÚDE LGBT+ Dignidade humana: uma herança necessária para o pós-coronavírus

A pandemia do coronavírus. Foto: AFP

A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS - FOTO APP

A pandemia acelerou uma crise anunciada: a sociedade mercadológica nunca deu conta das necessidades humanas mais essenciais

A covid-19 apresentou a todos os que habitam este pequeno planeta azul uma importante convocação: do dia para noite, a vida passou a ser “o foco” de atenção da espécie humana. Negros, brancos, homens, mulheres, homossexuais, heterossexuais, transgêneros, cristãos, judeus, muçulmanos, abonados e desfavorecidos. Todos atentos aos noticiários, às redes sociais, de olho nas estatísticas epidemiológicas do novo coronavírus.
O medo da morte, seja pela contaminação ou seja pela fome, parece ter deixado para segundo ou terceiro plano as diferenças decorrentes das diversidades… Será? Onde estão as tenebrosas notícias sobre feminicídio? O homicídio monstruoso de transgêneros? Não lhes roubam mais a vida? Onde estão os que lhes condenam à morte? Em isolamento social ou atuam ainda mais livremente sob o lusco-fusco desses dias que amanhecem para o pesadelo?
Provavelmente só saberemos ao certo mais à frente, mas enquanto isso talvez valha a pena aproveitarmos o tempo presente, esse tempo com o qual não contávamos, para nos provocarmos e exercitarmos a bem-aventurada faculdade humana de refletir sobre as grandes e profundas mudanças que as contingências atuais impõem.
Em um piscar de olhos, tivemos que mudar a forma como nos relacionamos com o tempo e o espaço, dimensões nas quais nos inscrevemos existencialmente. Muitas urgências de prazo desapareceram como por encanto; a casa onde habitamos, por mais simples que seja, transformou-se no lugar ideal, porque não há pedaço de chão no mundo que controlemos melhor. E assim instalou-se, na mais própria de nossas realidades, a maior de todas as novidades: a necessidade de aprender a viver uma vida completamente diferente.
Sim, porque o futuro ainda é incerto! Quando findará esse tempo de isolamento social? Alguém sabe? A despeito da disponibilidade de leitos de UTI das últimas semanas, os óbitos no Brasil – e em vários países do mundo – têm subido obstinadamente compondo gráficos eloquentes. Os caminhões frigoríficos que começam a aparecer na cena hospitalar brasileira são contundentes!
COM A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS, DO DIA PARA NOITE, A VIDA PASSOU A SER “O FOCO” DE ATENÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA (FOTO: GUILHERME GANDOLFI/FOTOSPÚBLICAS)
Até que surja uma vacina ou tratamento efetivo, teremos que buscar, com o melhor de nossos esforços, não nos contaminarmos para, inclusive, não contaminarmos o próximo. É exatamente nessa perspectiva sanitária e moral que se instaura a necessidade de aprendermos uma nova maneira de nos relacionarmos com o “outro”, em todos os sentidos.
Nesse terreno certamente desconhecido para todos, há caminhos já percorridos pela população LGBT. Para começar, é provável que a palavra “diferente” assuste menos. Desde a mais tenra idade, muitos tiveram que aprender a lidar com o fato de não serem iguais à maioria.
É possível que transgêneros intimados pela vida a transcender o próprio corpo, na expressão do amor, possam agora nos ensinar a mantermo-nos afetivamente conectados, apesar da ausência física; LGBTs que são HIV positivo talvez possam nos ensinar como é suportar a dor de ser visto como um vetor de contaminação. É bastante razoável supor que pessoas que, pela falta de configurações familiares modelares, e que tiveram que enfrentar o medo da solidão, tenham agora maior sensibilidade e conhecimento para ajudar aqueles que, apesar de terem família, encontram-se absolutamente sozinhos.
É que foram e são muitos os casamentos engendrados pelas conveniências, pavimentados pelos reforçadores sociais. Deram origem a verdadeiras prisões domiciliares: as pessoas sofrem porque não tiveram tempo e nem oportunidade de aprender sobre si mesmas, de identificar suas reais necessidades; pouco sabem de si e quase nada do outro. Acreditaram nas promessas de felicidade da sociedade de consumo, operam segundo essa lógica e esperam de suas relações conforto, prazer e status.
A pandemia atual acelerou, a meu ver, uma crise já anunciada por Zygmunt Bauman. Os modelos de relação “propostos” pelas sociedades mercadológicas nunca deram conta das necessidades humanas mais essenciais. Antes resultaram numa busca frenética por sucedâneos e valores cujos objetivos são sedar a dor fantasma de uma autoestima culturalmente amputada.
Nestes dias em que carros caros e baratos encontram-se igualmente parados nas garagens, roupas finas vestem os armários, hotéis luxuosos estão vazios e restaurantes requintados fechados, ricos e pobres acompanham atentos aos noticiários igualmente temerosos de adoecerem e não terem um leito de UTI para se recuperarem. O medo do futuro parece ter se tornado mais democrático e, como num passe de mágica, uniu a todos na mesma expectativa. Momento raro!
Posto que, segundo Bonder, a tradição tem compromisso com o passado e suas prescrições, aqueles que, vendo-se forçados, rompem com os modelos para continuar vivendo, fazem, sem saber, um pacto com o futuro e suas promessas: o porvir e a evolução.
Essa será a geração que herdará a terra pós-coronavírus: um povo que independentemente de qualquer coisa saberá reconhecer a dignidade da vida humana, de todos e de cada um; que saberá estabelecer uma escala de valores mais humana, mais ética, mais respeitosa; que saberá se relacionar melhor com a natureza; que não apenas saberá aceitar a diversidade, mas se dará conta da sua necessidade e se disporá a aprender com ela. Oxalá estejamos entre eles!
Fonte: Carta Capital

Brasil fica de fora da aliança da OMS para uma vacina contra o coronavírus

Foto: ONU / Jean-Marc Ferré
A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou, nesta sexta-feira (24), um encontro com lideranças mundiais para formar uma nova aliança em relação à descoberta e distribuição de medicamentos e vacina contra o novo coronavírus. O Brasil, contudo, não participou do evento.
Segundo a coluna de Jamil Chade, do Uol, parte do governo brasileiro sequer sabia sobre a reunião, sendo que o país já foi líder na discussão de medicações e tratamentos.
O evento foi coordenado pela OMS e liderado pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Além disso, contou com a presença de personalidades como Bill Gates, representantes de empresas de farmácia mundiais, lideranças de diversos países e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A reunião determinou o compromisso de que qualquer vacina ou tratamento descobertos ao redor do mundo seriam motivo para um esforço internacional com foco em garantir sua distribuição ao redor de todo o mundo. Também foi lançado um fundo de R$ 8 bilhões para investir em produção e distribuição de remédios e no fortalecimento dos sistemas de saúde.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS, reforçou que é essencial garantir a distribuição mundial de uma vacina e não cometer os mesmos erros do passado. Já Macron afirmou que a ação representa líderes que “decidiram agir concretamente para criar uma parceria inédita” e lembrou a esperança de reconciliar Estados Unidos e China com a proposta.
Já a chanceler alemã Angela Merkel ressaltou a importância da liderança da OMS para fortalecer os sistemas de saúde e orientar os países na luta contra a Covid-19.
Sem preocupações diplomáticas, Bolsonaro já ofendeu tanto o presidente francês quanto o líder da OMS, em discursos e manifestações nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247

Moro grampeou Bolsonaro, revela Valor Econômico

Sérgio Moro e Jair Bolsonaro
247 Segundo o jornal Valor Econômico, Sergio Moro grampeou Jair Bolsonaro e tem provas a apresentar sobre as acusações que fez contra ele em pronunciamento na manhã desta sexta-feira 24.

Moro acusou Bolsonaro de querer interferir no comando da Polícia Federal - com a demissão do diretor-geral Maurício Valeixo - para obter informações sigilosas de investigações que envolvam sua família. Em coletiva à tarde, Bolsonaro negou e disse que moro só pensa em seu ego, não no País. 

Segundo a reportagem, o ex-ministro da Justiça dispõe de uma série de mensagens de áudio e de texto trocadas com Jair Bolsonaro ao longo dos quase 14 meses em que participou do governo. 

“Boa parte das acusações feitas por Moro contra Bolsonaro, que em seu discurso de despedida deixou margem para entendimento de que o presidente cometeu crimes de responsabilidade, está amparada em material que, no limite, pode ser usado como prova documental”, informa o texto.

Segundo os jornalistasF Andreza Matais e Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo, interlocutores do ex-ministro relataram também que Moro e Bolsonaro tiveram inúmeras conversas, pessoais e de governo, especialmente pelo WhatsApp, canal usado pelo presidente para dar ordens aos subordinados.

Fonte: Brasil 247


Folha adere ao impeachment de Bolsonaro

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)
Em editorial na primeira página, jornal da família Frias aponta crimes de Jair Bolsonaro e defende investigação que leve a seu afastamento.
247 – O jornal Folha de S. Paulo, que apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo sem crime de responsabilidade, agora defende que Jair Bolsonaro, subproduto daquele golpe, seja afastado pelos crimes que cometeu e foram revelados por Sergio Moro."São gravíssimas as acusações do ministro demissionário da Justiça, Sergio Moro, contra o presidente da República. A partir delas, torna-se inescapável que as autoridades competentes abram investigações para apurar crimes comuns e de responsabilidade atribuídos a Jair Bolsonaro", diz editorial publicado na primeira página da Folha.
"Nos crimes de responsabilidade, cuja competência para apurar e julgar é do Congresso, Bolsonaro terá ofendido o capítulo que pune com perda do cargo e cassação dos direitos políticos os atos de improbidade do mandatário, como expedir ordens que contrariam a impessoalidade na administração", aponta ainda o texto. "Não será sem custos que a nação enveredará por novo período de investigações contra o presidente. Esses dispositivos extremos deveriam reservar-se a situações que conjugam erosão da governabilidade e afronta à legalidade. É infelizmente o que acontece agora."
Fonte: Brasil 247