Postagem em destaque

FIQUEM LIGADOS! TODOS OS SÁBADOS NA RÁDIO AGRESTE FM - NOVA CRUZ-RN - 107.5 - DAS 19 HORAS ÁS 19 E 30: PROGRAMA 30 MINUTOS COM CULTURA" - PROMOÇÃO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

sábado, 5 de setembro de 2020

John Boyega, o Finn de Star Wars, diz que atores brancos foram privilegiados na produção

Finn (John Boyega)

Finn (John Boyega) (Foto: Reprodução)

O ator John Boyega criticou ainda a Disney por fazer marketing com seu personagem que foi, segundo ele, 'jogado de lado' em Star Wars.

247 - O ator John Boyega, que interpretou o personagem Finn em Star Wars, criticou a produção da obra em entrevista à revista QG que, segundo ele, privilegiou atores brancos, tornando seus personagens mais densos e dando maior desenvolvimento a eles.

Boyega afirmou que assim como ele, a atriz Kelly Marie Tran, a Rose, de ascendência asiática, também teve tratamento diferenciado. "Eles sabiam o que fazer com Daisy Ridley e Adam Driver. Mas quando chegou a Kelly Marie Tran e o John Boyega, não sabiam nenhum pouco. Então, eles querem que eu diga 'gostei da experiência, foi ótima'. Não, não não. Eu vou dizer quando for uma grande experiência. Eles deram todas as nuances para Adam Driver e Daisy Ridley. Sejamos honestos. Adam sabe. Daisy sabe. Não estou expondo nada desconhecido".

O ator ainda criticou a Disney, dizendo que a aconselharia a não fazer marketing em cima de seu personagem "diferenciado na franquia" e afirmou ter se sentido 'jogado de lado'.

Fonte: BRASIL 247

Vacina russa começará a ser testada no Brasil no início de 2021

Vacina russa começará a ser testada no Brasil no início de 2021 - Brasil 247
Amostras de vacina russa contra Covid-19 (Foto: Fundo de Investimento Direto Russo/Divulgação via REUTERS).

Projeto mais avançado de imunização contra a covid-19, a vacina será colocada no mercado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná.

BRASÍLIA (Reuters) - O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que assinou um acordo para produzir a vacina russa Sputnik 5 contra o coronavírus, informou nesta sexta-feira que planeja conduzir testes de Fase 3 em 10 mil voluntários no Brasil no início do próximo ano.

Jorge Callado, chefe do instituto, disse que a aprovação do teste será solicitada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o final deste mês.

As doses para os testes serão importadas, e o Tecpar planeja produzir a vacina para o mercado brasileiro no segundo semestre de 2021. Futuramente, a Tecpar pode cogitar exportar para vizinhos latino-americanos, afirmou Callado.

O Paraná é um de vários Estados brasileiros que decidiram buscar acesso a vacinas contra Covid-19 por contra própria, motivados ao menos em parte pela desconfiança da postura do governo federal.

O presidente Jair Bolsonaro minimizou diversas vezes a gravidade da pandemia, que já infectou mais de 4 milhões de brasileiros e matou 124.600 no pior surto mundial, com exceção do norte-americano.

Callado disse que a publicação de resultados que mostraram que a vacina russa produziu uma reação de anticorpos em testes de estágio inicial na revista médica The Lancet nesta sexta-feira é um desdobramento importante. Ele descartou a suspeita sobre a decisão russa de acelerar o registro da Sputnik 5.

A Rússia comemorou o desenvolvimento da primeira vacina contra o coronavírus registrada do mundo como prova de sua destreza científica.

No mês passado, o governo paranaense assinou um memorando de entendimento com o Instituto Nacional de Pesquisa Gamaleya da Rússia, que está desenvolvendo a vacina, e com o Fundo Russo de Investimento Direto, que a está comercializando.

Callado disse que a vacina será administrada em duas doses, com 15 dias de intervalo entre elas, no início do ano que vem e que será preciso de dois a três meses para processar os resultados antes de ela poder ser registrada no Brasil.

Ele ainda disse que 200 milhões de reais foram contingenciados para adquirir as vacinas, que serão usadas primeiramente para inocular a população do Estado.

Fonte: BRASIL 247

Boletim 247 - The Lancet: vacina russa contra Covid 19 funciona!





Fonte: BRASIL 247

Crença, poder e democracia


Cada conflito entre religião, política e direito que emerge na esfera pública é uma oportunidade de aprendizagem do presente, dos sentidos recalcados e harmonizados nas entranhas da sociedade.

Recentemente, exaltaram na esfera pública as discussões sobre religião, fanatismo e fundamentalismo, especialmente após as manifestações de pessoas religiosas, movimentos sociais, autoridades religiosas e políticas contra a interrupção da gravidez de uma criança de 10 anos vítima de estupro. Movimentos denominados “Pró vida” e grupos cristãos intimidaram o médico e os funcionários do hospital onde foi realizado o procedimento. Ilegalmente, uma militante da extrema-direita divulgou dados pessoais da vítima e de seus familiares. Nas redes sociais, as críticas giraram em torno do fanatismo religioso, da imposição de crenças privadas às instituições estatais e do cinismo de líderes e religiosos — que não só acobertam práticas de violência contra mulheres, como também praticam diariamente. Também houve manifestações de solidariedade e proteção a vítima e seus familiares e de punição aos crimes cometidos pelos manifestantes.

Não é a primeira vez, na história recente do Brasil, que demandas de grupos religiosos ganham espaço na agenda política institucional e na esfera pública. As eleições presidências de 2018 foram permeadas dessas discussões. Iniciativas legislativas da bancada religiosa contrárias a abordagem sobre identidade de gênero nas escolas surgiram em diversos Estados brasileiros nos últimos anos. Embora o STF já tenha se posicionado contrário a essas iniciativas, novos projetos de lei que visam controlar materiais pedagógicos e impor doutrinas religiosas nas escolas não param de surgir. Na semana passada, a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, em primeiro turno, iniciativa legislativa que proíbe expressões artísticas e culturais com nudez ou que atentem contra símbolos religiosos. A justificativa do projeto de lei inclui a proteção à criança e ao adolescente e a manutenção da família e dos bons costumes.

Nos últimos dias, as investigações do assassinato do pastor Anderson do Carmo também repercutiram nas redes sociais. Operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Federal, apontam a pastora, cantora e deputada Flordelis como mandante do assassinato do marido. A pastora foi eleita como deputada pelo Estado do Rio de Janeiro com 196.959 votos e pregava a favor da família, contra o aborto e contra a população LGBTQIA+. Nas redes sociais, vídeos comparando os discursos de Flordelis e as evidências de tentativas de assassinatos, traições e brigas familiares ganharam repercussão.

Esses fatos contribuem para que comentários sobre religião, política e democracia ganhem espaço na esfera pública. No entanto, algumas repercussões podem ser mais prejudicais do que positivas para compreensão das disputas teológicas e políticas na atualidade e para análise do crescimento do fundamentalismo religioso.

Em primeiro lugar, prudente questionar aqueles que afirmam que os modos de pensar religiosos devem ser simplesmente descartados por equivalentes científicos. Como adverte Habermas, “a crença cientificista em uma ciência que possa um dia não apenas complementar, mas substituir a autocompreensão pessoal por uma autodescrição objetivante, não é ciência, é má filosofia”[1]. A autocompreensão é imanente ao campo social, ao consciente, e ao inconsciente dos sujeitos, instituído pelas paixões e ações em condições determinadas, que podem agir, cometer erros e corrigi-los na prática cotidiana. A ciência deve contribuir no esclarecimento das ilusões e das crenças infundadas, mas o saber cotidiano será sempre imanente ao ser social. Quando aprendemos algo, alteramos nossa autocompreensão humana[2] e, consequentemente, nossa ação no mundo.

Em segundo lugar, analisar o crescimento do fundamentalismo religioso na atualidade requer expandir o debate para além de questões morais. Apontar a imoralidade daqueles que queriam impedir a criança de 10 anos de interromper a gravidez não é suficiente para barrar futuros eventos como esse, explicar a razão de o fundamentalismo religioso aflorar mais em determinadas condições sociais e períodos históricos do que outros, analisar se há risco de o poder teológico-político prosperar e, ainda, não é capaz de evidenciar a aproximação do fundamentalismo religioso com líderes autoritários no presente.

Além disso, o mero descarte dos modos de pensar religiosos e a redução da discussão ao campo da moral pode resultar no recalque da religiosidade, sem o devido exame, e na perda da compreensão das condições e contradições sociais da atualidade. Cada conflito entre religião, política e direito que emerge na esfera pública é uma oportunidade de aprendizagem do presente, dos sentidos recalcados e harmonizados nas entranhas da sociedade. É ilusório ou ingênuo acreditar que uma minoria fanática impõe seus valores à maioria de forma forçada ou enganosa[3]. Os sentidos ganham corpo quando tem correspondência na realidade concreta. São as condições sociais e contradições do nosso tempo histórico que podem fornecer perguntas e respostas para o crescimento — ou não — do fundamentalismo religioso e de líderes autoritários.

Atualmente, a população vive o resultado de décadas de política neoliberal: hegemonia do capital financeiro, rotatividade de emprego, desvalorização do trabalho manual, aumento do desemprego, expropriação de direitos básicos, encolhimento do espaço público e, por conseguinte, aumento das injustiças sociais, econômicas e políticas. Soma-se a essas condições o que Marilena Chauí denominou de perda da “dimensão do futuro como possibilidade inscrita na ação humana enquanto poder para determinar o indeterminado e para ultrapassar situações dadas, compreendendo e transformando o sentido delas”[4]. A maioria da população hoje não tem qualquer pretensão de futuro e não compreende as condições e contradições do nosso tempo como possíveis de transformação pela ação humana.

Se as relações de produção — materiais e subjetivas — que condicionam a vida no presente não forem enfrentadas e compreendidas, não será surpresa que grande parcela da população apele para formas transcendentais de respostas — divinas ou autoritárias — no campo individual e político. A modernidade recalcou a religiosidade para esfera privada sem atender as necessidades que ela responde. De um lado, alegaram que a religiosidade seria vencida pela razão, do outro, acreditaram que a racionalidade do mercado responderia todas as necessidades humanas e aos simbolismos da experiência social. Na prática, nos tornamos trabalhadores e consumidores, efêmeros e descartáveis. Em sua maioria, sem recompensa pela força de trabalho e sem acesso aos bens e serviços[5].

Ainda, como adverte Chauí, a ideologia da competência, que impõe decisões políticas a técnicos e especialistas, também afastou a maior parte das pessoas das discussões e decisões públicas, materializando a despolitização do nosso tempo. A despolitização pode colocar em risco a ética inerente a política e a solidificação do poder teológico político, base do fundamentalismo religioso. Enquanto o mercado atomiza a população, a religião pode se tornar espaço de coesão social e a política pode ceder lugar à violência, centrada em um líder carismático, que cria e alimenta o medo do outro como origem do mal e a esperança na salvação divina, minando as possibilidades da política e da democracia.

Convém destacar que o poder teológico-político, não a crença, que pode ser prejudicial a política e a democracia. A crença individual não é oposta a democracia. Ao contrário, apenas na democracia é possível a convivência pacífica de diversas crenças, conforme interesse e vontade de cada pessoa ou grupo. O uso da crença como forma de domínio por líderes políticos e religiosos que pode divergir da democracia, quando esses têm a pretensão de substituir a política, espaço da ética e da ação humana, por dogmas e submissão ao poder teológico-político, como poder divino e soberano.

A preocupação com o fundamentalismo religioso na atualidade deve ser acompanhada da compreensão das necessidades que a religião responde e dos espaços que ela ocupa. É um equívoco ver a religião como algo primitivo ou diminuir aqueles que creem. Não parece razoável, também, recalcar a discussão ao campo da moralidade e do cinismo. Se quisermos levar a preocupação do fim da política a sério, devemos procurar os alicerces e fundamentos na despolitização e nas injustiças do nosso tempo.

Referências:

[1] HABERMAS, Jurgen. Fé e saber. 1 ed. São Paulo: Editora Unesp, 2013. p. 13.

[2] HABERMAS, Jurgen. Fé e saber. 1 ed. São Paulo: Editora Unesp, 2013.

[3] ADORNO, Theodor. Ensaios sobre psicologia social e psicanálise. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

[4] CHAUÍ, Marilena. Fundamentalismo religioso: a questão do poder teológico-político. En publicacion: Filosofia Política Contemporãnea: Controvérsias sobre Civilização, Império e Cidadania. Atilio A. Boron, 1ª ed. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales — CLACSO; São Paulo: Departamento de Ciência Política. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo: abril 2006. p. 127

[5] CHAUÍ, Marilena. Fundamentalismo religioso: a questão do poder teológico-político. En publicacion: Filosofia Política Contemporãnea: Controvérsias sobre Civilização, Império e Cidadania. Atilio A. Boron, 1ª ed. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales — CLACSO; São Paulo: Departamento de Ciência Política. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo: abril 2006. p. 127.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Dia 2 de setembro: LEOPOLDINA ASSINOU O DECRETO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL -" Para não cair no esquecimento!".

A relação entre brasileiros e portugueses seguia deteriorando-se, e, no dia 28 de agosto de 1822, notícias chegaram de Portugal. Essas, na verdade, eram ordens, e as Cortes portuguesas exigiam o retorno imediato de D. Pedro para a metrópole. Nessas ordens também estava incluída a revogação de uma série de medidas em vigência no Brasil e classificadas pelos portugueses como “privilégios”.

As ordens foram lidas por D. Maria Leopoldina, que convocou uma sessão extraordinária em 2 de setembro e 1822 e nela assinou uma declaração de independência. Então organizou uma mensagem e enviou-a com caráter de urgência para D. Pedro, que estava em São Paulo. O mensageiro enviado chamava-se Paulo Bregaro…

  1. MARIA LEOPOLDINA E SEU PAPEL NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

O Brasil viveu um momento decisivo de sua história no dia 7 de setembro do ano de 1822. Nesta data, Maria  Leopoldina, então princesa regente do Brasil por conta de uma ausência de Dom Pedro, assinou o decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. Ela usou seus atributos de chefe interina do governo para fazer uma reunião com o Conselho de Estado, ocasião em que o documento foi assinado.

Os brasileiros já estavam esperando que D. Pedro retornasse a Portugal, o que rebaixaria o país ao status de simples colônia, em vez de um reino unido ao de Portugal. Havia temores de que uma guerra civil separasse a Província de São Paulo do resto do Brasil.

Neste cenário conturbado, D. Pedro entregou o poder a D. Leopoldina, no dia 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil. D. Pedro partiu para tentar acabar com um conflito em São Paulo. Por conta das notícias vindas de Portugal, Dona Leopoldina não teve tempo de esperar pelo marido e precisou tomar uma decisão, na qual foi aconselhada por José Bonifácio de Andrada e Silva.

Após a assinatura do decreto, ela enviou uma carta a D. Pedro para que ele proclamasse a Independência do Brasil. O papel chegou a ele no dia 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro proclamou o Brasil livre de Portugal, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo.

Enquanto aguardava pelo retorno de D. Pedro, Leopoldina, governante interina de um Brasil já independente, idealizou a bandeira do país. Ela foi coroada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na cerimônia de coroação e sagração de D. Pedro I.

Causas

A independência do Brasil foi declarada em 1822, mas esse acontecimento tem relação direta com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808. A vinda da corte portuguesa para a colônia aconteceu devido à invasão de Portugal realizada pelas tropas napoleônicas, em 1807. À época, Portugal tinha D. Maria como rainha e D. João como príncipe regente.

A vinda da família real para o Brasil resultou em transformações profundas nas áreas cultural, comercial e econômica, e deu abertura para um processo político que resultou na independência da colônia. A primeira grande medida decretada por D. João VI (ele só se tornou de fato D. João VI em 1816) foi a abertura dos portos brasileiros para as nações amigas, e isso permitiu que os comerciantes brasileiros negociassem diretamente com comerciantes ingleses.

  1. João VI também tomou uma série de medidas que incentivaram o desenvolvimento cultural e a modernização do Brasil, demonstrando o intuito de torná-lo uma parte integrante do reino português e não apenas uma colônia. Isso aconteceu em 16 de dezembro de 1815, quando o Brasil foi elevado à condição de reino. A partir daí, Portugal passou a chamar-se Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

O grande objetivo disso era manter os colonos satisfeitos com Portugal e evitar que o Brasil seguisse o caminho da revolução — como havia acontecido na relação EUA e Inglaterra. Apesar dos avanços, a presença portuguesa no Brasil gerou atritos, e o caso simbólico desses foi a Revolução Pernambucana de 1817.

Essa revolução demonstrava a insatisfação local com mudanças ocorridas após a vinda da família real para o Brasil e foi duramente reprimida. Três anos depois, os problemas vieram de Portugal quando estourou a Revolução Liberal do Porto, em 1820. Os acontecimentos dessa última é que precipitaram o processo de independência aqui.

Portugal enfrentava uma grave crise por conta da invasão francesa do período napoleônico. Na metrópole havia uma grande insatisfação pelas mudanças que aconteciam no Brasil, sobretudo pela liberdade econômica que a colônia havia conquistado. As grandes exigências realizadas na Revolução do Porto foram:

  • o retorno do rei para Portugal;
  • o restabelecimento do monopólio comercial.

A segunda exigência, principalmente, incomodou profundamente os colonos porque deixava claras as intenções da elite portuguesa em perpetuar os laços de exploração colonial. Quanto à primeira exigência, ela resultou no retorno de D. João VI para Lisboa em 26 de abril de 1821. Seu filho, Pedro de Alcântara, permaneceu no Brasil como regente.

Processo

O processo de independência do Brasil avançou e concretizou-se durante a regência de D. Pedro. As Cortes portuguesas, instituição política surgida com a Revolução do Porto, tomaram algumas medidas que foram bastantes impopulares no Brasil: o retorno de algumas instituições originadas no Período Joanino em Portugal, o envio de mais tropas para o Brasil e o retorno do príncipe regente para o país europeu.

As negociações realizadas entre as autoridades brasileiras e portuguesas ficaram marcadas pela intransigência dos portugueses e contribuíram para aumentar a resistência dos brasileiros em relação a Portugal. Esse distanciamento entre brasileiros e portugueses deu margem para o discurso de independência do Brasil, e é importante frisar que o desejo inicial dos brasileiros não era a separação.

Quando os portugueses exigiram o retorno de D. Pedro, os brasileiros reagiram e criaram o Clube da Resistência, que entregou um documento a D. Pedro, com milhares de assinaturas, exigindo a sua permanência no Brasil. Por causa dessa reação dos colonos é que D. Pedro declarou a sua permanência no país, em 9 de janeiro de 1822, no que é conhecido como Dia do Fico.

Os acontecimentos dos meses seguintes e a continuidade da posição intransigente e desrespeitosa (na visão dos colonos) são os fatores que levaram o Brasil à ruptura com Portugal. Nesse processo, D. Pedro foi muito influenciado por duas pessoas: D. Maria Leopoldina, sua esposa, e José Bonifácio de Andrada e Silva, seu conselheiro.

Em maio, ficou decretado o Cumpra-se, que determinava que as leis decretadas em Portugal só valeriam no Brasil com a aprovação pessoal de D. Pedro; e, em junho, foi convocada eleição para que fosse formada no Brasil uma Assembleia Nacional Constituinte. Ou seja, os colonos demonstravam o interesse de elaborar de uma Constituição.

A relação entre brasileiros e portugueses seguia deteriorando-se, e, no dia 28 de agosto de 1822, notícias chegaram de Portugal. Essas, na verdade, eram ordens, e as Cortes portuguesas exigiam o retorno imediato de D. Pedro para a metrópole. Nessas ordens também estava incluída a revogação de uma série de medidas em vigência no Brasil e classificadas pelos portugueses como “privilégios”.

As ordens foram lidas por D. Maria Leopoldina, que convocou uma sessão extraordinária em 2 de setembro e 1822 e nela assinou uma declaração de independência. Então organizou uma mensagem e enviou-a com caráter de urgência para D. Pedro, que estava em São Paulo. O mensageiro enviado chamava-se Paulo Bregaro.

Nessa ocasião, D. Pedro estava próximo ao Rio Ipiranga e, de acordo com a história oficial, deu o grito da independência após ficar a par das notícias enviadas por sua esposa. Esse acontecimento, porém, não possui evidências que permitam que os historiadores o comprovem. Depois da declaração de independência, D. Pedro foi aclamado imperador em 12 de outubro e coroado no dia 1º de dezembro.

Guerra de independência

A independência do Brasil não foi pacífica. Depois que a sua notícia espalhou-se, uma série de regiões rebelaram-se contra o movimento e permaneceram leais aos portugueses. Esses movimentos de resistência à independência deram-se no Pará, Bahia, Maranhão e Cisplatina (atual Uruguai). A guerra de independência estendeu-se até 1824 e foi encerrada com a derrota daqueles que eram leais a Portugal.

Consequências

A independência do Brasil só foi reconhecida pelos portugueses em 1825, por meio de um acordo realizado entre Brasil e Portugal e mediado pela Inglaterra. Dentre as consequências desse acontecimento, destacam-se:

  • ampliação do sistema escravocrata conforme os interesses da elite econômica do Brasil;
  • surgimento do Brasil como nação;
  • construção do brasileiro como nacionalidade;
  • endividamento do Brasil para pagar uma indenização acordada com os portugueses;
  • estabelecimento de uma monarquia (a única na América do Sul).
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

*NOTA À SOCIEDADE POTIGUAR*

Brasão do Rio Grande do Norte – Wikipédia, a enciclopédia livre

Governo do Rio Grande do Norte - Imagem do Google

No dia 20 do último mês de agosto, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por ampla maioria de 9 votos a 1, que é inconstitucional a coleta de informações de servidores públicos motivada por seus posicionamentos políticos.

Hoje, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte foi surpreendido com intimação determinando o comparecimento de 20 (vinte) integrantes da Polícia Militar ao GAECO, do Ministério Público do Rio Grande do Norte, para serem ouvidos no “Núcleo Especial de Investigação Criminal”, com vistas a instruir o Inquérito Policial nº 003/2020, que inclui inclusive policiais civis do Estado.

Lamentável que mesmo após a decisão do órgão máximo da justiça brasileira, cujo entendimento deveria nortear a atuação de todos os órgãos e entidades da República, instituições continuem sendo utilizadas para atos de intimidação motivados por divergências políticas, o que se percebe pelo fato de que 14 (catorze), dentre os 20 (vinte) intimados, são integrantes da equipe de segurança da Governadora do Estado e do Gabinete Civil.

O ministro Luiz Fux afirmou que “uma investigação enviesada, que escolhe pessoas para investigar, revela uma inegável finalidade intimidadora do órgão de investigação”, fato que não deveria ser tolerado pelos Poderes instituídos, sendo amplamente rechaçado por este Executivo estadual.

A questão que verdadeiramente merece ser esclarecida, diante desse fato, é a quem incomoda a luta antifascista desse grupo de policiais militares ao ponto de receberem intimação para serem ouvidos pelo “Núcleo Especial de Investigação Criminal”.

O cometimento de crime certamente não está naqueles que defendem a democracia e o cumprimento das liberdades e garantias constitucionais. Diante dessa manifesta ilegalidade, solicitaremos à Procuradoria-Geral do Estado que analise a possibilidade de adoção de medidas para garantir que perseguições por motivações políticas não tenham vez no Estado do Rio Grande do Norte.

Raimundo Alves Júnior

Secretário-Chefe do Gabinete Civil - RN