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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

PEC do congelamento alimenta tubarões do ensino



Carro-chefe do governo ilegítimo, proposta de ajuste fiscal afeta também instituições privadas no país e entrega cada vez mais nossa educação na mão de empresários e especuladores estrangeiros
A acelerada expansão do ensino superior privado no Brasil, fruto da crescente injeção de capital estrangeiro, vem transformando muitas instituições em verdadeiros paraísos de lucro dominados pelos tubarões do ensino. Disfarçada de avanço econômico, a PEC do congelamento promete agravar ainda mais a situação – com o sucateamento da máquina pública, a população se vê entregue aos desmandos da iniciativa privada, onde quem impera são as leis do mercado e não a qualidade do ensino.
O alerta é direcionado também às politicas de inclusão conquistadas nos últimos anos. Programa Universidade Para Todos (Prouni), Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e bolsas permanência estão seriamente ameaçados com a estagnação dos investimentos na área educacional.
‘’Aparentemente, podemos achar que não haverá impacto em um programa como o ProUni, por exemplo, que não tem nenhum investimento de receita direta, mas que existe devido à parceria entre governo e instituições privadas com o desconto de impostos e a criação de bolsas em contrapartida. Mas se olharmos bem, o congelamento dos investimentos impacta em vários sentidos, pois os prounistas são em sua maioria extremamente carentes. E como o estudante conseguirá se manter na universidade sem subsídios? Com essa PEC, a taxa de evasão tende a crescer”, analisa o ex-diretor da UNE e atual presidente da Comissão de Fiscalização do Prouni (Conap), Victor Grampa.

PEP E PRIUNI: ESTÁ ABERTO O VAREJÃO UNIVERSITÁRIO

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O enfraquecimento das políticas públicas de educação acaba por deixar os estudantes nas mãos de financiamentos e contratos obscuros. No site da Kroton, maior grupo educacional privado do país, o global Luciano Huck oferece sorridente o Parcelamento Estudantil Privado (PEP), com promessas de juros zero e facilidade no ingresso, por não utilizar a nota do Enem na seleção dos alunos. Já no site da Universidade Nove de Julho (Uninove), o chamado Programa de Inclusão Universitária (Priuni), que tem grafia parecida com a do conhecido programa, oferece supostas bolsas de estudo com descontos atrativos que disputam as páginas de publicidade nos grandes portais e canais de televisão.
Para o diretor de universidades privadas da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), Peter Lucas, desta forma a educação fica entregue à disputa do varejo e do marketing. Ele alerta aos estudantes que sejam cautelosos com esse tipo de serviço. São Paulo é um dos Estados onde mais os dentes dos tubarões do ensino se agarram, com um contingente gigantesco de alunos.
”A concessão de descontos ou a retirada deles não é regida por nenhuma lei. Assim, os estudantes ficam nas mãos das instituições que muitas vezes agem de forma unilateral: alteram contratos, mudam o valor do desconto de uma hora pra outra. Aumentam mensalidades e realizam cobranças excessivas sobre retirada de documentos, disciplinas eletivas e mais. Isso é preocupante. Temos que cobrar políticas mais transparentes que assegurem os direitos dos alunos”, falou.

O PERIGO DAS DÍVIDAS

Nos Estados Unidos, o tipo de financiamento que mais cresceu na última década foi o de empréstimos universitários. Dados oficiais indicam que a dívida estudantil no país americano alcançou US$ 1,3 trilhão em 2016 – o equivalente a 70% do PIB brasileiro em 2015.
No Brasil, os cortes no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) fizeram o número de estudantes inadimplentes em instituições privadas atingir o pior resultado desde 2010, alcançando o índice de 8,8% em 2015.
Dados divulgados pela 10ª Pesquisa de Inadimplência do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) mostram o aumento da inadimplência no ensino superior de 2014 (7,8%) para 2015 (8,8%).
”Os cortes no Fies realizados no último ano podem explicar essa inadimplência e a Pec do congelamento com certeza vai agravar ainda mais a situação, desmantelando o setor público e abrindo lacunas para os empréstimos privados. O estudante fica sem ter para onde ir e acaba recorrendo à formas que parecem mais fáceis para pagar a faculdade. Aí mora o perigo do endividamento”, alertou o diretor de universidades privadas da UNE, Josiel Rodrigues.
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EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA

A União Nacional dos Estudantes tem uma campanha permanente chamada “Educação não é mercadoria”. A entidade disponibilizou uma cartilha online como o objetivo de denunciar os abusos que os chamados “tubarões do ensino”, os empresários da educação, cometem rotineiramente.

No material a UNE mostra que os problemas no ensino superior privado vão da questão pedagógica à falta de infraestrutura e abuso no aumento das mensalidades. Para combater o poder do dinheiro sobre a educação, a cartilha traz uma série de orientações e instrumentos para os estudantes lutarem por seus direitos.
 
Fonte: UNE


 

Juntos somos fortes!


secundaristas em luta não ao sucatemanto da educação