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sábado, 11 de julho de 2020

Os camisas negras de Bolsonaro - por Jornalistas Livres

Mais de 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres e 3 milhões de homens foram submetidos ao assassinato e à tortura de forma programada pelos nazistas com o objetivo de exterminar judeus e outras minorias. Nos primórdios da Itália fascista, os camisas negras – milícias paramilitares de Mussolini – espancavam grevistas, intelectuais, integrantes das ligas camponesas, homossexuais, judeus. Quando a ditadura fascista se estabeleceu, dez anos antes da nazista, Mussolini impôs seu partido como único, instaurou a censura e criou um tribunal para julgar crimes de segurança nacional; sua polícia secreta torturou e matou milhares de pessoas. Em 1938, Mussolini deportou 7 mil judeus para os campos de concentração nazista. Sua aliança com Hitler na 2ª Guerra matou mais de 400 mil italianos.
Perdoem-me relembrar fatos tão conhecidos, ao alcance de qualquer estudante, mas parece necessário falar do óbvio quando ser antifascista se tornou sinônimo de terrorista para Jair Bolsonaro. Os direitos universais à vida, à liberdade, à democracia, à integridade física, à livre expressão, conceitos antifascistas por definição, pareciam consenso entre nós, mas isso se rompeu com a eleição de Bolsonaro. O desprezo por esses valores agora se explicita em manifestações, abraçadas pelo presidente, que vão de faixas pelo AI-5 – o nosso ato fascista – ao cortejo funesto das tochas e seus símbolos totalitários, aqueles que aprendemos com a história a repudiar. Jornalistas espancados pelos atuais “camisas negras” estão entre as cenas dessa trajetória.
A patética lista que circulou depois que o deputado estadual Douglas Garcia(PSL-SP) pediu que seus seguidores no Twitter denunciassem antifascistas mostra que o risco é mais do que simbólico. Depois do selo para proteger racistas criado pela Fundação Palmares, e das barbaridades ditas pelo seu presidente em um momento em que o mundo se manifesta contra o racismo, e que lhe valeram uma investigação da PGR, essa talvez seja a maior inversão de valores promovida pelos bolsonaristas até aqui.
A ameaça contida na fala presidencial e na iniciativa do deputado, que supera a lista macartista pois não persegue apenas os comunistas, tem o objetivo óbvio de assustar os manifestantes contra o governo e de açular as milícias contra supostos militantes antifas, dos quais foram divulgados nome, foto, endereço e local de trabalho.
É A JUNÇÃO DOS “CAMISAS NEGRAS” COM A POLÍCIA MILITAR, QUE JÁ SE MOSTROU FAVORÁVEL AOS BOLSONARISTAS CONTRA OS MANIFESTANTES PELA DEMOCRACIA NO DOMINGO PASSADO EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO. E QUE VEM PRATICANDO O GENOCÍDIO CONTRA NEGROS IMPUNEMENTE NO PAÍS DESDE SUA CRIAÇÃO, NA DITADURA MILITAR, MUITAS VEZES COM A CUMPLICIDADE DA JUSTIÇA, IGUALMENTE RACISTA.

Como disse Mirtes Renata, a mãe de Miguel, o menino negro de 5 anos que foi abandonado no elevador pela patroa branca de sua mãe, mulher de um prefeito, liberada depois de pagar fiança de R$ 20 mil reais, “se fosse eu, a essa hora já estava lá no Bom Pastor [Colônia penal feminina em Pernambuco] apanhando das presas por ter sido irresponsável com uma criança”. Irresponsável. Note a generosidade de Mirtes com quem facilitou a queda de seu filho do 9º andar.
Neste próximo domingo, os antifas vão pras ruas. Espero não ouvir à noite, na TV, que a culpa da violência, que está prestes a acontecer novamente, é dos que resistem como podem ao autoritarismo violento. Quem quer armar seus militantes, e politizar forças de segurança pública, está no Palácio do Planalto. É ele quem precisa desembarcar. De preferência de uma forma mais pacífica do que planejam os fascistas para mantê-lo no poder.
Por: Marina Amaral, codiretora da Agência Pública
Fonte: Jornalistas Livres

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Nestes últimos dois anos o Brasil mudou muito e para melhor! Com a economia em plena ascensão, nem mesmo o clima permaneceu o mesmo.
Nosso inverno no norte e nordeste se assemelha cada vez mais ao inverno dos países ricos do Hemisfério Norte.  É certo que, em razão dessa mudança climática drástica, essas regiões agora frias sofreram muito com pandemia no início deste ano, como bem lembrou um ilustre ministro interino brasileiro. Mas é certo também que uma boa equipe técnica no governo transformou esse grande revés em uma excelente oportunidade: Campina Grande irá sediar a próxima Olimpíada de Inverno, em 2022.
A mudança mais recente se deu na Amazônia, graças ao excepcional trabalho de preservação ambiental do Ministério do Meio Ambiente, o qual não só preservou a Mata Atlântica como a expandiu de forma fenomenal. Hoje ela já ocupa 87% da Amazônia, região que está cada vez mais perto de Miami, como afirmou uma vereadora democrata de Taubaté. Aliás, está tão perto que já se viu botos cor de rosa na Baía de Biscayne.

Globo paz e amor enfrenta hoje sua maior ameaça existencial

Grupo de comunicação da família Marinho enfrenta a rejeição da esquerda e da direita, a hostilidade do governo Bolsonaro, a pressão dos clubes de futebol por retornos mais justos no futebol e concorrentes de peso como Youtube, Amazon e Netflix, diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247.

“Não há como uma nação se reencontrar se 30% da sua população for sistematicamente rejeitada. Este é o tamanho do problema que o Brasil precisa enfrentar e superar”, escreveu o jornalista Ascânio Sêleme, ex-diretor de redação do jornal O Globo e ainda hoje um de seus principais articulistas, em sua coluna deste sábado.

A frase poderia ser reescrita de outra forma - e seria bem mais honesta e precisa. “Não há como uma nação se reencontrar se 30% da sua população for sistematicamente rejeitada. Este é o tamanho do problema que a Globo precisa enfrentar e superar”. Afinal, foi o grupo de comunicação da família Marinho que há vários anos decidiu liderar uma campanha midiática, em associação com setores do Judiciário, para marginalizar uma força política que, como o próprio jornal reconhece, representa 30% dos anseios da sociedade brasileira.
Os resultados do trabalho deste “gabinete do ódio” limpinho e cheiroso são conhecidos: um golpe de estado, em 2016, e uma eleição manca, em 2018, uma vez que os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram artificialmente subtraídos. Uma eleição, diga-se de passagem, que instalou no poder um governo de corte neofascista, que nutre grande hostilidade em relação à Globo e à mídia corporativa, que se diz portadora do chamado “jornalismo profissional”.
Portanto, o desafio da Globo é bem maior do que se reencontrar com 30% da sociedade brasileira que ela própria marginalizou - e ainda hoje marginaliza. Com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder, o grupo de comunicação dos Marinho também passou a ser rejeitado pela extrema-direita, que enxerga na Globo uma força manipuladora - e não propriamente democrática. Ciente disso, o bolsonarismo claramente estimula o crescimento de outros meios de comunicação, como Record e SBT, por meio da publicidade oficial, e da CNN, com o privilégio nas informações de governo.
Hoje, portanto, a Globo enfrenta sua maior ameaça existencial. Perdeu público à direita e à esquerda, tem concorrentes de maior peso no entretenimento e no jornalismo e também se mostra incapaz de reagir ao avanço das plataformas de streaming, como Youtube, Netflix e Amazon. E se tudo isso não bastasse, os clubes de futebol, liderados pelo Flamengo, começam a se libertar do monopólio nas transmissões de futebol, também estimulados pelo governo federal.
Em seu artigo, Ascânio Sêleme afirma que “o ódio dirigido ao PT não faz mais sentido e precisa ser reconsiderado se o país quiser mesmo seguir o seu destino de nação soberana, democrática e tolerante”. É interessante o uso da palavra “soberana”, uma vez que o ambiente de intolerância semeado pela Globo foi extremamente útil para a destruição da soberania nacional. Todos sabem que o golpe de 2016 não foi dado apenas para que direitos trabalhistas e previdenciários fossem eliminados, mas também para que se alterasse o modelo de exploração do pré-sal e para que o Brasil fosse reenquadrado politicamente, sob o tacão imperial.
No entanto, o uso do conceito de soberania pela Globo pode ser uma tentativa de seduzir forças do campo democrático para uma aliança contra marcas internacionais, como a CNN, e as plataformas de streaming já citadas. No Brasil, a lei proíbe que grupos de comunicação sejam controlados por estrangeiros, mas essa legislação já foi ultrapassada pela tecnologia. E hoje, curiosamente, publicações internacionais, como BBC, El País e Intercept conseguem ser mais democráticas do que as empresas nacionais.
O fato é que a “Globo paz e amor”, que surge na coluna de Ascânio Sêleme deste sábado, enfrenta nos dias atuais a sua maior ameaça existencial.
Fonte: BRASIL 247