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Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Reunião do Fundo Setorial do Audiovisual ignora Fundo Setorial do Audiovisual




O comitê gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) realizou nesta quarta (24/6), por videoconferência, sua segunda reunião do ano – a quarta desde a eleição de Jair Bolsonaro e apenas a segunda com membros suficientes. A falta de reuniões, ocasionada pela alta rotatividade da pasta da Cultura, paralisa o fomento do setor desde 2018, caracterizando a política de destruição cultural em vigor.
Como esperado, de acordo com o padrão, a protelada reunião do comitê do fundo tratou de vários assuntos, menos do fundo.
Participaram do encontro virtual o ministro do Turismo (ao qual a Secretaria Especial de Cultura é vinculada) Marcelo Álvaro Antônio, o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Alex Braga, e o quinto secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, o recém-empossado Mario Frias, além de representantes do setor.
Na pauta, entraram temas já tocados pela Ancine, como a suspensão de prazos diante da pandemia (prestação de contas, entrega e exibição de filmes etc.), a suspensão da obrigatoriedade da primeira janela no cinema, um programa de apoio ao pequeno exibidor, a suspensão temporária de dívidas de exibidores junto ao BNDES pelo programa Cinema Perto de Você e a definição de linhas de crédito para o setor.
Neste último ponto, foi aprovada a polêmica proposta da Ancine de oferecer linhas de crédito do BNDES, de R$ 250 milhões no total, e do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), de R$ 150 milhões, para o setor audiovisual. As linhas teriam prazo total de oito anos, com 24 meses de carência, e seriam voltadas à folha de pagamento, fornecedores e demais despesas operacionais para a manutenção da atividade fim das empresas.
Trata-se de empréstimo bancário, que poderia ser complemento para uma ampla política cultural. Entretanto, parece ser tratado como a única verba vislumbrada pela Ancine – e por extensão o comitê – para o setor. Empréstimo bancário não tem nenhuma relação com a finalidade do fundo. O dinheiro do FSA não é para ser emprestado a juros. Ele já foi cobrado do setor, via taxas, e deve ser reinvestido como fomento.
Portanto, a pauta não tocou na superfície, muito menos no que deveria estar no fundo.
Em dezembro passado, ficou estabelecido que a reunião seguinte definiria a política de editais para encaminhar um montante de R$ 703,7 milhões do FSA, resultado da cobrança do Condecine e taxas de 2018, aprovado para ser utilizado dentro do Plano Anual de Investimentos (PAI) de 2019 – isto é, dinheiro que deveria ter sido liberado no ano passado mesmo. Mas isto não entrou em discussão na tal reunião seguinte, que aconteceu em fevereiro. Nem no encontro virtual desta quarta.
Há poucas semanas, a Ancine deu a entender que esse dinheiro, sob sua responsabilidade, tinha sumido. “Mesmo se consideradas as disponibilidades financeiras para 2019 e 2020, o valor seria insuficiente para a contratação do total de investimentos em projetos anunciados [em 2018], restando ainda um saldo negativo de R$ 3,6 milhões”, disse um comunicado da agência, após sondagem do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o FSA.
O déficit inexplicado fez com que produtores selecionados em editais de 2018, que não receberam a verba acordada, entrassem com liminares contra a Ancine para a liberação dos pagamentos.
Enfim, segundo relato do roteirista Paulo Cursino, que integra o comitê como representante da sociedade civil, foram apenas duas horas de reunião. Ele disse ao jornal O Globo que uma nova reunião “deve” ser marcada para breve, para tratar do FSA.
“Para duas horas de reunião, conseguimos avançar bastante”, ele disse. “Como a pauta era muito extensa, focamos no que era prioridade para o setor neste momento, para apagar o incêndio causado pela pandemia. São definições que vão trazer um alívio geral para produtores e exibidores. Devemos ter uma nova reunião em breve, em que poderemos tratar de outros temas urgentes, como a análise dos números do FSA de 2018 a 2019”, completou.
Está prevista, portanto, uma nova reunião do comitê para o fim do mês de julho. Novamente, com a pauta do FSA.
O detalhe é que estas reuniões de meados de 2020 são relativas à verbas que deveriam ter fomentado o audiovisual no ano passado.
Vale lembrar que a reunião anterior, de fevereiro, aconteceu apenas para discutir um edital de 2018! E porque ele foi alvo de ação na Justiça, após ter sido suspenso pelo governo. Era o famoso edital com produções LGBTQ+ que Bolsonaro disse ter mandado “pro saco”. “Conseguimos abortar essa missão aqui”, ele comemorou, numa live, falando que o edital era “um dinheiro jogado fora”. “Não tem cabimento fazer um filme com esse enredo, né?”
O dinheiro pode ter sido realmente jogado fora. Não se sabe onde. Nem parece haver muita pressa para se descobrir.
O próprio TCU emitiu um parecer técnico nesta quarta, no âmbito do processo que investiga irregularidades no FSA em 2019 e 2020, sugerindo que o valor não utilizado do fundo permaneça com o Tesouro Nacional. Isto é, no buraco negro – literalmente sem fundo.
O parecer ignora o pedido de medida cautelar de seis entidades do audiovisual para que fosse suspenso “o retorno ao Tesouro Nacional de valores provenientes dos rendimentos de aplicações financeiras dos recursos do FSA” ou, se já tiverem sido devolvidos “determinar seu retorno ao FSA, com a manutenção de sua destinação legal, isto é, para o fomento de projetos audiovisuais”. Porque esse dinheiro não aparece nunca.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

SUPERAR OS OBSTÁCULOS PARA CONTINUAR NA LUTA!

CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN - FUNDADO EM 30/12/2009
Dandara SIMBOLO da RESISTÊNCIA
O Centro Potiguar de Cultura -CPC-RN que este ano de 2020 completará em dezembro 11 anos de luta, tradição. história, valorização e resgate da cultura uni-se aos sindicalistas, ativistas e aos artistas potiguares para após o passar da PANDEMIA criar ferramentas importantes como por exemplo a criação de um conselho estadual envolvendo representações sindicais e culturais, cujo objetivo será ode criar um plano cultural único para que possamos atingir todos os artistas potiguares.

A ideia precisa amadurecer tão logo o país saia da situação em se encontra. Sabemos que nada de bom virá  do governo federal, pois aos poucos vai acabando com as nossas conquistas, como a extinção do MinC, entre outros órgãos que foram criados com muita luta.

Portanto, fiquem ligados!

Brevemente voltaremos a esta discussão não só com sindicalistas e artistas, mas com a imprensa séria deste país, juntamente com outros órgãos que defendem a bandeira da liberdade! A CULTURA BRASILEIRA e em particular a do nosso querido, Rio Grande do Norte.

CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

UFRN recebe equipamentos para teste da covid-19

Por Williane Silva – Ascom-Reitoria
Reconhecendo a importância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o Ministério Público do Trabalho (MPT) destinou 2,1 milhões de reais para compra de equipamentos e insumos. De acordo com a diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT), Selma Jerônimo, a aquisição das máquinas irá dobrar a capacidade de realização de testes da covid-19.
Quatro freezers, três centrífugas, duas cabines de biossegurança, um termocirculador e um extrator de ácido nucleico são os novos equipamentos que estão sendo utilizados pelo IMT para realizar testagem do novo coronavírus. Para a cientista Selma Jerônimo, as máquinas vão aumentar a capacidade e a qualidade dos processos de testagem, além de conferir mais segurança à equipe.
Um dos equipamentos é o robô de extração automática de ácido nucleico (moléculas que possuem informação genética do vírus), que antes só existia no Laboratório Central do Estado (Lacen). Para ilustrar como a máquina vai agilizar a realização dos testes, a diretora do IMT explicou que hoje quatro pessoas da equipe conseguem fazer a extração manual de 160 amostras por dia e, com o robô, essas pessoas farão 300 amostras por dia, praticamente dobrando a capacidade.
Teste do novo coronavírus
O Instituto de Medicina Tropical (IMT) realiza o exame da Covid-19 com o diagnóstico molecular, que é o método chamado de PCR. Atualmente, o IMT recebe do Lacen e de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) as coletas em swab (haste para transporte de amostras) do material colhido nos pacientes. Em seguida, realiza a extração do ácido nucleico (informação genética) e a amplificação do material, que é a fase de detecção da presença do vírus. Por fim, o Instituto devolve os resultados ao Laboratório Estadual para que ocorra a análise epidemiológica da doença.

Amostras chegam ao IMT para testagem da covid-19 – Foto: Anastácia Vaz

Fonte: Portal da UFRN

ATO MUNDIAL ‘STOP BOLSONARO’ TERÁ MANIFESTAÇÕES EM MAIS DE 20 PAÍSES NO DOMINGO (28) Fonte: SINPRO-DF

 notice

JORNALISTA: MARIA CARLA  

Em vídeo que está circulando nas redes sociais, o Secretário de Relações Internacionais da CUT, convida todos para participar do ato “contra o fascismo no Brasil e contra o presidente psicopata Jair Bolsonaro.

O ato mundial Stop Bolsonaro, que será realizado neste domingo (28) terá manifestações presenciais e virtuais em pelo menos 50 cidades de 23 países  contra a falta de política do governo brasileiro em relação a pandemia do novo coronavírus, contra os acenos de aliados do presidente pelo fim da democracia, contra o fascismo e pela dignidade de todos os povos que vivem no Brasil.

Os organizadores citam os casos de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, a subnotificação, a situação de hospitais com excesso de capacidade, as vítimas da área da saúde, as mais de 52 mil vidas perdidas, mais de 1 milhão de casos sem que o governo federal adote alguma “medida séria”.Citam ainda a falta de um lockdown, confinamento obrigatório para conter a disseminação do vírus, como foi adotado em outros países e os cerca de 50 pedidos de impeachment do presidente ou pela anulação das eleições,  como mostra matéria da RBA.

No Brasil, um vídeo do Secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, convocando para o ato já está circulando nas redes sociais.

 “Nesse domingo, dia 28, o mundo inteiro fará manifestações contra o fascismo no Brasil e contra o presidente psicopata Jair Bolsonaro.  É o dia mundial do #StopBolsonaro”, diz Lisboa no vídeo.Confira o vídeo:Confira o vídeo: link abaixo:

:<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/video.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fcutbrasil%2Fvideos%2F908306336334980%2F&show_text=0&width=368" width="368" height="476" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowTransparency="true" allowFullScreen="true"></iframe>

Vale 

Vale qualquer tipo de manifestação, dizem os organizadores de um grupo da  Europa, desde procurar a lista de atos na cidade que a pessoa mora, marcar, compartilhar a página do Facebook, convidar amigos, até tirar uma foto segurando um cartaz com alguma frase contra o governo genocida, ou faça um video curto contando o porque você quer Bolsonaro fora da presidência e enviar para o grupo que fará um vídeo com os melhores momentos. E, claro, postar nas redes sociais, usando a hashtag #StopBolsonaroMundial. 

Confira os locais com eventos confirmados do Stop Bolsonaro.

BRASIL

Belém https://www.facebook.com/events/4143331029040956/

Porto Alegre https://www.facebook.com/events/284820719548982/

Campina Grande (PB) https://www.facebook.com/events/289378272445785/

Chapada Diamantina (BA) https://www.facebook.com/events/194490588548708/

Canoa Quebrada (CE) https://www.facebook.com/events/196996971550558/

Curitiba https://www.facebook.com/events/284820719548982/

Natal https://www.facebook.com/events/609355926596887/

Prado (BA) https://www.facebook.com/events/608254620087411/

Recife https://www.facebook.com/events/2589473621304096/

Rio de Janeiro https://www.facebook.com/events/905402476594222/

São Paulo https://www.facebook.com/events/1258972350963563/

Sergipe https://www.facebook.com/events/1729028773906062/

Vitória https://www.facebook.com/events/272093503907063/

ALEMANHA

Munique https://www.facebook.com/events/453325485538845/

Stuttgart https://www.facebook.com/events/267092981030766/

Hannover https://www.facebook.com/events/453325485538845/

Berlim https://www.facebook.com/events/291356408565279/

Frankfurt https://www.facebook.com/events/330521091271986/

Tübingen https://www.facebook.com/events/639915556597970/

Nuremberg https://www.facebook.com/events/199726897924169/

Hamburgo https://www.facebook.com/events/s/raus-fora-bolsonaro-hamburgo/2653644918206294/

Köln https://www.facebook.com/events/2946266738774826/

ARGENTINA

Buenos Aires https://www.facebook.com/events/297662561621937/

ÁUSTRIA

Viena https://www.facebook.com/events/666444453903794/

Graz https://www.facebook.com/events/571973843739764/

Burgenland https://www.facebook.com/events/262425561519894/

CANADÁ

Quebec https://www.facebook.com/events/616711388947265/

CHILE

Valparaaíso https://www.facebook.com/events/295619711810202/

Santiago https://www.facebook.com/events/2730984713804092/

COSTA RICA

São José https://www.facebook.com/events/590051751651237/

DINAMARCA

Aarhus https://www.facebook.com/events/2756607801238743/

ESPANHA

Barcelona https://www.facebook.com/events/297479114609349/

Madri https://www.facebook.com/events/700051504149461/

ESTADOS UNIDOS

Los Angeles https://www.facebook.com/events/882624588910356/

Boston https://www.facebook.com/events/291672815549620/

Nova York https://www.facebook.com/events/2989456894456290/

FRANÇA

Paris https://www.facebook.com/events/3393228577387925/

HOLANDA

Amsterdã https://www.facebook.com/events/257751825663221/

IRLANDA

Dublin https://www.facebook.com/events/889289711549741/

ITÁLIA

Roma https://www.facebook.com/events/340380533595882/

Bolonha https://www.facebook.com/events/272577220529207/

MÉXICO

Cidade do México https://www.facebook.com/events/677274516184189/

MYANMAR

Yangon https://www.facebook.com/events/700092304101809/

NOVA ZELÂNDIA

Auckland https://www.facebook.com/events/905087356566623/

PORTUGAL

Lisboa https://www.facebook.com/events/917336018770473/

Porto https://www.facebook.com/events/615993802407393/

Coimbra https://www.facebook.com/events/313349316341746/

REINO UNIDO

Londres https://www.facebook.com/events/198922024602439/

REPÚBLICA DOMINICANA

São Domingo https://www.facebook.com/events/287378355722277/

SUÉCIA

Estocolmo https://www.facebook.com/events/251397042829449/

SUÍÇA

Zurique https://www.facebook.com/events/261360148435181/

Genebra https://www.facebook.com/events/261360148435181/

URUGUAI

Montevidéu https://www.facebook.com/events/270011370884267/

Stop Bol
Fonte: CUT Brasil

Fonte: SINPRO-DF

Livro da ativista Preta Ferreira com memórias da prisão será lançado no segundo semestre

(Foto: Mídia Ninja)

247 - A cantora e ativista do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC), Preta Ferreira, lançará um livro com as memórias do período de 109 dias em que ficou presa em 2019.
A previsão é que o livro esteja nas bancas no segundo semestre, publicado pela editora Boitempo. 
Leia também reportagem de 24 de Julho de 2019, do Brasil de Fato, sobre Preta Ferreira:
Preta Ferreira denuncia prisão política: "Estou presa porque briguei por direitos"
Janice Ferreira da Silva, a Preta Ferreira, está presa há 30 dias mesmo sem ter cometido crime nenhum. Ela foi detida junto de seu irmão, Sidney Ferreira. Eles são filhos da líder do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC) e da Frente de Luta por Moradia (FLM), Carmen Silva. A acusação é de extorsão, por cobrança de uma taxa de moradores em condomínios ocupados do centro de São Paulo – num processo que desconsidera que essas contribuições são decididas em assembleias de moradores, registradas em cartório e comprovadas por recibos. Para Preta, a verdade é outra. “Não sou bandida, sempre trabalhei. Estou presa porque nasci mulher, preta e pobre em um país aonde quem manda são homens machistas e racistas.”
Fonte: Brasil 247

PROGRAMAÇÃO PARA OS 202 ANOS DO MUSEU NACIONAL

202 anos do Museu Nacional / UFRJ
O Museu Nacional Vive e celebra mais um aniversário compartilhando boas notícias!
Webinários, lives e vídeos educativos e interativos fazem parte da programação pelos 202 anos do Museu Nacional/UFRJ!
Programe-se e participe!
WEBNÁRIO
Fonte: Museu Nacional

25 de junho | Dia do Imigrante


Hospedaria dos Imigrantes em SP.

Hospedaria dos Imigrantes em SP.

O Decreto nº 30.128, de 14/11/1957, emitido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, instituiu a data no Brasil, escolhida para coincidir com o fim das celebrações da semana da Imigração Japonesa (iniciada em 18 de junho).

A imigração é parte fundamental da história brasileira e ganhou fôlego em 1808, quando D. João VI decretou a Abertura dos Portos e permitiu que estrangeiros possuíssem terras no Brasil. Além dos portugueses colonizadores, italianos, alemães, ucranianos, poloneses, suíços e japoneses foram alguns dos povos que aqui chegaram. Boa parte foi trabalhar nas lavouras de café e, posteriormente, na extração da borracha.
O IBGE aponta que entre 1884 e 1959 o país recebeu quase 5 milhões de estrangeiros. Esse volume decaiu entre as décadas de 1960 e 1990 e cresceu nos últimos anos, em particular com a vinda de venezuelanos e haitianos.
Dentre os grandes núcleos de imigrantes no Brasil, destacam-se os italianos e japoneses no estado de São Paulo, os espanhóis em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, e os alemães nos estados do sul do país. O Rio de Janeiro foi amplamente povoado por estrangeiros em lugares como Petrópolis (alemães), Nova Friburgo (suíços) e o distrito de Penedo em Itatiaia (finlandeses).
O Brasil conta com o maior número de descendentes de italianos do mundo e, segundo estimativas do governo, cerca de 23 a 25 milhões de brasileiros tem algum grau de ascendência italiana. Bairros de São Paulo como Bixiga, Brás e Mooca (onde ficava a Hospedaria dos Imigrantes) são grandes redutos.
Atualmente, os acordos de livre comércio e circulação envolvendo blocos de países e os avanços nos meios de locomoção, tornam as fronteiras mais fluidas. Segundo dados da ONU, cerca de 175 milhões de pessoas vivem fora do país de origem. O número também inclui aproximadamente 25 milhões de refugiados espalhados pelo mundo. Isso leva à formulação de políticas migratórias para equalizar os aspectos positivos da migração e a redução dos seus efeitos negativos.
(Rodrigo Basile, BNDigital)

Entidades estudantis lançam Plano Emergencial para a Educação

UNE, UBES e ANPG aprovam diretrizes para escolas, universidades e pesquisas durante suspensão das aulas devido ao Covid-19
As entidades estudantis UNE, UBES e ANPG lançaram neste terça-feira (24/3) uma série de diretrizes para o funcionamento das instituições de ensino brasileiras durante a pandemia do corona vírus. São ressalvas sobre o papel da universidade e da pesquisa brasileira na enfrentamento ao Covid-19; exigências sobre a segurança dos estudantes; sobre a qualidade de ensino; sobre o funcionamento da permanência estudantil; das atividades acadêmicas; a participação discente nas decisões durante o período; a atuação dos estudantes da área da saúde e providências para os estudantes no exterior.
“O documento está em construção permanente, diante desse momento em que as coisas estão mudando muito rapidamente e novas demandas tem surgido todo dia, qualquer estudante pode também enviar contribuições pra serem adicionadas ao plano”, explicou o presidente da UNE, Iago Montalvão.
Além de disposições práticas sobre o dia-a-dia estudantil, o texto também pede medidas políticas nacionais urgentes como a revogação da PEC 95 do Teto de Gastos que congelou o investimento em Saúde e Educação no país, a garantia de uma renda básica para a população de pelo menos um salário mínimo per capita e a taxação de grandes fortunas para financiar as medidas emergenciais. 

Movimentos contestam prisão de Sara Rodrigues, ativista grávida de Pernambuco


Por Mauro Utida para Mídia NINJA

Sara Rodrigues é mulher periférica de 24 anos, mãe de criança de cinco e gestante, trabalhadora com carteira assinada, ativista dos direitos humanos e militante de movimentos sociais. Além disso, é ré primária, ou seja, nunca cometeu nenhum crime ou violação de direito, mesmo assim está presa pelo crime de tráfico de drogas, decisão que está sendo contestada.
A mobilização social de coletivos e organizações da sociedade civil de Pernambuco pedem liberdade para Sara Rodrigues, uma ativista de 24 anos, mãe de uma criança de cinco anos e grávida de quatro meses. A acusação de tráfico de drogas e prisão tem sido questionada por um coletivo de advogados que se uniram em sua defesa. Sara não tem antecedentes criminais, trabalha com carteira assinada e tem residência fixa. Mesmo com todo este contexto e o agravamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não foram suficientes para ela responder em liberdade.

No abaixo-assinado contra sua prisão, coletivos, movimentos e ativistas dos direitos humanos declaram que a prisão efetuada pela Polícia Militar de Pernambuco foi ilegal e que Sara é acusada de um crime que não cometeu. A carta de defesa reivindica a liberdade imediata da ativista que está presa na Colônia Penal Feminina do Recife, desde o último dia 16. O documento é composto por 214 organizações de todo Brasil e já coletou mais de 5 mil assinaturas, através do link.

Além de mãe, Sara é ativista dos direitos humanos, participante de vários projetos sociais de luta por direitos, militante dos movimentos sociais Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas e Coletivo de Mães Feministas Ranúsia Alves. No contexto da acusação, ela é ré primária, ou seja, nunca cometeu nenhum crime ou violação de direito.
Mesmo assim, a prisão preventiva foi decretada pela juíza Blanche Maymone Pontes Matos, no último dia 17, após audiência de custódia realizada de forma remota, sem a presença dos acusados e defensores, que foram claramente prejudicados. No presídio feminino, para onde Sara foi encaminhada, os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados em abril. “Isso significa que a Justiça decidiu pelo encarceramento de uma jovem, mãe e gestante, portanto grupo de risco, em meio à maior crise sanitária recente do país”, escreveu a jornalista Raíssa Ebrahim para o site Marco Zero

O próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já alertou para um crescimento de 800% de casos do novo coronavírus, entre maio e junho, no sistema prisional brasileiro, levando a uma renovação das recomendações para que magistrados e magistradas considerem a soltura de pessoas privadas de liberdade durante a pandemia do novo coronavírus.

“Tal prisão se deu contrariando expressivamente o que está previsto no Código de Processo Penal brasileiro, pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, tendo em vista que não haviam motivos concretos que justificassem a decretação da prisão preventiva de Sara, mãe de uma criança, gestante, trabalhadora formal, com vínculo empregatício comprovado, com residência fixa e sem antecedentes criminais, não apresentando risco algum para a sociedade ou para o processo”, informa a defesa.

No último dia 19, o Tribunal de Justiça de Pernambuco indeferiu o Habeas Corpus da defesa de Sara e manteve a acusação.

Crime contestado

A ação da PM aconteceu na noite do último dia 16, no bairro Água Fria, na zona norte de Recife, onde Sara mora com seu companheiro, Victor Gabriel. A PM alega ter encontrado drogas na residência – crack, cocaína e maconha, além de materiais para comercialização das drogas. A defesa contesta que as drogas foram forjadas pelos policiais que participaram da ação, prática recorrente nas periferias contra jovens pobres e negros.

A Polícia Militar de Pernambuco,declara que os policiais militares do 13º BPM abordaram a amiga de Sara em frente a residência e na mochila dela foram encontrados drogas. Os policiais entraram na residência, sem mandato e autorização, e conduziu os três suspeitos para a delegacia, onde foram presos em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Sara e Victor permanecem presos. 

“É importante ressaltar que, em meio à pandemia da Covid-19, Sara estava em reunião de ação e planejamento para a distribuição de cestas básicas e kits de limpeza em sua comunidade, trabalho este que se torna essencial diante da ausência e da negligência do Estado com as populações negras e periféricas. Infelizmente, o mesmo Estado que precisa de Sara e de iniciativas como a dela é o que viola seu direito à liberdade e a vida, assim como o direito de sua filha de cinco anos de estar perto da mãe em seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e social”, informa o abaixo-assinado.

Legislação

O coletivo de advogados que atuam em defesa de Sara defendem que a prisão dela é arbitrária. Além de ser mãe de uma criança, gestante, trabalhadora formal, com vínculo empregatício comprovado, com residência fixa, réu primária e não apresentar risco para a sociedade ou para o processo, a prisão também contraria o que está previsto no Código de Processo Penal brasileiro, pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal.

A Lei da Primeira Infância determina que devem ser colocadas em liberdade provisória ou em prisão domiciliar as gestantes, lactantes ou mães de criança com deficiência ou até 12 anos que não respondam por crime violento ou praticado sob forte ameaça. Em 2018, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu conceder prisão domiciliar a todas as detentas grávidas ou mães de crianças de até 12 anos.

Além disso, o Art. 318-A do Código de Processo Penal diz que a prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, caso a mulher não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça nem contra seu filho ou dependente.

No contexto da pandemia, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu uma recomendação, no dia 17 de março, que magistrados considerem a soltura de presos, substituindo penas, por conta do auto contágio da pandemia. A medida incentiva os juízes a reverem caso a caso a prisão de pessoas inseridas em grupos de risco e em final de pena, que não tenham cometido crimes violentos ou com grave ameaça, como latrocínio, homicídio e estupro.

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) estima que 30 mil apenados foram colocados em prisão domiciliar após a edição da recomendação 062/2020 do CNJ. Destaca-se que os dados recebidos por esse órgão não fazem qualquer menção à identificação dos presos e sim ao número de mandados judiciais expedidos em virtude da crise ocasionada pelo Covid-19 no Brasil.

A própria Organização Mundial de Saúde já recomendou que os governos busquem alternativas à prisão, visto que lugares fechados e aglomerações facilitam a transmissão do vírus.

Presídio feminino

A situação das mulheres presas durante a pandemia do Covid-19 preocupa. A Pastoral Carcerária prepara uma pesquisa, que será publicada em breve, sobre a questão da mulher presa. O questionário online já teve centenas de respostas, que apontam para uma preocupante quantidade de mulheres que se enquadram no grupo de risco da Covid-19 e que poderiam ter sido liberadas. 

Segundo dados do CNJ, os presídios femininos têm uma população de 45.750 mulheres, o que representa 6% da população total do sistema carcerário brasileiro. Dados do Cadastro Nacional de Presas Grávidas e Lactantes do CNJ apontam 115 grávidas e 84 lactantes.

No levantamento da Pastoral Carcerária, 34% das respostas afirmam que há mulheres gestantes presas; 20,8% que há crianças presas com suas mães; 41,6% que há mulheres idosas presas, e 51% que há mulheres presas com doenças graves.

Drama carcerário

Conforme dados do Depen (Departamento Penitenciário Federal), até o dia 23 de junho, foram confirmados 3.482 casos de Covid-19, com 875 suspeitos e 56 óbitos registrados no sistema penitenciário do país.

Com uma população carcerária de um total de 760 mil detentos, o Brasil realizou apenas 11 mil testes (1,44%) nos detentos, até o momento, o que representa uma clara subnotificação nos números da doença nos presídios brasileiros.

A superlotação é o principal problema que preocupa a saúde das pessoas privadas de liberdade e atinge presídios de todos os estados, com a falta de mais de 312 mil vagas no sistema prisional brasileiro.

Fonte: MÍDIA NINJA