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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Cristiane Dantas lamenta aumento de feminicídio e defende mais proteção à mulher

O aumento no RN dos casos de feminicídio no primeiro semestre deste ano em relação a 2021 foi o destaque no pronunciamento da deputada Cristiane Dantas (SDD). Durante a sessão plenária desta quinta-feira (18), a parlamentar afirmou que o Agosto Lilás é importante para se intensificar a pauta de combate e proteção à violência contra a mulher. O Agosto Lilás no RN foi efetivado através de lei do mandato da parlamentar, que é autora de 22 leis tratando desta temática.

“Ontem estive em Goianinha, participando do Agosto Lilás e já estivemos em vários eventos e palestras em comemoração aos 16 anos da Lei Maria da Penha, mas infelizmente no RN houve um aumento de 8 para 10 casos comparando com o primeiro semestre do ano passado, por isso que é tão importante tratarmos incansavelmente desta pauta”, reforçou a deputada.

A parlamentar afirmou que é preciso que a sociedade esteja atenta e as mulheres que sofrem a violência procurem ajuda e façam a denúncia. Sobre as leis apresentadas pelo seu mandato, a deputada afirmou: “São leis que vêm colaborando na parte da educação, como é o caso da Maria da Penha na Escola, que educa os adolescentes”, acrescentou Cristiane.

Outro avanço foi a lei que obriga os síndicos a denunciarem os casos de violência nos condomínios. “Nas Câmaras Municipais, Associações e em todos os locais aonde essa temática está sendo discutida, fortalece a participação de  todos em relação à mulher. E é importante que os estabelecimentos também estejam preparados para socorrer toda mulher que surja com um ‘xis’ na mão, para que a ajudem a sair da situação”, reforçou a deputada, em relação ao sinal vermelho em forma da letra ‘xis’ que simboliza um pedido de socorro.

Fonte: Assembleia Legislativo do RN

Novo relatório: Violência contra povos Indígenas - Por Jorge Oliveira

 

Na última quarta-feira (17) o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) lançou a mais recente edição de seu relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil”, que é publicado todos os anos e compila dados sobre violações aos direitos dos povos originários de nosso país. Desta vez, o documento trouxe dados de 2021 e revela o que quem acompanha o assunto verifica na prática: o terceiro ano do governo de Jair Bolsonaro representou o agravamento de um cenário que já era muito difícil e violento para os indígenas brasileiros. 

O relatório registrou aumento em 15 dos 19 tipos de violência mapeados pelos técnicos do CIMI. Foram registrados 176 assassinatos de indígenas em 2021 – apenas seis a menos que em 2020, o ano com o maior número de registros deste tipo de crime. Entre 2015 e 2019, a média era de 123 indígenas assassinados por ano. Em 2021 registrou-se também o maior número de suicídios indígenas dos últimos oito anos, com 148 ocorrências.

Fonte: Por Jorge Eduardo Dantas - Greenpeace Brasil 

Adaptado pelo Centro Potiguar de Cultura - CPC-RN

Bolsonaro não cresceu nada entre os mais pobres com o auxílio | Lula pod...


Fonte: https://blogdeumsem-mdia.blogspot.com

Cientistas da UFRN criam produto para prevenir infecções e aumentar produção de leite

 Foto: Cícero Oliveira - Agecom/UFRN

Um grupo de inventores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) criou uma inovação na área veterinária e farmacêutica: um produto para ser usado na pós-ordenha, capaz de prevenir infecções mamárias em caprinos e bovinos, como a mastite.

Segundo a UFRN, denominado Antisséptico à base de extrato pirolenhoso de eucalipto para uso na pós-ordenha de animais leiteiros, a solução tem componentes naturais, renováveis e que não agridem o ambiente nas fases de produção e utilização. Coordenador do grupo que envolve dez pesquisadores, Alexandre Santos Pimenta explica que a tecnologia tem como princípio ativo o extrato pirolenhoso (EP), um coproduto líquido da produção industrial do carvão vegetal com efeito antibiótico comprovado cientificamente.

“A partir da comprovação dos efeitos bioativos do EP, foram desenvolvidas diferentes formulações, testadas em ensaios microbiológicos contra bactérias causadoras da mastite, primeiro in vitro e depois in vivo, com aplicação tópica das formulações diluídas nos tetos de caprinos e bovinos leiteiros. Os resultados da pesquisa, com processo de produção e produtos patenteados, vem de uma parceria formada há quatro anos. Os resultados de laboratório e de campo comprovaram o efeito antibiótico do produto, apresentando a mesma eficácia em comparação com produto convencional de referência. Além disso, não ocorreu alteração na qualidade do leite, sequer alteração no metabolismo das células dos tetos dos animais, tampouco efeito tóxico às células dos animais”, frisa.

Lenha do eucalipto é a matéria-prima inicial de todo o processo

A mastite é um processo inflamatório da glândula mamária nos animais leiteiros provocada por bactérias patogênicas. Esses micróbios costumam atuar no período da pós-ordenha, momento em que os canais dos tetos dos animais estão abertos e se constituem em porta de entrada para os chamados microrganismos patogênicos, tais como Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli. A inflamação pode provocar sérias perdas na produção dependendo de seu alcance.

Um dos caminhos para inibir a ocorrência de mastites é o uso justamente de antissépticos, como o desenvolvido de forma inédita pelos cientistas da UFRN e da UFERSA. Essas substâncias podem provocar a redução do número de bactérias na pele dos tetos em mais de 90% depois da ordenha. Contudo, de uma forma geral, os microrganismos causadores da mastite vêm adquirindo resistência aos produtos antibióticos usados para o controle da doença, seja pelas limitações de cada antisséptico ou o uso inadequado ou em baixas concentrações de químicos antimicrobianos. Uma outra explicação é a capacidade desses micróbios de formar colônias bacterianas denominadas biofilmes, um tipo de agrupamento com estrutura que confere proteção às condições adversas. De todo modo, a situação leva a uma seleção natural de cepas resistentes, contexto que indica a relevância de utilização de novos produtos para limpeza pós-ordenha.

A invenção

Professor da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), Alexandre Pimenta identifica que a invenção desse novo produto, cujo depósito de pedido de patente ocorreu no último mês de junho, refere-se a um processo de produção e purificação de extrato pirolenhoso (EP) em grau farmacêutico, concentração do produto para redução do teor de água e seu posterior uso após diluição em água. O processo parte da carbonização da lenha, passando pela produção dos líquidos pirolenhosos brutos e posterior refino e ultrainfiltração desses líquidos para obtenção do EP grau farmacêutico.

Ele contextualiza que um ponto importante na caminhada aconteceu a partir de uma publicação de 2020, fruto da dissertação de Waleska Nayane Costa Soares, na qual foi feito um trabalho exploratório com extratos pirolenhosos de duas espécies florestais, a jurema-preta e o eucalipto. Nessa pesquisa, os pesquisadores viram a necessidade de ser formulado um produto antisséptico a partir de extratos pirolenhosos e não somente utilizar esses extratos em seu formato original, porque sozinho o extrato não era efetivo. Este segundo passo acontece nos dois anos seguintes.

“Apesar da conexão, no presente pedido de patente, as reivindicações se referem a uma formulação concentrada e aditivada com alguns componentes, além da adição de emulsificantes, ou seja, um produto em que o extrato pirolenhoso foi primeiramente processado e purificado em grau farmacêutico e testado para comprovar a ausência de uma série de contaminantes que o habilitassem a receber esse grau de pureza. A seguir, o EP grau farmacêutico passou por um processo de concentração por evaporação e depois uma aditivação com dois outros componentes. Trata-se, portanto, de uma formulação inteiramente nova. Disso resultou o antisséptico, produto natural derivado de lenha de reflorestamento do eucalipto clonal, viável tecnicamente, um produto com baixo custo de produção e utilização, cujo processo de obtenção não é agressivo ao meio ambiente em nenhuma das suas etapas”, explica o docente do curso de Engenharia Florestal.

O estudo utilizou as instalações do Laboratório de Tecnologia da MaDeira e Energia da Biomassa Florestal, da UFRN, e do Laboratório de Microbiologia Veterinária e Biotecnologia Animal, da UFERSA, e tem uma lista de extensa de participantes: Francisco Marlon Carneiro Feijó, Nilza Dutra Alves, Caio Sergio dos Santos, Tatiane Kelly Barbosa de Azevêdo, Alexsandra Fernandes Pereira, Gil Sander Prospero Gama, Bismarck Alves da Silva e Gabriel Siqueira Andrade, além de Alexandre e Waleska.

O Brasil e o leite

Com mais de 35 bilhões de litros de leite produzidos no ano de 2021, o Brasil está no grupo de maiores produtores de leite do mundo, junto com Estados Unidos, Índia e China. Ao todo, a sua cadeia produtiva engloba cerca de 50 milhões de animais. Dados da Embrapa publicados em 2020 mostravam que, especificamente em relação a vacas ordenhadas, o Brasil detinha o segundo maior rebanho no mundo, atrás apenas da Índia. No mesmo documento, o valor bruto da produção primária de leite atingia quase R$ 35 bilhões, o sétimo maior entre os produtos agropecuários nacionais. Já na indústria de alimentos, esse valor mais do que duplica, com o faturamento líquido dos laticínios atingindo R$ 70,9 bilhões.

Denominado Cadeia produtiva do leite no Brasil: produção primária, o levantamento salienta que os números expressivos demonstram a importância de um setor que vem passando por grande transformação ao longo das últimas duas décadas. Nesse período, a produção de leite aumentou quase 80% utilizando praticamente o mesmo número de vacas ordenhadas, graças à elevação da produtividade do rebanho. No documento, há a afirmação de que, “graças à adoção de novas tecnologias, foi possível um aumento significativo da produtividade dos animais”. No fervilhar de números e em sua magnitude, emerge a relevância para a incorporação de novas tecnologias capazes de provocar grande impacto na melhoria de produtividade e competitividade da produção no campo.

“As infecções causadas por microrganismos sempre são uma preocupação em qualquer área da saúde. A alta incidência da mastite nos rebanhos leiteiros provocam prejuízos de quase R$ 9 bilhões por ano, entre perda de produção, custos para o produtor rural com consultas e medicação e até descarte de animais. A preocupação, portanto, extrapola a área veterinária em si, já que traz prejuízos à indústria pecuária como um todo, e justifica o desenvolvimento de produtos como o nosso”, finaliza Alexandre.

Fonte: UFRN

Com Potiguar Notícias

Mais de 270 línguas indígenas compõem a diversidade cultural brasileira

 BRASIL CULTURA!

Elemento fundamental de identidade de um povo, as línguas — sobretudo as indígenas — são foco de preocupação de entidades e pesquisadores que lutam pela sua preservação

Quando teve início no começo de agosto, o Censo do IBGE trouxe consigo a missão de compreender melhor como é o nosso povo. E ao colocar uma lupa sobre esse rico universo, um dos elementos que será contabilizado é o número de dialetos e idiomas indígenas falados em nosso território. Ao todo, estima-se que sejam faladas no Brasil mais de 300 diferentes línguas entre as quais estão as de origem indígena — cerca de 274 —, afrobrasileiras (como o Iorubá) e outras provenientes de comunidades imigrantes como japoneses, italianos e bolivianos por exemplo.

Tal quantidade de idiomas indígenas foi apontada pelo Censo de 2010, mas estima-se que esse número possa chegar a 350. Para viabilizar esse trabalho, há poucos dias o IBGE fez um dia de mobilização do Censo Indígena e, com base num levantamento prévio que ajudará no recolhimento das informações, foram identificadas 632 terras indígenas, 5.494 agrupamentos indígenas e 977 outras localidades indígenas, em 827 municípios brasileiros.

Segundo a Unesco, há 190 línguas no Brasil que correm o risco de desaparecer, o que torna o mapeamento uma ferramenta ainda mais importante. Para estimular o cuidado com esse elemento tão fundamental de identidade dos povos, a instituição declarou que o período entre 2022 e 2032 será a Década Internacional das Línguas Indígenas, com o objetivo de apoiar esses povos “em seus esforços para preservar seus conhecimentos e desfrutar de seus direitos”. Segundo a Unesco, embora representem apenas 5% da população mundial, os povos indígenas falam a maioria das 7 mil línguas que existem no mundo .

Uma das formas de cuidar deste patrimônio no Brasil foi instituída em 2010, com o Inventário Nacional de Diversidade Linguística (INDL), gerido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que luta para se manter diante de todo o desmonte promovido pelo governo Bolsonaro. Recentemente, o Iphan anunciou a proposta de inclusão de mais seis línguas no INDL e seu reconhecimento como “Referência Cultural Brasileira”, entre as quais três indígenas (Sakurabiat, Wari’, Salamãi e Kwazá) e o Iorubá.

Pesquisa e mapeamento

Mas, há também muitos estudiosos e pesquisadores que vêm se dedicando ao tema, especialmente nas universidades públicas, e que têm cumprido um papel estratégico na preservação das culturas que fazem parte da nação brasileira. A Universidade Federal do Pará (UFPA), por exemplo, identificou 34 idiomas no estudo “As línguas indígenas no Pará em 2021: fraturas do contemporâneo”, que resultou, inclusive, num mapa interativo com as línguas do estado.

“Para chegar a estes resultados, realizamos uma pesquisa que contou sobretudo com a participação de alunos indígenas das universidades públicas do estado do Pará. Em suas pesquisas, eles produziram, com seus próprios aparelhos de telefones celulares, uma série de vídeos com o objetivo de mostrar os usos sociais de suas línguas na atualidade. A comunicação com alguns deles, em função das dificuldades com o acesso à Internet, aconteceu principalmente por grupos de WhatsApp. Para orientar as pesquisas, produzimos uma série de tutoriais em formato escrito e em audiovisual”, explicou a professora Ivânia Neves, coordenadora do projeto.

Esse tipo de mapeamento contribui diretamente para o enfrentamento de uma série de adversidades que acabam levando ao fim das línguas. Luciana Storto, professora do Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e autora do livro “Línguas indígenas: tradição, universais e diversidade” apontou que muitas vezes o uso de um idioma indígena também se reduz porque os falantes “abandonam suas línguas com base na crença errônea de que para falar bem a língua portuguesa eles precisam deixar de falar suas línguas nativas”.

Ao jornal O Globo, Ananda Machado, especialista em diversidade linguística da UFRR, lembrou: “Outro dia ouvi de uma jovem Macuxi: ‘Estou estudando minha língua para eu ser mais Macuxi’. Diversidade é riqueza. Cada uma dessas línguas descreve um mundo diferente, tem suas lógicas, representa formas únicas de existir”.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA