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segunda-feira, 18 de abril de 2022

Este foi o primeiro colégio particular de Natal - RN - Por Henrique Araújo

 Araújo

O Colégio Imaculada Conceição (CIC) entre os anos 40 e 2010 ficava localizado na Avenida Deodoro, centro de Natal. Ele foi a primeira instituição privada na capital e foi também onde estudei do maternal ao Fundamental; e as lembranças dali são de chorar de tanta saudade.

Sua história começa em 1895, isso mesmo, mais de 120 anos atrás, quando Quatro Irmãs Dorotéias, originárias da Itália, chegaram à cidade, a pedido do Bispo Diocesano Dom Adauto de Mirando Henrique, com o intuito de abrir uma Casa de Educação feminina. Então receberam do governador Alberto Maranhão um prédio na avenida Rio Branco para iniciarem a instalação da casa.

Colégio CIC, Natal-RN no anos 60. Foto: Vento Nordeste (papjerimum.blogspot.com/um-lamentavel-acontecimento-o_23.html)

O CIC então foi fundado no dia 22 de fevereiro de 1902, com a realização de uma missa onde foram abertas as matrículas. As aulas tiveram inicio no dia 01 de março num sucesso tão grande que logo se viu a necessidade de ampliação das instalações.

Com o objetivo de adquirir um novo lugar para o colégio, as irmãs Dorotéias venderam o atual e compraram o Sítio Cucuí, localizado na então distante avenida Deodoro, pertencente à um empresário.

Uma foto da fachada mais recente do colégio, que foi fechado em 2012. Foto: Junior Santos.

Eis que, finalmente, no dia 24 de junho de 1906, as alunas, suas famílias, as irmãs de Santa Dorotéia e a população em geral, fizeram uma nova inauguração, em uma procissão onde se cantavam louvores à Imaculada Conceição.

O prédio então foi demolido em 1937 para construção de um espaço que pudesse albergar o crescente número de estudantes. A construção foi realizada pouco a pouco até ser concluída em 1942 com uma bela arquitetura, se tornando o famoso colégio que conhecíamos até 2012. Foi neste ano em que ele foi fechado devido às altas dívidas e a drástica diminuição de alunos.

As instalações do antigo CIC, em Natal. Foto: Kallyna Kelly

Em 2015 as instalações do CIC foram compradas por uma outra instituição privada, que manteve a estrutura original da primeira escola e fornece aulas de ensino básico e superior. A extinção do colégio foi motivo de vários protestos emocionados por parte de ex-alunos, familiares e demais envolvidos com a escola na época.

Se você gostou não pode deixar de ver: 7 colégios de Natal antigamente

Com informações de História e Genealogia ,Vento Nordeste e Brechando.com.

Entrevista com a poeta Valéria Paz, que lança novo livro “Volume morto”

 

Você está lançando pela Editora Penalux seu novo livro, "Volume morto". Existe algum conceito que perpassa o livro?

A poeta Valéria Paz é mestre e doutora em Letras pela USP, com trabalhos sobre poesia, mídia e memória social, e está em fase de lançamento de seu novo livro de poesias, “Volume morto”. Trata-se de outra metáfora da dor e da ausência, com poemas extraídos da reserva emocional no segundo ano de pandemia. Valéria tem também poemas publicados em revistas literárias e na versão digital da antologia “As mulheres poetas na literatura brasileira”. É professora aposentada e em 2021 publicou, pela Editora Penalux, o livro “Era vida e se quebrou”. Confira a entrevista:

Sim. Quando descobri o título que gostaria de dar ao livro, entendi que os poemas que escrevi em 2021 foram extraídos do que chamei de “reserva emocional”. Estava muito triste e angustiada e tive que ir bem fundo pra encontrar formas de expressar meus sentimentos. Depois, durante a seleção, percebi que os temas poderiam ser agrupados em “cotas”, como são chamados os níveis do volume morto dos reservatórios de água. Gosto muito de analogias entre a manifestação poética e coisas concretas, tecnologias, conceitos científicos etc. Gosto dessa aproximação porque me dá mais chão pra lidar com as emoções. Então dividi o livro em três cotas, que representam e vão revelando o esvaziamento crescente das minhas reservas emocionais nesse ano tão difícil.
 
O que difere e o que se assemelha neste "Volume morto" com seu livro anterior de poesia, "Era vida e se quebrou"?
 
Ah, eles têm muitas semelhanças quanto ao conteúdo e muitas diferenças quanto à organização. Em ambos ficam evidentes minhas “obsessões literárias”, termo que o escritor Marcelino Freire usa muito. E minhas obsessões são o tempo, as ausências, as dores, a alma. Já a organização foi bem mais pensada nesse segundo livro. O “Era vida e se quebrou” é uma coletânea de tudo o que escrevi no primeiro ano da pandemia, que foi extremamente difícil pra todo mundo, com perdas pessoais, emocionais, sociais. Foi quando senti a necessidade de voltar a escrever – coisa que não fazia há pelo menos 25 anos – e produzi compulsivamente poemas e microcontos, gênero que tinha descoberto recentemente. Aí fiz o que o Marcelino Freire diz que não se deve fazer: criei um livro que era um depósito de todos os escritos daquele período, sem planejamento ou outro objetivo que não fosse colocar tudo aquilo pra fora de mim e do meu mundo particular. Foi um prazer enorme ver o livro publicado, mas em retrospecto sabia que não era um projeto coeso, a não ser pela temática. O “Volume morto”, ao contrário, foi mais planejado: é um livro unicamente de poesia e só entraram os poemas que “cabiam” nas cotas definidas.
 
Sua poesia tem um teor emotivo e aborda dinâmicas sobre dores e ausências. Pode falar sobre isso?
 
Sem dúvida. Como já disse, essas são minhas obsessões literárias, mas que têm tudo a ver com os sentimentos dos dois últimos anos, que pra mim foram especialmente pesados no âmbito pessoal e como cidadã brasileira. Todas as perdas, que vão perdurar como ausências, ainda doem muito e a poesia deu um corpo tangível a essas emoções. Mas o componente sensível não é a única base da minha poesia. Como meu poeta preferido e minha grande referência é João Cabral de Melo Neto, o intercâmbio entre razão e emoção é essencial no meu processo criativo. O trabalho racional com a linguagem é fundamental pra não cometer excessos sentimentais.
 
Qual o impacto que a pandemia teve sobre sua obra? "Volume morto" tem o peso dos dias de confinamento?
 
A pandemia propriamente dita não é objeto dos meus poemas, mas acredito que o confinamento fez com que todos nós ficássemos mais introspectivos e angustiados com o macro e o microcosmo, potencializando emoções, medos e solidões (assim mesmo, no plural). Pra maioria pode ter sido enlouquecedor por falta de válvulas de escape, mas pra quem se lançou na aventura de buscar palavras pra descrever esse momento tão penoso e assustador foi um processo até terapêutico. Com reservas, é claro, porque “escrever é risco incalculável / escrever é estar fora de si”, como expresso num poema recente.
 
Pretende lançar "Volume morto" presencialmente? Qual sua expectativa com o novo livro?
 
Não pretendo, pelo menos não até o segundo semestre. Ainda não me sinto segura com todo esse movimento de normalização, que quer acabar com a pandemia “por decreto”. Minha família cumpriu rigorosamente o confinamento desde o começo e não queremos arriscar. Não custa esperar mais um pouco. Então tenho feito a divulgação do livro somente na minha rede social, restrita a poucos e bons amigos. Por enquanto vai indo muito bem assim. Outra ideia é fazer pequenos saraus em casa pra ler trechos do livro e ouvir as composições de um amigo que musicou alguns poemas.
 
Acredita que o poeta tem um papel social e/ou coletivo? 
 
Sem dúvida. Drummond dizia que “a literatura é uma das grandes consolações da vida e um dos modos de elevação do ser humano sobre as precariedades de sua condição”. Então eu entendo que a poesia, como uma forma sublimada de literatura, pode fazer o ser humano transcender suas próprias indigências: indigência inerente à espécie, indigência moral, indigência afetiva. Também acredito que a poesia tem um intrínseco valor ético, capaz de nos transformar pela sensibilização de certos temas. Ela pode significar busca, compaixão, resistência e pode transformar nosso olhar, nossas ações, nossa própria condição humana e consequentemente nossas relações sociais.
 
Como analisa a produção poética/literária em tempos de redes sociais e afetos líquidos?
 
A impressão que temos, como bem mostra a teoria de Bauman sobre a modernidade líquida, é que tudo passa muito rápido, nada é feito pra durar. Os relacionamentos são rasos, superficiais, frágeis, instáveis. Existe uma dificuldade muito grande de comunicação afetiva e as relações humanas estão enfraquecidas, parece que se tornaram meras conexões virtuais. Então a produção literária, com o poder transformador que acabei de citar, pode dar um pouco de sentido e certa durabilidade a essas conexões, pode nos aproximar pelo reconhecimento de certos afetos ou até pela ausência de afetos. Gosto muito quando os amigos virtuais dizem que se identificam com as dores que expresso na minha poesia. É um enorme clichê, eu sei, mas é importante saber que não estamos sozinhos, que não “doemos” sozinhos. Porque no fim todo escritor quer se ver no outro e vice-versa, quer ser ao mesmo tempo particular e único, mas um tantinho universal, nem que seja apenas no universo da nossa bolha. 

Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS

ANOS DE CHUMBO - "Vale a pena lê de novo para não esquecer , jamais! DITADURA NUNCA MAIS!!!" - Eduardo Vasconcelos - Radialista - Blogueiro e Ativista

 Abaixo a ditadura, sempre!

Imagens do Google

Todo ano faço um texto para lembrar e marcar a morte de meu pai, sob torturas, no DOI-CODI de São Paulo, comandado pelo torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra. Este ano, como a direita psicopata resolveu se assumir e fazer apologia dos crimes da ditadura militar, resolvi mostrar a vítima e o crime. Junto deste texto vai a foto de meu pai, o operário Joaquim Alencar de Seixas, destroçado pela ação do herói do bozonaro. Não é agradável ver essa foto para ninguém, mas é necessário publicar.
Durante dois dias seguidos o Major Ustra, o capitão Dalmo Lúcio Muniz Ciryllo, capitão Ênio Pimentel Silveira, delegados Davi dos Santos Araújo, João José Vetoratto e vários outros delinquentes escondidos sob nomes falsos massacram esse trabalhador, que não forneceu sequer seu nome aos assassinos oficiais. Ele derrotou as torturas e os torturadores.
Antes que algum fascista resolva me desafiar a dizer o que ele fez para merecer ser capturado e torturado até a morte, eu falo com orgulho:
1- Ele era um comunista orgulhoso;
2- Ele era um operário que nunca abaixou a cabeça;
3- Ele era um dos líderes do MRT - Movimento Revolucionário Tiradentes;
4- Ele participou de muitas ações armadas, que desafiaram o poderio da ditadura militar e do imperialismo dos EUA;
5- Ele foi acusado de ter participado do justiçamento de Henning Albert Boilesen, instrutor de torturas e financiador do DOI-CODI, mas os torturadores não conseguiram saber nem seu nome por sua boca torturada. Ou seja, não souberam também dessa informação, que é o segredo mais bem guardado da esquerda brasileira.
Abaixo a ditadura, ontem, hoje sempre!
Abaixo o imperialismo, ontem, hoje e sempre!

Fonte: Blog do Sem Mídia

Documentário sobre o trabalho dos profissionais de saúde no combate à Covid vence Festival É Tudo Verdade


Filme está automaticamente inscrito para a disputa do Oscar de melhor documentário de longa-metragem.

O Festival Internacional É Tudo Verdade consagrou o documentário Quando Falta o Ar – um sensível retrato dos profissionais de saúde que atuaram na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus. Dirigido pelas irmãs Ana Petta e Helena Petta, o filme foi anunciado como o vencedor na categoria Competição Brasileira de Longas e Médias - Metragens.

A cerimônia de premiação ocorreu domingo (10/04) no Espaço Itaú de Cinema Augusta, em São Paulo. Além do Troféu É Tudo Verdade, Quando Falta o Ar foi agraciado com o prêmio de R$ 20 mil. O filme está automaticamente inscrito para a disputa do Oscar de melhor documentário de longa-metragem, já que o festival brasileiro é reconhecido como evento classificatório pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos.

Quando Falta o Ar deve estrear nos cinemas ainda neste ano, mas pode ser visto antes: a plataforma É Tudo Verdade Play vai promover uma sessão extra do documentário, nesta terça-feira (12), às 21 horas.

“Ainda emocionada com a premiação de ontem, é necessário dizer que um filme é um trabalho coletivo! Este filme nasce da necessidade de construirmos memória e resistência”, postou, em suas redes, Helena Petta. “Viva o SUS! Viva o cinema brasileiro!”

O júri, composto pela historiadora Eloá Chouzal, pelo diretor de fotografia Carlos Ebert e pelo cineasta Renato Terra, destacou que Quando Falta o Ar “é mais do que uma radiografia contundente e corajosa da pandemia da Covid-19 no Brasil”. Segundo os jurados, “as diretoras conseguem ampliar o entendimento da tragédia humanitária em várias perspectivas: desde os agentes comunitários que trabalham na prevenção até as Unidades de Tratamento Intensivo dos Hospitais, passando pelos corpos ensacados e enterrados em quantidades assustadoras. Tudo feito com um olhar extremamente cuidadoso de quem sabe construir e captar cenas que valorizam os sentimentos humanos dos indivíduos retratados.”

“Além de sua impecável qualidade cinematográfica, Quando Falta o Ar captura a temperatura dos acontecimentos, o heroísmo e a exaustão dos profissionais de saúde à frente da pandemia, a luta pela vida dos pacientes, o alívio intenso dos que não se contaminaram, o medo presente no ar, a tristeza dos que perderam pessoas queridas. É um registro precioso de uma memória coletiva ainda recente e um registro inestimável da importância do Sistema Único de Saúde, o SUS”, finaliza o júri.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA