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terça-feira, 20 de julho de 2021

15ª Primavera dos Museus

 

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) abrirá na próxima segunda-feira (26/07/2021) as inscrições para a 15ª Primavera dos Museus.

Com o tema “Museus: perdas e recomeços”, a temporada deste ano acontecerá entre os dias 20 e 26 de setembro.


Museus, instituições de memória, espaços e centros culturais de todo o país interessados em participar da 15ª Primavera dos Museus deverão realizar suas inscrições preenchendo o formulário disponível na página eventos.museus.gov.br e cadastrar as atividades propostas.


O texto de referência que inspira a discussão em torno do tema e a identidade visual serão apresentados junto com a abertura das inscrições, no dia 26 de julho.

 

Fique atento às nossas redes sociais /museusbr e ao site https://www.museus.gov.br/ para acompanhar, em primeira mão, as novidades.

 

Participe da 15ª Primavera dos Museus!

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Fonte: museus.gov.br

Um exército para se orgulhar: o Batalhão Sagrado de Tebas, formado por homossexuais, que venceu Esparta - por Kiko Nogueira

Guerreiros gregos retratados em vaso de cerâmica

Me peguei pensando no quanto o Exército brasileiro é desprezível depois de ler sobre o Batalhão Sagrado de Tebas, célebre pelas vitórias sobre os espartanos.

Meu sobrinho Pedro escreveu sobre isso em seu site, El HombreA história fascinante desses homens estava numa New Yorker. Fico imaginando um Pazuello, um Braga Netto, um Bolsonaro, tentando a vida aqui:

Em junho de 1818, durante uma visita à Grécia, um jovem arquiteto inglês chamado George Ledwell Taylor saiu cavalgando com alguns amigos a fim de explorar as ruínas de uma antiga cidade denominada Queronéia.

Conforme o grupo de Taylor se aproximava de seu destino, seu cavalo “tropeçou com medo”, como ele lembrou mais tarde, em uma pedra na estrada; em uma inspeção posterior, ele viu que a pedra era, de fato, parte de uma escultura. A escavação acabou revelando uma cabeça de animal com quase um metro e oitenta de altura – ou, como disse Taylor, uma “cabeça colossal de Leão”.

Esse artigo definido e a maiúscula “L” são cruciais. Taylor percebeu que havia descoberto um monumento famoso, mencionado em algumas fontes históricas, mas já perdido, conhecido como o Leão de Queronéia.

O inglês estava estudando a obra “Descrição da Grécia”, de Pausanias, um geógrafo do século II d.C., que afirma que a figura gigantesca do animal sentado havia sido erguida para comemorar uma unidade militar notável que havia morrido ali. O leão, presumiu Pausânias, representava “o espírito dos homens”.

A unidade à qual esses homens pertenciam era conhecida como Bando Sagrado. Composto por trezentos guerreiros da cidade de Tebas, o batalhão estava entre as forças de combate mais temíveis da Grécia, invicto até ser exterminado na Batalha de Queronéia, em 338 a.C. – um combate durante o qual Filipe da Macedônia e seu filho, o futuro Alexandre, o Grande, esmagou uma coalizão de cidades-estado gregas lideradas por Atenas e Tebas.

Os estudiosos vêem Queronéia como a sentença de morte da Era Clássica da história grega.

Outros podem achar a história interessante por diferentes razões. Não menos importante é que o Bando era composto inteiramente de amantes: precisamente cento e cinquenta casais, cujo valor, assim pensavam os gregos, se devia ao fato de que nenhum homem jamais exibiria covardia ou agiria desonrosamente diante de seu amado.

No “Banquete” de Platão, um diálogo sobre o amor, um personagem observa que um exército formado por amantes “conquistaria toda a humanidade”.

Sessenta anos depois que o cavalo de George Taylor tropeçou, novas escavações revelaram um grande cemitério retangular perto do Leão. Os desenhos feitos no local mostram sete fileiras de esqueletos, duzentos e cinquenta e quatro ao todo.

Em “The Sacred Band” (editora Scribner), livro do classicista James Romm, o ilustrador Markley Boyer colou aqueles desenhos do século XIX para produzir uma reconstrução de toda a vala comum. Marcas pretas indicam feridas. Vários guerreiros foram enterrados de braços dados; se você olhar de perto, verá que alguns estavam de mãos dadas.

Fonte: Diário do Centro do Centro - DCM

Eduardo Bolsonaro tem conta suspensa no Facebook após publicar frases atribuídas a Hitler

Eduardo Bolsonaro alega que entrou na justiça para reaver seu direito de “liberdade de expressão”. reprodução: Top notícias

O Facebook suspendeu o perfil do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por 30 dias.

O motivo foi uma postagem do parlamentar citando frases supostamente atribuídas ao líder nazista Adolf Hitler.

Bloqueado desde 14 de julho, o parlamentar recorreu ontem à Justiça do DF contra a rede social, pedindo liminar para derrubar a punição.

O filho do presidente já havia sido suspenso por sete dias por ferir as regras de interação no Facebook. Por isso, a punição desta vez foi mais rígida.

Eduardo está proibido de publicar ou comentar posts no Facebook até 14 de agosto.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO - DCM

Frutas nativas fortalecem a geração de renda e a preservação ambiental no Rio Grande do Sul

 

Produtos Encontro de Sabores

 POR EDUARDO SÁ

A partir da criação de uma Cadeia Produtiva Solidária de Frutos Nativas no Rio Grande do Sul, diversos setores da sociedade civil estão movimentando a economia local e promovendo a conservação ambiental por meio da agroecologia. Os saberes e sabores nativos espalhados por todo o estado estão sendo potencializados em sistemas agroflorestais e geridos de forma dinâmica através da economia solidária. Esta é mais uma experiência identificada pela iniciativa Agroecologia nos Municípios, da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

Butiá, guabiroba, açaí da juçara e goiaba serrana são alguns dos muitos frutos que compõem a biodiversidade no estado. Cada um deles é característico em suas regiões, como o pinhão das araucárias nos campos de Cima da Serra, fazendo parte das paisagens socioculturais e naturais. A partir deles são produzidos diferentes produtos, como sucos, doces, sorvetes, geleias e salgados com alto valor nutricional. É neste contexto que as comunidades locais se articulam em redes, que vão desde a produção à comercialização dos alimentos.

Há pelo menos 30 anos, organizações locais, movimentos, cooperativas e associações, entre outros setores, têm se dedicado à produção agroecológica no estado. A Cadeia Produtiva surgiu em 2011 e,  hoje, conta com a participação direta de cerca de mil pessoas e o envolvimento de, aproximadamente, 500 famílias agricultoras. Ao todo, são 16 unidades de processamento, 8 entrepostos de armazenamento e distribuição de produtos,  12 parceiros comerciais com mais de 45 espaços de comercialização e  cerca de 94 toneladas de alimentos comercializados. Para participar, é preciso estar de acordo com as concepções e valores da cadeia solidária das frutas nativas, além de ser indicado por alguns dos membros, o que acontece durante o encontro estadual.

De acordo com Alvir Longhi, membro da coordenação da Cadeia Solidária das Frutas Nativas do RS, o diferencial dessas cadeias é que, ao invés de uma empresa ou cooperativa, envolve uma rede de diferentes atores que executam funções de forma complementar de uma etapa a outra da cadeia produtiva. Toda a dinâmica é desenvolvida na perspectiva da cooperação, trazendo a dimensão da economia solidária dentro de outra lógica de geração e gestão da economia. Segundo ele, a ideia é avançar gradativamente na agroecologização dos sistemas produtivos e agroflorestais, ao invés de orgânicos em larga escala. 

“O preço da polpa de guabiroba, por exemplo, é definido entre todos os atores que fazem parte da cadeia solidária. Desde os agricultores que coletam, passando pela agroindústria que processa até  o empreendimento responsável pela comercialização. Esse é um dos elementos centrais da cadeia, que se constrói a partir da  economia solidária e da agroecologia. Se antes era necessário gerar experiências tecnológicas e socioprodutivas, hoje o desafio é gerar processos de cooperação entre essas organizações numa mesma perspectiva. Não focar só no ponto de vista econômico individual, que muitas vezes disputa o mesmo mercado”, afirmou. 

As operações são integradas de forma interdependente, desde os setores de fornecimento de serviços e insumos, bem como os setores de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, serviços de assistência técnica e crédito. Tudo visando a conservação do meio ambiente pelo uso da biodiversidade, no fortalecimento da soberania alimentar e a construção de novas dinâmicas de comercialização. Com a valorização da gastronomia e identidade de cada região, a fim de preservar a ancestralidade cultural, é também garantida a preservação dos recursos naturais gerando renda para as comunidades e autonomia para as/os agricultoras/es  e extrativistas. É uma forma de dar visibilidade também aos frutos que são cultivados por gerações da população local e muitas vezes são pouco conhecidos ou utilizados, de forma a sensibilizar também os consumidores urbanos. 

Na última reunião estadual, foram apontadas algumas perspectivas: novos produtos estão sendo testados e há uma ampla campanha de promoção, assim como melhorias das condições de armazenamento das frutas e na logística de distribuição e comercialização. A continuidade da assessoria para produção, melhorias de gestão das agroindústrias e soluções de energias renováveis para redução de custo são algumas das estratégias para o fortalecimento da cadeia, até o final do ano. Segundo alguns integrantes, essas iniciativas são formas de quebrar o antagonismo entre a produção predatória e a preservação que não gera renda e alimentos. É possível produzir alimentos e renda com conservação ambiental a partir dessas espécies.

Sucos de frutas nativas

O resgate dos sabores locais 

O projeto  Encontro de Sabores, no município de Passo Fundo, na região norte e nordeste gaúcha, é um dos que envolvem produtos à base de pinhão, picolés de frutas nativas, conserva de crem (um tubérculo, chamado de batata crem ou raiz forte) e frutas congeladas. Criado em 2007 com o apoio do  Centro de Tecnologias Alternativas e Populares (Cetap), fortalece as ações de promoção dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) e do consumo sustentável. A iniciativa envolve 21 famílias na cidade, além de  dezenas de famílias nos municípios do entorno, com uma capacidade estimada em 10 mil quilos de polpas de frutas por ano.

Segundo Lidia da Rocha Figueiró, uma das idealizadoras do projeto, a capacidade de produção é muito maior, mas ainda encontram dificuldades com o armazenamento, logística e  transportes. A quantidade de matéria-prima só do pinhão, por exemplo, chegou a 5 mil quilos neste ano, gerando diversos produtos para comercialização. As frutas também são guardadas em grande quantidade e vendidas às/aos chefes de cozinha para desenvolverem pratos locais, assim como as polpas.

“A ideia desse empreendimento é mostrar a diversidade de frutas nativas que temos em nossa região e que o público urbano não conhece ou que  tive contato na infância e nunca mais viu esses alimentos. Buscamos  mostrar que agora tem um local com doces, pães, sucos, sorvetes etc, para comer coisas “de antigamente”. Porque as crianças de hoje não têm esse paladar para diferenciar que essa fruta é nativa do Rio Grande do Sul, mas antes,  todos comiam muito quando criança. A ideia é trazer essa história para todo mundo”, afirmou.

Guariroba

Apoio do governo do Estado

A Cadeia solidária das Frutas nativas conta com diversos parceiros, como cozinheiras/os (movimento slow food), ONGs, universidades, entidades internacionais financiadoras, redes de agroecologia, como a Rede Ecovida de Agroecologia,  entre tantos outros setores. O poder estadual gaúcho, por sua vez, se faz presente como um importante parceiro por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA), que promoveu e fortaleceu a Cadeia nos últimos anos visando a valorização e conservação da biodiversidade nativa. O assessoramento técnico, por meio da certificação agroflorestal e extrativista, com suporte técnico de  algumas entidades, como o Centro de Tecnologias Alternativas e Populares (CETAP), ajudou a impulsionar a produção e comercialização dos alimentos.

De acordo com Joana Bassi, analista ambiental da Divisão de Flora da SEMA, uma das formas de apoio da Secretaria é através  da medida de compensação das empresas públicas que têm débito dos processos de licenciamento florestal. Os recursos do Projeto Técnico de Reposição Florestal Obrigatória (RFO) são convertidos em projetos proponentes, que compõem o banco de projetos da SEMA. Tudo isso está em diálogo com as políticas internacionais de conservação pelo uso e fomento a arranjos produtivos sustentáveis.

“Temos dado suporte no processo de certificação e regularização agroflorestal. O último projeto com a Cadeia Solidária possibilitou, em  dois anos, a emissão de  certificação de 140,4 hectares de agroflorestas em várias regiões, totalizando cerca de mil hectares no estado até o momento. A iniciativa está amparada em Planos de Ação Nacional de Conservação com atuação direta da SEMA, que atuam em escala e abordagem territorial. Os projetos possibilitam o desenvolvimento de ações de conservação, incluindo espécies ameaçadas e ecossistemas associados, assim como de promoção e apoio aos modos de vida tradicionais e sustentáveis”, afirmou.


Fonte: Mídia Ninja

Filme “Azangule: o Levante” mostra revolta de escravizados no Rio

A obra narra a história da Revolta liderada por Manoel Congo e por Marianna Crioula. Para muitos historiadores esse foi o mais importante quilombo constituído no Rio de Janeiro, em 1838.

O lançamento do filme Azangule: o Levante, de Pedro Sol e Dani Balbi, ocorre nesta terça-feira (20), com debate às 19h30. Participam do debate, os autores, Anielle Franco e Silvo Tendler. “O filme surge a partir de uma pesquisa preliminar feita pelo diretor, Pedro Sol, que, na condição de morador da região de Paty do Alferes, no Rio de Janeiro, resolveu buscar maiores informações acerca da lenda de Marianna Crioula e Manoel Congo”, explica Dani Balbi, roteirista e uma das diretoras do documentário.

A obra narra a história da Revolta de Paty do Alferes, também chamada de Revolta de Manoel Congo, liderada por ele e por Marianna Crioula. Para muitos historiadores esse foi o mais importante quilombo constituído no Rio de Janeiro, em 1838.

A repercussão da Revolta dos Malês, em 1835, na Bahia, levou temor aos senhores de escravos, com isso, começaram a reprimir com mais virulência as lutas dos seres humanos escravizados. O capataz da fazenda, onde Manoel Congo e Marianna Crioula trabalhavam, matou o escravizado Camilo Sapateiro. Os escravizados exigiram providências do fazendeiro.

Como as providências não vieram, os escravos mataram o capataz e fugiram para as matas. O quilombo foi formado com cerca de 200 escravizados, em novembro de 1838. Utilizaram ferramentas e armas levadas da fazenda de Manuel Francisco Xavier. Foi necessária a intervenção da Guarda Nacional, comandados por aquele que viria a se tornar o Duque de Caxias. A força repressiva prendeu quase todos os revoltosos, matando vários deles.

Não perca a chance de ver essa obra que conta a nossa história

De acordo com Dani, após a aprovação do projeto com recursos da Lei Aldir Blanc, ela foi contatada pelo Pedro para desenvolver de forma mais consistente o argumento, elaborar o arco dramático das personagens, da intriga e dar corpo aos tratamentos do roteiro. “Foram semanas de extensa pesquisa, reconhecimento de locação e rastreamento de documentação, de pesquisadores e de interessados que pudessem nos auxiliar na reconstrução do percurso da rota que fizeram esses seres humanos escravizados”.

Ela relata ainda que chamou a atenção deles “a escassez de referências históricas mais precisas acerca da revolta”, a questão é mais relevante ainda, porque, argumenta Dani, “trata-se da maior revolta de negros contra a situação de escravizados ocorrida no território fluminense. Mais que isso, a forma como o processo de condenação dos poucos recapturados, a maneira como a Guarda Nacional foi mobilizada, os acordos escusos e as disputas entre a fidalguia local revelam muito do século 19”.

A proposta do filme alinha-se com a visão defendida pelo historiador Clóvis Moura (1925-2003), talvez o mais importante estudioso da classe trabalhadora do sistema escravista. Ele sempre enfatizou as inúmeras lutas dos escravizados contra o sistema e pela liberdade, em vez de muitos autores que passavam uma visão passiva dos escravizados.

Dani afirma que “a persistência desses protocolos de hierarquização e dominação, a manutenção da forma como a plutocracia brasileira existe, revela-se muito do presente” e, por isso, “contar histórias como essa, mais do que negritar a forma de organização e resistência da população negra escravizada, ajuda-nos a entender a costura do tecido social brasileiro que enfeixa racismos, sexismo e plutocracia”.

Assista o trailer como aperitivo

Ela destaca a importância do público para filmes como esse serem visibilizados. “Tem sido difícil contar com o apoio quase inexistente do governo nos últimos anos. Ainda assim, algumas conquistas do movimento de realizadores do audiovisual, como manutenção do tempo de tela para produções nacionais, por exemplo, tem forçado a articulação entre cineastas brasileiros e os players que entraram de vez no Brasil, sobretudo nos últimos anos”.

Dani destaca também a importância da “produção de conteúdo independente disponibilizado em plataformas de amplo acesso e que depois podem ser remuneradas ou revendidas, o que, de algum modo, ajuda-nos a sobreviver nesses tristes tempos de aprofundamento da mentalidade neoliberal e de seus protocolos de sobrevida. Esperamos por dias com políticas públicas melhores. Eles hão de chegar, pois não há noite que dure eternamente”.

Dani Balbi, uma das diretoras de Azangule : o Levante
Fonte: Portal BRASIL CULTURA