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domingo, 23 de agosto de 2020

Sérgio Ricardo: “é preciso reagir à barbárie e a esse culto à ignorância que Bolsonaro representa”

 Sérgio Ricardo e Jair Bolsonaro

Sérgio Ricardo e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | Marcelo Camargo/Agência Brasil).

Convidado do programa Um Tom de resistência, na TV 247, o humorista criticou a política econômica de Paulo Guedes, a quem ele considera um mero especulador de mercado, e o governo Bolsonaro: “a ignorância é generalizada. É uma verdadeira ruína”.

247 - O programa “Um Tom de resistência” desta semana recebeu na TV 247 o humorista e radialista Sérgio Ricardo. Um dos ícones do humor no rádio carioca, Sérgio falou com o apresentador, Ricardo Nêggo Tom, sobre o início de sua carreira, quando escrevia textos para o também humorista João Kléber, sua principal referência para fazer humor. “Profissionalmente, comecei escrevendo textos de humor para o João Kléber, quando ele estava começando a carreira. Escrevi o primeiro show do João, chamado J.K em Brasília”.

Conhecido por fazer imitações de personalidades da nossa política, como Paulo Maluf, Leonel Brizola, F.H.C e Jânio Quadros, Sérgio analisou o atual momento social do Brasil sob a administração de Jair Bolsonaro. “A ignorância é generalizada. É uma verdadeira ruína. É um desmonte de governo, das relações internacionais, é um desmanche cultural, é um retrocesso. É o início da descida de uma ladeira”. Para ele, Bolsonaro representa a ignorância do brasileiro, que tende a acreditar na simplificação das coisas, como forma de resolvê-las.

Como forma de combater o fascismo e o obscurantismo da ideologia bolsonarista, ele acredita num união entre os partidos de oposição ao governo, para a retomada de um processo realmente democrático. “A oposição tem um bom contingente de parcela nessa luta, e, nesse momento, eu vejo a oposição meio acomodada. É preciso reagir à barbárie e a esse culto à ignorância”. Sérgio Ricardo lamenta a falta de investimentos na educação e a perseguição cultural que a classe artística vem sofrendo desde que Bolsonaro assumiu o governo.

Formado em economia, Sérgio não acredita que o projeto neoliberal de Paulo Guedes possa ser útil ao país, principalmente no período pós-pandemia. “Nós estamos entre a cruz e a espada. Paulo Guedes é mestre em enriquecer especulando o mercado. Não é mestre em economia”, avalia.

Fonte: Brasil 247

Um Tom de resistência - Entrevista com o humorista Sérgio Ricardo

Tico Santa Cruz critica 'purismo' da esquerda brasileira

Tico Santa Cruz

Tico Santa Cruz (Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados)

“Com uma linguagem acadêmica, você não chega à periferia, não atinge o pobre que está querendo uma solução para o problema agora: fome, dignidade, respeito, segurança”, diz o músico.

247 - “Vivemos um momento no Brasil em que o mais importante é conseguir um diálogo para sustentar a nossa democracia”. É o que pensa o vocalista e líder da banda Detonautas, Tico Santa Cruz, durante uma live no canal de Eduardo Moreira.

Para o artista, é fundamental que o movimento de esquerda, como um todo, esteja unido e, principalmente, acessível. “Dentro da democracia sempre vai ter gente de esquerda, centro-esquerda, centro-direita, e a esquerda atual acha que deve haver um “purismo” marxista quando as pessoas ainda

não têm, sequer, a consciência de classe. Porque, com uma linguagem acadêmica, você não chega à periferia, não atinge o pobre que está querendo uma solução para o problema agora: fome, dignidade, respeito, segurança”, afirma. Para Tico, a agenda esquerdista “descolou” desse diálogo mais objetivo.

Eduardo Moreira compartilha do mesmo posicionamento. “A esquerda se afastou da pobreza, dos pobres.” 

Para Tico, o que “mais importa é quem é o mais inteligente e quem tem mais articulação acadêmica”. “Os evangélicos, hoje, fazem o papel que a esquerda deveria estar fazendo. A pessoa está desesperada, passando dificuldades e ouve uma palavra amiga, de amor, é acolhida, e tem uma base para se reorganizar e, quando isso acontece, a vida dela melhora. A esquerda deveria estar pensando é nesse tipo de conduta. Porque é ela que faz com que as minorias sejam respeitadas”, alerta.

O cantor também dá destaque para a dificuldade de acolhimento. “Se você não consegue acolher as pessoas, só consegue apontar o dedo para dizer que pobre de direita é burro, que o outro é idiota, e ainda que ‘sou marxista, eu li O Capital, eu sei o que é 'mais-valia’. Assim, você está falando com uma bolha”.

Eduardo finaliza, acrescentando: “Se continuar assim, vamos afundar cada vez mais na nossa vaidade que, no final, é um medo de reconhecer que há coisas nas quais precisamos evoluir e melhorar”.

Fonte: Brasil 247

Live com Tico Santa Cruz e Eduardo Moreira - 18/agosto - 2020 - Assistam!

Silvio Almeida: Os regimes autoritários e seus juristas de estimação

 

Nunca houve ditaduras, colonialismo, escravidão e golpes de Estado sem esses teóricos.

A relação entre direito e democracia não é automática e nem necessária. Ainda que a ideia liberal de democracia se vincule à concepção de “Estado de Direito” – ou seja, de que a possibilidade de participação política e o gozo das liberdades devem ser garantias legais –, um olhar atento sobre a história demonstra que nem sempre o direito e os juristas estiveram ao lado da liberdade e da democracia.

Para que esta questão seja mais bem compreendida, é preciso analisar o direito para além de sua dimensão ideológica. Falas em favor da democracia, da liberdade e da justiça repetidas à exaustão não nos apresentam uma outra dimensão fundamental do direito: a tecnológica. Com a ascensão das sociedades industriais as relações econômicas passam a demandar uma forma de subjetividade jurídica que perspectiva todas as dimensões da sociabilidade.

Exemplos de como os juristas são fundamentais para a estruturação de projetos de poder podem ser encontrados no livro “Os Juristas do Horror, de Ingo Müller. Na Alemanha dos anos 1930 as perseguições, a prisão e o assassinato de judeus, comunistas, ciganos, homossexuais, pessoas com deficiência e opositores do regime tiveram uma organização técnica e jurídica.

A institucionalização da ordem socioeconômica do nazismo contou com uma racionalidade jurídica cuidadosamente urdida. A destruição dos pactos da Constituição de Weimar, a produção de teorias jurídicas que pregavam a defesa da “pureza da raça” e a criação e aplicação das Leis de Nuremberg mostram que o nazismo não prescindiu de uma face jurídica.

A tessitura jurídica do poder nazifascista não foi criada por amadores ou incompetentes que desconheciam o direito. Foram juristas “respeitáveis”, professores importantes, “homens de bem” que colocaram toda sua inteligência e prestígio à disposição do regime. A construção do autoritarismo demanda alguma sofisticação já que é preciso casar ideologia e técnica.

Daí a importância de teorias e tecnologias jurídicas que institucionalizem a violência política, cuja forma racional são as leis, as decisões jurídicas e as formalidades processuais. A verdade é que nunca houve ditaduras, colonialismo, escravidão e golpes de Estado que não contassem com juristas de estimação.

Mesmo sob a égide de uma Constituição democrática, os efeitos de uma cultura antidemocrática, racista e dependente podem ser sentidos na atuação dos juristas. Como é possível que haja juristas racistas, sexistas e autoritários em países cujas leis apontam em uma direção democrática?

A resposta é que a mentalidade dos juristas não é totalmente conformada pelas leis ou pelo ensino jurídico. O juristas, assim como economistas, não pairam sob nuvens acima das disputas do mundo real, embora muitos acreditem que sim. Advogados, juízes, promotores e professores de direito são forjados por disputas políticas, por interesses econômicos e por práticas de poder.

Não são os senhores de sua própria casa. Há juristas realmente comprometidos com a democracia, disso não há dúvida; mas há aqueles que fazem de seu mister criar mistificações moralistas que se prestam a ocultar o papel do direito na estruturação técnica da morte.

Portanto, não é incomum que juristas, mesmo os que se dizem “liberais”, usem do prestígio, e às vezes do conhecimento que detêm, para dar guarida técnica e ideológica a medidas autoritárias. A corrosão das bases da democracia pela via do direito não precisa ser feita por meio de um ataque frontal às instituições, como nos golpes de Estado. Basta que juristas e instituições jurídicas: a) chancelem o fascismo sob pretexto da “liberdade de opinião”; b) calem-se ante a proliferação de práticas e discursos racistas; c) sejam coniventes com a violência estatal e seus incentivadores; d) omitam-se diante da flexibilização de direitos e garantias fundamentais; e) sustentem as formas de exploração e dominação social.

Por isso, não estranhemos a presença de juristas em tramoias antidemocráticas. O compromisso dos juristas com a democracia se mede pelo modo com que se posicionam. Em tempos de ameaça aos princípios da República e à democracia, juristas verdadeiramente republicanos e democráticos não deveriam se esconder atrás de uma pretensa neutralidade.

Por isso, são dignas de nota as iniciativas de juristas que se dispõem a enfrentar o autoritarismo. Apenas para ficar em dois exemplos recentes, primeiramente destaco a criação da Tribuna de Juristas, projeto idealizado pelos professores Rose Naves e Plínio de Arruda Sampaio Jr. e pela jurista Kenarik Boujikian, que pretende debater a possível prática de crimes pelo atual presidente da República.

Assinalo também a importância da ação proposta junto ao Supremo Tribunal Federal por movimentos sociais e organizações não governamentais e que resultou na proibição de operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia. Direito e política são coisas distintas, mas imbricadas.

Publicado originalmente na Folha de S.Paulo

Fonte: Portal Brasil Cultura

Você sabia que ontem (22), foi o Dia do Folclore?

 

A palavra Folclore, segundo o dicionário significa conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou cançõesÉ um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da imaginação das pessoas, principalmente moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas dessas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Alguns deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

Lendas

São histórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Mitos

São narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar alguns fenômenos da natureza, criavam mitos com este objetivo: dar sentido às coisas do mundo. Os mitos também serviram como uma forma de passar conhecimentos, alertar as pessoas sobre alguns perigos, defeitos ou qualidades dos seres humanos. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido à vida e ao mundo.

Proteção Jurídica

Que existe uma proteção jurídica para o folclore? Está na Constituição Federal:
Art. 215. “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional e apoiará e incentivará a valorização e difusão das manifestações culturais.”

A importância do Estudo do Folclore

O Estudo do folclore é o estudo da alma de um país, é o estudo do modo de ser da gente, do povo, das suas maneiras de pensar, de agir e sentir. É a mentalidade de um povo. É a lição que nos vem sendo transmitida através das gerações.

Se não conhecemos a mentalidade de um povo, não conheceremos os efeitos de uma vida futura. A sementeira só germinará se anteriormente o terreno for estudado, conhecido e preparado.

O Folclore na Escola

O folclore não está desvinculado do cotidiano do aluno, desde que o professor esteja atento ao fato de que o folclore é a origem de tudo o que a cultura humana vem construindo e sofisticando através dos séculos.

Na sala de aula pode estar presente em várias disciplinas, embora sua maior aplicação esteja no setor de linguagem oral e escrita, com a amplitude dos contos. A criança é conduzida a um mundo de fantasias. O conto é um veículo educativo, usado nas mais antigas civilizações. Os provérbios, que representam a condensação da sabedoria, as adivinhas, que são testes de conhecimentos, as parlendas, os jogos, os brinquedos que estimulam as relações sociais e reafirmam a unidade do grupo.

Na História do Brasil, na Geografia e nas Ciências, as lendas relativas à escravidão, mineração, bandeiras, os heróis brasileiros, e os ambientes que viveram, as serras, lagoas, cada um com seus mitos.
Em Matemática, inúmeras fórmulas e outras contribuições em parlendas, poesias e jogos.

Em Artes, enfatizam-se os trabalhos manuais, artesanatos, uso do material local, música, melodia, instrumentos.

O aproveitamento do folclore no Ensino Fundamental é das mais válidas contribuições, pela intenção formativa e pelo caráter de nacionalidade que imprime.

O Congresso Nacional Brasileiro, oficializou em 1965 que todo dia 22 de agosto seria destinado à  comemoração do folclore brasileiro. Foi criado assim o Dia do Folclore Nacional. Foi uma forma de valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro. Desta forma, a cultura popular ganhou mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada. O dia 22 de agosto é importante também, pois possibilita a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração.

Comemoração

O Dia 22 de agosto é marcado por várias comemorações em todo território nacional.

Nas escolas e centrou culturais são realizadas atividades diversas cujo objetivo principal é passar a diante a riqueza cultural de nosso folclore. Os jovens fazem pesquisas, trabalhos e apresentações, destacando os contos folclóricos e seus principais personagens. É o momento de contarmos e ouvirmos as histórias do Saci-Pererê, Mula-sem-cabeça, Curupira, Boto, Boitatá, etc.

 

Saiba mais sobre Folclore aqui no Portal Brasil Cultura

Fonte: Portal Brasil Cultura

Adaptado pelo CPC/RN, em 23/08/2020