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domingo, 9 de outubro de 2022

POLÍTICA Após 1º turno, nordestinos viram alvo de xenofobia nas redes - por Bárbara Luz

Lula em Morada Nova, no Ceará, durante caravana Lula Pelo Brasil | Foto: Ricardo Stuckert

Após o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais que aconteceram neste domingo (2), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveram lamentáveis ataques de xenofobia contra a população da região Nordeste do Brasil, por terem colaborado com o amplo resultado que o ex-presidente Lula (PT) obteve nas urnas. Lula ganhou em todos os estados locais.

Na manhã desta segunda-feira (3), a expressão “Cuba do Sul” e “nordestino” tornaram-se os assuntos mais comentados no Twitter, com pessoas xingando e outras defendendo. Os bolsonaristas afirmaram que o Nordeste quer fazer do Brasil “uma nova Cuba” e atacaram a região usando estigmas de ‘pobreza’, ‘analfabetismo’, ‘burros’ entre outras ofensas que associavam a fome e a miséria com o voto em Lula.

O comentarista Rodrigo Constantino, apoiador ferrenho de Bolsonaro, foi um dos que fizeram essa relação. Nas redes sociais, Constantino ressaltou que “a parte do país que mais recebe assistencialismo decide sobre a parte do país que mais produz para o PIB.”

Alguns alunos de um colégio particular da região central de São Paulo, não ficaram de fora. Os estudantes usaram o ‘Status’ do WhatsApp para ofender à população nordestina chamando-os de “pobres analfabetos” e “burros”. Veja imagens abaixo.

A discussão nas redes sociais atingiu artistas nordestinos que saíram em defesa da região como a cantora e ex-bbb Juliette Freire. Nesta segunda-feira (4), Juliette disse que está sendo alvo de comentários xenofóbicos após o primeiro turno eleitoral.  No Instagram, a advogada lamentou os ataques e orientou os seguidores sobre como proceder caso sejam vítimas de xenofobia. “Hoje foi o dia inteiro de comentários xenofóbicos, preconceituosos. Esse post que eu fiz agora, mostra o quanto é simples a denúncia, você tira print, vai ao site da Polícia Federal ou do Ministério Público Federal, preenche o formulário e faz a sua notícia crime”, orientou. Ela também se manifestou no Twitter.

Já o economista Gil do Vigor usou os stories da mesma rede para defender o Nordeste dos ataques dos xenófobos virtuais. “Em termos de política, nós precisamos colocar a cabeça no lugar, se conscientizar, respeitar o outro… Isso é democracia. Posso ter o meu pensamento e eu quero ser respeitado por ele, então preciso também respeitar o outro”, começou o economista.

Na sequência, Gil, que é estudante de PhD de Economia da Universidade da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos, destacou que é necessário “respeito”. “Uma coisa que não se pode tolerar é a xenofobia. Estou vendo uma galera sendo xenofóbica com o pessoal do nordeste, o meu Nordeste, e que defendo sim. O nosso Nordeste precisa de respeito”, disse. Assista aqui.

O humorista e Youtuber Whindersson Nunes, também rebateu os comentários em seu Twitter. “Vocês tentam esconder, mas você vê todo um povo gente boa demais, trabalhador demais, como ‘pessoas que querem dinheiro fácil’ ou que ‘não produzem nada’. O Nordeste não é sua empresa, não preciso mais construir calçadas para você andar.”, escreveu ao rebater um comentário que na foi apagado logo em seguida, mas a tempo o suficiente para ser printado por outro internauta.

O Nordeste deu a Lula, candidato da Federação Brasil da Esperança, 12,9 milhões de votos de vantagem em relação a Bolsonaro. O ex-presidente também foi maioria nas capitais nordestinas. O placar do primeiro turno presidencial na região ficou em 66,7% para Lula, contra 27% para Bolsonaro.

Xenofobia é crime

Xenofobia é considerada crime no Brasil. De acordo com a Lei 9459, de 13 de maio de 1997, serão punidos os crimes “resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

A pena é reclusão de um a três anos e multa por “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Fonte: Portal Vermelho

POR QUE A REFORMA ADMINISTRATIVA FAZ MAL? | EDUCAÇÃO NA BERLINDA - JORNALISTA: MARIA CARLA Fonte: SINPRO-DF

 


Levantamento do site “De olho nos planos” mostrou que 75% das candidaturas para governador, deputados estaduais, deputados federais e senadores não mencionaram nada sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) e, mesmo assim, foram eleitos. Também foram eleitos políticos empresários que atuam dentro do Congresso Nacional para privatizar os serviços públicos.

A consequência não tardou. O atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reeleito para o cargo de deputado, disse que irá colocar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da reforma administrativa, de volta no debate parlamentar. A proposta é um dos principais projetos do governo Bolsonaro e tem como um dos alvos prioritários a educação pública. Isso porque a reforma administrativa viabiliza a privatização dos serviços públicos e significa que, além dos impostos que já paga, a população poderá pagar também para ter educação, saúde, segurança,  previdência, assistência e vários outros direitos contidos na Constituição.

Uma das modificações que a PEC 32 traz é no artigo 37 da atual Carta Magna. Ela modifica totalmente o texto desse artigo e apresenta o artigo 37-A, no qual propõe uma “inovação” com uso dos denominados “instrumentos de cooperação”, que alteram os princípios constitucionais. O atual artigo 37 define o que é a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e determina que tais poderes devem obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

O novo texto proposto no artigo 37-A da PEC, o governo Jair Bolsonaro cria os denominados “instrumentos de cooperação”, que afetam diretamente o magistério público. “O governo determina que o serviço público pode ser executado por meio de instrumentos de cooperação. A exceção fica para as atividades privativas de cargos típicos de Estado. Ou seja, implanta a privatização dos serviços públicos por meio dos instrumentos de cooperação”, explica Cláudio Antunes, diretor do Sinpro-DF.

Em estudo preliminar sobre o texto do art. 37 proposto pela PEC 32/20, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) explica que, “ao vincular a gestão de pessoal a premissas empresariais, e sendo o governo conservador e pautado em questões ideológicas como o atual, não resta dúvida de que os novos princípios da imparcialidade, da responsabilidade, da unidade e da coordenação servirão para pautar os processos de avaliação (podendo culminar na quebra da estabilidade do servidor) e para orientar contratações de pessoal terceirizado via Organizações Sociais (OS) e mesmo por empresas privadas”.

E esclarece que “os conceitos de inovação, boa governança e subsidiariedade darão suporte à ampla privatização pretendida pela reforma e conforme dispõe o art. 37-A da PEC 32/20: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão, na forma da lei, firmar instrumentos de cooperação com órgãos e entidades, públicos e privados, para a execução de serviços públicos, inclusive com o compartilhamento de estrutura física e a utilização de recursos humanos de particulares, com ou sem contrapartida financeira”.

Trata-se de uma reforma que altera a lógica do Estado, do serviço público e dos prestadores desses serviços, com grave risco de aparelhamento estatal e de amplas benevolências econômicas a setores privados com maior afinidade aos governos de plantão.

“Os fatos são duros e indicam que a reeleição desse projeto neoliberal, neocolonial e conservador, representado pelo candidato Bolsonaro, será o fim de uma conquista histórica da humanidade e respeitada em todos os países democráticos: o Estado democrático de direito e de bem-estar social, como prevê a Constituição de 1988”, alerta Berenice Darc, diretora do Sinpro.

A diretora diz que os estudos sobre a PEC 32 mostram que, numa eventual reeleição de Bolsonaro, será muito fácil transformar os serviços públicos e gratuitos, executados hoje pelo Estado brasileiro, em serviços pagos não só por causa da PEC em si, mas porque ela estará casada com várias reformas já aprovadas e legislações extintas desde 2016. Entre elas, a aprovação da lei das terceirizações irrestritas, aprovada no governo Temer.

“Se a PEC 32 for aprovada, a situação que vivemos hoje na educação do Distrito Federal, por exemplo, em que já há mais de 12 mil professores(as) atuando na rede pública por contrato temporário, irá se estender não só na Educação, mas em todo o serviço público. Quem vai perder com isso não é somente os servidores ou quem pleiteia ingressar nas carreiras do Estado, mas, principalmente, a população, que, além de pagar impostos, terá de pagar pelos serviços”, alerta Berenice Darc.

Série

A matéria sobre a privatização do serviço público é a segunda da série “Por que a reforma administrativa faz mal?”, do Sinpro-DF. O material começou a ser veiculado após o pronunciamento do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL), no último dia 3 de outubro. Reeleito ao cargo de deputado, Lira disse que colocará de volta no debate parlamentar a reforma Administrativa (PEC 32).

Apresentada em 2020, a Proposta de Emenda à Constituição é um dos principais projetos de Jair Bolsonaro/Paulo Guedes. Anunciada como uma forma de “modernizar o serviço público” e “desinchar o Estado”, a PEC 32 gera o revés disso. Na prática, ela destrói princípios fundamentais do serviço público, causando precarização do trabalho e do serviço prestado à população, abertura para perseguições políticas e outras perdas irreparáveis ao povo e ao Estado Democrático de Direito. Acompanhe!

>> Leia também: POR QUE A REFORMA ADMINISTRATIVA FAZ MAL? | ESTABILIDADE EM XEQUE

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Fonte: SINPRO-DF

Cinema de SP terá filmes de 60 países

Começa no dia 20 de outubro a 46ª edição da tradicional Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. As exibições vão até 2 de novembro com programação majoritariamente presencial. Serão apresentados 223 títulos, de 60 países, que foram divididos em três segmentos: Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores e Mostra Brasil. A abertura do evento, só para convidados, será no dia 19, na Cinemateca Brasileira, com o filme Triângulo da Tristeza, de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes

Entre as homenageadas desta edição, está a cantora e atriz Doris Monteiro, protagonista de Agulha no Palheiro (1953), de Alex Vianny. Ela receberá o Prêmio Leon Cakoff e o filme, que foi restaurado pela Cinemateca Brasileira, será projetado na instituição. O Prêmio Humanidade será entregue à diretora Ana Carolina, durante a apresentação especial de seus filmes Mar de Rosas, Das Tripas Coração, Sonho de Valsa e Paixões Recorrentes.

Jean-Luc Godard, que morreu no dia 13 de setembro deste ano, receberá homenagens com a Apresentação Especial do documentário Até Sexta, Robinson, de Mitra Farahani. O filme traz momentos de um diálogo que durou 29 semanas entre o diretor franco-suíço e o cineasta e escritor iraniano Ebrahim Golestam. O jornalista, escritor e diretor Arnaldo Jabor, que morreu no começo deste ano, também será reconhecido com a exibição do longa Eu Te Amo.

Cinco títulos selecionados propõem “Olhares sobre a Amazônia”. Entre eles, um documentário inédito de Jorge Bodanzky: Amazonas, a nova Minamata. Desde 1976 o diretor realiza filmes sobre a região. A seleção é composta ainda por Pisar Suavemente na Terra, coprodução Brasil e EUA, de Marcos Colón; Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho; À Margem do Ouro, de Sandro Kakabadze e Uyrá – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi.

Premiados

A 46ª Mostra traz filmes que se destacaram nos principais festivais internacionais em 2022. De Cannes, por exemplo, além do grande vencedor que abrirá esta edição, serão exibidos filmes como As Oito Montanhas, de Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, vencedor do Prêmio do Júri; Boy From Heaven, de Tarik Saleh, Melhor Roteiro; La Jauría, de Andrés Ramírez Pulido, vencedor do Grande Prêmio da Semana da Crítica, entre outros.

Serão exibidos também premiados no Festival de Veneza, no Festival de Berlim, no Festival de San Sebastián e no Festival de Locarno, o qual premiou o brasileiro Regra 34, de Julia Murat, vencedor do Leopardo de Ouro de Melhor Filme.

Mostra Internacional de Cinema –

Terão espaço ainda os indicados ao Oscar. Estão na programação 13 obras que foram indicadas por seus respectivos países para concorrer a uma vaga como Melhor Filme Internacional. São eles: da Costa Rica, Domingo e a Neblina, de Ariel Escalante; da Alemanha, Nada De Novo No Front, de Edward Berger; da Islândia, Belas Criaturas, de Guðmundur Arnar Guðmundsson; do Irã, Terceira Guerra Mundial, de Houman Seyyedi; do Japão, Plano 75, da diretora Chie Hayakawa; da Lituânia, Peregrinos, de Laurynas Bareiša; do Paquistão, Joyland, de Saim Sadiq; da Palestina, Febre do Mediterrâneo, de Maha Haj; de Portugal Alma Viva, de Cristèle Alves Meira; da Espanha, Alcarràs, de Carla Simón; da Suécia, Boy from Heaven, de Tarik Saleh; da Suíça, Um Pedaço do Céu, de Michael Koch; e, pelo México, Bardo – Falsa Crônica de Algumas Verdades, de Alejandro G. Iñárritu.

A venda de ingressos terá início no dia 15 de outubro com a disponibilização de pacotes pelo aplicativo do evento ou pelo site da Velox. No app, que poderá ser baixado a partir de 14 de outubro, o público confere toda a programação, faz reserva de ingressos para credenciados e pode também comprar ingressos individuais.

O circuito pago terá exibições na Cinemateca Brasileira, no Cine Marquise, no Reserva Cultural, no Cine Sesc, no Instituto Moreira Salles, no Cineclube Cortina, no Cine Satyros Bijou, no Museu da Imagem e do Som, e no Espaço Itaú de Cinema Augusta e Frei Caneca. As exibições com preços populares serão na Biblioteca Roberto Santos e no Centro Cultural São Paulo.

Já o circuito gratuito terá programação no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), no Centro de Formação Cultural Tiradentes e nos Centros Educacional Unificado (CEU) Perus, Meninos e Vila Atlântica.

Nas plataformas Sesc Digital e Spcine Play, será possível assistir gratuitamente dez e sete títulos, respectivamente, selecionados pela curadoria do evento.

A programação completa está disponível no site da mostra: https://46.mostra.org/

Edição: Claudia Felczak

Fonte: Portal BRASIL CULTURA