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domingo, 21 de outubro de 2018

Movimento independente lança “Manifesto da Literatura pela Democracia”

O texto, escrito por Julián Fuks, conta com assinaturas de Chico Buarque, Raduan Nassar, Bernardo Kucinski e Lygia Fagundes Telles, entre outros
O escritor, crítico literário, e tradutor de diversos títulos – alguns presentes nas indicações da categoria “Imperdíveis“, Julián Fuks, publicou em suas redes sociais o “Manifesto da Literatura pela Democracia”, por ele escrito.
O texto posiciona a classe literária assinante frente à fragilidade democrática instaurada pelo cenário político do país, que aproxima-se do 2º turno eleitoral.
“Diante do descalabro que parece iminente nestas eleições, me pediram que escrevesse este ‘Manifesto da Literatura pela Democracia’, a ser subscrito por escritores e escritoras e demais profissionais do livro”, escreveu Julián.
Nomes como Raduan Nassar, Chico Buarque, Lygia Fagundes Telles, Luis Fernando Veríssimo, Roberto Schwarz, Diamela Eltit, Mia Couto, Bernardo Kucinski, Gregorio Duvivier, Alberto Martins, Maria Betânia Amoroso, Mirna Queiroz, entre muitos outros, assinaram o Manifesto. Para assinar, acesse o link.
Fuks chama também para um ato na Tapera Taperá, em São Paulo, no dia 26/10, às 19h. “Para reunirmos forças e palavras, e para enfrentarmos juntos esse horror que nos afronta. Cedo ou tarde, a democracia, a liberdade, a empatia, hão de se impor”, finaliza.
Confira o texto na íntegra:

Manifesto da Literatura pela Democracia

“Se o país não estivesse imerso em tanta fúria, tanto ódio, tanto grito, se por um instante se instalasse algum silêncio, talvez todos ouvissem o sinal de alarme: algo está em perigo. Funcionam os hospitais, os tribunais, as delegacias, abrem-se as repartições, mas não há nenhuma normalidade em nossos dias, nenhuma tranquilidade é possível. Em pouco tempo caminharemos às urnas com as mãos desarmadas, exerceremos com liberdade o ofício do voto, e ainda assim o alarme soará por toda parte: a democracia está em perigo.
A democracia não se resume à possibilidade de depositar um voto na urna; supõe, antes disso, o direito de todos e todas, pleno e absoluto, à existência. O candidato Jair Bolsonaro fere a democracia porque defende o desaparecimento de muitos: de seus adversários, que anseia por banir da política; dos ativistas, que quer extirpar do país; de quilombolas e índios, que pretende privar de suas terras; da comunidade LGBT, intimidada a conter em público seu afeto; dos jornalistas críticos, constantemente ameaçados por ele próprio ou por seus seguidores.
A democracia não sobrevive apenas com um respeito momentâneo às normas; sua preservação requer um compromisso constante com o Estado de Direito. Bolsonaro vem ferindo a democracia há décadas, em seu louvor às opressões da ditadura, em sua defesa insistente da tortura e do extermínio. Ameaçou a democracia no passado, e sua candidatura a ameaça no futuro, com o aceno a medidas autoritárias. A cada declaração ou insinuação, o sinal de alarme soa mais alto.
A cultura ele também quer abater, mas a cultura não se abate. A literatura ele quer calar, mas a literatura não se cala. Contra a censura, contra o desprezo, contra o desdém, contra a imposição de falsas verdades e de equívocas certezas, escritores e escritoras sempre souberam se erguer. Eis o ativismo da literatura, o ativismo que ele não poderá extirpar: a literatura será sempre um dos grandes antídotos para a desumanidade e a indiferença.
Por isso aqui nos erguemos, escritores e escritoras, críticos e críticas, editores e editoras, exercendo nosso ofício da palavra, ouvindo como outros o ruído das sirenes. Por isso clamamos por uma união de todos e todas que prezem pela democracia, que valorizem a existência da diversidade e do dissenso. A literatura, afinal, tem como ideal e como fim a aproximação ao outro, a compreensão de suas aflições, de seus suplícios, o encontro entre diferentes. E ainda que resista às circunstâncias mais adversas, como resistimos e resistiremos, a liberdade há de ser sempre o seu maior instrumento.”
Fonte: PáginaB!
Com Brasil Cultura

Hatoum: Bolsonaro “disputa com seu vice baixeza ética e intelectual”

Vencedor do Troféu Juca Pato de intelectual do ano de 2018, o romancista amazonense Milton Hatoum, 66, reafirma o voto no segundo turno em Fernando Haddad (PT) e se posiciona contra o extremista de direita Jair Bolsonaro (PSL). Para Hatoum, o ex-capitão, que defende torturadores e ditaduras, “será um vexame como chefe ou chefete de Estado”, se ganhar a eleição presidencial.
Por Claudio Leal
Divulgação Milton Hatoum recebeu o Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano 2018 Milton Hatoum recebeu o Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano 2018
“O novo que Bolsonaro propõe é uma volta à prática mais velha, insidiosa e violenta da política. Durante 15 anos ele fez parte do PP, o partido mais corrupto, mais citado pela Lava Jato”, afirma o autor dos romances Dois Irmãos (2000) e A noite da espera (2017).
“Ele disputa com o seu vice [Hamilton Mourão] a baixeza moral, ética e intelectual. Juntos, representam o par perfeito da indignidade, da fúria e do ressentimento anti-intelectual”, acrescenta.
Confira a íntegra da entrevista:
Como você avalia a onda de violência na campanha e o sentimento crescente de medo político na sociedade brasileira, num momento em que candidatos com propostas autoritárias recebem grandes votações?
O anti-petismo prevalece no discurso de baixo nível dos eleitores de Bolsonaro. Mas está misturado com outras fobias. Nos últimos anos, grande parte da imprensa atribuiu todos os males da política ao PT. Essa imprensa inventou fantasmas poderosos: a ameaça da “venezuelização” do Brasil; a corrupção como atributo de um único partido, uma falácia alimentada por um setor do poder judiciário totalmente partidário ou anti-petista. A equipe de Bolsonaro vem trabalhando há anos na formação de grupos de milicianos nas redes sociais. Eles propagam notícias falsas e asquerosas, como o kit gay, a ameaça do comunismo e tantas outras. A lavagem cerebral casou muito bem com a frustração, o ressentimento, o desemprego, o desamparo. Esse jogo sujo foi maciçamente financiado por políticos e empresários ligados à indústria de armas, às igrejas evangélicas e ao agronegócio. Fui contra o impeachment de Dilma Rousseff, mas é preciso admitir que ela cometeu erros muito graves nas políticas econômica, ambiental, indigenista. Em várias entrevistas Fernando Haddad reiterou essa crítica, mas a maioria dos eleitores quer uma mudança: a ilusão de algo novo. O novo que Bolsonaro propõe é uma volta à prática mais velha, insidiosa e violenta da política. Durante 15 anos ele fez parte do PP, o partido mais corrupto, mais citado pela Lava Jato. O patrimônio de um dos filhos do capitão quadruplicou em pouco tempo. A família Bolsonaro enriqueceu como num passe de mágica. Quando a Folha questionou a origem dessa riqueza súbita e misteriosa, o pai e os filhos (todos políticos) não responderam. Bolsonaro é a personificação perfeita do político muito abaixo da mediocridade. Não sabe argumentar. Mal sabe ler e falar. Ele disputa com o seu vice a baixeza moral, ética e intelectual. Juntos, representam o par perfeito da indignidade, da fúria e do ressentimento anti-intelectual. Basta lembrar que o livro de cabeceira do capitão (punido por indisciplina) é a obra asquerosa de um torturador. Essa é a leitura de quem pretende ser presidente do Brasil. Será um vexame como chefe ou chefete de Estado. Fernando Haddad reúne todas as qualidades de um grande candidato: o trabalho exitoso como gestor e executor de políticas de inclusão social como prefeito de São Paulo e ministro da Educação. Um professor competente da USP e do Insper. Uma competência e uma dignidade que Ana Estela Haddad também possui. Acho que essas qualidades incomodam e até atormentam os fanáticos boçais e ignaros. Os eleitores indecisos, e os que votaram branco/nulo devem refletir sobre isso.
O que você diria a quem acredita em saídas autoritárias para o Brasil?
Não saída, e sim impasse, como num romance trágico. Haverá mais violência e miséria, os pobres e a classe média serão mais penalizados. Ele terá o apoio dos políticos mais corruptos. Se não formar uma maioria no congresso, recorrerá à força. Será uma ditadura disfarçada, mascarada.
Mas cedo ou tarde as máscaras caem ou são arrancadas pelo povo. Os seguidores mais brutos e ignorantes do capitão alardeiam o perigo da “venezuelização”, caso Haddad seja eleito. Bolsonaro apoiou explicitamente o comandante Chávez. Isto foi gravado, todos podem ver e ouvir. Com Bolsonaro e seus militares no poder, essa perspectiva é real. Ironicamente, o caos da Venezuela poderá emergir no Brasil. São as ironias trágicas da História. Será preciso resistir com lucidez e serenidade. Como dizia Graciliano Ramos, com uma ponta de ironia: “nossas armas são fracas: caneta, papel”. Todo governo autoritário teme a reflexão, a imaginação e as artes. Por fim, me vem à mente os versos de Murilo Mendes: “Para a catástrofe/Em busca da sobrevivência/Nascemos”.
Fonte: Bravo!
Com BRASIL CULTURA

Pelas redes sociais, artistas cobram ministra Rosa Weber, do TSE, sobre escândalo #caixa2doBolsonaro

Caetano Veloso, Teresa Cristina, Sônia Braga, Letícia Sabatella, Vladimir Brichta, Sophie Charlote e dezenas de outros artistas foram às redes sociais cobrar uma posição da ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre o escândalo #caixa2doBolsonaro.
“E então ministra Rosa Weber, qual sua reação diante desses escândalos de fake news e crimes eleitorais”, afirmou Caetano em vídeo no seu instagram. Reunidos sob a hashtag #342artes, pedem uma posição firme da Justiça sobre os crimes eleitorais. “Senhora ministra, qual a posição do TSE. Nós queremos o melhor para o Brasil. Nós queremos justiça”, disse Sônia Braga, em vídeo.

 Fonte: BRASIL CULTURA

Ministério da Cultura divulga municípios selecionados no edital das Cidades Criativas

Foi publicado nesta sexta (19), no Diário Oficial da União, o resultado final do edital do Ministério da Cultura (MinC) que selecionou municípios para receber consultoria com o objetivo de desenvolver candidatura à Rede das Cidades Criativas da UNESCO.Foram contempladas 15 cidades, em quatro categorias: Diamantina (MG), Campinas (SP), Rio das Ostras (RJ), Pelotas (RS), Aracajú (SE) e Taubaté (SP), em música; Cataguases (MG), Niterói (RJ) e Novo Hamburgo (RS), em cinema; Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), em gastronomia; Itaboraí (RJ), Imbituba (SC) e Santana de Parnaíba (SP), em artesanato e artes folclóricas; e Duque de Caxias (RJ) em artes midiáticas.
A rede tem o objetivo de promover a cooperação internacional entre cidades que investem na cultura e na criatividade como fatores de estímulo ao desenvolvimento sustentável.
Plano de desenvolvimento da candidatura
Para estender o apoio ao maior número de cidades possível, o MinC convocou todos os candidatos com nota igual ou superior a 60 (sessenta). Assim foram selecionados os 15 municípios que receberão a consultoria, contratada pelo MinC, para elaborar dossiê de suas candidaturas para a próxima seleção de Cidades Criativas da Unesco, prevista para 2019. A candidatura deve demonstrar de forma clara e prática a disposição, o compromisso e a capacidade do município em contribuir com os compromissos da Rede.
Deve apresentar um plano de ação realístico, incluindo detalhamento de projetos, iniciativas e políticas a serem executadas nos quatro anos seguintes à admissão ao Programa, além de identificar a área temática preferencial, que já seja significativa para a cultura e a economia locais. Os setores criativos possíveis são: artesanato e artes folclóricas, design, cinema, gastronomia, literatura, artes midiáticas ou música.
Além de auxiliar as cidades vencedoras na construção do dossiê, o MinC também busca estimular as cidades na elaboração de planos de desenvolvimento com o edital, que impulsionem a economia criativa, tenham a cultura como base e que contribuam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos na Agenda 2030 da ONU. Com o encerramento do processo seletivo e a designação das categorias das cidades selecionadas, a previsão é de que as consultorias sejam iniciadas já em novembro.
Brasil e as Cidades criativas
Atualmente, 180 cidades de 72 países fazem parte da Rede. Oito cidades brasileiras já são consideradas Cidades Criativas pela UNESCO: Belém (PA), Florianópolis (SC) e Paraty (RJ), no campo da gastronomia; Brasília (DF) e Curitiba (PR) no do design; João Pessoa (PB), artesanato e artes folclóricas; Salvador (BA), música; e Santos (SP), cinema.