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domingo, 13 de outubro de 2019

Paulo Freire vive na Amazônia Universidade do Estado do Pará promoveu debate sobre Paulo Freire, "Confira!"




No dia 25/09 pela manhã, deu-se inicio em Belém, PA ao III Encontro da,Cátedra Paulo Freire da Amazônia, promovido pela Universidade do Estado do Pará – UEPA por uma educação pública,popular e democrática.

Porque Paulo Freire hoje é tão presente e necessário nesta conjuntura de perdas de direitos e de cortes nas politicas sociais? Os princípios de Paulo Freire estão articulados com um.projeto de superação das desigualdades e de construção democrática. 

Paulo Freire é compromisso histórico com a libertação da classe trabalhadora. A proposta de Paulo Freire é revolucionária, vai muito além da sala de aula. Consiste em processo de formação e de análise critica da realidade, juntamente com os trabalhadores, movimentos sociais e de resistência, na luta por uma educação transformadora, libertadora do povo oprimido.

Fruto de produção coletiva e parcerias com movimentos sociais, coletivos de arte e cultura, professores, universidades, sindicatos e pessoas inconformadas com a perda de direitos e o aprofundamento das desigualdades sociais, este evento pretende ser espaço de reflexão, de troca, de articulação, de denúncia das arbitrariedades deste governo em detrimento das conquistas sociais e violação de direitos conquistados, em defesa da educação pública e de qualidade para todos, sem distinção de classe, gênero e raça. Ao mesmo tempo pretende ser um momento de afirmação de princípios, reconhecimento de identidades, de bandeiras de luta e afirmação da ESPERANÇA!

PAULO FREIRE VIVE no cotidiano, na luta do dia a dia de todos nós.
Fonte: Jornalistas Livres
Adaptado pelo Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, 13/10/2019

APRESENTAÇÃO INDÍGENAS EM HOMENAGEM A PAULO FREIRE

III ENCONTRO DA CATEDRA PAULO FREIRE NA AMAZÔNIA

Que Pindorama queremos?

Na foto vemos a jovem entrevistada Tamikuã Txihi

Dinheiro se acaba, mas nossa resistência pela Mãe Terra não''

“Estamos aqui para dizer a essa sociedade que quer fazer cinza da nossa mãe e irmã natureza, devastando tudo em troca do dinheiro, que dinheiro se acaba, mas a nossa resistência pela Mãe Terra não. Vamos defendê-la com nossa vida, com nosso corpo, com nosso espírito.” Essa é a mensagem da jovem liderança Txihi do povo Pataxó, integrante da comunidade Tekoa Itakupe, da terra Indígena do Jaraguá, São Paulo. 
A devastação da Amazônia ocorre desde que essa terra deixou de ser Pindorama para se chamar Brasil, como ela nos contou:  “Enquanto jovem, venho aqui trazer a luta e a força da mulher Pataxó, a luta e a força da mulher Guarani, a luta das mulheres indígenas desse território que hoje tem o apelido de Brasil, mas a gente reconhece como Pindorama ou Abya Yala, que é toda a América Latina, respeitando a memória dos povos Cunas.”  
Sendo a América Latina o berço do pulmão do mundo, a Amazônia, nada mais significativo do que seu território ser intitulado ‘terra de sangue vital’, que é o significado de Abya Yala. Segundo os últimos dados do INPE, em 2018 o desmatamento  aumentou 8,5% em relação a 2017. O fato da fumaça atingir regiões longínquas, como São Paulo, demonstra que em 2019 o nível de desmatamento será consideravelmente maior. Veja abaixo uma foto disponibilizada pela NASA mostrando os focos da fumaça: https://www.earthobservatory.nasa.gov/images/145498/uptick-in-amazon-fire-activity-in-2019

A agressão contra os povos nativos é crescente: em 2018 foram 135 assassinatos, enquanto em 2017 foram 110, conforme o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil, de 2019. Só nos primeiros nove meses já foram 160 casos de ¨invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio¨, enquanto em 2018 foram 109. O ano nem terminou e o índice de violência já superou do ano passado. Márcia Mura, liderança do povo Mura e coordenadora do coletivo Mura em Porto Velho, nos contou um pouco sobre a violência sofrida na luta pela demarcação da Terra Indígena Itaparanã. 
Márcia Mura durante a entrevista.
 No dia 5 de agosto, ela deixou seu povo de Nazaré, às margens do Rio Madeira, de barco, em um percurso que durou doze horas: saiu uma da tarde e chegou em Porto Velho onze da noite. Ao chegar em Porto Velho, seguiu para o território Itaparanã, no Amazonas, onde conseguiu se encontrar com o filho, a nora e o neto de oito meses. Quando lá chegou, entendeu a situação: ‘Tinham denunciado que havia gente cortando as árvores das terras indígenas sem autorização’. Então ela, como liderança, e os guerreiros foram verificar a denúncia.. Um fazendeiro havia invadido a terra deles e já estava fazendo os registros dessa invasão para mandar ao ministério público. 
A situação da comunidade indígena é terrível: o cacique morreu por negligência médica, o território está sendo invadido por fazendeiros, que cortam as árvores sem autorização. 
Foi um longo caminho até a Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília, no dia 13 de agosto: depois de três dias, voltou para Porto Velho, seguiu de carona até Humaitá, e de lá pegou uma lotação de táxi para Porto Velho. Como a nora estava com sintoma de malária, o filho e a nora também foram junto para fazer o tratamento. Depois, vendo as fotos das parentas que já haviam chegado à marcha, ela começou a escrever para várias pessoas pedindo financiamento, e conseguiu que uma companheira comprasse sua passagem de avião. 
A jovem liderança Txihi também nos contou um pouco sobre a recente violência contra seu povo: no dia 16 de julho, a exposição de peças artísticas indígenas no Centro Cultural Mestre Assis do Embu (Embu das Artes, São Paulo) foi destruída à noite. As peças expostas de Txihi, representações de onças com seus filhotes, tiveram as cabeças das foram cortadas. Para a artista, a mensagem que queria passar era de esperança no futuro  aos jovens indígenas. Txihi, todavia, continua acreditando que ‘as artes são instrumentos de luta e defesa dos territórios e conhecimentos dos povos originários, os novos arcos e flechas que vão lançar os sonhos da humanidade ao futuro.’  
Txihi é assistente social e mesmo com as contínuas e crescentes violência contra seu povo tem fé no futuro e na humanidade. Ela veio de ônibus até Brasília, até o Congresso Nacional para ‘mostrar que é possível ocupar esses espaços de poder, e se eu cheguei até aqui, até o gramado, é porque quero que as futuras gerações estejam lá dentro, especialmente as mulheres. Nós, mulheres indígenas, somos fortes.’     
Jornalistas Livres

Comissão debate censura a projetos culturais

A Comissão de Cultura debate nesta segunda-feira (14) atos considerados de censura a projetos culturais. A reunião, que será realizada no Rio de Janeiro, faz parte da série de encontros denominados “Expresso 168”, realizados periodicamente pela Comissão de Cultura com gestores, produtores e artistas para debater a política cultural como espaço permanente de diálogo. O debate foi proposto pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
Os encontros são seguidos da formalização de um grupo de trabalho para sistematização dos diálogos e organização as propostas levantadas. “A intenção é detectar gargalos e propiciar a interlocução entre a sociedade civil organizada, o Poder Executivo e o Parlamento”, afirma a deputada.
Além de parlamentares, participam do debate representantes da Associação dos Produtores de Teatro e do teatro popular Oscar Niemayer.
A reunião será realizada na Associação dos Produtores de Teatro, no Rio de Janeiro, às 19 horas.