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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Expedição da Funai constata evidências de índios isolados e inibe a presença de infratores nas terras indígenas Vale do Javari e Mawetek

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Foto: Acervo/Funai/2018
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São regiões de difícil acesso, mas a equipe da Funai percorreu mais de 180 quilômetros em embarcações pelos rios, caminhonetes por estradas de terra, motos em trilhas fechadas e outros 120 quilômetros a pé, dentro da mata densa. E foi nesta última, mais especificamente nos afluentes dos rios Jutaí e Juruazinho, no estado do Amazonas, em que são constatadas evidências da movimentação de índios isolados.

Toda essa ação da Funai é feita para cumprir o trabalho de proteção de índios isolados, relatado pela expedição de "Monitoramento da Presença de Índios Isolados no Rio Juruazinho", realizada entre os dias 16 de julho e 1º de agosto pela Coordenação da Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari (FPEVJ), por intermédio de seu Serviço de Proteção em Eirunepé-AM.
Foto: Expedição no Rio Juruazinho - Acervo/Funai/2018
O rio Juruazinho compreende o limite sul da Terra Indígena (TI) Vale do Javari e norte da Terra Indígena Mawetek. A TI Vale do Javari é a segunda maior do país e está localizada no sudoeste do Amazonas, na fronteira entre o Brasil e o Peru. Ocupada por seis povos contatados (Matsés, Matis, Marubo, Kanamari e Kulina-Pano), dois de recente contato (Korubo e Tsohom Djapa) e dezesseis registros em estudo de índios isolados (sendo 11 confirmados), ela possui a maior quantidade de registros confirmados de grupos de índios isolados do país. Já a TI Mawetek é de usufruto exclusivo do povo Kanamari e está inserida nos afluentes que formam o rio Juruá, próximo a cidade de Eirunepé, sendo contígua ao limite sul da TI Vale do Javari.


A atividade contou com a participação da Polícia Militar do Amazonas na etapa de fiscalização e, na expedição de monitoramento de índios isolados, teve a colaboração de indígenas Kanamari, que ocupam ambas as terras indígenas, e são profundos conhecedores dessa região.
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A equipe encontrou provas e registrou a presença assídua de caçadores em diversos igarapés afluentes do rio Juruazinho. Duas equipes de caça que se encontravam próximas aos limites da TI Vale do Javari foram flagradas com ilícitos ambientais, sendo realizada a apreensão e soltura de animais vivos.

Um proprietário de terras da região, que pretendia ocupar ilegalmente parte da Terra Indígena Mawetek, foi advertido pela equipe da Funai, assim como outros dois proprietários de fazendas de gado foram notificados formalmente com prazo para retirada de seus bens e correção de suas cercas de acordo com os limites da Terra Indígena Mawetek.

"Essa é a terceira expedição terrestre de monitoramento dos índios isolados em menos de um ano nessa região. Outros dois sobrevoos também foram realizados nesse período. A proposta é manter um trabalho contínuo da FPEVJ, a partir de Eirunepé-AM, ampliando-o para outras áreas de circulação dos Índios Isolados no alto curso dos rios Jutaí e Itaquaí. A vigilância e fiscalização devem ser intensificadas na região para coibir a ação de infratores e garantir a posse plena do território pelos indígenas", afirmou Vitor Góis, servidor da Funai que coordenou os trabalhos em campo. As atividades contaram com apoio local das da Coordenação Regional do Juruá/Funai, em Cruzeiro do Sul (AC), e da Coordenação Técnica Local da Funai em Eirunepé (AM).

Ana Carolina Aleixo Vilela - ASCOM/FUNAI
Com informações da Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato

Veja, abaixo e na próxima página, algumas das fotos de evidências de índios isolados encontradas:

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Foto: maloca - Acervo/Funai/2017
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Expedição da Funai constata evidências de índios isolados e inibe a presença de infratores nas terras indígenas Vale do Javari e Mawetek



 Foto: buzina feita com casca de árvore - Acervo/Funai/2017
Foto: canoas escavadas em paxiúba (palmeira) - Acervo/Funai/2017

Fonte: FUNAI

Morre um grande líder mas, graças a ele, a cultura de seu povo permanece

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Depois de quase um século de luta, o grande cacique João de Pontes faleceu, no último sábado (18), aos 93 anos. Conhecido pelo empenho na manutenção dos costumes do seu povo, ao perceber que o idioma Yaathê poderia desaparecer conforme os anciãos partissem, criou a Escola Bilingue Fulni-ô, em meados da década de 1980. Devido a isso, os Fulni-ô são a única etnia do nordeste que ainda fala a língua materna.

Além de ressignificar a educação escolar indígena, João de Pontes atuou na defesa dos direitos dos povos originários e destacou a importância de projetos que valorizam a identidade e força de seu povo de inúmeras outras formas como, por exemplo, a conservação do sistema de parentesco Fulni-ô, que se mantém quase intacto, com seus clãs e regras de escolha de cônjuges. Dessa forma, o cacique, conhecido por sua serenidade e obstinação, foi de suma importância para o movimento social indígena, e até sua partida era consultado em todas as decisões da comunidade.

Segundo informações, João de Pontes passou mal enquanto almoçava em sua casa, na Terra Indígena Fulni-ô, localizada no município de Águas Belas -PE e, ao levarem ele ao hospital mais próximo, o cacique já chegou sem vida.

João foi um grande guerreiro, que liderou e orientou seu povo, escrevendo uma trajetória de vida, de conquista e de resistência em defesa de seu território e dos direitos da comunidade, atuando sempre em prol da preservação dos costumes e da cultura Fulni-ô.

Ana Carolina Aleixo Vilela
Ascom/Funai

Orquestra Suzuki faz apresentação gratuita domingo no Museu Oscar Niemeyer

Orquestra Suzuki Curitiba realiza neste domingo (dia 26), um concerto comemorativo para celebrar os 40 anos da Associação da Educação do Talento Musical do Paraná (AETMP). A apresentação acontece no Museu Oscar Niemeyer, às 16h, com entrada gratuita ao público.
Músicas como Tico-tico no Fubá, A Bela e a Fera, Dança das Bruxas, Folclore Brasileiro entre outras farão parte do repertório e serão interpretadas por crianças e jovens instrumentistas, alunos de violino e violoncelo, além de professores da Associação que integram a Orquestra. Ainda dentro da programação dos 40 anos da AETMP, a Orquestra Suzuki fará outro concerto comemorativo, no dia 29 de setembro, às 19h, no Clube Curitibano, sede Concórdia.
A AETMP teve seu início em 1978 com a violinista e professora Hildegard Soboll Martins, que foi a pioneira do Método Suzuki no Paraná, juntamente com a professora e violinista Edna Ritzmann Savytzky, que iniciaram em Curitiba o método chamado de Educação do Talento ou mais conhecido como Método Suzuki.
Nessa metodologia, os alunos podem iniciar o aprendizado do instrumento a partir dos 3 anos de idade, mas também na juventude e fase adulta. Com uma dinâmica diferente das escolas de música tradicionais, na AETMP os alunos recebem aulas individuais nas residências dos professores. “Já as atividades em conjunto, aulas coletivas, ensaios e concertos acontecem em espaços diversos, o que proporciona um maior entrosamento, com grande benefício e desenvolvimento aos alunos”, conta a diretora artística da AETMP, a violinista Simone Ritzmann Savytzky.
Reconhecimento internacional
A Orquestra Suzuki Curitiba tem em seu repertório músicas de vários estilos, do erudito ao popular, música brasileira e folclórica dos mais diversos países. Ao longo de sua história, a Orquestra Suzuki tem se apresentado com sucesso em vários espaços culturais da cidade, como Capela Santa Maria, Sesc da Esquina, Canal da Música, Teatro Guaíra, em igrejas e também em outros estados. O trabalho da Orquestra teve reconhecimento internacional, sendo eleita como melhor grupo de música de Câmera na XII Convenção Mundial do Método Suzuki – Dublin, Irlanda.
Os concertos “Crianças para Crianças” foram de grande sucesso durante vários anos, realizados para alunos da rede pública de ensino, em parceria com o Governo de Estado. “Crianças na Plateia” na Capela Santa Maria em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba, concertos beneficentes para diversas instituições também são realizados anualmente.
Serviço: A Associação da Educação do Talento Musical do Paraná (AETMP) conta em seu quadro de profissionais, com as professoras Sibila Schelin, Simone R. Savytzky, Thalita Stefanichen Ferronato e Vanessa Savytzky Shiavon (violino), Edna Ritzmann Savytzky (violino e viola) e Adriane Ritzmann Savytzky (violoncelo). Mais informações no telefone 41 3285‐3309 ou www.orquestrasuzukicuritiba.com.
Serviço:
Concerto Comemorativo 40 anos AETMP
Data: 26/08/18
Horário: 16h
Local: Museu Oscar Niemeyer (Chão de Vidro)
Entrada: Gratuita
Mais informações / Agendamento de entrevistas
NCA Comunicação – (41) 3333-8017
Jornalistas responsáveis:
Bebel Ritzmann – (41) 99957-1547 (bebel@ncacomunicacao.com.br )
Tatiana de Oliveira – (41) 99671-7582 (tatiana@ncacomunicacao.com.br )

Ouça “História Hoje” 21/08/: Há 29 anos, morria o cantor e compositor baiano Raul Seixas

Em 21 de agosto de 1989, morre o cantor e compositor baiano Raul Seixas, considerado um dos maiores músicos do Brasil e pioneiro do Rock nacional.
Ele se autodenominava “Maluco Beleza” e teve cinco esposas. O abuso da bebida lhe rendeu uma pancreatite aguda e foi a causa de sua morte.
Apresentação Carmen Lúcia
ANTES DE OUVIR O ÁUDIO DESLIGUE O SOM DA RÁDIO BRASIL CULTURA NO TOPO DA PAGINA
Tocador de áudio
O alcoolismo não impediu que ele lançasse um novo estilo musical. Raul fundiu o rock com todos os ritmos brasileiros e criou a nova “identidade” musical que mesclava o frenético rock com gêneros que iam do xote ao baião.
“Pai do Rock Brasileiro”,  “Maluco Beleza” ou “Raulzito”, como era e, ainda é carinhosamente chamado pela comunidade artística e pelos fãs, lançou mais de 20 discos, em 26 anos de carreira.
Por todos os recantos do Brasil, em grandes e pequenos espetáculos, em luaus, rodinhas de violão, bares e casas de Show… Raulzito virou uma mania nacional.
E sempre, no meio do povão, tem alguém gritando: Toca Rauuuuuuuuuuul.
Raul Seixas, de fato, inspirou gerações. O músico Zeca Baleiro, por exemplo, chegou a compor uma música falando das inúmeras vezes que o público pediu para que ele tocasse Raul.
De natureza inquieta o “Maluco Beleza” dizia estar sempre em transformação. E suas músicas revelaram ao mundo sua real natureza.
Um ano antes de morrer, em 1988, Raul compôs, gravou e excursionou com o também baiano Marcelo Nova, vocalista da banda punk Camisa de Vênus.
Aos 44 anos, o “Maluco Beleza” lançou seu último LP – A Panela do Diabo –, dois dias antes de ser encontrado morto, em seu quarto.
Depois de “sair de cena”, Raulzito passou a ser ainda mais venerado e seus trabalhos póstumos foram todos sucesso de vendas.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira.

DF possui 51 sítios arqueológicos de até 11 mil anos

No sítio arqueológico Jardins Genebra (no alto), técnicos do Iphan-DF observaram vestígios compostos por núcleos, lascas e instrumentos produzidos a partir do quartzito (acima) (Fotos: Margareth Souza/Iphan e Edilson Teixeira/Divulgação)
A faceta urbana de Brasília e de outras cidades do Distrito Federal esconde um passado rico de história. Ou melhor, pré-história. Seres humanos perambulavam pela região coletando frutos, cultivando plantas, pescando e caçando animais com lâminas de pedra lascada. O DF possui 51 sítios arqueológicos registrados, com datação de até 11 mil anos atrás.
O trabalho arqueológico desses locais é acompanhado de perto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). As peças coletadas estão associadas a grupos pré-históricos que habitavam o Planalto Central há milhares de anos, durante uma sequência arqueológica conhecida como Tradição Itaparica, que ocorreu entre 11 mil e 6,5 mil anos atrás.
Desses locais, 26 são vinculados a grupos de caçadores-coletores, sete são classificados como sítios cerâmicos, um traz pinturas rupestres e 17 são sítios históricos. Eles estão localizados em diversas áreas no Distrito Federal, como Ceilândia, Taguatinga, Núcleo Bandeirante, Brazlândia, Jardim Botânico, Santa Maria, São Sebastião, Riacho Fundo, Gama e Paranoá.
“Os sítios líticos estão datados entre 11 mil e 8 mil anos atrás e são vinculados aos grupos de caçadores e coletores. Há também os sítios de arte rupestre. Os sítios de agricultores e ceramistas estão presentes a partir do século VIII e os sítios históricos estão relacionados à chegada dos luso-brasileiros, a partir do século XVIII.”, explica Margareth Souza, arqueóloga do Iphan-DF.

Novo sítio

A última descoberta no Distrito Federal está em um condomínio de lotes na Região Administrativa do Paranoá. Durante a primeira fase de um trabalho de licenciamento ambiental, os técnicos do Iphan-DF observaram vestígios compostos por núcleos, lascas e instrumentos produzidos a partir do quartzito.
De restos de uma fogueira foi possível resgatar amostras de carvão, durante a escavação. Esse material foi enviado para um laboratório nos Estados Unidos, que fará a datação radiométrica. A técnica mede a radiação presente em elementos orgânicos e estima a idade de quando a fogueira e as ferramentas encontradas foram feitas.
As áreas de proteção do sítio arqueológico ainda estão sendo definidas, dentro de um espaço de 10 a 15 hectares. Porém, isso não inviabilizará o licenciamento ambiental do empreendimento. “O local, denominado Jardins Genebra, já recebeu as Licenças Prévia e de Instalação. A Licença de Operação será emitida com todas condicionantes atendidas. É possível sim compatibilizar as etapas do licenciamento ambiental com o empreendimento. Esse está sendo um exemplo de gestão do patrimônio arqueológico”, afirma Margareth.

Pré-história

Os caçadores e coletores do Planalto Central viviam em pequenos bandos e sobreviviam da caça, pesca e da coleta de frutos e plantas do Cerrado. Fabricavam instrumentos de pedra lascada de um modo específico, elaborados sobre lascas, lascões e lâminas. As primeiras populações humanas na região possuíam um sistema de subsistência e demoravam pouco tempo nos locais em que se assentavam.
Em consequência deste fato, suas estruturas habitacionais eram simples, feitas de madeira, fibras e folhas, assim como grande parte de seus instrumentos. O que torna possível achar os locais ocupados por essas populações é o que restou de sua cultura material feita com matéria prima durável, especialmente de origem mineral, como, por exemplo, objetos feitos de pedra.

Educação patrimonial

Alunos dos cursos de Biologia e Geologia da Universidade de Brasília (UnB) foram conhecer o sítio, acompanhados do arqueólogo Edilson Teixeira de Souza, responsável pela descoberta do sítio Jardins Genebra. A visita faz parte de um programa de educação patrimonial, uma das exigências do Iphan no processo de licenciamento ambiental.
Os estudantes aprenderam o que é arqueologia, como ela é estudada, o que encontraram no sítio e como são os procedimentos de metodologia e escavação. Ainda nesta frente de atuação, o projeto de pesquisa prevê uma capacitação com os trabalhadores do empreendimento para que os operários entendam o trabalho e possam ajudar a identificar novos achados.
Quando a pesquisa for encerrada, o relatório do arqueólogo responsável pelo trabalho de campo será encaminhado à Superintendência do Iphan no Distrito Federal para análise e manifestação conclusiva. As peças encontradas ficarão no Museu de Geociência do Instituto de Geociências da UnB, que é a instituição de guarda e endosso institucional de achados arqueológicos no Distrito Federal.
Fonte: BRASIL CULTURA