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segunda-feira, 4 de junho de 2018

ACIDENTE: Jovem é atacado por tubarão em Jaboatão dos Guararapes

A região onde o ataque aconteceu é conhecida pelos incidentes envolvendo tubarões. O mais recente aconteceu em abril.
A região onde o ataque aconteceu é conhecida pelos incidentes envolvendo tubarões. O mais recente aconteceu em abril.
Caso ocorreu às 17h deste domingo (3), nas proximidades da Igrejinha de Piedade. Vítima foi encaminhada ao Hospital da Aeronáutica.


Um jovem de 18 anos foi atacado por um tubarão no fim da tarde deste domingo (3), na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o rapaz identificado como José Ernesto Ferreira da Silva, estava nas proximidades da Igrejinha de Piedade quando sofreu o ataque por volta das 17h. Ele foi encaminhado ao Hospital da Aeronáutica e depois seguiu para o Hospital da Restauração, onde deu entrada pouco antes das 18h. O ataque ocorreu no mesmo trecho da Praia de Piedade, onde há 48 dias, o potiguar Pablo Diego Inácio de Melo, 34 anos, foi mordido por um animal marinho, provavelmente da espécie tigre. 

O Corpo de Bombeiros informou que o jovem foi à praia com um grupo de amigos e com o irmão, mas não se sabe se as outras pessoas estavam na água no momento do ataque. Os três guarda-vidas que atuam naquele trecho da praia notaram que o rapaz estava em uma área mais afastada e, quando foram avisá-lo para se aproximar da praia, ele foi surpreendido pela mordida do animal. A equipe entrou na água, retirou a vítima e fez os primeiros procedimentos no local. De acordo com o Samu, o jovem foi encaminhado ao hospital em estado grave.

De acordo com informações divulgadas pelos Bombeiros, a vítima foi mordida na perna esquerda e região da genitália. A família do jovem está na unidade hospitalar, no bairro do Derby, mas preferiu não repassar novas informações para a imprensa. A mãe de José está abalada e chorando muito. Esse seria o 65° ataque de tubarão ocorrido no estado.

Último ataque - No dia 15 de abril deste ano, o potiguar Pablo Diego Inácio de Melo, 34 anos, que trabalha como ambulante e estava de folga, foi a praia de Piedade com os amigos para jogar futebol. Antes de ir para casa, ele resolveu tomar um banho de mar para retirar a areia, momento em que sofreu o ataque do animal marinho. 

Pablo Diego foi mordido em três locais diferentes, nos dois braços e na perna direita. Pablo ficou 33 dias internado no HR, passou por seis cirurgias e teve a perna direita abaixo do joelho e a mão direita amputadas. O potiguar recebeu alta do hospital no dia 22 do mês passado, mas ainda encontra-se em tratamento.

Praias urbanas - Desde 1992, foram registrados 65 ataques de tubarão no Estado de Pernambuco. Cerca de 85% deles ocorreram numa faixa de 30 quilômetros de litoral que banha a região metropolitana de Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes. Segundo o Comitê de Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), 70% dos casos ocorreram nas praias urbanas de Boa Viagem e Piedade, no Litoral Sul.

Os acidentes também ocorrem mais frequetemente em áreas de mar aberto, sem arrecifes, e em períodos de maré alta, especialmente nas fases de lua cheia ou nova, quando a maré fica ainda mais cheia. Segundo especialistas, os ataques também acontecem durante o amanhecer ou cair da tarde, horário em que instinto de caça dos tubarões está mais aguçado. Quando a água do mar está mais turva, há um risco maior do animal marinho confundir a pessoa com uma presa. 

RECIFE/PE: MARCO ZERO

Marco Zero. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
MARCO ZERO


Localizado no coração do Recife Antigo, a Praça Rio Branco, mais conhecida como Praça do Marco Zero, é o ponto de origem da capital de Pernambuco. No centro do solo da praça, preste atenção na Rosa do Ventos, do artista plástico pernambucano Cícero Dias. Com cerca de 40 m², a peça, inspirada em sua obra "Eu vi o mundo... Ele começava no Recife", é formada por pedras de quartzo e granito com pigmentação colorida, misturando elementos subjetivos, geométricos e astrológicos para sustentar a mensagem do artista. Se o mundo, de fato, começou no Recife, não se sabe. Por outro lado, quem ousa discordar do mestre Cícero Dias? Autor de infinitos painéis e telas (é dele o primeiro mural abstrato da América Latina, exposto na secretaria da Fazenda de Pernambuco), Cícero Dias é considerado um dos pioneiros do Modernismo no Brasil.

Perto dali, desde 2012, vem funcionando no antigo Armazém 11 do Porto do Recife o Centro de Artesanato de Pernambuco. Com 2. 511 mil m², o Cape recifense (há uma outra sede no município de Bezerros, Agreste do estado) recebeu R$ 6,5 milhões de investimentos para expor trabalhos de cerca de 350 artesãos locais. Entre os destaques, peças dos célebres Manoel Eudócio e Ana das Carrancas, além de outros trabalhos em madeira, fibra, couro, renda, palha... É sua chance de conhecer (e comprar) o melhor do artesanato pernambucano. 
Centro de Artesanato de Pernambuco. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

O armazém recém-restaurado, por sua vez, contrasta com as construções seculares situadas ao lado do Centro de Artesanato. Entre elas, destaca-se o edifício-sede da Caixa Cultural Recife, erguido em 1912, onde antes funcionava a Bolsa de Valores de Pernambuco e da Paraíba. Atualmente, o espaço de 3 mil m² está dividido em três pavimentos e conta com duas galerias de exposições, um teatro com capacidade para 202 espectadores e salas para eventos. É o carro-chefe do circuito de exposições do bairro.

Do outro lado da Bacia do Pina, quem acena é o Parque de Esculturas Francisco Brennand. Expoente máximo na arte da cerâmica, a obra do pernambucano Francisco Brennand merece a sua atenção. O conjunto de esculturas ordenadas em frente à Praça do Marco Zero é apenas uma amostra do que o visitante pode encontrar na Oficina Brennand, templo do artista, com endereço no bairro da Várzea, Zona Oeste da cidade. Natureza e sexualidade são as temáticas que guiam suas criações singulares. Para acessar o parque que abriga a emblemática Coluna de Cristal, pegue carona nos barquinhos disponíveis no píer do Marco Zero, por R$ 5 (ida e volta), das 7h às 19h.

SERVIÇO:
Centro de Artesanato de Pernambuco
Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Armazém 11, Recife Antigo
Fone: (81) 3181-3451
Aberto diariamente, das 10h às 20h
Entrada gratuita

Caixa Cultural Recife
Avenida Alfredo Lisboa, 505, Recife Antigo
Fone: (81) 3425-1906
Aberto de terça-feira a sábado, das 10h às 20h; aos domingos, das 10h às 18h
Entrada gratuita 

Fonte: http://www.pernambuco.com

Seminário sobre combate ao tráfico de bens culturais


O Ministério da Cultura (MinC) e o Instituto Itaú Cultural promovem, nos dias 4 e 5 de junho, em São Paulo (SP), o seminário Proteção e circulação de bens culturais: combate ao tráfico ilícito. O evento reunirá especialistas e representantes de órgãos federais do Brasil e de países sul-americanos. O objetivo é compartilhar experiências e discutir formas de regulação, afim de subsidiar a elaboração de uma política de prevenção e repressão a esse tipo de crime no Brasil.
O evento conta com a cooperação da Representação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO no Brasil) e do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus (Icom) e com o apoio do Ministério das Relações Exteriores, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
O tráfico ilícito de bens culturais é um problema global, que atravessa fronteiras e ameaça a memória e a cultura da humanidade. Obras de arte, artigos religiosos, artefatos arqueológicos, acervos bibliográficos e documentos históricos, entre outros objetos, são suscetíveis de serem roubados e comercializados ilegalmente, sendo usados ainda em crimes como a lavagem de dinheiro e até mesmo o financiamento de terrorismo.
Para o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o Brasil precisa avançar na definição de uma política de proteção dos bens culturais e isso passa pela união de esforços entre os agentes públicos e a iniciativa privada. “O seminário será a oportunidade para avançarmos no desenho de uma estratégia conjunta, aproveitando para conhecer experiências internacionais bem-sucedidas”, disse Sá Leitão.
Para Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, “este é um problema global e sistêmico. O seminário permitirá que governo e sociedade conheçam e se apropriem das melhores práticas existentes no Brasil e no exterior e avancem na constituição de um marco legal mais sólido e de metodologias mais eficazes para a boa circulação de bens culturais no país”.
Estarão presentes no seminário, além de representantes do mercado das artes, autoridades, especialistas e técnicos do Chile, do Peru e da UNESCO. Participarão também representantes da Polícia Federal, da Receita Federal, do Ministério Público, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), da Agência Nacional de Mineração e do Instituto Itaú Cultural, além de órgãos vinculados ao MinC, como o Iphan, o Ibram e a Biblioteca Nacional.
A troca de informações e de experiências dos diversos países e instituições permitirá promover a proteção de bens culturais e o combate a práticas ilícitas em âmbito regional e avançar na implementação da Convenção Relativa às Medidas a Serem Adotadas para Proibir e Impedir a Importação, Exportação e Transferência de Propriedades Ilícitas dos Bens Culturais, de 1970, da UNESCO, da qual o Brasil é membro.
Para o coordenador-geral de Autorização e Fiscalização do Iphan, Fábio Rolim, é essencial mobilizar diferentes atores no combate ao tráfico de bens culturais: “Qualquer estratégia precisa envolver três grupos de atores institucionais: a Receita Federal e as receitas estaduais, isto é, quem faz controle aduaneiro e fiscaliza o fluxo de coisas e pessoas; as polícias; e os órgãos que têm como trabalho cuidar do patrimônio e da memória, como Iphan, Ibram, Biblioteca Nacional e Arquivo Nacional, incluindo a Agência Nacional de Mineração, que é responsável por fósseis. Tudo depende da sinergia entre esses três grandes grupos”, diz Rolim.
Ações do MinC
O MinC tem liderado o esforço para criar uma comissão permanente de combate ao tráfico de bens culturais, envolvendo o Iphan, o Ibram, a Biblioteca Nacional, a Polícia Federal, a Receita Federal, o Arquivo Nacional, o Ministério das Relações Exteriores e a Agência Nacional de Mineração. Cinco reuniões já foram realizadas, a fim de debater e definir medidas conjuntas que ficarão sob a responsabilidade do grupo. O MinC, por meio de acordo de cooperação com a UNESCO no Brasil, está desenvolvendo um estudo especializado para subsidiar a elaboração de uma política nacional de combate ao tráfico de bens culturais.
Desde 1998, o Ministério da Cultura mantém, por meio do Iphan, o Banco de Dados de Bens Culturais Procurados (BCP), que registra bens protegidos pela União que tenham sido furtados ou que estejam desaparecidos, mediante denúncia ao Instituto. Quando um bem cultural ingressa no BCP, o Iphan aciona a Polícia Federal, a Interpol e o Ministério Público. O Iphan também é responsável pelo Cadastro Nacional de Negociantes de Antiguidades e Obras de Arte (Cnart), criado em 2007, originalmente para identificar bens com potencial para preservação. Atualmente o Cnart tem foco na prevenção da lavagem de dinheiro e na divulgação de informações sobre roubos.
Em outra frente, o MinC disponibiliza, por meio do Ibram, uma base de dados on-line, de acesso público, para registro de bens desaparecidos dos museus brasileiros, públicos e privados, em decorrência de furto, roubo ou qualquer outro tipo de desaparecimento. O Cadastro de Bens Musealizados Desaparecidos (CBMD) funciona desde 2010. O objetivo é possibilitar o rastreamento, a localização e a recuperação desses bens.
Desde 1973, o Brasil é parte do primeiro instrumento internacional universal para o combate ao tráfico ilícito de bens culturais: a Convenção Relativa às Medidas a Serem Adotadas para Proibir e Impedir a Importação, Exportação e Transferência de Propriedades Ilícitas dos Bens Culturais, de 1970, da UNESCO. A Convenção foi incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro por meio do decreto 72.312, de 31 de maio de 1973. Em 1999, o Brasil internalizou no ordenamento jurídico nacional a Convenção de 1995 do Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado (Unidroit) sobre Bens Culturais Furtados ou Ilicitamente Exportados, complementando o regime legal da Convenção de 1970 da UNESCO.
Serviço
Seminário: Proteção e circulação de bens culturais: combate ao tráfico ilícito
Data: 4 e 5 de junho de 2018
Horário: Das 9h às 18h
Local: Instituto Itaú Cultural: Avenida Paulista, 149 − São Paulo (SP)

Na Rede Globo a Bahia é branca


Até pareceu que desde sua origem a Rede Globo não elegeu representar brasileiros negros como protagonistas apenas quando produz novelas e séries sobre escravizados ou presidiários.
Por Pedro Alexandre Sanches
Nas semanas que antecederam a estreia de Segundo Sol, a nova novela principal da casa, por algum despertar ainda inexplicado, o Movimento Negro conseguiu articular uma reação rumorosa à ausência quase completa de personagens e atores negros numa história sobre axé music ambientada na Bahia.
É o mesmo que já aconteceu em dezenas de novelas com sotaque baiano ou nordestino, mas desta vez não passou batido.
Chefões globais tiveram de se explicar, e se embananaram. O diretor-geral da casa, Carlos Henrique Schroeder, afirmou em entrevista que a Globo investe, sim, em elencos negros, e citou como exemplo a novela Lado a Lado (2012) – justamente uma história sobre o final da era de escravização oficial no País, como gostariam de demonstrar os antirracistas.
“Isso tem que vir naturalmente”, socorreu-o o diretor-geral da nova novela, Dennis Carvalho, o mesmo que em 2015 escalou para a novela Babilônia um elenco com forte presença negra. Babilônia foi amplamente rejeitada pelo público, e o fracasso foi atribuído a um romance com beijo na boca entre as personagens vividas pelas atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Thimberg.
Agora, a axé music embranquecida de Segundo Sol rendeu à Globo a melhor primeira semana de uma novela desde 2014. A história que a antecedeu, O Outro Lado do Paraíso, também contou com altos índices de audiência e de branquitude. Na semana final, uma vilã pálida e loira teve como punição definitiva o encarceramento numa cela em que todas as demais presas eram negras e carrancudas.
Na quarta-feira 16, já com Segundo Sol no ar, a militante negra, cantora e compositora carioca e deputada estadual por São Paulo Leci Brandão promoveu, na Assembleia Legislativa, um debate sobre o voto negro em 2018, e o assunto do racismo global veio à tona.“Há muitos anos escrevi um negócio chamado Eu Quero uma Novela Negra no Ar, mas nunca consegui concluir essa música”, contou Leci.
“Não quero mais viver carregando bandeja na televisão, isso é um samba lá de trás, gente negra, gente negra, de se acomodar acho que já chega. A gente só vivia carregando bandeja, o homem abrindo porta de carro. E piorou, porque os escritores de novelas começaram a botar as nossas companheiras fazendo personagem de novela entregando copo d’água e levando bronca de patroa, ‘não fica olhando para a minha cara!, sai daqui!’ Eles querem cada vez mais rebaixar a gente.
Dá vontade de dar um murro na tevê. Fiz papel de escrava, lá na Xica da Silva (1996). Mas eu era a líder do quilombo, fazia uma confusão danada e morria no tiro. Mas a gente cansou. Desta vez os próprios atores da Globo fizeram uma reunião, parece que Lázaro Ramos participou, está uma confusão danada.”
Durante o encontro promovido por Leci, a socióloga negra Mariana Anto-niazzi apresenta os resultados da pesquisa Afrodescendentes & Política, realizada pelo Painel BAP. Ela cita que 54% dos brasileiros se autodeclaram pretos ou pardos e que 77% afirmam não se sentir representados pelas marcas e propagandas.
Num recorte de 1.067 eleitores afrodescendentes paulistanos, 35% declararam trabalhar com carteira assinada e 30% disseram não se identificar com nenhum presidenciável. “Essa pesquisa é tão importante que tinha que ser noticiada no horário nobre de uma tevê que tivesse coragem, qualquer uma do quinteto da mídia que manda no País e não tem nada a ver com a gente”, provoca Leci.
“A boa notícia é que estão acontecendo mudanças. A população não está mais se calando. Como uma novela feita na Bahia, onde 75% da população se declara negra ou parda, não tem nem pelo menos um núcleo negro?”, indaga Mariana.
A controvérsia em torno de Segundo Sol coincidiu com o impacto do lançamento mundial de This Is America, videoclipe (foto) explosivo do rapper estadunidense Childish Gambino (codinome musical do também ator e roteirista Donald Glover), que emprega cenas explícitas de assassinatos para criticar a violência institucional dos Estados Unidos contra seus afrodescendentes.

Com uma dança desengonçada, ele parece ironizar o papel dos negros como entretenedores numa sociedade dominada por brancos – entre um rebolado e outro, Gambino interrompe a diversão para disparar tiros contra outros afrodescendentes.
O caso brasileiro demonstra uma população que tenta reagir timidamente e uma rede hegemônica anos-luz atrás de qualquer reflexão racial. Também presente no debate de Leci, o mestre em jornalismo (e afrodescendente) Juarez Tadeu de Paula Xavier compara as experiências dos dois países no enfrentamento ao racismo institucional e institucionalizado.
“Nos Estados Unidos eles sabem que O Nascimento de uma Nação (1915), de D.W. Griffith, teve papel importante na construção da imagem do homem negro como predador e estuprador e da mulher negra como lasciva e preguiçosa”, afirma.
“Aqui, a ideia das novelas é fazer a representação do lugar do negro na sociedade, num processo extremamente articulado de negação absoluta da população negra. É uma longa narrativa de persuasão que justifica a brutal repressão contra a população negra por um Estado que é genocida em relação a essa população.
No Brasil ainda precisamos construir essa narrativa: qual é o papel que os meios de comunicação têm na legitimação da violência contra o negro?”, pergunta. A resposta, irmãs e irmãos, sopra com os ventos globais.
Carta Capital