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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

O significado antissectário da Comuna de Paris

Em 18 de março de 1871, artesãos e comunistas, trabalhadores e anarquistas, tomaram a cidade de Paris e estabeleceram a Comuna. Esse experimento radical de autogoverno socialista durou 72 dias, antes de ser esmagado num massacre brutal que estabeleceu a 3ª República francesa. Mas socialistas, anarquistas e marxistas nunca deixaram de discutir o significado daquela ação.
Por Manu Goswami
Em 6 de abril de 1871, durante a Comuna, os revolucionários de Paris queimam a guilhotina, aos pés da estátua de Voltaire  Em 6 de abril de 1871, durante a Comuna, os revolucionários de Paris queimam a guilhotina, aos pés da estátua de Voltaire
Kristin Ross, em seu novo livro, o poderoso Communal Luxury – The Political Imaginary of the Paris Commune (O Luxo da Comuna – Imaginário Político da Comuna de Paris), expõe com máxima clareza os debates acumulados sobre a Comuna, os quais, como ela diz, calcificaram falsas polêmicas: anarquismo versus marxismo, camponês versus operário, terrorismo jacobino revolucionário versus anarcossindicalismo e assim por diante.
Agora que a Guerra Fria acabou e o Republicanismo francês está exaurido, argumenta Ross, podemos, afinal, livrar a Comuna dessa esclerose. Essa emancipação pode, por sua vez, revitalizar a esquerda contemporânea para agir e pensar sobre os desafios de hoje. Nenhum trabalho especifica mais o que disse Marx, para quem a maior conquista da Comuna de Paris foi sua “existência real em operação”. A seguir, sua entrevista.
Jacobin: Seu livro reencena a Comuna de Paris para nossos tempos. Por que o movimento é um recurso para pensar as demandas do presente?
Kristin Ross: Fico contente que você tenha escolhido “recurso”, em vez de “lição”. Em geral, as pessoas insistem em que o passado nos daria lições, ou ensinaria que erros evitar. A literatura em torno da Comuna é cheia de palpites, de engenheiros de obra feita, de gente que goza ante a lista de erros: ah, se os Communards tivessem feito isso ou aquilo, saqueado dinheiro do banco, marchado sobre Versailles, feito a paz com Versailles, se se organizassem melhor, aí, sim, teriam sido bem-sucedidos!
Para mim, esse tipo de superioridade teórica pós-fato é, ao mesmo tempo, estúpida e profundamente a-histórica. Nosso mundo não é o mundo dos Communards. Quanto mais cedo compreendermos essa diferença, tanto mais fácil será perceber os pontos nos quais o mundo deles é, de fato, muito próximo do nosso – mais próximo de nós, talvez, que o mundo da geração dos nossos pais.
O modo como vivem hoje as pessoas, particularmente os mais jovens, assemelha-se muito à instabilidade econômica enfrentada pelos operários e artesãos do século 19, que fizeram a Comuna. Muitos deles passavam mais tempo em busca de trabalho do que propriamente trabalhando.
Depois de 2011, com a volta virtualmente em todos os lugares de uma estratégia política baseada em tomar espaços, ocupar locais e territórios, converter cidades inteiras – de Istanbul a Madrid, de Montreal a Oakland – em teatros para operações estratégicas –, a Comuna de Paris voltou a ser visível, como se recebesse nova iluminação, entrou novamente na figurabilidade do presente.
Suas formas de invenção política tornaram-se novamente viáveis para nós — não como lições, mas como recursos, ou como o que Andrew Ross, ao comentar meu livro, chamou de “um arquivo usável”. A Comuna tornou-se imagem para uma história, e talvez para um futuro — diferente dos rumos que a modernização capitalista tomou; e, por outro, dos caminhos que o Estado socialista utilitário seguiu.
É um projeto que, creio, muita gente partilha hoje, e o imaginário da Comuna é central para aquele projeto. Por essa razão, tentei, no livro, pensar sobre a Comuna ao mesmo tempo como pertencente a nosso passado e como uma espécie de abertura do campo dos futuros possíveis, em meio a nossas atuais lutas.
Jacobin: O luxo comum (fr. le luxe communal) foi slogan da seção dos artistas da Comuna e dá título ao seu livro. Você pode nos falar sobre a gênese dessa expressão?
KR: Diferentemente de “a república universal”, “o luxo comum” não foi um dos slogans retumbantes da Comuna. Encontrei a expressão metida na última frase do manifesto que artistas e artesãos produziram sob a Comuna, quando se auto-organizavam numa federação. Para mim, tornou-se uma espécie de prisma pelo qual refratar várias invenções e ideias chaves da Comuna de Paris.
O autor da expressão, o artesão de artes decorativas Eugène Pottier, é mais conhecido até hoje como autor de A Internacional, composto ao final da Semana Sangrenta, antes de o sangue dos massacres ter secado nas calçadas. O que ele e outros artistas queriam dizer com “luxo comum” era alguma coisa como um programa de ação para “beleza pública”: melhoria de vilas e cidades, o direito de todas as pessoas viverem e trabalharem em ambiente agradável.
Pode-se ver aí uma demanda pequena, talvez mesmo só “decorativa”. Mas de fato implica não só completa reconfiguração da nossa relação com a arte – mas também com o trabalho, as relações sociais, a natureza e o ambiente vivido. Significa mobilização total na direção das duas palavras de ordem da Comuna: descentralização e participação. Implica arte e beleza desprivatizadas, plenamente integradas na vida diária, não escondidas em salões privados ou centralizadas numa monumentalidade nacionalista obscena.
Os recursos e realizações estéticas de uma sociedade não mais tomariam, como os Communards mostraram em atos, a forma do que William Morris chamou de “aquela peça básica da estofaria napoleônica”, a Coluna Vendôme. Na pós-vida da Comuna, no trabalho de Elisée Reclus, Morris e outros, mostro como a demanda de que a arte e a beleza florescessem na vida cotidiana continha as ideias-chave do que hoje chamaríamos de desejo “ecológico”, e que pode ser percebido na “noção crítica de beleza” de Morris, por exemplo; ou na insistência de Kropotkin sobre a importância da autossuficiência regional.
Em suas fronteiras de alcance mais especulativo, “o luxo comum” implica um conjunto de critérios, sistemas de valorização diferentes do que o mercado fornece, para decidir o que uma sociedade valoriza, o que considera precioso. A natureza é valorizada não como um estoque de recursos, mas como fim em si mesma.
Jacobin: Seu livro estende a vida da Comuna aos trabalhos de Kropotkin e do socialista britânico William Morris, dentre outros.
KR: É muito fácil deixar-se tomar, num transe de horror, pelo que Flaubert chamou de a “goticidade” da Comuna, expressão pela qual espero que ele tenha querido referir-se aos horrores da Semana Sangrenta, ao massacre de milhares que levou ao fim da Comuna. De modo algum minimizo o significado do massacre. De fato, vejo aquela espantosa tentativa, pelo Estado, de exterminar um a um e em massa seus inimigos de classe como o ato de fundação da 3ª República.
Mas me ocupei mais em documentar o que, para mim, seria o prolongamento da Comuna – o modo como o pensamento communard continuou a ser elaborado depois do fim da Semana Sangrenta, com sobreviventes da Comuna exilados reunindo-se e trabalhando juntos com os apoiadores que você mencionou – camaradas de uma mesma viagem, para quem os eventos da Comuna haviam alterado profundamente o que Jacques Rancière chamaria de “a distribuição do sensível”.
Descrevo como a onda de choque produzida pela Comuna e as discussões e a sociabilidade que se seguiram, com os que sobreviveram à Comuna, mudaram os métodos desses pensadores, as questões sobre as quais se debruçavam, os materiais que selecionavam, a paisagem intelectual e política que mapearam para si mesmos – em resumo, o caminho deles. Essas ondas imediatas de pós-choque são a continuação da luta, por outros meios. São parte do excesso do evento, e são tão absolutamente vitais, para a lógica de qualquer evento, como as ações iniciais pelas ruas.
Talvez a maior modificação possa ser detectada na trajetória de Marx depois da Comuna – uma mudança que assume a forma paradoxal tanto de um fortalecimento de sua teoria como de uma ruptura com o próprio conceito de teoria. A Comuna mostrou muito claramente, aos olhos de Marx, que as massas não só modelam a história como também, ao modelá-la, transformam o presente e também transformam a própria teoria.
Isso, de fato, é o que Henri Lefebvre tinha em mente, quando falou da “dialética do vivido e do concebido”. O pensamento e a teoria de um movimento só são desencadeados com o movimento e depois do movimento. São as ações que criam os sonhos, não o contrário.
Jacobin: Piotr Kropotkin, Elisée Reclus e William Morris estavam, como você argumenta em seu livro, preocupados em mobilizar as “energias do antigo”, associadas a formas pré-capitalistas e não capitalistas, com o potencial radical de práticas emergentes
KR: Não só esses, mas também Marx era preocupado com a existência, “anacrônica” em seu próprio tempo, de formas e modos de vida pré-capitalistas. O destino das obshchina, aquelas formações agrárias comunitárias russas, que perduraram por séculos, foi importante foco das preocupações dos socialistas ocidentais. O desafio teórico que tomou forma depois da Comuna girava em torno da questão de uma forma-comuna revitalizada: como pensar juntas (a) a espantosa insurreição que aconteceu numa grande capital da Europa e (b) a persistência daquelas antigas formas comunistas no campo.
Esses pensadores eram todos extremamente atentos ao que se pode chamar “fissuras no tempo” – momentos nos quais a ininterrupta continuidade da modernidade capitalista parece rachar-se e abrir-se como um ovo. Historiadores em geral temem o anacronismo como o maior erro possível. Tendem, por exemplo, a desconsiderar o interesse de Morris pela Islândia de seu tempo, e pelo passado medieval da Islândia, como se fosse nostalgia obcecada.
Morris foi, realmente, capaz de ver formações pré-capitalistas e modos de vida como os que haviam florescido na Islândia medieval como passados, parte da história, e, ao mesmo tempo, como figuração de um futuro possível. Isso é sinal, na minha opinião, não de nostalgia, mas de um modo de pensar profundamente historicizado. Sem isso, não temos como pensar a possibilidade de mudança, nem de viver o presente como algo contingente e sem desfecho conhecido.
Jacobin
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Diretores de Bacurau falam ao Le Monde: “Filme funcionou como catarse”

Para Bacurau, seu terceiro longa-metragem, Kleber Mendonça Filho – 51 anos, antigo crítico de cinema e liderança do cinema que se faz no Recife (PE), no Nordeste – se associou a Juliano Dornelles, que trabalhava até então ao seu lado como diretor de Arte. Conjuntamente, eles se valeram dos filmes de gênero (western, thriller, ficção científica) a que são aficionados para formar um retrato de uma cidade emblemática do Sertão, região desértica e deserdada, à margem do mundo e presa à violência.
Os cineastas Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles: “Não era nossa intenção, mas o filme apresenta nossa realidade de forma expressiva” Os cineastas Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles: “Não era nossa intenção, mas o filme apresenta nossa realidade de forma expressiva”
Nesta entrevista a Laurent Carpentier, do jornal francês Le Monde (com tradução de Celso Marconi* para o Prosa, Poesia e Arte), Kleber e Juliano, mostram como fizeram uma crítica social a seu país em Bacurau, um filme de gênero. No Brasil, avaliam eles, “o filme funciona como uma espécie de catarse política”. A entrevista foi publicada na edição de 25 de setembro, quando do lançamento do filme em Paris.
Le Monde: 500 mil pagantes (espectadores no cinema) após quatro semanas: Bacurau encontra um grande sucesso no Brasil. O que vocês esperam disso?
Kleber: Acredito que, tratando de uma situação de injustiça numa estrutura de western muito clássica – uma pequena comunidade, uma só rua, algumas casas de cada lado, a igreja, a escola, um universo sem dúvida muito familiar, brasileiro, mas num formato à americana –, o filme funciona como uma espécie de catarse política… No começo, para as pessoas de direita, era justamente um filme mais ou menos. Com o sucesso, eles começaram a ir ver e, agora, acontece o debate público. Depois dos críticos de cinema, estão os politizados, os policiais, os sociólogos, alguns psiquiatras, eles comentam.
Le Monde: Nos cartazes podemos ler “um filme de resistência”. Por que essa afirmação?
Kleber: Desde que você diz “não” a qualquer coisa, isto se torna política. O filme joga em parte sobre uma divisão social clássica no nosso país: o Norte contra o Sul, Recife contra São Paulo. Isso tem tocado um nervo. Quando começamos a refletir sobre o cenário, com Juliano, em 2009, assistíamos a um festival de cinema. Nele foram projetados dois documentários etnográficos, bem feitos, bem realizados, mas que pareciam suspender o assunto principal sem mostrá-lo. Fizemos dessa pequena vila o personagem principal e mais atraente do nosso filme. Alguns dizem que isso é idealizar, criar fantasmas, mas evidentemente são pessoas do Sul que pensam assim. Uma pequena comunidade, vista como fraca e atrasada, sofre ataque e reage de uma forma que não era esperada: com tudo que está se passando no Brasil, isto se transforma em política.
Le Monde: Jair Bolsonaro é da região de São Paulo e Lula do Nordeste…
Kleber: Bolsonaro perdeu em todos os nove estados do Nordeste – e uma grande parte do que se atribui a Lula é, no fundo, uma reação clássica para qualquer um do Norte.
Le Monde: Vendo o seu filme, não se pode deixar de pensar em Antônio das Mortes (personagem de O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, 1969) de Glauber Rocha, e nos cangaceiros, esses bandidos que aparecem em cores, reconhecidos ou populares, que durante mais de um século dominaram o Sertão.
Kleber: É certo que pensamos nos cangaceiros. Essa história faz parte de minha vida. Minha mãe, historiadora, pesquisava os proprietários de terra no Brasil no século 19, o fim da escravatura e a população de libertados que ninguém cuidou. Reina sempre no Brasil um tipo de impressão fantasma da escravatura, sobre o que já falei em meus filmes. Minha mãe morreu em 1995, ela nunca viu nenhum dos meus filmes, mas está presente em todos.
Juliano: Podemos dizer que o chefe rebelde é um cangaceiro da quarta geração, à hip-hop. Existe uma aproximação entre os cangaceiros e a gang rap. Eles adoram mostrar riqueza e poder, eles adoram hábitos flashy e cheios de presentes. Mas a verdade é que pensamos menos em ‘cangaceiros’ do que nos centros de detenção para menores, onde há regularmente rebeliões, ou desses jovens que se digladiam, cortam cabeças e as jogam por cima dos muros… Assim aconteceu no fim de julho em Belém. É um assunto do qual falamos bastante.
Le Monde: A atualidade recente – a ascensão ao poder de Jair Bolsonaro, a Amazônia em fogo –, isso muda a natureza e a força do filme?
Juliano: A similaridade com a realidade se revelou a posteriori. Por exemplo, no filme, a vila de Bacurau foi um dia retirada do mapa. Estávamos para terminar a mixagem quando descobrimos que o governo tinha, da mesma maneira, tirado a carta de reservas indígenas – isso antes dos incêndios na Amazônia – sobre o mesmo princípio que no filme: já que isso não existe mais, podemos fazer o que quisermos.
Kleber: Tudo o que se passa em Bacurau é reflexo de problemas crônicos de nossa sociedade depois da 2ª Guerra Mundial. Mas esse governo está prestes a nos fazer voltar 20 anos do ponto de vista social. Não era nossa intenção, mas o filme apresenta nossa realidade de forma expressiva. Hoje em dia, existem duas maneiras de dirigir um País. A primeira é fazer leis, a segunda é simplesmente criar a atmosfera que vá permitir os acontecimentos do futuro. É o que se passa atualmente no Brasil, notadamente pelo desflorestamento da Amazônia. As pessoas se sentem autorizadas a tomar a terra e incendiá-la.
Le Monde: Em São Paulo o governo anunciou a realização de um festival de filmes militares… Como vocês reagem?
Kleber: Sim, é isso ou o fim de todos os financiamentos governamentais para as artes. A cada dia, há um truque novo. E tudo chega com um ar de nada, de maneira misteriosa, com um sorriso. É de tal maneira que essas coisas se passam que não sabemos como reagir.
Le Monde: Entretanto, vocês reagem. Com esta frase de fim genérico: “A cultura é, ao mesmo tempo, uma identidade e uma indústria. Este filme criou 800 empregos…”
Kleber: Isso se torna uma mensagem, apesar de que é uma simples verdade. Nos multiplex, o filme é aplaudido, mas quando a frase aparece as pessoas aplaudem ainda mais fortemente. Hoje a sociedade brasileira está dramaticamente dividida. Se você diz que acredita em alguma coisa bem básica como a Educação para todos, você é imediatamente apontado como comunista.
Le Monde: Vocês são pessimistas quanto ao futuro?
Juliano: Eu tenho sido sempre pessimista quanto à humanidade.
Kleber: Uma coisa é ser filosoficamente pessimista, uma outra é tomar conhecimento de que todo mundo é doente em sua volta, uma espécie de depressão generalizada, com o mesmo sintoma físico. Falo pensando num filme de David Cronenberg. Não é como se fosse um truque com o qual você tomba por terra um dia. Não, isso continua mês após mês, após mês… Penso que na falta de respeito – pela sociedade, pelas pessoas, pelas raças – há uma escala industrial e é fonte de destruição. Jamais conheci isso antes. Nós entramos na verdade em terra desconhecida.
* Celso Marconi, crítico de cinema, é referência para os estudantes do Recife na ditadura e para o cinema Super-8 e colaborador do Prosa, Poesia e Arte.

Palácio Rio Negro recebe mais de R$ 3,9 milhões do Fundo Nacional da Cultura

Localizado em Petrópolis (RJ), o Museu Palácio Rio Negro, antiga residência de veraneio utilizada por 16 ex-presidentes da República, guarda em seu complexo arquitetônico importantes transformações históricas que marcaram o Brasil. Prestes a completar 130 anos, a instituição ganha um importante reforço para a sua preservação. O Fundo Nacional da Cultura (FNC) vai destinar R$ 3,9 milhões para o projeto de restauração global do espaço.
O Palácio Rio Negro tem em seu acervo documentos, mobiliários e objetos da presença republicana na cidade. Foi originalmente residência de veraneio do Barão do Rio Negro, Manuel de Carvalho, que inaugurou o local como residência em 1889, no final do império. O diretor do museu, Mário Chagas, explica a importância da ação.
“Desde que este palácio retornou para a União, em 2006, sempre foram feitas obras muito pontuais, muito pequenas. Com esses recursos do Fundo Nacional da Cultura, nós vamos contratar um projeto executivo global de restauração do Palácio Rio Negro”, afirma. “Esta é a ação mais importante que poderíamos ter, neste momento, para comemorar os 130 anos. Mais importante que exposição, mais importante que um evento qualquer”, destaca.
O Museu Palácio Rio Negro é vinculado ao Museu da República, administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), do Ministério da Cidadania. O presidente do instituto, Paulo Amaral, celebrou o anúncio de recursos para a restauração do espaço, que inclui no projeto obras emergenciais.
“Uma das unidades do Ibram, das mais belas, é a do Palácio Rio Negro. E o projeto de restauro incluirá, também, já de imediato, uma intervenção no que diz respeito a questões de drenagem do solo, que são bastante urgentes. A restauração e a qualificação, incluindo museografia, paisagismo, são feitas a fim de garantir a preservação do acervo e a segurança de funcionários e visitantes”, explica.
O secretário especial adjunto da Cultura do Ministério da Cidadania, José Paulo Soares Martins, ressaltou que a reforma vai permitir que o Palácio ofereça ao público a melhor estrutura possível para visitação. “A sua reforma já se faz necessária há tempos e é com muita satisfação que estamos alocando os primeiros recursos neste projeto, que vai permitir montar o projeto inicial de reformas e, com isso, logo, logo trazer para a sociedade brasileira e para a comunidade este palácio dentro de uma caracterização perfeita de funcionamento e com todas as condições de precaução com relação a riscos diversos”, afirma.
O início da elaboração do projeto executivo global de restauração do Museu Palácio Rio Negro está previsto para dezembro de 2019, após conclusão do processo licitatório.

Museu Palácio Rio Negro

O Museu Palácio Rio Negro é entendido como um conjunto que engloba edificações de valor histórico e cultural, cenário de acontecimentos notáveis e de transformações históricas que marcaram o Brasil. Foi construído por um rico barão do café e, mais tarde, tornou-se sede de verão de presidentes da República.
Na década de 1990, o imóvel esteve cedido ao estado do Rio de Janeiro e à Prefeitura de Petrópolis, retornando à administração federal em 2006. Em junho de 2007, por questões de identidade histórica, o Museu Palácio Rio Negro passou a ser um núcleo museológico vinculado ao Museu da República.
O terreno é composto por cinco lotes vizinhos. Nos lotes centrais, estão o Palácio Rio Negro, a antiga cocheira, atualmente utilizada pelo Museu da Força Expedicionária Brasileira, e uma quadra esportiva.
Fonte: BRASIL CULTURA

1º de outubro: Dia Internacional da Pessoa Idosa

O primeiro dia do mês de outubro é dedicado à celebração da pessoa idosa. Estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 14 de dezembro de 1990, a data comemorativa foi adotada no Brasil somente no ano de 2006, conforme estabelecido pela Lei 11.433. A data tem como objetivo trazer a reflexão a respeito do envelhecer e todas as suas implicações. Esta fase da vida, por vezes subjugada como apenas o fim da trajetória, pede nosso olhar atento em todas as dimensões que a envolvem, promovendo uma visão biopsicossocial da pessoa idosa.
A transição demográfica, descrita como a dinâmica do crescimento populacional, decorrente dos avanços da medicina, urbanização, desenvolvimento de novas tecnologias, diminuição da taxa de natalidade e consequentemente crescimento da população idosa, vem sendo considerado uma das grandes preocupações do século 21. Sabe-se que a velhice aproxima-se de todos de maneira igual, entretanto, a forma de vivenciá-la é única para cada indivíduo, seja por fatores intrínsecos à pessoa ou como consequência do ambiente que se está inserido. Tornar esses fatores cada vez mais semelhantes para todos é o nosso principal desafio. Ressaltando-se temas como cuidados de saúde de melhor qualidade, aumento de espaços para convivência inter-geracionais, auxílio no cuidado de idosos mais debilitados e promoção dos direitos da pessoa idosa, onde as mudanças se fazem mais necessárias.
O Portal Estilo de Vida Saudável tem trazidos alguns desses importantes pontos em alguns assuntos como: o estatuto do idoso, acometimentos comuns à saúde do idoso e cuidados específicos à faixa etária. Assim como qualidade de vida, depressão e sexualidade na terceira idade, temas que demonstram quão complexa é esta fase da vida, devendo ser vista com cuidado por familiares e profissionais da saúde. Para ler as matérias, visite a sessão sobre gerontologia.
Que esse 1º de outubro possa suscitar a discussão a respeito do envelhecimento que almejamos, e o qual estamos promovendo aos idosos hoje. Feliz dia do idoso!
Autoria: Claudia Sales e Mariany Abreu

CPC/RN TEM REGISTRO APROVADO PELO CMAS DE NOVA CRUZ/RN! MAIS UMA CONQUISTA NO SEU DECENAL ANO DE ANIVERSÁRIO! A LUTA CONTINUA!!!

No último dia 05 de setembro de 2019 o Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS - NOVA CRUZ/RN aprovou por UNANIMIDADE o Registro do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, agora o próximo passo será o registro no Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS e em seguida a luta para o registro no Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS.

Após estes registro o CPC/RN buscará parcerias junto aos órgãos públicos e privados, através de projetos voltados para a CULTURA POTIGUAR.

Lembrando que, 2019 é o ano DECENAL do CPC/RN e haverá eventos e a III Noite das Homenagens em Nova Cruz e em Natal, homenageando artistas, parceiros, entre outros pelos apoios e reconhecimento pelos serviços prestados pelos homenageados a CULTURA POPULAR NORTE-RIOGRANDENSE!

O evento ocorrerá em meados de novembro e dezembro.  Aguardem mais detalhes.