Postagem em destaque

FIQUEM LIGADOS! TODOS OS SÁBADOS NA RÁDIO AGRESTE FM - NOVA CRUZ-RN - 107.5 - DAS 19 HORAS ÁS 19 E 30: PROGRAMA 30 MINUTOS COM CULTURA" - PROMOÇÃO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

O compositor de Macau (RN) que foi um dos precursores da Bossa Nova brasileira - Por HENRIQUE ARAÚJO


Cantor e compositor Hianto Almeida, de Macau-RN

Você sabia que o Rio Grande do Norte tem um filho que foi um dos criadores da Bossa Nova, inspirando até Tom Jobim?

Pois é! Você provavelmente não sabe, mas a cidade de Macau (Rio Grande do Norte) que fica há 175km de Natal, deu luz a um dos precursores da Bossa Nova, o cantor e compositor Hianto Ramalho de Almeida Rodrigues, ou, simplesmente, Hianto Almeida.

A Bossa Nova é o termo pelo qual ficou conhecido um movimento de renovação do samba irradiado a partir do Rio de Janeiro no final da década de 1950. Depois o movimento passou a dar nome ao estilo de interpretação e acompanhamento rítmico dele surgido, conhecido por “batida diferente”. O estilo ganhou o mundo e levou a música brasileira para fora do país.


Hianto de Almeida foi um dos precursores da Bossa Nova. O humorista e compositor Chico Anysio, em entrevista à Playboy no ano de 1987, declarou que Tom Jobim descobriu a batida da bossa nova com Hianto:"Tenho a grande honra de dizer que o primeiro arranjo do Tom foi em cima de uma música com letra minha, Conversa de sofá. Acho que até foi aí que ele aprendeu a compor, porque descobriu que a música de Hianto de Almeida, tinha uma sequência e foi em cima".

Entre os artistas que registraram suas composições, estão "simplesmente": Elza Soares, Cauby Peixoto, Raul de Barros, João Gilberto, Jair Rodrigues, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, entre outros.

Nos dias de hoje grandes nomes do movimento "bossanovista" reconhecem a importância das composições de Hianto de Almeida no cenário inicial Bossa Nova, a exemplo do samba-canção “Meia luz”, em parceria com João Luiz, que foi gravado por João Gilberto, em 1952.

Cantor e compositor Hianto Almeida, de Macau-RN

Hianto viveu apenas quatro décadas, mas nesse curto espaço de tempo produziu 237 composições, sendo 81 gravadas em discos 78 rotações, 7 discos de dez polegadas, 7 compactos, 89 LPs e 23 CDs.

A cidade de Macau já teve um teatro em sua homenagem: O Teatro Municipal “Hianto de Almeida”, erguido em 2003, mas que infelizmente veio desabar em menos de 3 anos de atividade.

O precursor potiguar da Bossa Nova faleceu em 27 de setembro de 1964.

Se gostou veja 30 músicas potiguares que você precisa ouvir [lista inédita]

Fonte: CURIOZZO

Entrevista: Gilberto Calil – Vacinação para todas/os, já! - ANDES SN

Desde o início da pandemia, o ANDES-SN vem defendendo a vida acima dos lucros e o retorno seguro às atividades escolares presenciais, o que, na avaliação do Sindicato Nacional só é possível com a vacinação de todas e todos. Para ampliar o debate sobre o Plano Nacional de Vacinação e sobre a omissão do governo federal em atuar no combate à pandemia e necessidade de defesa da vacinação pública e gratuita para toda a população, conversamos com o professor Gilberto Calil. "É absolutamente imprescindível que esta vacinação seja inteiramente organizada a partir do Sistema Único de Saúde (SUS) e das prioridades estabelecidas no Plano Nacional de Vacinação, e gratuita", afirma o docente.

Gilberto Calil é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professor do curso de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), integrando o Grupo de Pesquisa História e Poder. Integra a atual diretoria do ANDES-SN como 2º Tesoureiro da Regional Sul do ANDES-SN e é Presidente da Adunioeste Seção Sindical (Sindicato de Docentes da Unioeste). Desde abril de 2020, Calil apresenta o quadro "Números da Pandemia", no canal de youtube do Esquerda Online. Confira a entrevista.

Até o momento, não temos um Plano Nacional de Vacinação estabelecido e doses suficientes de vacinas para atender, pelo menos, a parcela mais vulnerável da população. Como você avalia a disponibilidade de vacinas no país, a postura dos governos Federal, estaduais e Distrital na compra de vacinas e os critérios de vacinação?

GC: A rigor existe um Plano Nacional de Vacinação. Existe um documento público do governo federal, cuja segunda edição é datada de 25 de janeiro, há uma semana, que estabelece 27 grupos prioritários. 
O problema é que este plano é uma absoluta ficção até que tenhamos as vacinas em quantidade suficiente para que, ao menos num primeiro momento, estes 27 grupos prioritários, que somam 77,2 milhões de brasileiros, ou 36% da população do país, possam ser atendidos. 
A grande contradição é entre o que o documento estabelece e o que são as políticas públicas efetivas do governo em relação à sua disposição clara em atrasar o processo de vacinação, em recusar a negociação para a compra de vacinas, o que torna, efetivamente, algo muito distante, do ponto de vista temporal, o cumprimento daquilo que está colocado no plano. 

Do ponto de vista mais geral, esses 27 grupos que estão estabelecidos incluem todos aqueles que se considerariam como sendo os grupos prioritários: os profissionais de saúde, a população idosa, num primeiro momento aquela em condição institucionalizada - em asilos e espaços como esses -, e os mais idosos, num escalonamento, inicialmente, acima de 80 anos, depois por faixa etária de 5 em 5 anos e uma série de outras categorias, que estão dentro de um ordenamento no plano, que não é claro se ele estabelece de forma rigorosa que essa sequência seja definida. 
Um aspecto que chama a atenção e que é bastante questionável é que a população privada de liberdade, que tem alto índice de contaminação, assim como a população em situação de rua, não está entre as primeiras prioridades, estão lá em 14º e 15º grupo, o que demoraria bastante tempo para serem atingidas. 
Do ponto de vista da comparação internacional, aqui tem algo complicado, que parece atender à uma perspectiva ideológica do governo de deixar essas populações mais para trás.

No entanto, de forma geral, o conjunto mais importante está contemplado, mas contemplado em abstrato. No concreto, o que temos é um volume muito baixo de vacinas. Hoje [no dia 02 de fevereiro], temos registradas 2,3 milhões de pessoas vacinadas no Brasil, o que significa basicamente 1% da população, ou poderia se dizer, menos de 1/30 do que está previsto como sendo a população prioritária.

Do ponto de vista das negociações que o governo fez em relação à compra de vacinas, das vacinas fundamentais, que seriam necessárias para isso, não há nenhuma previsão. O número que se tem nesse primeiro momento é muito inferior, e o governo vem recusando a estabelecer negociações, reiteradamente. Talvez, o mais digno de registro foi o fato de ter ficado vários meses recusando o consórcio internacional do Covax, que  permitiria, só a partir dali, vacina para 50% da população brasileira, o que já é mais do que o conjunto desses grupos prioritários. O Brasil aderiu muito tardiamente ao convênio e com uma carga de doses muito inferior a essa, porque aderiu com a cota mínima. E o exemplo mais recente disso foi que a gente teve a liberação da vacina da Johnson e Johnson, que é uma vacina extremamente promissora e que tem a vantagem de ser dose única, e o governo também não estabeleceu negociação e não demonstrou interesse e permanece nessa postura de postergar a resolução da situação, ao contrário de todos outros governos do mundo que disputam as doses.


Diante do cenário que vivenciamos, com aumento no número de casos, com mais de mil mortes diárias e fim do Auxílio Emergencial, quais parcelas da população você avalia que deveriam estar nas prioridades de vacinação?

GC: Em relação a quais parcelas da população devem ser prioridades, o critério internacional que a maior parte dos países utiliza é iniciar com os trabalhadores de saúde, não apenas pelo risco pela superexposição, mas também por garantir a manutenção do funcionamento dos equipamentos de saúde e seguir numa ordem que privilegie as populações com maior risco de agravamento da doença. Ou seja, os mais idosos e os  portadores de comorbidades graves, a população privada de liberdade e, a partir disso, estabelecer um escalonamento que leve em consideração estes elementos. Não é muito diferente do que está colocado no Plano Nacional de Vacinação. O problema é que para que se atenda a isso, precisaríamos de um número de doses de vacina muitíssimo superior ao que está anunciado em médio prazo. 
Os trabalhadores em educação básica estão em 17º, são 2,7 milhões, e os trabalhadores em educação superior são outros 720 mil, estão em 18º. 
Até que se chegasse a eles, aos trabalhadores em educação, a gente teria em torno de 60 milhões de pessoas vacinadas, mas a imensa maioria deste grupo são idosos e portadores de comorbidades, além de trabalhadores em saúde. Portanto, não haveria muita margem para que se pleiteasse que os trabalhadores em educação estivessem mais acima. O que se deve fundamentalmente pleitear é, primeiro, que há a absoluta urgência de se ter este quantitativo de doses [de vacina] e, em segundo lugar, que não há nenhuma possibilidade de cogitar o retorno presencial às aulas antes que isso se dê.


Uma das questões em pauta é o retorno presencial às atividades escolares. Você acredita que esse é o momento para retomar as atividades presenciais nas escolas?

GC: A possibilidade ou a cogitação de retorno às atividades  presenciais nesse momento é um completo absurdo, por um conjunto de razões que, para simplificar, a gente pode citar talvez quatro. A primeira delas é que a condição, especificamente em relação aos professores, de exposição é de superexposição, em diversas turmas, e um contato com um número muito grande de estudantes, mesmo que dividindo-se a turma e, portanto, seria completamente absurdo colocar um trabalhador nessa condição de exposição sem que ele esteja vacinado. No entanto, esta condição [vacinação] ela é prévia, mas ela é absolutamente insuficiente, porque há um segundo fator que é de que a maior parte dos estudantes tem familiares em casa que são idosos, que são portadores de comorbidades, que têm as mais diversas características e, portanto, eles também têm que ser vacinados antes que se tenha a possibilidade de retomada, ainda que gradativa, das aulas presenciais.

Então, é imprescindível a vacinação dos professores, dos trabalhadores em educação, mas também de todos os demais grupos que são prioritários e que devem ser efetivamente prioritários. 
Só que, além disso, nós estamos numa condição de desenvolvimento, de avanço de uma nova cepa que é ainda mais transmissível, e isso coloca um terceiro fator que é o fato de que o índice de transmissão tende a aumentar e muitos calculam que até o final de fevereiro essa nova cepa pode se tornar dominante, o que modificaria para pior a dinâmica da pandemia no Brasil. E o quarto fator tem a ver com o fato de que os dados oficiais desmentem uma série de compreensões simplórias em relação ao suposto baixo risco de contaminação das crianças e a baixa letalidade das crianças, uma vez contaminadas.
Nos números oficiais, até o dia 04 de janeiro - isso está no boletim epidemiológico 44 - nós tínhamos já 1.203 crianças e adolescentes que foram a óbito, vítimas comprovadamente da Covid-19. E outras 1.970 crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, que foram a óbito vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Não especificada, ou seja, que faleceram por problemas respiratórios com um quadro análogo ao da Covid-19, mas que não tem a comprovação final de que foi Covid-19. E outros 63 óbitos que estavam ainda em investigação. Isso soma, entre Covid-19 e SRAG, 3.242 crianças e adolescentes que faleceram até o dia 4 de janeiro de 2021. É um número absolutamente significativo, relevante, ainda que proporcionalmente indique que o risco é menor, mas o montante de óbitos dessa categoria, dessas faixas etárias, não é, em absoluto, desprezível. E, ainda, se deveria considerar que as pesquisas recentes têm indicado um índice de transmissibilidade muito elevado nas crianças. Uma pesquisa recentemente publicada na revista Lancet indica que as crianças têm 60% mais transmissibilidade do que os adultos, o que significa que, mesmo aquelas que não venham a desenvolver sintomas, levam o vírus para suas casas, transmitem, propagam o vírus.
Então, o conjunto desses fatores nos indica que é absolutamente despropositado pensar em qualquer modalidade de retorno às aulas presenciais neste momento. Quando nós tivermos todos os grupos prioritários vacinados e, nesse caso, com o montante que temos hoje seria 36% da população, provavelmente ainda não existam as condições, mas aí os dados epidemiológicos vão dizer qual é o patamar de circulação e qual seria o impacto e, ao menos, nós teremos os grupos mais vulneráveis já protegidos. O mais provável é que se demande algo próximo de 70% da população vacinada, para que haja essa possibilidade [de retorno às aulas presenciais]. O que é certo é que neste momento é um completo absurdo.


Como seria possível pensar o retorno presencial às escolas e universidades? Com quais condições?

GC: A condição fundamental que se deveria considerar para o retorno às aulas em escolas e universidades é a interrupção do  contágio comunitário do vírus. Pode parecer algo absolutamente distante, mas países que tomaram medidas concretas e efetivas conseguiram interromper o contágio comunitário do vírus. Seja na China, no Vietnã, em Taiwan, seja na Nova Zelândia, na Austrália, são inúmeros os países com distintas características que tiveram políticas públicas capazes de, pela contenção da propagação, interromper a transmissão comunitária.  Nós já sabemos que no Brasil isso é absolutamente inviabilizado pelas políticas públicas e pelos exemplos que vêm da autoridade máxima do país e que, portanto, não teremos isso. E, portanto, a nossa única possibilidade de interromper a transmissão comunitária é através da vacinação massiva da maior parte da população. Consequentemente, essa é a condição fundamental.


Há o debate sobre incluir professores e professoras nas prioridades de vacinação. Como você avalia essa questão? Você acha que adianta vacinar só professores e professoras e não os demais trabalhadores escolares e também os estudantes?

GC: O debate sobre a inclusão de professores e professoras no grupo prioritário de vacinação me parece que coloca uma falsa questão na medida em que já estamos colocados entre os grupos prioritários. 
Como eu disse antes, são 27 grupos prioritários e que reúne 77 milhões de pessoas. Isso significa que estamos entre os prioritários, mas não há, em curto prazo, nenhuma perspectiva de vacinação dos professores. O que não me parece razoável seria propor que a vacinação dos professores se dê antes da população mais idosa, dos profissionais da saúde e da população com comorbidade, porque há um ordenamento que tem sentido e que tem a ver com o risco de agravamento e com o risco de óbito. Então, para acelerar o processo de retomada das aulas presenciais, subverter esta sequência me parece insustentável. Como é insustentável propor a retomada das aulas presenciais sem a vacinação dos professores. Então, acho que o que tem de mal colocado nesse debate é a ideia de que os professores deveriam ser incluídos, eles já estão. Nós já estamos incluídos entre os grupos prioritários, dentro de um ordenamento que tem a ver com o risco de agravamento das condições e que, portanto, nos coloca, dentro desse grupo, em 17º e 18º lugar [os trabalhadores da educação básica e superior, respectivamente]. Como eu disse antes, talvez o que mais salte à vista nesse ordenamento é que a população privada de liberdade deveria estar mais acima pelas condições de surto no ambiente carcerário. 
Não me parece que haja muitas possibilidades de mudança da ordem dos docentes, sem que se passe a frente da população mais idosa e da população com comorbidades, o que a meu ver seria injustificável. 


Qual a argumentação do ANDES-SN para a defesa da consigna "Vacina para todos e todas já"?

GC: A consigna “Vacina para todos e todas, já!” é absolutamente fundamental. É uma consigna que pode unificar um conjunto de lutas na medida em que identifica qual é a única possibilidade real, efetiva e concreta de retomada da normalidade, de superação da pandemia e de fim dessa nova normalidade, que implica em rotinizar mil óbitos diários por Covid-19. Não há, infelizmente, no estágio que estamos hoje, com a desinformação, com a descrença, com a deseducação de medidas de contenção, alguma possibilidade de superação da pandemia no Brasil sem que a maior parte da população esteja vacinada. Efetivamente, alguns países conseguiram a contenção tomando as medidas corretas. Mas isso hoje é de tal forma distante no Brasil, que a campanha pela vacinação, a conquista da vacinação geral do conjunto da população, para que se chegue o mais rápido possível ao patamar necessário para reverter a transmissão comunitária é o que efetivamente coloca as possibilidades de superação da pandemia.

E é absolutamente imprescindível que esta vacinação seja inteiramente organizada a partir do Sistema Único de Saúde (SUS) e das prioridades estabelecidas no Plano Nacional de Vacinação, e gratuita. 
No momento em que tivermos um sistema paralelo de vacinação paga, a probabilidade de que setores minoritários, setores economicamente dominantes sintam-se protegidos e, portanto, defendam políticas ainda mais radicalmente negacionistas é muito grande. É claro que isso seria uma incorreção porque a imunização que a vacina produz ela se dá no coletivo. Por isso, deve ser fundamental a consigna “Vacina para todos e todas, já”, mas sempre lembrar (a defesa) da Vacina pública, gratuita e distribuída pelo SUS, dentro das prioridades estabelecidas no Plano Nacional de Vacinação.

Fonte: ANDES SN

SÓ MESMO LEITE MOÇA PARA DISFARÇAR O SABOR RANÇOSO DAS MAMATAS - Por CELSO LUNGARETTI


De todos os meus artigos, foi este que me deu mais trabalho e exigiu mais pesquisa. Tão logo li no portal denotícias Metrópoles a hoje tão comentada história da compra de milhares de latas de leite condensado marca Moça, imaginei a deliciosa e doce matéria saindo do meu computador.

Ah, ah, quando se fala em leite, antes mesmo de se pensar num pingado, logo se imagina o bezerro extraindo pela sucção o seu precioso alimento das tetas da vaca. Esse ato é descrito pelo verbo mamar. O bebê recém-nascido também mama com a mesma força no seio de sua mãe. Mas o seio pode ser substituído por uma mamadeira.

Mamar e mamadeira, o verbo e o substantivo, voltaram a ser atuais no governo Bolsonaro. Todos querem mamar, ele e seus filhos em primeiro lugar. 

E o leite condensado –já tão apreciado pelo presidente populista na sua receita bem popular e nada sofisticada de ser saboreado com um naco de pão ou de ficar no meio de um pãozinho francês–, seria delicioso como tema de denúncia num comentário político. De dar água na boca, para quem escreve e para quem lê.

Todos querendo mamar, tanto deputados como senadores, a ponto de se esquecerem do impeachment.

Chamou-me a atenção o fato de o presidente justificar o envio de tanto leite condensado para as tropas militares, onde também milhares de jovens estão cumprindo seu serviço militar. Eu pessoalmente não me lembrava de um tratamento tão, digamos, maternal, aos soldados, na hora do rancho ou do café no quartel, onde prestei meu serviço militar ou, na linguagem popular, onde servi o Exército.

Foi no 6º Grupamento de Costa Motorizado, numa antiga cavalariça no centro da cidade de Santos, transformada em quartel, depois transferido para Itaipu. Conto isso com desnecessários pormenores, porque nesse mesmo quartel, no ano seguinte, serviu o Pelé, bem no começo de sua carreira no Santos F.C. Ali, como se diz, cumpri meu tempo de serviço, um ano.


Tão logo souberam do meu diploma no curso clássico, no colégio público Canadá, fui dispensado das ordens unidas e passei a trabalhar como escriturário com o primeiro-sargento José Bahia, na atualização das fichários de soldados e conscritos, mais as escalas de serviços. Bahia tinha um perfil diferente do militar: me levava consigo em lançamentos de livros e conferências literárias, me criando esse hábito.

Esse desvio era necessário contar, porque no meu comentário eu iria falar de Intendência nos quartéis, o serviço destinado a cuidar do abastecimento de todos os setores militares, inclusive o da alimentação. Não sei se isso inclui a goma de mascar ou chicletes, mas decerto o aprovisionamento de leite.

Depois de Bolsonaro ter falado em leite condensado para a tropa militar, fiz algumas buscas e fiquei sabendo ter havido distribuição de leite condensado nos Estados Unidos, logo depois de criado pela Nestlé, para os soldados nortistas federais, sob o governo do presidente Abraham Lincoln, durante a guerra contra os sulistas estadunidenses. 

O Guerra da Secessão se deveu à certeza dos sulistas de que Lincoln, tão logo fosse empossado, aboliria a escravidão, o que os levou a pegarem em armas, antecipando-se a tal iniciativa. Terminado o conflito, o leite condensado se tornou popular.

Como não era tão absurda a desculpa de se distribuir leite condensado nos quartéis, a questão exigia esclarecer se os milhões gastos se referiam a despesas pessoais do presidente. Caso o fossem não se poderia tolerar, porque todas as despesas de alimentação nos quartéis são debitadas na Intendência.


Ora, após rápida pesquisa, percebi que o absurdo total de compra de leite condensado não se referia às despesas do Palácio do Planalto, mas ao gasto total do Serviço de Intendência, publicado pelo Ministério da Economia.

Uma conclusão se impõe: por que tanta repercussão na divulgação destes gastos? Fala-se num aumento de 20% sobre o ano retrasado, e isso em si só já é exagerado. 

Porém, não se pode ignorar a perda gradativa de credibilidade sofrida nestes últimos meses pelo presidente Bolsonaro, favorecendo a interpretação de que um balanço geral de despesas seriam suas próprias despesas e de sua desprestigiada família. 

A criação de um escândalo, que se agravou com a retirada do edital desse balanço de despesas, mais a não aceitação das explicações dadas por Bolsonaro, são a consequência da descrença criada à volta do presidente, com suas constantes mentiras. 

Tudo tem um limite e Bolsonaro talvez tenha chegado ao seu limite final de mentiroso do Planalto. (por Rui Martins)

TOQUE DO EDITOR – As minhas lembranças de preso político coincidem num ponto com as do Rui: leite condensado era um luxo a anos-luz de distância da realidade da soldadesca (e nada me leva a crer que isto tenha mudado, então apostaria até meu último centavo que essa história está mal contada...).


Quando era trazido para alguma audiência na Auditoria do Exército da avenida Brigadeiro Luiz Antônio e ficava preso no quartel da PE no Ibirapuera, sempre estranhava a frequência com que serviam carne de carneiro para a tropa. 

Praticamente um dia sim, um dia não. Impossível não desconfiar do responsável pelas aquisições.

Já o café dos soldados eu conheci bem, naquela sucursal do inferno em que se constituía o quartel da PE da Vila Militar (RJ).  Dos meus 85 quilos havia perdido uns 30 nos cerca de 100 dias desde a minha queda.

Tão flagrantemente subnutrido eu estava que despertei a compaixão dos soldados que traziam o café com leite matinal: mesmo correndo o risco de serem rudemente castigados, alguns me contrabandeavam todo que sobrara após a distribuição a toda a companhia. Era muito aguado (se leite condensado existisse, cairia muito bem, mas percebia-se claramente que do dito cujo não havia nem uma mísera gota...). 

Mesmo ralo, meu corpo recebia com satisfação o açúcar que continha, este sim verdadeiro. (por Celso Lungaretti


Argentina cobra novos impostos sobre grandes fortunas e espera arrecadar até R$16 bi para ajudar no combate à pandemia. Bolívia também


Argentina cobra novos impostos sobre grandes fortunas e espera arrecadar até R$16 bi para ajudar no combate à pandemia. Bolívia também

Começou na sexta passada a cobrança de nova alíquota sobre as grandes fortunas na Argentina. A medida é excepcional para ajudar no combate à pandemia.

A lei, aprovada em dezembro passado, estabelece uma contribuição única que será tributada progressivamente sobre as pessoas cujo patrimônio supera 200 milhões de pesos (aproximadamente R$ 11 milhões). 

Estima-se que a lei atingirá cerca de 12 mil dos 44 milhões de habitantes do país.  Cerca de 40,9% da população vive abaixo da linha da pobreza. 

Pela norma, o imposto incidirá sobre uma alíquota progressiva de até 3,5% sobre os bens declarados na Argentina e de até 5,25% sobre os que estiverem fora do país.

A arrecadação extraordinária será aplicada para fins específicos, segundo a lei.

Um total de 20% da receita irá para insumos médicos para a pandemia, outros 20% para pequenas e médias empresas (PMEs), 15% para desenvolvimentos sociais, 20% para bolsas de estudo e 25% para empresas de gás natural. 

A estimativa é que a lei arrecade cerca de US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 16 bilhões).[Estadão]

A Bolívia vai pelo mesmo caminho.

Na Bolívia, o imposto de natureza “permanente” vai alcançar as pessoas com patrimônio superior a US$ 4,3 milhões. A estimativa do presidente Luis Arce é que a tributação arrecade cerca de US$ 15,1 milhões por ano.
.
Aqui no Brasil, sob o genocida, busca-se eliminar a pobreza matando os pobres.

Fonte: https://www.blogdomello.org

Deputado Francisco é o novo líder do Governo Fátima; George reforça articulação - ASSECOM/RN - " Deputado sério e competente!" - Eduardo Vasconcelos - radialista e bloguei

 

ASSECOM/RN - ROBSON ARAÚJO

A governadora Fátima Bezerra anunciou, nesta quarta-feira (03), em reunião com a bancada governista da Assembleia Legislativa, o nome do deputado estadual Francisco Medeiros como novo líder do Governo na Casa. O deputado George Soares, que ocupava a função, assumirá a primeira secretaria da Mesa Diretora da ALRN.

“A partir de agora terei uma missão igualmente importante à frente da primeira secretaria e achei por bem conversar com a governadora para que fosse realizado um rodízio entre nós da bancada. E o nome que ela escolheu, do deputado Francisco, não poderia ser melhor indicado. Eu continuo fiel ao Governo e trabalhando na articulação política dentro da Assembleia”, disse George.

A governadora agradeceu a dedicação e lealdade do deputado George no período em que ocupou a liderança e disse ter certeza que continuará contando com a sua experiência e capacidade de liderança nos projetos do governo que serão encaminhados à Casa Legislativa.

“Francisco é outro que dispensa comentários. Um parlamentar qualificado, ex-prefeito muito bem avaliado da cidade de Parelhas, e um deputado atuante, que conhece o estado e defende os interessantes da população”, acrescentou a governadora.

O deputado Francisco Medeiros agradeceu a confiança da governadora e dos colegas de bancada, disse reconhecer o importante trabalho de George na liderança e assinalou que encara o desafio como “uma importante missão para ajudar o povo do Rio Grande do Norte e fazer o Governo Fátima avançar cada dia mais”.

Fonte: http://www.rn.gov.br

FJA retoma pagamentos da Lei Aldir Blanc - FAPERN/RN - FJA


A Fundação José Augusto (FJA) retomou nesta quarta-feira (27) o pagamento do Auxílio Emergencial e aos contemplados nos editais da Lei Aldir Blanc cujas premiações estavam pendentes.

Na retomada dos pagamentos estão incluídas as ordens bancarias devolvidas devido a problemas identificados nas contas dos proponentes. Serão emitidas também ordens bancárias que não foram processadas dentro do exercício de 2020.

A conclusão dos pagamentos, incluindo o Cadastro de Reserva, estará sujeito à abertura oficial do Orçamento 2021, que não depende da Fundação José Augusto.

A instituição estará atenta compreendendo o esforço do conjunto do Governo no sentido da agilização.

As novas etapas serão devidamente comunicadas à sociedade e a cada interessado que deverá ficar atento aos seus celulares e e-mails.

Lei Aldir Blanc: Baixe aqui o Guia para prestação de contas - FAPERN/RN

 


FJA lança guia de prestação de contas da Lei Aldir Blanc

A Fundação José Augusto (FJA), em parceria com a Controladoria Geral do Estado (Control), desenvolveu um Guia para a prestação de contas dos projetos contemplados nos editais da Lei Aldir Blanc no RN.

Disponibilizado no site www.cultura.rn.gov.br,  os interessados encontrarão orientações para produção de relatórios de execução, emissões de notas e fiscais e material de divulgação. As informações estão divididas em dois guias que abrangem nove editais lançados pela FJA.

Dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails dos editais.

Baixe o Guia aqui: http://www.cultura.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=249649&ACT=&PAGE=&PARM=&LBL=NOT%CDCIA