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sábado, 9 de fevereiro de 2019

Sepé Tiarajú, 263 anos depois, segue presente e necessário na luta dos povos

HQ sobre Sepé Tiarajú publicada pela Câmara dos Deputados (Reprodução)

O índio guarani merece o justo reconhecimento como um dos grandes nomes da humanidade quando refletimos a respeito da resistência permanente dos povos contra o imperialismo
Por Frei Sérgio Görgen* e Marcos Antonio Corbari**
“Sepé não sabe o que aconteceu. Vê seu cavalo no solo, ouve uma gritaria, levanta-se como que por impulso, mas não tem tempo para defender-se. Um português lhe enfia uma lança pelas costas. O golpe é tão violento que a lança se parte. O pensamento se esvai. Longe vão ficando os campos infinitos, os caminhos indígenas, o vento frio das manhãs de inverno. Longe os ervais, as missas em latim, os Sete Povos missioneiros. Não escutam mais a voz dos padres. Não tem mais tempo para invocar São Miguel Arcanjo. De Portugal, partiu o primeiro golpe e o segundo vem da Espanha. O coronel Viana chega em seu cavalo e, com sua arma, desfere o tiro de misericórdia”.
(Luís Rubira, Sepé Tiaraju e a Guerra Guaranítica)
Chegamos a mais um 7 de fevereiro. Alguns atônitos seguem surpresos com os descaminhos traçados pela anti-política executada pelo novo governo de velhas ideias que se instalou desde Brasília; outros, inertes à história e ao que se desenvolve em seu entorno, como gado caminham passivos ao matadouro, apenas esperando o Carnaval chegar. Mas há quem insista, quem resista, quem contrarie a lógica permissiva de tempos avessos à utopias.
Mas a que se refere essa data? 7 de fevereiro demarca o martírio de Sepé Tiarajú, em 1756. Antevéspera do genocídio de Caiboaté, que selaria com sangue o fim dos Sete Povos das Missões Orientais, experiência de convívio coletivo estabelecida entre padres jesuítas e o povo Guarani, que chegou a contar com mais de 35 mil habitantes convivendo em harmonia, sendo definida por Voltaire como “o triunfo da humanidade”. O contraste entre dois modos diferentes de ver o mundo foi posto em luta: de um lado os indígenas catequisados, que apesar de ter consigo os preceitos do Deus Cristão seguiam convictos de que a terra onde pisavam não lhes pertencia e, sim, eles é que pertenciam a ela; no outro extremo da disputa, um exército vil, luso-espanhol, unindo velhos inimigos em torno da ideia de que a terra é pertença do maior, é posse da mão mais forte, é propriedade de um rei e seus vassalos.
Há 263 anos Sepé tombava, transpassado pela lança portuguesa, rompido pela bala espanhola. Caído o homem, a lembrança de seus feitos e – principalmente – de seu ideal, garantiria o papel de protagonista da história e, no imaginário popular, a mítica figura de um herói em quem se inspirar. O índio guarani que destacou-se como gestor em tempos de paz e como estrategista em tempos de luta, merece o justo reconhecimento como um dos grandes nomes da humanidade quando refletimos a respeito da resistência permanente dos povos contra o imperialismo.
Sepé, o comandante da Guerra Guaranítica, um sujeito histórico concreto e datado, alferes e corregedor do Povo de São Miguel Arcanjo e um dos principais comandantes da resistência guarani-missioneira à implementação do tratado de Madri em terras do hoje estado do Rio Grande do Sul foi declarado “Herói Guarani Missioneiro Rio-Grandense” pela Lei estadual número 12.366 (D.O.E. de 04/11/2005) e inscrito no “Livro dos Heróis da Pátria” pela Lei federal 12.032 (D.O.U. de 21/09/2009). A mística em torno de seu nome e das circunstâncias de sua morte – martirizado – rendeu-lhe pela voz do povo o status de Santo Popular, redundando em um trâmite oficial junto à Igreja Católica que recentemente acolheu o processo de canonização do líder indígena missioneiro.
O martírio de Sepé, comandante que reunia a esperança de uma união dos povos originários frente o exército luso-espanhol, redundaria dois/três dias depois, no genocídio de Caiboaté, onde mais de 1.500 guaranis missioneiros seriam assassinados covardemente – canhões contra flechas, pólvora contra lanças – em uma coxilha (campo aberto) do hoje município de São Gabriel, RS. Sem seu comandante, os valentes guaranis foram dizimados pelos soldados mercenários do império. Assassinava-se ali um projeto de civilização. Um projeto cheio de contradições, próprias do tempo, mas pleno de afirmações, conquistas e valores, impróprios para aquele tempo. Basta dizer que ali, entre os sete povos missioneiros, não havia escravos, sina triste que grassava em quase todas as partes do mundo onde chegava a dita civilização cristã europeia.
A civilização missioneira afirmava uma sociedade de iguais, a propriedade coletiva, garantia o cuidado com as crianças e com os idosos, terra e  trabalho para todos, a inviolabilidade do lar e da subjetividade, os celeiros cheios e os lares sem fome, a educação básica acessível a todos, o trabalho feito com alegria, pois se cantava ao ir e ao voltar do labor diário, o diálogo cultural contraditório e fecundo entre os jesuítas europeus e os ameríndios guaranis, a democracia e a participação popular na eleição direta dos dirigentes das cidades guaranis missioneiras, o fantástico desenvolvimento das artes (música, escultura, teatro, pintura, arquitetura), o desenvolvimento de vários ramos da indústria (têxtil, metalúrgica, coureira, construção civil, cerâmica), o desenvolvimento da agricultura (milho, trigo, erva-mate, amendoim, batata doce, algodão, feijão, abóbora, horticultura, fruticultura) e da pecuária (nas estâncias coletivas de gado e na criação de ovelhas, porcos e cavalos). Como bem exemplificou Clovis Lugon, uma espécie de república que foi “interpelando cristãos e comunistas, muito cristã para os comunistas da época burguesa, muito comunista para os cristãos burgueses” (1975, prefaciando o livro “Sepé Tiarajú: Romance dos Sete Povos das Missões”).
Após o Massacre, como que sentindo o significado desta derrota, a catedral de São Miguel arde em chamas, queimando toda a madeirama e permanecendo em pé a estrutura de pedras. E aquela pujante catedral em ruínas, fincada no descampado gaúcho, permanece como que uma cicatriz antiga, sempre lembrada, de uma ferida mal curada no passado do povo do Rio Grande do Sul e Brasileiro. Passados 263 anos, o que sobreviveu e atravessou os tempos até nossos dias são as imagens das paredes da catedral semidestruída – as Ruínas de São Miguel – e a memória do índio valente que tombou lutando para defender seu território – Sepé Tiaraju.
Sepé e seus companheiros se transformam na condensação histórica da luta, dos sonhos, dos feitos, do projeto, do heroísmo de um povo. É um mito fundador e transforma-se no símbolo maior de um projeto de civilização que foi brutalmente interrompido, mas que continua vivo como sonho coletivo de uma sociedade de irmãos. Sepé é o símbolo que pulsa expresso nas ruínas da cátedra, hoje patrimônio cultural da humanidade reconhecido pela UNESCO. Trata-se de um símbolo de ruínas vivas, representando as gentes excluídas, pobres, exploradas, esquecidas, desprezadas; ruínas de quem teima em buscar seu lugar ao sol, em um pedaço de terra repartida, em um emprego digno, em uma infância decente, em uma velhice respeitada, em sua dignidade reconhecida.
As ruínas de pedras que ficaram como monumento histórico relembrando o sangue guarani derramado pelas mãos do império genocida, espelham em suas paredes as ruínas de gente das favelas, dos campos, das fazendas, das matas, das cadeias, das ruas, de baixo das pontes, das fábricas, das vilas, dos barracos, das lonas pretas dos acampamentos, das áreas indígenas, das beiras de rios e das beiras de estradas. As ruínas de gente podem continuar sendo ofendidas, pisadas, esquecidas, desprezadas, feridas, reprimidas, dilaceradas, destruídas, vilipendiadas, mas sempre conservarão a possibilidade de reerguer-se, superar-se, ressurgir, até chegar o dia em que o sonho deixe de sê-lo, e se transforme em realidade viva. Quando chegar este momento, o povo vai reencontrar-se com suas raízes mais profundas, cravadas no chão fértil da cantante civilização guarani, retomará em suas mãos a construção do projeto de sociedade justa e feliz interrompido a canhonaços nas coxilhas de São Gabriel no fatídico fevereiro de 1756.
Hoje, as ruínas de pedras são visitadas, fotografadas, filmadas, admiradas. As ruínas de gente são escondidas, negadas, ignoradas, difamadas, reprimidas, condenadas, desprezadas, temidas. A catedral existe. Não há como negar a imponência daquelas paredes de pedra. É ponto turístico. Patrimônio cultural da humanidade. Para muitos historiadores, Sepé não existe. É uma lenda. É fruto da imaginação popular. É criação da literatura. Mas ambos povoam nossa memória e marcam presença em nosso imaginário social e em nosso inconsciente coletivo. A catedral é memória visual repleta de beleza plástica. Sepé é memória perigosa carregada de sonhos revolucionários. Desenvolveu-se enorme habilidade em domesticar catedrais. Utopias revolucionárias são indomesticáveis.
Ainda não se encarou de frente este nosso mal-estar civilizatório. Há no inconsciente coletivo de nossa sociedade um sentimento de culpa mal resolvido. Por isto, para muitos, é mais fácil dizer que Sepé é uma lenda do que reconhecer que só existimos por conta do assassinato de um projeto civilizatório infinitamente melhor que o nosso, pois mais justo e mais alegre. E que o nosso só pode ser construído sob as patas dos cavalos e o rastro dos canhões dos impérios de Portugal e Espanha pisoteando o sangue guarani. Na terra de todos, cravou-se o latifúndio. No trabalho feliz, cravou-se a escravidão e a exploração. Em vez de pão nas mesas de todos, luxo nas mesas de alguns, fome e miséria nos lares de muitos. Em vez de dignidade de todos, humilhação das grandes massas que precisam do favor alheio para sobreviver.
Sepé morreu lutando. O General português Gomes Freire venceu. A fúria expansionista dos impérios europeus, abençoados por uma Igreja aliada aos poderosos, fez sentir o peso de suas armas. O massacre brutal destruiu milhares de lares e milhares de sonhos. Outro projeto de sociedade ganhava corpo. Sobre os destroços da civilização guarani plantaram-se os latifúndios das sesmarias, que fizeram crescer injustiças, desigualdades, ódios, dores e mortes. E este projeto, com as adaptações dos tempos, impera até nossos dias. Temos muitos motivos para relembrar Sepé. Nesse tempo em particular, onde os direitos de trabalhadores são desconstituídos, onde o interesse financeiro sobrepõem-se à vida dos povos, onde a lei mostra-se servil aos interesses das classes abastadas e omissa frente as necessidades dos menos favorecidos, onde se proclama em voz aberta e se estabelece como fala institucional a negação das individualidades e o extermínio das minorias, onde novos impérios se levantam com mão forte para derrubar a soberania dos povos, mais do que nunca é preciso ter conosco o mito, o santo, e – principalmente – o guerreiro Sepé Tiaraju, que de tempos em tempos renasce das entranhas da terra, na organização e nas lutas dos pobres, na resistência popular, o sonho e o projeto de um mundo de irmãos, uma sociedade de iguais, uma terra de justiça, uma vida com dignidade.

*Frei Sérgio Görgen é dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
**Marcos Antonio Corbari é jornalista, militante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

Chico César lança no Facebook canção à “república dos parentes”. Ouça aqui

“Cães danados do fascismo/babam e arreganham os dentes/sai do ovo a serpente/fruto podre do cinismo”, diz um verso da canção
Em um de seus versos, a canção diz: “ê república de parentes pode crer, na nova babilônia eu e você, somos só carne humana pra moer, e o amor não é pra nós”.
Chico César apresenta a canção de maneira informal, acompanhado apenas de violão e cantando sem camisa, em um local repleto de vegetação.
Cães danados do fascismo
babam e arreganham os dentes
sai do ovo a serpente
fruto podre do cinismo
para oprimir as gentes
nos manter no escravismo
pra nos empurrar no abismo
e nos triturar com os dentes
ê república de parentes pode crer
na nova babilônia eu e você
somos só carne humana pra moer
e o amor não é pra nós
mas nós temos a pedrada pra jogar
a bola incendiária está no ar (vai voar)
fogo nos fascistas
fogo, jah!

Culinária Brasileira

O Brasil, tem uma rica culinária regionalizada, quase impossível de ser generalizada em um território marcado por diferenças tão grandes. Um gaúcho acostumado ao seu churrasco provavelmente jamais ouviu falar no pato no tucupi da Amazônia. Ou um capixaba saber sobre o Barreado paranaense.
A comida de uma região soa exótica para outra região dentro do mesmo País. Muitas vezes, as frutas nativas são desconhecidas dos próprios brasileiros. Um bebê urbano pode tomar suco de kiwi todos os dias e passar a vida sem provar um mingau de tapioca com açaí, sem ver um araçá, um cumbucá, um sapoti, um jenipapo.
Nossos colonizadores não descobriram aqui uma cozinha desenvolvida, mas o impacto do meio ambiente, dos novos ingredientes, logo se fez sentir. O português se junta ao índio e dois vértices culinários se encontram. As mandiocas, as frutas, as pimentas, a caça e a pesca vão se misturando com graça ao azeite de oliva, ao bacalhau seco, aos ensopados, à doçaria.
O colonizador começa a trazer escravos africanos a Salvador, capital da Bahia, para as plantações de cana-de-açúcar. Incorporamos imediatamente o azeite de dendê, o coco, o camarão seco e muita coisa mais, formando o trio: aborígine, português e africano, que viria a caracterizar nossa cozinha.
É claro que cada região tem suas características, marcas do passado e geografia que determinam sua comida típica, comidas de dia de festa, como as dos santos na Bahia, das festas juninas, de Reis, dos jejuns e tudo o mais. O Portal da Cultura Brasileira – Brasil Cultura apresenta sua seção de culinária brasileira. Bom proveito:

AQUI VOCÊ ENCONTRA TUDO DA CULINÁRIA BRASILEIRA – CLIQUE! 

Cláudio Ribeiro estreia programa na Rádio Cidade 670

Rádio Cidade de Curitiba AM 670, anuncia a estreia do programa “Almoço à Brasileira”, que contará com apresentação do jornalista e compositor Cláudio Ribeiro, um dos nomes mais conhecidos e respeitados do rádio paranaense. A atração, que começará no próximo sábado (16), terá sua edição, das 13hrs às 14hrs, com transmissão simultânea pela web Rádio Brasil Cultura www.brasilcultura.com.br
O programa, com duração de 60 minutos, “Almoço à Brasileira”, será transmitido direto do litoral paranaense, no Bistro Café com Flores – Rodovia Engenheiro Darci Gomes de Morais, 7054 – Balneário Grajaú, Pontal do Paraná – PR, 83255-000

CLÁUDIO RIBEIRO

Jornalista. Radialista. Escritor e Compositor.
Com formação em Direito.
Arte, política e vida se entrelaçam quando o comunicador faz de sua história um caminho empenhado na escritura e no fazimento da cultura de seu lugar. Com certeza é o caso deste múltiplo Cláudio Ribeiro, principal letrista paranaense em oficio, e que além de esbanjar sua criatividade em letras e canções de própria autoria e importantes parcerias, ainda se desdobra no exímio oficio de pesquisar, escrever, poetar e comunicar. Como “agitador” político e cultural e, de uma forma precisa e profundamente poética vem traçando rumos, participando ativamente das mudanças políticas e sociais brasileiras. Parceiro de grandes nomes da MPB, como Cartola, Claudionor Cruz, Gerson Bientinez, Homero Réboli, Lydio Roberto, Beto Capoleto, Tony do Bandolim e outros, Cláudio é também co-autor do Hino Oficial do Coritiba F.C.

ALMOÇO À BRASILEIRA

Almoço à Brasileira é um programa de muita alegria, música, esporte, entrevistas, documentários e entretenimento para seus ouvintes. Com alguns anos percorridos Cláudio já trabalhou e dirigiu diversas rádios no Brasil, sempre com o mesmo entusiasmo, inteligência e alegria de comunicar a seus ouvintes.
Nós redesenhamos a identidade da Rádio Cidade, deixando-a mais brasileira, divertida e ele (Cláudio) apresentará músicas de sua preferência, interpretadas por artistas de todo o Brasil e, em especial por convidados ao vivo no programa, também vamos trazer essa audiência para a plataforma da “Rádio Cidade de Curitiba AM 670” na internet, afirma João Arruda, diretor da emissora, . O “Almoço à Brasileira” terá reprises no Portal Sonoro da Cultura Brasileira – Brasil Cultura e possivelmente na própria emissora em horário alternativo.

Patrimônio cultural, Frevo é celebrado em Pernambuco

Frevo de rua, frevo de bloco e frevo-canção. Do repertório eclético das bandas de música ao passo de dança, o frevo assume várias faces e se reinventa, ano após ano. Neste sábado (9), o estado de Pernambuco, berço dessa expressão cultural, celebra o Dia do Frevo. A data é comemorada com uma intensa programação, que renova a manifestação artística da cultura pernambucana.

Expressão musical, coreográfica e poética densamente enraizada em Recife e Olinda, o frevo é patrimônio brasileiro registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cidadania. A manifestação cultural também foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
A força dessa expressão é vivenciada pela recifense Luna Vitrolira, escritora e professora de literatura. Vitrolira entrou em contato com a manifestação cultural no Paço do Frevo, centro de documentação, transmissão, salvaguarda e valorização do frevo, localizado em Recife. Ela foi estagiária da área educativa do espaço e, ali, descobriu facetas da expressão que vão além do ritmo. “Quando eu comecei a adentrar esse universo, eu comecei a entender um pouquinho mais sobre a minha identidade enquanto recifense, enquanto pernambucana”, conta.
“O frevo não é só uma música, não é só uma dança, ele é nossa história, ele é nossa tradição, é nossa memória, além de ser um ritmo. Então, isso traz ancestralidade. Isso conta quem somos nós e onde nós vivemos, onde nós estamos hoje”, completa Luna Vitrolina. O Paço do Frevo, vinculado à Prefeitura de Recife, conta com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Desde 2015, já foram investidos R$ 11,7 milhões no espaço, via Lei Rouanet, em ações de revitalização e em planos anuais.
A gerente-geral do Paço, Nicole Costa, afirma que o frevo é fundamental não só para a identidade pernambucana, como também para a identidade brasileira. Assim, cabe ao espaço valorizar o patrimônio cultural de forma contínua: “O frevo, ainda hoje, constitui uma expressão fundamental para nossa cultura e, por esse motivo, é cada vez mais relevante que a gente mantenha o frevo evidenciado ao longo de todo o ano”.
Ainda que a expressão seja preservada e celebrada de forma permanente, o Paço do Frevo preparou uma programação especial para a data comemorativa. A ideia é difundir a cultura do frevo e do brincar ao longo de todo o mês de fevereiro, com atrações e ações educativas. Antes de Zé Pereira, no Paço já é Carnaval! é o tema para a realização do ciclo de atividades educativas que vai envolver crianças e públicos de todas as idades em reflexões sobre o patrimônio imaterial. Estão nessa programação a Performance Sentir-Ferver, dos educadores Sibeli Carvalho, Bruno Leon e Rudah Colaço e o lançamento do Percurso Recife, Cidade lendária, que apresenta uma geografia afetiva de Recife construída a partir das letras dos frevos e história das agremiações.
Ainda integra a programação especial, que se estende até março, o programa Frevência –vivências existenciais com o frevo para todas as idades. Com o objetivo de aproximar ainda mais o visitante do frevo, as aões incluem oficinas de confecção de brinquedos, estandartes e vivências com canto e contação de histórias para crianças a partir dos três anos, além de brincadeiras de roda adaptadas para públicos com deficiência visual e/ou baixa visão a partir dos oito anos.

Programação cultural

O Paço do Frevo, em Recife, oferece atividades gratuitas neste sábado (9). (Foto: Eric Gomes)
Neste final de semana, não vão faltar celebrações em Recife, capital pernambucana. No sábado (9), a festa no Paço do Frevo será gratuita e aberta ao público. A programação começa às 15h50, com falas e apresentações de professores e alunos que atuam no Paço (Canto Coral, Frevo Improviso e Vivência), no 3º andar do museu. A partir das 16h30, apresenta-se a Transversal Frevo Orquestra, de César Michiles, filho do frevo recifense.
As comemorações do Dia do Frevo também vão ganhar as ruas. Na Praça do Arsenal, vai ter orquestra de frevo e passistas, a partir das 15h, no sábado. Na Zona Sul, o Caminhão da Malhação vai estacionar no Segundo Jardim, a partir das 7h, no mesmo dia, convidando todo mundo a celebrar o frevo queimando calorias ao som dos clarins de momo.
Em clima de prévia carnavalesca, os próximos passeios do “Olha! Recife” vão levar os participantes para conhecerem e vivenciarem os espaços e histórias do carnaval recifense. O projeto da Prefeitura do Recife promove roteiro de ônibus pelos bairros da Água Fria e Bomba do Hemetério, no próximo sábado. No roteiro, será contada a história dos bairros e serão visitados alguns locais como a Escola de Samba Gigante do Samba e a Troça Abanadores do Arruda.
Já no domingo (10), o tema do Olha! Recife a Pé é “Ruas de Frevo”. Na caminhada, serão percorridas ruas tradicionais da cidade que além de serem palco da folia, são citadas em frevos famosos de Antônio Maria, Capiba, Romero Amorim e outros compositores. As inscrições para os passeios estão abertas por meio do site www.olharecife.com.br.

Serviço

Paço do Frevo
Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife (Pernambuco)
Informações: 3355-9500

O RN É UM DOS ESTADOS COM MAIOR NÚMERO DE CIRURGIAS PLÁSTICAS NO PAÍS

Por HENRIQUE ARAÚJO
As pessoas do mundo inteiro estão cada vez mais preocupadas com a estética. Isto porque não podemos negar que ela faz parte de uma presença diferenciada, e pode trazer diversos benefícios, inclusive para a autoestima.
A cirurgia plástica é uma intervenção que se tornou muito comum, principalmente, para os brasileiros. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, São Paulo é o estado que lidera no ranking de procedimentos. Já o Rio Grande do Norte, que também faz parte desta lista, tende a aumentar todos os dias este quantitativo.
Veja quais são os procedimentos estéticos mais procurados pela internet, destaques no estado do Rio Grande do Norte, e o que você precisa saber sobre eles.
Mas se ligue! Antes de qualquer coisa, é preciso ter em mente que qualquer tipo de intervenção cirúrgica necessita de um profissional responsável e competente. Trata-se de um procedimento que demanda muito conhecimento e cautela dos médicos, em geral.
Uma cirurgia plástica, se não realizada com competência, pode trazer deformidades e até
mesmo o óbito do paciente. Por isso, se você já sabe o que mudar ou melhorar em você,
você deve conhecer o o Dr. Giulianno Castelo Branco. O profissional é Membro
Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Outro especialista que não pode faltar, quando o assunto é competência, é o Dr. Júlio César Yoshimura. O especialista também faz parte da da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e tem um grande destaque no ramo de cirurgias de restauração capilar.

Cirurgia Plástica e algumas considerações

Veja agora as possíveis intervenções cirúrgicas que se destacam em diversos consultórios do Rio Grande do Norte. É preciso considerar alguns detalhes de cada uma:

Rinoplastia

Trata-se de uma plástica muito requisitada por aqueles que desejam a remoção de protuberâncias, bem como:
  • estreitamento de largura nasal;
  • elevação de ponta nasal;
  • ação positiva na funcionalidade fisiológica do nariz.

Mamoplastia de Aumento

Esta é uma intervenção muito popular como “silicone”. É o procedimento estético mais comum do mundo, preenchendo 15,4% do geral. O registro faz a inclusão, tanto de procedimentos estéticos, com o intuito de gerar maior volume dos seios, reconstruir mamas de pacientes que sofreram retiradas destes órgãos e demais questões.

Lipoaspiração

A liderança do mundo em cirurgia plástica são os EUA (Estados Unidos da América). Eles apresentam 4.042.610 cirurgias. O país permaneceu em 2ª colocação do ranking, com um quantitativo de 2.324.245 intervenções cirúrgicas.

Implante Capilar

O transplante capilar é a intervenção que faz a realocação de folículos capilares, caracterizados por não apresentar predisposição em relação a calvície na área que se revela calva. Ao passo que tais elementos tenham a transferência deste modo, os cabelos voltam a aparecer nesta região.
A intervenção cirúrgica tem consideração como uma solução única e permanente para a calvície androgenética – a que tem hereditariedade.
Em período da cirurgia, ao passo que os folículos doados para essa parte tenham retirada, são disponibilizados para a divisão em locais dos folículos no mesmo instante. Isto em mesmo período também em que o médico faz a sutura na área. De acordo com a separação, eles têm a conserva em soro fisiológico, para que sejam realocados.
E você ai? Se animou pra fazer uma plástica? Lembre-se de pesquisar bem os detalhes sobre o procedimento estético e de contratar um especialista competente!
Guest post enviado por: Jornada Hedler
Fonte: Curiozzzo

Johnny Saad resiste a ser demitido da Band

Saad.jpg
O presidente incompetente (para ser gentil) (E) e o ladrão presidente (Créditos: Alan Santos/PR)
E entra na Justiça contra as irmãs!
Conversa Afiada já registrou que as irmãs mandaram o Johnny Saad embora da Band.
Causa mortis: reles incompetência (para ser gentil...).
Agora, ele tenta se agarrar ao poste:

Johnny Saad abre processo arbitral contra irmãs


A família Saad, controladora do Grupo Bandeirantes, de rádio e televisão, vai decidir em câmara de arbitragem uma disputa entre os irmãos pelo comando da companhia. O processo arbitral tramita na Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CAM-CCBC), com sede em São Paulo, apurou o Valor. João Carlos Saad, conhecido como Johnny Saad, presidente do grupo, solicitou abertura de processo no dia 4 de dezembro. A fase atual é de escolha dos juízes do caso - serão três árbitros.

Dois meses antes, em setembro de 2018, as irmãs de Johnny, Márcia e Maria Leonor, entraram com ação na Justica Cível contra o irmão, alegando administração com influência "devastadora" para as empresas do grupo, sujeitas "a riscos efetivos de destruição", segundo o processo ajuizado na 2ª Vara Empresarial, em São Paulo. Márcia e Maria Leonor querem tirar Johnny do comando.

Em sua defesa, anexada ao processo, Johnny diz que as irmãs "questionam fatos e atos subjetivos, que estão dentro do risco da atividade empresarial e da discricionariedade do administrador", e que Márcia e Maria Leonor, com assento no conselho de administração, participam da gestão de forma ativa em reuniões frequentes. Há cinco membros no conselho: Johnny, Márcia, Maria Leonor, Ricardo e Marisa, com 20% das ações cada um. 

Desde setembro, as irmãs entraram com pedidos de liminar para o afastamento de Johnny do comando, mas as solicitações foram negadas pelo juiz Eduardo Palma Pellegrinelli. Ele alega que isso altera o acordo de acionistas, datado de novembro de 2014 - Johnny tem mandato até 2026 - e que o mérito da questão precisa ser julgado na arbitragem, como determina o acordo. (...)

Por Paulo Henrique Amorim
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Inscrições abertas para o edital de coprodução Brasil-Chile

Estão abertas, as inscrições para a Chamada Pública BRDE/FSA – Concurso Produção para Cinema 2018 –Coprodução Chile-Brasil. O edital binacional, lançado em parceria com o Conselho Nacional da Cultura e das Artes (CNCA), do Chile, prevê investimentos equivalentes a 200 mil dólares em dois projetos de longas-metragens de ficção, documentário ou animação.
No Brasil concorrem os projetos apresentados por produtoras brasileiras que participem na condição de coprodutoras minoritárias. Os projetos com participação majoritária brasileira devem ser apresentados por seus parceiros chilenos ao edital a ser lançado pelo CNCA, no Chile. As inscrições devem ser realizadas pelo Sistema do FSA até o dia 1º de março de 2019.
O coprodutor minoritário brasileiro vencedor do edital receberá, em reais, um valor equivalente a 100 mil dólares, visando à contratação de operações financeiras, exclusivamente, na forma de investimento. O mesmo valor será investido pelo CNCA em um projeto apresentado por coprodutor minoritário chileno no concurso nos mesmos moldes, realizado no Chile. Para mais informações, acesse a página do edital do concurso.
Fonte Brasil Cultura

Abertura da 11ª Bienal da UNE emociona estudantes de todo o Brasil

Uma noite de muitas emoções na quarta-feira (06) deu a largada da bienal das bienais, a 11ª Bienal da UNE – Festival dos Estudantes, em Salvador (BA). Estudantes secundaristas, universitários e pós-graduandos do país inteiro lotam o Teatro Castro Alves, da Universidade Federal da Bahia para ouvir o homenageado Gilberto Gil.
Por Cristiane Tada, da UNE
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias deu as boas-vindas. “Salvador é uma cidade histórica para o movimento estudantil e é aqui que saudamos todas as delegações, de todos os estados, que vieram para o nosso festival. Viva o Nordeste, viva o Sudeste, viva o Norte, viva o Sul, viva o Centro Oeste, viva a décima primeira Bienal dos estudantes!”.
Foi exatamente na capital da Bahia, que foi realizada a primeira Bienal, há 20 anos atrás, em 1999. E foi também em Salvador que foi realizado, há 40 anos, o Congresso de Reconstrução da UNE, depois de perseguida e levada à clandestinidade pela ditadura militar instalada pelo golpe de 1964.
O vice-reitor da Universidade Federal da Bahia, Paulo Miguez, foi responsável por um dos momentos mais emocionantes da noite que levou Marianna às lágrimas. Ele levantou seu crachá de delegado do 31º Congresso da UNE, em maio de 1979. “Como bom baiano eu diria que essa lembrança é uma mancha de dendê não sai nunca. Eu queria dizer com esse gesto de memória expressar um momento tão especial como esse e mostrar confiança que deposito em cada um de vocês, em cada jovem brasileiro. Eu sei que vocês irão defender o direito inegociável à universidade pública brasileira”.
Este ano é a primeira vez que festival reúne secundaristas, universitários e pós-graduandos. O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Pedro Gorki, destacou essa união histórica nesse momento de resistência da história do nosso país. “A Bienal cumpre a função de inaugurar o período de lutas que os movimentos sociais do Brasil terão pela frente no ano de 2019. Aqui estamos, estudantes, artistas, ativistas, militantes, unidos na defesa da democracia e dos direitos, na defesa da educação e da cultura, contra a censura e a mordaça, pela liberdade do nosso país”.
A presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Flávia Calé, também reforçou a unidade. “Vamos reconstruir a unidade do nosso povo, celebrar a diversidade cultural do Brasil, e fortalecer os nossos laços e as nossas forças”.

O Rei da Brincadeira, patrono do Cuca da UNE

A aula show do homenageado máximo da noite, Gilberto Gil, foi um formato de perguntas intercaladas com música. A escritora Ana de Oliveira mediou a conversa entre o ex-ministro da Cultura e os estudantes.
Ele respondeu sobre o passado e sua militância, bem como comentou a conjuntura política do Brasil e do mundo. Gil também foi homenageado como patrono do Cuca da UNE, e recebeu um quadro com a arte oficial do evento feito pelo artista paranaense Elifas Andreato.
“Eu sou contemporâneo da infância da UNE do movimento em que os estudantes se agregaram nessa forte inconstitucionalidade que se tornou o movimento estudantil que eu participei naquele início. Muito da minha formação da minha capacidade de compreensão da dimensão cidadã, muito disso veio da militância junto a UNE, junto ao Centro Acadêmico”, afirmou. E completou generoso: “Eu sou não só grato, mas devedor da UNE, por tudo isso que me deu”.
Para o músico essa geração é beneficiada por um longo tempo do que chamou de “exercícios libertários”. “Quiséramos ter naquela época, 40, 50 anos atrás o grau de autonomia que vocês têm hoje, o grau de compreensão sobre a complexidade, sobre a paradoxidalidade dessas coisas que vocês têm hoje que já podem reconstituir de fato uma trans-esquerda”, afirmou.
E se identificou com a juventude. “Quando jovem eu tive os mesmos impulsos, as mesmas esperanças, as mesmas atitudes desafiadoras que vocês jovens tem hoje. Vocês hoje são mais cultos e mais experimentados. O tropicalismo almejou tudo isso, expandir a compreensão sobre o mundo”, afirmou.
Ele finalizou a noite empolgando a plateia com a canção vencedora do Festival da Record de 1967 e talvez uma das suas músicas mais famosas: Domingo do Parque.

O que vem por aí

Até o próximo domingo (10), serão mais de 90 atividades incluindo debates, conferências, oficinas, visitas guiadas, lançamentos de livros, vivências criativas, uma feira de economia solidária, atividades relacionadas a todas as áreas de interesse da juventude. Nas mostras estudantis selecionadas, a Bienal apresenta mais de 270 trabalhos, incluindo as áreas da música, audiovisual, literatura, artes cênicas, artes visuais, extensão, ciência e tecnologia. As atrações culturais terão grandes shows com artistas como Baiana System, Atoxxxa, Djonga, Francisco El Hombre, além de uma grande culturata de blocos de carnaval como o Ilê Ayê, Banda Didá e Filhos de Ghandy.
Fonte: UNE
Fotos: Cuca da UNE

Bolsomoro vai ganhar de 6 a 4 no Supremo

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Podcast: leizinha ordinária estupra a presunção de inocência
Olá, tudo bem?
Esse podcast é sobre a retumbante vitória que o Bolsomoro vai obter no Supremo.
Bolsomoro tenta dar o drible da vaca no Supremo.
Ele quer mudar uma clausula pétrea da Constituição: o réu só pode ir para a cadeia depois de condenado em todas as instâncias.
É a chamada questão da "Segunda Instância".
O Supremo, pelas mãos sedosas e a voz fanhosa do ministro operário-padrão da Globo, o Barroso, chegou à conclusão de que basta ser condenado em Segunda Instância para o réu ir em cana.
Foi um estupro à Constituição com o objetivo, unicamente, de manter o Lula preso e impedir que ele vencesse a eleição.
Com isso, o Supremo garantiu a eleição do Bolsonaro e o Bolsonaro nomeou Ministro da Justiça aquele que prendeu quem o derrotaria na eleição.
Tão simples quanto isso, não, amigo navegante?
Assim, o suposto presidente do Supremo, o Ministro Dias Gaspari Toffoli, como o Elio Gaspari, de múltiplos chapéus olha para o Golpe de 1964 de uma perspectiva adocicada e complacente.
O Presidente Ministro Toffoli - que o respeitável historiador inglês Perry Anderson definiu como o menino de recados do PT e do Lula - o Toffoli marcou para abril uma nova votação para saber se vale o que o Barroso aprovou, ou o que os constituintes eleitos pelo povo decidiram em 1988.
Barroso, como se sabe, foi eleito pela Globo, pelo Daniel Dantas, seus notáveis clientes - e pelo zé da Justiça, o José Eduardo Cardozo, em voto aberto, indireto.
Em abril, o que acontecerá?
Valerá a Constituição ou o que o Supremo provisoriamente aprovou para manter o Lula preso?
TV Afiada já demonstrou que o ministro Bolsomoro, o único juiz do Brasil, quer dar o drible da vaca na Constituição.
Ele quer manter a prisão em Segunda Instância sem fazer uma reforma da Constituição.
Quer fazer por uma leizinha ordinária, que aprovará no escurinho do Congresso.
O raciocínio dele tem a lógica do Tiririca, esse notável parlamentar e discreto jurisconsulto.
Vai assim: como o Barroso já aprovou a prisão em Segunda Instância, ela se tornou constitucional.
Basta uma leizinha ordinária (sem trocadilho) para torná-la definitiva.
Não precisa ir de novo ao Supremo.
Porque o Supremo Barroso já decidiu.
E, aí, amigo navegante?
Bolsomoro vai dar o drible da vaca no Supremo, na Constituição e em você?
Vai!
Vai!
É a resposta inequívoca.
Bolsomoro vai dar o drible da vaca.
Por quê?
Porque há precedentes.
O FHC acabou com o serviço público de telecomunicações com a Lei das Teles.
Uma lei ordinária.
FHC acabou com o monopólio do petróleo com a Lei do Petróleo.
Por lei ordinária.
A Dilma acabou com o porto público com a Lei dos Portos.
Ah, dirá você, amigo navegante: mas a presunção de inocência é cláusula pétrea.
E daí?
Cláusula pétrea: a Constituição garante a função social da propriedade, o FHC baixou uma MP que proibia a desapropriação de terras invadidas pelo MST.
E o Lula e a Dilma mantiveram isso, sem mexer em nada.
Cláusula pétrea? Essas eram medidas tão Constitucionais quanto a cláusula pétrea da presunção de inocência.
Quando o drible da vaca permitir que o Bolsomoro entre na grande área do Supremo, ele vai encaçapar.
Eles todos, Supremos ministros, vão cometer a barbaridade, com exceção do Lewandowski e do Marco Aurélio e, talvez, do Gilmar e o Celso de Mello.
Na melhor das hipóteses, 6 x 4 a favor do Moro.
E, mesmo assim, tem o filho do Bolsonaro que disse que ninguém ia para a porta do Supremoimpedir que o Gilmar fosse preso...
Nunca se sabe do que o Ministrário Gilmar é capaz.
A Constituição só vale quando interessa.
A Constituição virou uma piada.
Por isso vai vencer a lógica do Tiririca!
Fonte: Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim