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sábado, 7 de janeiro de 2023

Lula sanciona lei que institui Dia Nacional das Tradições Africanas

 Foto: Reprodução/Internet

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui o 21 de março como Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé.

Publicada no Diário Oficial da União de hoje (6), a Lei nº 14.519 foi aprovada pela Câmara dos Deputados (como PL 2.053/22) no dia 21 de dezembro de 2022 e encaminhada à sanção presidencial.

A data escolhida para a comemoração – 21 de março – é também Dia Internacional contra a Discriminação Racial, marco estabelecido pelas Nações Unidas (ONU) tendo como referência o episódio que ficou conhecido como “Massacre de Shaperville”, em 1960 na África do Sul.

O massacre ocorreu quando cerca de 20 mil sul-africanos protestaram contra a determinação imposta pelo governo da época, de limitar os locais onde a população negra poderia circular.

Em resposta à manifestação que era considerada pacífica, militares da África do Sul atuaram violentamente para reprimir o protesto. Tiros foram disparados contra os manifestantes, resultando na morte de 69 pessoas.

Fonte: Agência Brasil

Concertos Potiguares em 2023 iniciam neste sábado; abertura terá participação de Roberto Taufic

 Foto: Reprodução/internet

O Concertos Potiguares traz Roberto Taufic neste sábado (7), como sua primeira apresentação de 2023. O show acontece no auditório do Parque da Cidade, às 16h. Natural de Honduras, Taufic iniciou seus estudos em violão e teorial musical na música na Escola de Música da UFRN, aos doze anos, depois de vir com sua família para o Brasil.

Taufic gravou seu primeiro disco com o grupo Cantocalismo (1985) e a partir de 1990 passou a residir na Itália onde estudou improvisação, harmonia e história do Jazz. De 1995 em diante, passou a colaborar com shows e gravações de vários artistas da música instrumental, pop, jazze étnica na Europa.

Além disso, o guitarrista possui uma trajetória musical marcada por diversas obras como "Eles & Eu", seu primeiro CD de violão solo, "Contigo en la distancia" (2010), "Bate Rebate" com o Duo Taufic (2011), "Um Brasil Diferente", "Atlanticos" (2014), "Todas as cores", "Viaggiando" (2015), "Core/Coração", "Nítido e obscuro", "D'Anima", "Tudo será como antes" (entre 2016 e 2018).

Em 2021, Taufic realizou o EP "Cor das Cordas", com o guitarrista potiguar Jubileu Filho. Ainda no mesmo ano publicou o CD "Entrelaços", em trio com Paulo de Oliveira e Darlan Marley.

O Concertos Potiguares acontece graças à renúncia fiscal da Prefeitura do Natal pela Lei Djalma Maranhão e do aporte financeiro do Hospital do Coração, além do apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e da Padaria Hora do Pão.

Fonte: Ascom/Prefeitura de Natal

Com Potiguar Notícias

Contra o obscurantismo, obra “Orixás” voltará ao Palácio do Planalto

Quadro da artista plástica Djanira Motta e Silva, com divindades de matriz africana, fora retirado da sede da Presidência da República durante governo Bolsonaro.

Mais um passo em direção à desconstrução do obscurantismo bolsonarista foi dado nesta semana. A primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, anunciou, durante a posse da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que a obra Orixás, da artista plástica Djanira Motta e Silva (1914-1979) retornará ao Salão Nobre da sede da Presidência da República depois de ter sido retirada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Havia um furo feito de caneta na tela. Mas vai voltar ao local que pertence, o Palácio do Planalto. Vai estar numa exposição agora em janeiro, mas vai voltar. Aliás, faremos todo o trabalho de recomposição do acervo, vamos tratar isso com muito carinho”, explicou Janja sobre a obra datada dos anos 1960.

Conforme noticiado, não ficou totalmente clara a motivação para a retirada da obra, mas é amplamente sabido que o obscurantismo e a intolerância religiosa foram marcantes durante o governo Bolsonaro.

Além disso, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo, ainda em 2018, após a eleição de Bolsonaro, a ex-primeira-dama, Michelle, que é evangélica, havia mandado guardar obras e imagens sacras, ou seja, pode ter sido por motivação religiosa a retirada da obra, que retrata divindades de matriz africana.

Segundo a BBC Brasil, “na época, Bolsonaro desmentiu a informação de que mexeria nas obras do Alvorada, mas nada mencionou sobre Orixás”. 

À revista Piauí, em matéria publicada em agosto de 2020, “a secretaria da Presidência alegou que a retirada da obra foi um ‘procedimento usual que visa o descanso e o rodízio das peças de arte como medida de conservação preventiva, conforme as boas práticas da museologia’”, explicação tida como “absurda” por especialistas da área.

Conforme apontou a revista naquela reportagem, “a ironia sobre a possibilidade de o quadro ter sido retirado por motivo religioso é que Djanira era profundamente cristã. ‘A religiosidade dela foi tanta que em 1973 ingressou na ordem das carmelitas, a Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro. Ela foi uma carmelita descalça, recebeu um hábito e o nome religioso de Teresa do Amor Divino. Porque era devota de Teresa de Ávila [santa do século XVI]. Quando faleceu, foi sepultada vestindo esse hábito’, disse o escritor e jornalista de Avaré (SP) Gesiel Júnior, 56, que escreveu quatro livros sobre a conterrânea ilustre, incluindo a biografia História de Djanira, brasileira de Avaré (ed. Arcádia, 2000, 144 págs.). O enterro de Djanira com a roupa do convento é confirmado por reportagens da imprensa na época de sua morte, ocorrida a 31 de maio de 1979”.

No entanto, a fé da artista nunca interferiu em sua posição respeitosa com relação a outras manifestações e em seu fascínio com rituais como o candomblé, que figurou em algumas e suas obras.

“A primeira coisa a dizer é que ela tinha fé em Cristo, praticava a religião, mas isso não significava que as outras religiões não tivessem o seu respeito, como merecem todas as pessoas. Cada um tem sua fé, e ela respeitava. Em segundo lugar, ela se encantou com o candomblé pela beleza dos rituais, pelas roupas, pelos tecidos brancos e coloridos. É um ritual de dança, é alegre”, disse à revista o escultor e ex-leiloeiro de arte Evandro Carneiro, que foi amigo da pintora.

Com agências

Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Folia de Reis

De origem portuguesa, é uma Festa católica ligada à comemoração do Natal, comemorada desde o século XIX. Segundo a lenda, quando Jesus nasceu, três reis magos foram visitá-lo, levando presentes.

Essa data, fixada em 6 de janeiro, passou a ter grande importância em países de origem latina, especialmente os que a cultura é de origem espanhola. Em alguns lugares esta comemoração se tornou mais importante até que o próprio Natal. Em Muqui, no Espírito Santo por exemplo, acontece desde 1950 o maior encontro nacional de folia de reis, reunindo cerca de 90 grupos de foliões do de regiões como Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura.

Cidades brasileiras como o Rio de Janeiro, realizam folias até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro do estado. Em outros estados a comemoração acontece com frequência em cidades do interior. Grupos de foliões visitam as casas que os acolhem e fazem doações , cantando e tocando músicas de louvor a Jesus e aos Santos Reis , em volta do presépio, com muita alegria.

Os instrumentos utilizados normalmente são a viola caipira, o acordeom ou sanfona,  a gaita, o reco-reco e a flauta. Liderados pelo Capitão da Folia, seguem reverenciando a bandeira, carregada pelo bandeireiro. A bandeira carrega o símbolo da folia. Decorada com figuras que levam ao menino Jesus, feita geralmente de tecido, é enfeitada com fitas e flores de plástico, tecido ou papel, sempre costuradas ou presas com alfinete, nunca amarradas com nós cegos, para segundo a crença não “amarrar” os foliões ou atrapalhar a caminhada

Ao chegar às casas que os recebem, a primeira a entrar é a bandeira, que fica hasteada e todos então cantam a canção de chegada. Em seguida acontecem as paradas para os almoços e jantares, oferecidos pelos donos das casas e que são agradecidos pelos foliões com modas de viola e danças como o cateretê e catira.

O Bastião ou palhaço, que usa roupas coloridas, máscara e carrega uma espada e é o responsável por abrir passagem para a Folia, também recita poesias e cita passagens da Bíblia. Os demais participantes se dividem de forma que cada um cante de uma maneira no coro de vozes e isso traz um som muito agradável.

O mestre, sempre inicia os cânticos, é a posição mais importante do bando, pois ele é o responsável pelo andamento dos cantos, da colocação das vozes, é uma espécie de maestro, além de ser o que conhece a origem do grupo, o fundamento e a história da trajetória.

Com versos improvisados de agradecimento pela acolhida, os demais, cada qual na sua voz e vez, repetem os versos acompanhados pelos seus instrumentos. Estes instrumentos são sempre enfeitados com fitas coloridas, cada cor representa um simbolismo, rosa, amarela e azul, podem representar Maria, a branca o Espírito Santo.

Na casa que recebe os foliões tem o festeiro, que é o responsável pela preparação da festa da chegada da bandeira. Ao sair os foliões então cantam a canção de despedida e agradecem os donativos e partem para outra casa que os receberão.

Este folclore nacional, embora um pouco desconhecido das grandes cidades tem grande significância no interior de grandes Estados. Algumas destas cidades são: Campo Mourão, Pinhais, São Jose dos Pinhais, Toledo, Maringá no Paraná, Araraquara, Barretos, Bebedouro, Bom Jesus dos Perdões, Campinas, Franca em São Paulo.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA