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Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Paraguaia declarada morta é salva só depois de se mexer dentro de saco para cadáveres em funerária

Gladys (deitada) com o marido e a filha após ‘ressuscitar’ Foto: Reprodução
Com pressão alta, Gladys Rodríguez Duarte, que sofre de câncer no ovário, foi levada pelo marido a uma clínica na cidade de Coronel Oviedo (Paraguai) no último sábado (11/4).
O quadro se agravou e três horas depois Gladys, de 46 anos, foi declarada morta pelo médico, identificado como Heriberto Vera, que a atendeu. O marido, Maximino Duarte Ferreira, e a filha, Sandra Duarte, já começavam a preparar o enterro, contou reportagem do jornal “ABC Color”.
Porém a história teve uma reviravolta impressionante: funcionários da funerária para onde o corpo foi levado encontraram Gladys se mexendo dentro do saco para cadáveres onde tinha sido posta. A descoberta foi feita pouco antes do início da aplicação de formol – usado para conservar o corpo.
Gladys foi levada às pressas a um hospital, onde se encontra em estado grave, mas estável.
(…)
Fonte: Diário do Centro do Mundo - DCM

EDUARDO VASCONCELOS REPASSA/INFORMA - VALE VIDAS - CONFIRAM!

EDUARDO VASCONCELOS DE OLHO NA CÂMARA
EDUARDO VASCONCELOS REPASSA-INFORMA!
VALE VIDAS!!!

Devido ao aumento de portadores do COVID-19 vou colocar algumas dicas de proteção

PRECISAMOS APRENDER OS PONTOS
FRACOS DO NOSSO INIMIGO MAIOR
AGORA: CORONAVÍRUS!
Por favor, atentem para as seguintes dicas:

2) SE ESSE VÍRUS CAIR EM UM LOCAL
EXPOSTO À LUZ SOLAR (AO MEIO DIA)
MORRE EM 2 OU 3 MINUTOS.
EM TEMPO NUBLADO, UNS 15 MINUTOS.

3) SE ESSE VÍRUS SAIR DO DOENTE
NUM LUGAR SEM LUZ SOLAR INCIDINDO
DIRETAMENTE NELE, UM LOCAL
SOMBREADO COMO DENTRO DE CASA OU
DENTRO DE ALGUM VEÍCULO E O VÍRUS
CAIR SOBRE PAPEL, MADEIRA, ROUPAS E
CABELOS, ELE SOBREVIVE POR 6 HORAS.

4) SE O VÍRUS CAIR SOBRE SUPERFÍCIES
LISAS, SOMBREADAS E FRIAS COMO
VIDRO, MÁRMORES, AZULEJOS, METAIS
LISOS, ELE SOBREVIVE POR 12 HORAS.
·
5) MESMO SENDO MUITO PEQUENOS OS VÍRUS,
NUM ESPIRRO OU SIMPLESMENTE UMA PESSOA
FALANDO ESTÁ BATENDO A LINGUA NO CÉU DA
BOCA E NOS DENTES E ISSO VAI ESPIRRANDO
GOTÍCULAS INVISÍVEIS CHEIAS DE VIRUS QUE
SAEM DA BOCA.
MESMO APENAS A RESPIRAÇÃO DO DOENTE

JÁ É SUFICIENTE PARA LIBERAR VÍRUS NO AR.
·
6) ISOLAMENTO SOCIAL.
A PESSOA INFECTADA PODE NÃO APRESENTAR
SINTOMAS MAS ESTÁ PRODUZINDO TRILHÕES
DE VÍRUS EM SEU ORGANISMO E ESSES VÍRUS
SAEM PELA RESPIRAÇÃO DELA.

7) HIGIENE CORRETA:
AO USAR UM TRANSPORTE PÚBLICO, UBER
OU ESTIVER TRABALHANDO, NÃO PASSAR OS
DEDOS NOS OLHOS, NA BOCA E NEM NO NARIZ.
AO CHEGAR EM CASA E NÃO TOCAR EM NADA E
NEM EM NINGUÉM ANTES DE LAVAR AS MÃOS.
·
8) RETIRE A ROUPA QUE USOU E PENDURE
NUM LOCAL DE POUCO MOVIMENTO E DEIXE A
ROUPA LÁ POR NO MÍNIMO 8 HORAS, LEMBRE
QUE SOBRE A ROUPA OS VÍRUS FICAM VIVOS
POR 6 HORAS.
·
VOCÊ PENDURA AS ROUPAS À NOITE E DE
MANHÃ ELES ESTARÃO MORTOS. ASSIM
VOCÊ PODERÁ USAR A ROUPA NOVAMENTE.
RECOMENDAMOS LAVAR!

9) LAVE OS CABELOS!
O VÍRUS É ALTAMENTE SENSÍVEL AO
PH BÁSICO DO SABÃO, SABONETE,
DETERGENTE; O SHAMPOO NÃO É MUITO
EFICIENTE PH QUASE NEUTRO, USE
SABONETE NOS CABELOS, É MELHOR.
·
10) AO TOCAR MAÇANETAS, TORNEIRAS OU
QUALQUER SUPERFÍCIE LISA ONDE OUTRAS
PESSOAS TOCARAM ANTES, NÃO TOQUE SEUS
OLHOS, NARIZ NEM BOCA.

Fonte: Anônima pelo Waltssap - Facebook - Google e https://twitter.com

Campanha estimula valorização do turismo interno após pandemia

O trabalho voltado à preservação do potencial econômico do turismo ganha reforços. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) lança nesta quinta-feira (16.04) uma campanha para que prefeitos, empresários e entidades do setor estimulem a valorização do mercado nacional quando o país voltar à normalidade. Intitulada ‘Municípios juntos pelo Turismo’, a ação busca definir um plano estratégico focado na retomada de atividades de lazer e eventos.
A campanha também prevê o incentivo à remarcação de viagens e realizações contratadas antes do surgimento do novo coronavírus, como forma de contribuir com as economias locais e a manutenção de empregos. De olho na demanda futura, o projeto envolve ainda a divulgação de atrativos e de espaços de eventos, além de destacar a importância de investimentos públicos em infraestrutura e promoção e da atuação da iniciativa privada 
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, elogia a iniciativa da CNM e comemora a união de forças pela superação de dificuldades. “Além de todas as medidas que estamos adotando para permitir a sobrevivência do setor, estamos fortemente empenhados em definir estratégias que permitam ao país continuar aproveitando ao máximo todo o nosso potencial. E, nesse sentido, a valorização do turismo interno certamente será um pilar vital nesse processo”, observa. 
A campanha também engloba a realização de videoconferências semanais, a oferta de materiais de orientação e de vídeos promocionais. O presidente da CNM, Glademir Aroldi, destaca a relevância do turismo para a recuperação econômica do país. “O turismo representa um dos principais condutores de desenvolvimento sustentável de uma cidade. É uma forma de alavancar receitas e diminuir as dificuldades enfrentadas pela gestão municipal”, justifica.
O primeiro bate-papo virtual organizado pela CNM vai ocorrer já nesta quinta-feira, às 16h, quando serão debatidas medidas para auxiliar municípios e o plano de retomada do turismo. A transmissão (clique aqui para acompanhar) contará com a participação de Ângelo Sanches, secretário de Turismo e Cultura de Canela (RS); de Mário Nascimento, consultor da CNM, e de Marta Feitosa e Mônica Costa, analistas técnicas da entidade.
APOIO AO SETOR – Em contato com representantes do trade turístico e de outros órgãos do governo federal, o Ministério do Turismo já adota várias iniciativas no sentido de atenuar impactos do novo coronavírus. A Pasta desenvolve, por exemplo, a campanha ‘Não cancele, remarque!’, que incentiva o adiamento de viagens, pacotes e eventos culturais contratados, a fim de reforçar a manutenção de negócios e postos de trabalho na área.
O MTur também facilitou empréstimos do Fundo Geral de Turismo (Fungetur), além de ter agilizado a destinação de R$ 381 milhões a novos financiamentos. Em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o órgão elaborou ainda Medida Provisória que regula cancelamentos e remarcações nos ramos turístico e cultural. Outra MP sugerida pela Pasta permite a empresas flexibilizar salários e jornadas, mediante o pagamento de seguro-desemprego e FGTS.
Edição: Rafael Brais
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Rubem Fonseca morre aos 94 anos

Um dos mais importantes nomes da literatura brasileira, o escritor Rubem Fonseca morreu ontem, quarta-feira (15), aos 94 anos, vítima de um infarto, em seu apartamento no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por seu genro, o colecionador Pedro Corrêa do Lago. O escritor, que completaria 95 anos em um mês, foi levado ao hospital, mas não resistiu. Ainda não foram divulgadas informações sobre velório e sepultamento.
Mineiro de Juiz de Fora, José Rubem Fonseca, nome fundamental, construiu uma trajetória respeitada nas letras, influenciou gerações de escritores e colecionou prêmios  – entre ele, o Camões, em 2013, considerado o mais importante reconhecimento da literatura em língua portuguesa, pelo conjunto da obra.
Funcionário da Light e ex-comissário de polícia,  Zé Rubem, como era chamado pelos amigos, criou contos com personagens antológicos que moldaram gerações ao expor as feridas da sociedade. “Feliz Ano Novo”, de 1975, é citado como referência obrigatória de quase todos os escritores surgidos nas últimas décadas.
O escritor nasceu 11 de maio de 1925, se formou em Direito na UFRJ e construiu uma carreira de seis anos na polícia civil, como comissário, em São Cristóvão, Rio de Janeiro. Ele estreou na literatura em 1963, com o livro de contos “Os Prisioneiros”. Na época, sua obra foi descrita como brutalista. Sua  chegada ao cenário da literatura brasileira introduziu o gênero policial na época contemporânea com obras como “Lúcia McCartney” (1967), “O Caso Morel” (1973), “A Grande Arte” (1983), o já citado “Feliz Ano Novo” (1975), além de “Bufo & Spallanzani” (1985) e “Agosto” (1990).
Autor de mais de 30 livros, ele teve sua obra traduzida em vários países e adaptada ao teatro, cinema e televisão. Venceu cinco vezes o prêmio Jabuti de contos, pelos livros “Lúcia McCartney” (1969), “O Buraco na Parede” (1995), “Secreções, Excreções e Desatinos” (2001), “Pequenas Criaturas” (2002) e “Amálgama” (2014). Na categoria romance, ele venceu apenas uma vez, com A “Grande Arte” (1983), mas um de seus mais reconhecidos romances é “Agosto”, narrativa histórica que conta os eventos que culminaram no suicídio do ex-presidente do Getúlio Vargas em agosto de 1954.
Conhecido por sua reclusão – e consequente recusa a dar entrevistas -, a Rubem Fonseca normalmente é a atribuída a fundação de uma nova era na ficção nacional, que se tornou mais urbana depois dele. Com os livros do autor, também chega ao país uma influência mais direta da literatura dos Estados Unidos, além da linguagem cinematográfica.
Com livros marcados pela linguagem afiada e pela violência, ele publicou principalmente histórias policiais, mas era um dos autores que levava ao gênero – muitas vezes associado ao mero entretenimento – à alta qualidade literária.
Apesar de ter nascido na Zona da Mata mineira, Rubem Fonseca  viveu a maior parte da vida no Rio de Janeiro – e, mesmo recluso, se tornou, um dos personagens da cidade. Morador do Leblon, não era incomum vê-lo levemente disfarçado em caminhadas matinais, com boné e óculos escuros.
Sua reclusão gerou anedotas. Por exemplo, há a história clássica de um repórter de TV que, cobrindo a queda do Muro de Berlim, em 1989, resolve entrevistar um brasileiro que por ali passava. Aos ser questionado sobre seu nome, o tal brasileiro responde: “José Rubem”. O jornalista conversa com o escritor sem se dar conta de sua real identidade.
O lançamento de “Feliz Ano Novo”, em 1975, e proibição posterior pela ditadura, geraram uma das polêmicas mais rumorosas envolvendo um escritor no regime militar. O livro trazia cinco contos com o estilo que consagrou Fonseca, com os personagens urbanos e do submundo dos quais ele gostava de tratar, como um milionário que atropela pessoas de noite.
A obra já tinha saído há um ano e sido um best-seller quando a ditadura o proibiu, acusando o autor de atentar contra a moral e os bons costumes. Fonseca processou a União, mas o livro só voltaria às prateleiras em 1985, com a reabertura da democracia.
Seu trabalho mais recente foi o livro “Carne Crua”, publicado em 2018, que reuniu contos inéditos.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

“Entre o individualismo e a solidariedade: um novo mundo em disputa”

Há quem diga que a pandemia do coronavírus marca, definitivamente, o fim do século XX. A novidade do capitalismo enquanto sistema mundializado, do desenvolvimento dos transportes e das telecomunicações, do avanço desenfreado do consumo e da destruição da natureza marcou as relações de produção e também o modo de vida acelerado em que nasceu e cresce nossa geração. A soma das muitas crises que estamos enfrentando (econômica, ambiental, política, social e sanitária), coloca para nós o fardo das contradições desse esgotamento na qual nos encontramos, mudando bruscamente nossas vidas nos cinco continentes do planeta.
O modelo de sociedade neoliberal predominante nas últimas décadas, buscou a espoliação do trabalho e da natureza ao seu máximo: reduzindo investimentos na saúde pública e na ciência que hoje tanto nos fazem falta em meio a pandemia; e com a predominância do setor financeiro, desindustrializou nossa produção, jogando uma massa trabalhadora para o trabalho informal. A juventude que ingressa no mercado de trabalho vive entre a insegurança e a precarização, e a ideia de empreendedorismo, que tentaram nos vender como saída para salvar-nos a nós mesmos da crise (de forma unicamente individual) apresenta seus evidentes limites.
Porém, não nos iludamos com as contraditórias respostas imediatas ao coronavírus dos que arquitetaram esse modo de vida nos últimos anos. Nem Boris Johnson, ao agradecer ao sistema público de saúde da Inglaterra em nome de dois imigrantes significa que os capitalistas passarão a defender no seu programa a saúde como bem universal e o fim das fronteiras, nem passaremos a uma era reformista para o fortalecimento do bem-estar social como se deu após a Segunda Guerra. Pelo contrário: é muito provável que eles cobrarão a conta em cima dos trabalhadores, implementando mais ajustes e guerra social.
Há porém, muitas oportunidades abertas com essa crise. Para nós, que crescemos sob a ideologia do “se vira”, tanto para a garantia de direitos, quanto para a construção de relações comunitárias, rompidas sob a lógica da competição, precisamos enxergar esse momento, onde nada mais voltará a ser o que foi, como uma possibilidade de fortalecer a ideia de uma sociedade pautada na solidariedade, na vida em coletivo e na valorização do humano e da natureza acima dos lucros.
Não é pouca coisa, que metade dos mais de 30.000 voluntários inscritos para trabalhar no combate à epidemia no Rio de Janeiro, sejam jovens estudantes. Mesmo longe de se formar, eles e elas se arriscam para ajudar a população. Sem falar daqueles que estão atuando nas universidades para produzir álcool gel, máscaras de proteção, respiradores e nas pesquisas sobre o COVID-19, mesmo depois de tantos ataques às universidades públicas. Nas comunidades e periferias, são muitas as iniciativas de arrecadação para aqueles que estão sem poder trabalhar. O sentimento de solidariedade e de auto-organização do povo, mais do que uma medida pontual, pode representar um avanço de consciência que não volta atrás. Junto a ele, uma rebeldia crescente contra um governo que não só não se solidarizou com nenhuma das mais de 1.500 famílias que perderam parentes para o coronavírus, mas incentiva o fim do isolamento social, e com ele, a propagação do vírus para mais pessoas.
Neste momento em que muitos governos ao redor do mundo se utilizam deste período de exceção para ampliar seu autoritarismo, nós precisamos de uma vez por todas tomar as rédeas do nosso futuro. Ainda que estejamos em casa acompanhando as notícias de forma passiva, sem podermos ir para as ruas como muitas vezes fizemos nos últimos anos, a construção do “novo normal” que viveremos pós-COVID-19 já começou. É momento de pausar para resgatar nossas utopias concretas. De transformar nossas relações ao sentir saudades, de perceber que precisamos muito um do outro. De recolocar a arte e a cultura como um elemento crucial de alimento da alma, para a imaginação ir além do que os horrores que nos colocam como única alternativa. De construir a solidariedade ativa, de não permitir mais a normalização da fome e da política de morte. De aprofundar nosso estudo científico que nos leva a constatar a necessidade histórica do fim do capitalismo e da construção de outro modelo de sociedade. Se a pandemia e a urgência de nosso tempo representam o velho que está morrendo, pode estar em nossas mãos o início de um novo que precisa nascer.
*Fabiana Amorim é estudante da UFF e diretora de Cultura da UNE.

“As desassistências de saúde indígena e o avanço do Covid-19”

Vice-UNE da Bahia, Victor Pataxó fala sobre como a pandemia tem afetado o atendimento de saúde dos indígenas. Leia o artigo:

Em tempos de crise no mundo vemos o quanto precisamos cuidar dos nossos familiares, amigos e pessoas que amamos.Nós, povos indígenas que sempre sofremos grandes ameaças começando com os portugueses, continuando com os grandes fazendeiros. Além de diversas doenças que atacam e nos matam diariamente. Sofremos também com a falta de política de saúde e essa é uma das questões mais delicadas e problemáticas. Sensíveis às enfermidades trazidas por não-indígenas e, muitas vezes, habitando regiões remotas e de difícil acesso, as nossas comunidades são vítimas de doenças como malária, tuberculose, infecções respiratórias, hepatite e doenças sexualmente transmissíveis.
Desde a criação da Fundação Nacional do Índio (Funai), em 1967, diferentes instituições e órgãos governamentais se responsabilizaram pelo atendimento às comunidades. As diretrizes foram alteradas diversas vezes, mas, com exceção de casos pontuais, em nenhum momento a situação sanitária nas aldeias foi realmente satisfatória. Os ataques não acabam, recentemente o governo federal lançou uma proposta de repassar à saúde indígena a estados e municípios.Os direitos a saúde indígenas são de competência federal e o governo não pode fugir jogando a responsabilidade para estados e municípios, pois sabemos das limitações de cada território e da importância de manter a SESAI ( Secretaria Especial de Saúde Indígena), fortalecendo-a ainda mais através de ampliar os investimentos e ter um acompanhamento direto principalmente nas comunidades mais afastada. Mas, graças a luta de diversas lideranças, o ministro da saúde Luiz Mandetta voltou atrás e manteve a saúde indígena vinculada ao seu ministério.
A preocupação dos povos indígenas aumenta ainda mais diante do atual surto do COVID-19, o novo coronavírus, diante a eterna crise da falta de acesso à saúde nas comunidades. No dia 09 de abril foi a óbito um guerreiro Yanomame de 15 anos de idade, que testou positivo para a COVID-19 e havia sido internado no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista, desde sexta-feira (3). Foram confirmados no mesmo dia 09, mais duas mortes de indígenas por coronavírus. Trata-se de um homem da etnia tikuna, de 78 anos, e de uma mulher da etnia kokama, de 44 anos. Além desses uma senhora borari de 87 anos e um senhor da etnia Muru de 55 anos, que só tiveram os diagnósticos confirmados após terem sido sepultados. A SESAI contabiliza agora 7 casos , seis no Alto Solimões (kokamas e tikuna) , um em Manaus (Baré, isolado).
Os povos indígenas cobram ao Ministério da Saúde e a FUNAI posições sobre as comunidades que correm risco nesse momento, que precisam de acompanhamento médico e suporte para poder se deslocar das comunidades, pois a dificuldade para chegar no hospital é muito grande.Para além disso, existe a grande dificuldade de se manter, pois, precisam sair de suas comunidades até a cidade para comprar alimentos e mantimentos além de muitos desses territórios estarem sendo tomados por garimpeiros que ameaçam a vida desses povos.
Outra fator, são as ameaças aos membros da Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB), entidade que tem o intuito de alcançar e evangelizar índios em locais remotos e de difícil acesso, fazem pousos e decolagens ilegais em aldeias mesmo com as recomendações feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) de se manterem distantes do contato com indígenas para evitar a disseminação do novo coronavírus. A MNTB ingressou por contra própria dentro de uma área onde há a maior concentração de povos isolados do mundo, colocando em risco a saúde desses índios, contrariando a política de não contato sustentada pela Constituição de 1988.
Os povos originários precisam sobreviver e não dá pra se manter vivo sem alimento e sem saúde. Já foram vários povos dizimados por doenças dos não-índios, pela evangelização, catolicismo, e o coronavírus é mais uma ameaça. As comunidades pedem proteção. Em nota mandada à OMS, a APIB – Articulação dos povos indígenas do Brasil pediu a distribuição de kits para teste de coronavírus. E pede também o fortalecimento orçamentário da SESAI encarregada da administração dos 39 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, que segundo a entidade está sendo sucateada após a eleição do atual governo. A nota da Apib reivindica também “medidas de prevenção e atendimento para evitar riscos de contaminação pelo coronavírus nas aldeias, sobretudo naquelas próxima a centros urbanos.” A luta pela vida é diária e a necessidade de ter auxílio do governo e parceiros é mais do que necessário. É momento de cuidarmos um dos outros, não esqueçam de cuidar também dos povos que sempre cuidaram dessa terra.
Para que esses povos não sejam dizimados, o governo precisa acelerar o socorro para que as mortes parem de acontecer. É necessário que testes possam chegar às comunidades, que tenham médicos para atendimento e auxílio como a prevenção das famílias, aparelhos respiratórios em hospitais, cartilhas, materiais de prevenção como máscaras e luvas. É importante também fazer com que a entrada e saídas de não indígenas sejam mais controladas e que às fiscalizações aconteçam também nas aldeias onde diversos garimpeiros estão circulando, levando também ameaças aos povos. Pedimos socorro por nossas vidas, parem de matar nossos povos.
*Victor Pataxó é vice-UNE do estado da Bahia.
Fonte: UNE

Por que adiar o Enem? Veja a história destes estudantes


Problemas com internet, falta de acompanhamento pedagógico, poucos recursos… Entenda o que motiva o pedido de secundaristas e universitários

Enquanto o MEC mantém o calendário do Enem no meio da pandemia do coronavírus, os estudantes se mobilizam nas redes para adiar as datas da prova. Os motivos são muitos, mas a desigualdade na preparação do exame, diante de aulas suspensas pela quarentena, colocam muitos sonhos por um fio.
A petição pelo adiamento do Enem, organizada pela UBES e a UNE, já reúne mais de 30 mil assinaturas. Se você ainda não assinou, acesse aqui. Toda essa mobilização dos estudantes chegou no Congresso Nacional, onde deputados e senadores já entraram com uma ação popular e projetos para suspender o calendário.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, não leva em conta os inúmeros estudantes que enfrentam dificuldades com os estudos durante a quarentena e já afirmou em seu Twitter que “vai ter Enem, sim”.
A realidades dos estudantes não é a mesma do ministro
Uma pesquisa da TIC Domicílios do ano passado, revelou que 30% dos brasileiros não têm acesso à internet e a maioria só acessa pelo celular. Apesar de parecer um número pequeno, muitos estudantes enfrentam problemas de conexão, mesmo com o acesso.
É o caso da Malu Ferreira de 18 anos, que enfrenta problemas com a rede wi-fi em casa e com o sinal do 3G do celular. A região de Suzano (SP), onde ela está passando a quarentena com a família, não favorece o acesso para as tarefas passados pelos professores da E E Caetano de Campos da Aclimação, onde estuda.
“Mudei pra essa escola há poucos meses pra conseguir ter um preparo melhor pro Enem, mas a conjuntura me virou de pernas pro ar. O futuro tá bem incerto”, relata Malu Ferreira de 18 anos.
Na escola da Malu, as atividades passadas pelos professores são das aulas que tiveram antes da quarentena, nenhum conteúdo novo. O secundarista Victor Gabriel de 16 anos, nem isso está tendo. Os alunos da E.E. Rubens Moreira da Rocha em Santo André (SP) não tem nenhuma atividade escolar para fazer durante a quarentena. Mesmo Victor não fazendo o Enem desse ano pra valer, pois está no 2º ano, seu teste na prova sairia prejudicado.
“Eu ia fazer um teste esse ano, pois saí de uma escola que quase não tinha professores. Agora com as datas do Enem no meio da pandemia, vou continuar com problemas para estudar”, afirma Victor Gabriel de 16 anos.
Já o Centro de Ensino Médio Elefante Branco em Brasília (DF), onde estuda Gabriella Helena de 17 anos, ia oferecer um site onde os professores mandassem deveres. Até agora nada e nenhum esclarecimento da diretoria.
“Eu estou no 3º ano e não tenho como estudar para me preparar para o vestibular”, conta Gabriella que também sugere que outros vestibulares também repensem as datas. Como exemplo, ela cita o PAS, processo seletivo da Universidade de Brasília (UnB) que ela também pensava em concorrer.
Secundas dos IFs também sofrem
Até os Institutos Federais, modelos de excelência do ensino técnico público, estão completamente parados. Estudantes como a Luiza Guimarães de 18 anos, que estuda no Instituto Federal do Paraná e o Raffael Reis de 18 anos, que estuda no Instituto Federal do Maranhão, enfrentam dificuldades para estudar em casa.
Luiza conta que está sendo difícil se concentrar com irmãos menores em casa. “Além de estudar pro vestibular, estou fazendo o TCC [comum no último ano dos IFs] e é muito difícil conciliar as duas coisas em casa, longe da minha orientadora”, esclarece a estudante.
“Eu preciso tirar uma boa nota no Enem pra entrar na universidade, mas nessas circunstâncias de pandemia, vai ser quase impossível”, diz Luiza Guimarães de 18 anos.
Raffael Reis conta que no IFMA até se falava em EAD no início da quarentena, mas foi notável a impossibilidade de manter as aulas nessa modalidade, pois muitos alunos não teriam como acompanhar. Para ele, o ano do Enem por si só já um desafio, pois estudou em escola pública a vida inteira e não tem condições de pagar cursinho.
“Particularmente me sinto a ver navios, sem perspectivas”, conta Raffael Reis de 18 anos.
“Quando o MEC divulgou o edital do enem foi um choque!”, enfatiza Raffael que torce para que a mobilização dos estudantes nas redes sociais e as ações de parlamentares no Congresso consigam impedir que a prova seja realizada no meio de uma pandemia mundial.
Sem o adiamento do Enem, não há perspectivas para o estudante que completa: “Prestar o exame com os três anos completos já seria muito difícil, agora me pergunto se tenho alguma chance tendo cursado menos de 1 mês do último ano do ensino médio”.
Fonte: UBES

PGR solicita ao STF abertura de inquérito contra Abraham Weintraub para apurar racismo em mensagem sobre a China

Foto: Pedro França/Agência Senado
O vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito contra Abraham Weintraub, ministro da Educação, pela suspeita de crime de racismo por uma publicação sobre a China e a pandemia do novo coronavírus em suas redes sociais.
O ministro Celso de Mello é o relator do caso no STF, que tem uma postura clara em relação ao racismo e discriminação – foi Celso quem deu o voto que determinou que homofobia se enquadrasse no mesmo crime.
Weintraub fez chacota do sotaque dos chineses, que tem dificuldades em falar português, usando o personagem Cebolinha e trocando o R pelo L em uma postagem em uma rede social. A embaixada chinesa publicou nota onde classificou as declarações do ministro como “absurdas e desprezíveis” e de “cunho fortemente racista”.
O post foi retirado do ar e o inquérito, mediante autorização do STF, possibilita a Polícia Federal obter dados da postagem, da conta do ministro no Twitter e também ouvir o ministro pessoalmente. Em outros momentos em que foi chamado a se manifestar, o ministro mandou representantes. Ao final, o vice-procurador decide se denuncia Weintraub ao STF pelo crime de racismo.
O Ministro já mostrou em outros momentos a imaturidade em lidar com alguns temas, usando sua conta no twitter para fazer piadas e atacar pessoas.
E os ataques à China vindos de pessoas próximas a Bolsonaro ou de dentro do governo também não foram feitos pela primeira vez. Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, já havia feito uma comparação da pandemia do novo coronavírus ao acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, causando reação da embaixada chinesa e desconforto com o maior parceiro comercial do Brasil.

Fonte: Mídia Ninja

Respirador criado pela UFPB de R$ 400 é liberado para produção por empresas

Foto: Divulgação/ UFPB
A Universidade Federal da Paraíba criou em 48 horas um respirador pulmonar que é 37 vezes mais barato que o disponível no mercado e teve sua licença liberada para produção por empresas. O valor total do projeto é de R$ 400, o ventilador mais barato no mercado custa R$ 15 mil.
As empresas ainda precisam submeter o aparelho aos testes no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), mas essa já se apresenta como uma das soluções para a falta de equipamentos que acometerão o SUS se houver alta demanda de pessoas internadas com casos graves de problemas respiratórios em decorrência da covid-19.
Outros projetos similares de respiradores vêm sendo produzidos em universidades brasileiras. A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro também estão com seus pesquisadores trabalhando para propor soluções para a pandemia do novo coronavírus.
As universidades, a pesquisa e a ciência têm sido essenciais no combate à pandemia e é sempre bom lembrar que o próprio governo já se colocou contra as instituições de ensino, acusando os espaços de promover balbúrdia e cortando verbas.

Fonte: Mídia Ninja