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domingo, 4 de agosto de 2019

Índios pataxó se formam em Medicina e vão à formatura vestidos a caráter

índios pataxó se formam


Os índios são os povos originários do nosso país, e por mais que tenham uma cultura muito particular e muitos optem por permanecer em suas aldeias, é crescente o número de índios que decidem juntar-se à vida em sociedade, estudando, trabalhando e vivendo como nós.

Esse é o caso de dois jovens de origem indígena que recentemente se formaram em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Amaynara Silva Souza e Vazigton Guedes Oliveira, são de etnia pataxó e vieram do Vale do Rio Doce e do Sul da Bahia para estudar em Minas Gerais.
Os dois conseguiram entrar na faculdade através de um programa da universidade federal que integra as ações afirmativas para indígenas.
Durante o período do curso, os jovens de origem indígena conviveram com pessoas criadas de maneira diferente, e puderam compartilhar muitas experiências e conhecimento juntos.

“Assim como vamos levar o conhecimento para as nossas comunidades, nós trouxemos também informação sobre o nosso povo, que ainda é muito desconhecido, para as salas de aula. Acho que essa troca é muito enriquecedora para a universidade. Se você conhece uma cultura, você aprende a respeitá-la”, disse Amaynara.

Essa é uma notícia muito especial que deve ser compartilhada. O poder do conhecimento é infinito, especialmente quando usados para fins positivos!
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O dia da formatura foi muito especial para os jovens de 27 anos, que viram um grande sonho se realizando e aproveitaram a oportunidade para honrar a sua cultura natural. Eles receberam os seus diplomas a caráter, com adereços coloridos, rostos pintados e cocares com grandes penas.

“Esperei por esse dia minha vida toda”, diz Amaynara.

O que motivou os jovens a escolherem o curso de Medicina foi o desejo que sentem de trazer mais qualidade de vida para suas tribos e também para os índios em geral, pois sabem que muitas vezes eles não recebem tratamentos adequados. Com a especialização em medicina de família e comunidade, eles querem aplicar seus conhecimentos para o bem de seu povo.
Vazigton diz que os médicos que atendem nessas áreas geralmente vêm do Rio de Janeiro ou São Paulo e não ficam muito tempo.
“Eles ficam muito pouco tempo. Tem um rodízio muito grande e, consequentemente, não há o acompanhamento do paciente. Quando você se acostuma, ele já vai sair”.
LUIZA FLETCHER
Há quatro anos escreve para o site O Segredo, um dos maiores portais do Brasil sobre desenvolvimento pessoal. Sua missão é buscar assuntos que nos inspirem a ser uma versão melhor de nós mesmos.
* Saiba como escrever para o site O SEGREDO.

"REFLEXÃO!" - 13 de maio, a abolição inconclusa e a consolidação do Estado capitalista racista

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Dennis de Oliveira, no Blog Quilombo, diz: “Ao ver as práticas políticas do governo Bolsonaro percebe-se de forma aberta este DNA racista do Estado brasileiro”

A Lei Áurea não foi uma concessão da Princesa Isabel. O Brasil era uma monarquia parlamentar. A lei foi aprovada no parlamento. A Princesa Isabel apenas sancionou a lei aprovada.

E quando ela foi aprovada, o Brasil era, naquela época, o único país da América que ainda mantinha o sistema de trabalho escravo. Enquanto na Europa o movimento socialista impulsionado pelas ideias de Marx e Engels já questionava a exploração do trabalho assalariado, no Brasil ainda vigia o trabalho escravo. A Lei Áurea foi promulgada 40 anos depois do manifesto comunista!

A Lei Áurea coroou um processo de abolição gradual e controlada que começou em 1850, com a promulgação da Lei Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfico. No mesmo ano, foi promulgada a Lei de Terras que transformava a terra – que era uma propriedade estatal concedida para exploração aos latifundiários – em propriedade privada. Os então concessionários das terras públicas passaram a ser proprietários da terra. Com isso, ao lado da abolição gradual, já se vetava o acesso à terra dos escravizados à medida que fossem sendo libertos, uma vez que eles não teriam recursos para poder comprar terras.

E, ao mesmo tempo, com a disseminação de ideias das pretensas teorias científicas racistas – como a eugenia – as elites brasileiras consideravam que era necessário branquear a população brasileira. À medida que os postos de trabalho foram sendo abertos com o fim da escravização de negros, imigrantes europeus eram contratados para ocupar essas vagas. Paralelamente a isso, o ser negro foi criminalizado – as suas práticas culturais e religiosas eram tipificadas como crimes. O simples fato de andar pelas ruas, por estar sem emprego, era criminalizado pela chamada lei da vadiagem.

Este foi o projeto de abolição das elites brasileiras. A de transferir a condição de negras e negros de “bons escravos” para “maus cidadãos”. Por isso, 13 de maio não é uma data para comemorar e, sim, para refletir o significado da abolição inconclusa.

Tudo isso foi feito não apenas por um espírito maligno das elites (embora isso também ocorra). Mas porque foi um projeto de edificar um capitalismo dependente. Um capitalismo baseado na superexploração da mão de obra. Pagar valores aviltantes para a força de trabalho. Para que isso aconteça é necessário que se tenha um grande exército de reserva de mão de obra, aumentando a disputa por vagas no mercado de trabalho e consequentemente rebaixando o valor. Este é o fundamento do racismo estrutural brasileiro – ser um elemento que estrutura uma relação de classe de superexploração e que sinalizou para um tipo de Estado que tem a lógica da concentração de renda e patrimônio, de restrição da cidadania e da violência como prática política sistêmica.

Ao ver as práticas políticas do governo Bolsonaro percebe-se de forma aberta este DNA racista do Estado brasileiro: defende que dono de latifúndio pode matar impunemente alegando “defesa da propriedade”, ainda que ela não cumpra os requisitos constitucionais da função social; que corta verbas da educação pública e quer acabar com a previdência pública e, ao mesmo tempo, defende a violência policial como forma de dirimir conflitos. Isso ocorre porque os fundamentos do racismo estrutural não foram enfrentados plenamente. Por isso que há, sim, uma coerência entre os discursos racistas mais abertos de membros do governo e as suas propostas de reforma trabalhista, da previdência, entre outros. Não são coisas distintas, mas que fazem parte desse fundamento racista do capitalismo brasileiro consolidado no final do século XIX.

Racismo no futebol

E, na véspera do dia 13 de maio, um goleiro negro, o Sidão, do Vasco da Gama, recebeu um prêmio irônico da Globo no jogo Santos e Vasco. Interessante pelos seguintes motivos: 1º) assisti ao jogo e não foi por causa de uma falha do goleiro Sidão, ao contrário do que sugere manchete do portal da Band, que o Vasco perdeu – afinal foi 3 a 0 e não 1 a 0; 2º) outros goleiros – brancos – que também já cometeram falhas semelhantes à de Sidão não sofreram esse constrangimento (como, por exemplo, Rogério Ceni, que costumava jogar com os pés, e já cometeu um erro parecido, mas nunca foi ironizado; 3º) Este episódio mostrou que temos ainda um longo caminho a percorrer para superar o racismo que estrutura o pensamento e o olhar da maior parte dos brasileiros.

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 Dennis de Oliveira Dennis de Oliveira.
Jornalista e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.
Fonte: Revista Fórum

Zélia Duncan: “Ninguém ama ditadura sem ser podre por dentro”

Fonte: brasil247.com
A cantora Zélia Duncan criticou Jair Bolsonaro, após o chefe do Planalto agredir verbalmente o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz; “Ninguém ama ditadura, idolatra tortura e gosta do sofrimento alheio, sem ser podre por dentro. É muito deprimente ver o Brasil em estado de putrefação… Seguimos lutando”, disse.
247 - A cantora Zélia Duncan criticou o presidente Jair Bolsonaro em referência ao seu apoio à ditadura militar e à tortura. 
“Ninguém ama ditadura, idolatra tortura e gosta do sofrimento alheio, sem ser podre por dentro. É muito deprimente ver o Brasil em estado de putrefação… Seguimos lutando”, publicou a artista no Twitter.
Bolsonaro agrediu verbalmente o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, que teve seu pai assassinado pela ditadura militar. O presidente disse saber como ele foi assassinado e praticamente defendeu sua execução, fazendo apologia de um crime cometido pelo estado brasileiro.
"Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele. Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar nas conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco e veio desaparecer no Rio de Janeiro", afirmou.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, Helder Salomão (PT-ES), afirmou que a "declaração de Bolsonaro sobre Fernando Santa Cruz é desumana, sádica e mentirosa".
De acordo com relatório do Ministério da Aeronáutica de 1978, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira foi preso em 22 de fevereiro de 1974 no Rio de Janeiro. Relatório da Marinha de 1993 dá conta que ele teria sido preso no dia 23 de fevereiro de 1974 (leia mais aqui).