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segunda-feira, 8 de abril de 2019

SABEDORIA - Bolsonaro diz que existe 'indústria de demarcação' de terras indígenas

Bolsonaro e Augusto Nunes
"O índio é um ser humano como eu e você", disse presidente ao jornalista Augusto Nunes
por Redação RBA
Em entrevista, presidente afirma que pretende mudar política na Amazônia, que Palestina 'não é país' e que ato que o fez desistir de visitar Mackenzie, há duas semanas, foi 'manifestação burra'.
São Paulo – Em entrevista ao jornalista Augusto Nunes, na rádio Jovem Pan, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que as demarcações de terras indígenas não podem atrapalhar o desenvolvimento do país. “A demarcação não pode ser com laudos suspeitos”, disse. “Demarcar tem que ter critério.” Segundo ele, existe uma “indústria de demarcação” de terra no Brasil, o que “inviabiliza" projetos desenvolvimento.
Ele afirmou que quer uma exploração da Amazônia “em parceria” com os Estados Unidos e que os índios querem royalties para permitir a construção de uma linha de transmissão de energia. “Eu topo pagar, mas isso atrapalha. Setenta por cento dos índios têm nossa cultura, mas querem ganhar dinheiro em cima do índio.” Ele não informou quem estaria querendo ganhar dinheiro.
Ainda sobre demarcação de terras, prometeu que vai mudar a política. “O que puder rever, eu vou rever.” De acordo com ele, índios devem ter o direito de “vender ou explorar (a terra) da maneira como quiserem. O índio é um ser humano como eu e você.”
Questionado sobre algum arrependimento que possa ter desde que tomou posse, garantiu que não se arrepende de nada e que problemas provocados por posts em redes sociais são coisas que ”acontecem”. Comentou, como exemplo, a defesa do regime militar. “Podemos fazer as mesmas coisas, as coisas boas do período militar, e não repetir as coisas ruins”, pontuou.
A respeito de educação, disse que o agora ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez foi demitido porque “não tinha expertise” e na “questão da gestão deixou a desejar”. Continuou denunciando que “existe aparelhamento na educação” e que o  novo ministro (Abraham Weintraub, executivo do mercado financeiro) é quem vai decidir o que vai fazer”.
Numa fala entrecortada, comentou de passagem a manifestação dos estudantes da Universidade Presbiteriana Mackenzie, há duas semanas. Disse que desistiu do compromisso na instituição “porque tinha uma manifestação burra”. Afirmou que os “cem estudantes” que promoveram o ato eram “uma molecada que está sem noção para que tenham um futuro melhor”.
Sobre suas políticas, afirmou que sua intenção é fazer “o melhor” para o país e mencionou o ex-candidato do PT à presidência da República. "Se o Haddad tivesse sido eleito, quem ele teria visitado? Estados Unidos, Chile e Israel?” Ele mesmo respondeu afirmando que Haddad teria ido à Bolívia, à Venezuela e a Cuba.
Ainda sobre política externa, garantiu que não mudou de ideia sobre transferir a Embaixada brasileira em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém. “Não mudei ainda não. É quem nem casamento. Tem que namorar, ficar noivo, comprar uma casa. Eles (Israel) estão bem com os árabes”, disse. “Nós também estamos.”
Segundo o presidente, só três países da região têm problemas com os Estados Unidos. “Irã, Palestina, que não é país, e a Turquia, que está começando a namorar os Estados Unidos.” Entretanto, ele não explicou que a Turquia e o Irã não são países árabes, mas afirmou que pretende visitar os árabes. E comentou: “Eles (os palestinos) têm uma embaixada aqui sem ser país. Estão querendo demais.”
A pergunta do entrevistador sobre a questão da Venezuela, declarou: “Quem está na vanguarda é os Estados Unidos (sic)”. Em seguida, citou o presidente norte-americano, Donald Trump. “Ele disse que todas as possibilidades estão na mesa. Então, todas as possibilidades estão na mesa, e ponto final.” O mandatário opinou dizendo que a Venezuela “não pode continuar como está, o povo sofrendo, e tem que botar um ponto final naquilo”.

MOBILIZAÇÃO DIGITAL - Ferramenta permite pressionar deputados contra a 'reforma' da Previdência



reforma da previdência
'Reforma da Previdência contém ataques e crueldades contra os trabalhadores (...) Diga não à retirada de direitos', diz o texto
por Redação RBA 
Pelo serviço criado por associação de auditores da Receita, eleitor pode enviar e-mail aos parlamentares para rejeitar PEC 6/2019.
São Paulo – A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) criou uma ferramenta para que trabalhadores aumentem a pressão contra a "reforma" da Previdência. O site permite a comunicação direta com os gabinetes dos deputados por e-mail. A mensagem e-mail pode ser enviada a um parlamentar específico, para todos, ou então direcionar a mensagem, podendo-se agrupar os deputados por estado ou partido.
Um texto pronto fica disponível na ferramenta, mas o usuário pode alterá-lo se desejar ou elaborar a sua própria justificativa para dizer que não aceita o projeto do governo Bolsonaro para alterar as regras para aposentadorias dos trabalhadores.
"A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019, da reforma da Previdência, contém ataques e crueldades contra os trabalhadores da iniciativa privada, trabalhadores rurais, servidores públicos, aposentados, pensionistas e os pobres que têm direito de receber o Benefício de Prestação Continuada", diz o texto.
Fonte: REDE BRASIL ATUAL

Museu Afro Brasil corre perigo

Espaço reúne um acervo de cerca de 500 itens históricos.

Criado em 2004 a partir da coleção particular do artista plástico Emanoel Araujo, curador do Museu Afro Brasil, o espaço reúne um acervo de cerca de 500 itens históricos, tais como pinturas, objetivos, mapas, fotografias, esculturas e instalações, entre outros, além de uma biblioteca com 12 mil livros e da realização de cursos, oficinas e eventos. Mais de 180 mil pessoas visitam o museu anualmente, dos quais 40 mil estudantes.
Assista a cobertura do ato da cultura no MASP e depoimentos dos artistas:Na nota pública, os trabalhadores do museu convocam a população a reagir contra o corte no orçamento. Confira a íntegra da nota:          
“Nota pública para a sociedade civil, equipamentos culturais e imprensa. Versa sobre o cenário de contingenciamento, o impacto deste para o Museu Afro Brasil e convoca para a mobilização.
CORTE NA CULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO –
MUSEU AFRO BRASIL SOB AMEAÇA
As trabalhadoras e trabalhadores do Museu Afro Brasil se reuniram no dia 04 de abril de 2019 e vêm a público informar e convocar toda a sociedade para juntos defendermos a Cultura no Estado de São Paulo.
Para tanto, é importante que se saiba:
  1. O Governo do Estado de São Paulo, por meio do Decreto 64.078/2019, anunciou o contingenciamento de 22,95% no orçamento da Secretaria do Estado da Cultura e Economia Criativa. O que isso significa? Todos os equipamentos culturais do Estado serão drasticamente afetados e correm risco de fechamento ou  redução de suas atividades. Museus, bibliotecas, orquestras, centros culturais, companhias de dança, escolas de música e conservatórios, Fábricas e Casas de Cultura, programas de formação para crianças e adolescentes estão sob ameaça. Milhões de pessoas serão diretamente afetadas;
  2. Atualmente, a Cultura representa parcos 0,35% do orçamento estadual. É, assim, a pasta com o menor orçamento no Estado. No entanto, é aquela que será vítima do maior contingenciamento (22,95% – o contingenciamento geral do tesouro estadual é de 3,54%);
  3. O Museu Afro Brasil, instituição pública subordinada à Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura –, está sob ameaça de redução de atividades e fechamento, diante deste contingenciamento;
  4. O Museu Afro Brasil recebe, anualmente, 180 mil visitantes, dentre eles 40 mil estudantes. Desde 2009, foram 1.738.409 pessoas diretamente impactadas pelas ações do Museu. Todos os anos dezenas de exposiçõespublicações e ações de pesquisa e incentivo à produção artística e cultural interagem com um rico acervo com mais de 7 mil obras, uma biblioteca com 12 mil títulos e um Teatro (Ruth de Souza) que acolhe importantes atividades de promoção da cultura nacional sob a perspectiva afro-brasileira;
  5.  Além disso, projetos e programas educativos são responsáveis pelo atendimento e formação de diferentes públicos em situação de vulnerabilidade social, idosos, crianças, pessoas com deficiência, jovens em privação de liberdade, frequentadores de equipamentos de Saúde Mental, professores, por meio de parcerias com instituições de Educação, Saúde e Assistência Social – áreas que foram apontadas como prioridades pelo Governador João Doria Jr., mas que também serão duramente afetadas pelo corte na Cultura;
  6. O Museu Afro Brasil tem sobrevivido, com muita dificuldade, a um histórico de cortes orçamentários: em 2015, um corte de 12%nos atingiu dramaticamente. Esse cenário nos custou a demissão de 25 funcionários, a terceirização de áreas estratégicas (segurança, orientação de público, limpeza) e o corte de benefícios salariais. Entre 2016 e 2019 não houve reajuste nos repasses da Secretaria, o que na prática significou uma grande redução do orçamento. Atualmente, a realização e manutenção de todos os projetos e ações mencionados no item anterior são levados a cabo por um conjunto de 62 funcionários e 27 terceirizados – uma equipe completamente reduzida em face do nosso compromisso com a sociedade paulista e brasileira.
Diante desse cenário, o contingenciamento significará a demissão de grande número de funcionários, a redução de projetos e atividades e, até mesmo, o fechamento do Museu Afro Brasil, impactando milhares de pessoas que veem e encontram neste espaço não apenas a preservação de sua memória e identidade, mas a possibilidade de exercer seu direito à cultura.
O Museu Afro Brasil – assim como todos os equipamentos estaduais de cultura – é um patrimônio de toda a sociedade. Por meio de nosso compromisso e dedicação temos assegurado à população paulista e brasileira um direito inalienável. Este museu é uma conquista do povo brasileiro e da população negra deste país. Sua existência, e a existência da Cultura no estado de São Paulo, está ameaçada. Somos contra o contingenciamento e nos levantamos para revogá-lo!
Por isso, convocamos todas e todos a se mobilizarem na defesa de seus direitos. Os bens culturais pertencem à toda a sociedade! Mobilize-se, fortaleça seu equipamento cultural, assine e divulgue petições públicas, pressione as autoridades.
O MUSEU AFRO BRASIL E A CULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO NÃO PODEM SER DESTRUÍDOS!
Assinam: Trabalhadora/es do Museu Afro Brasil”
No vídeo abaixo, Neide Almeida, trabalhadora do Museu Afro Brasil, aponta possibilidade de fechamento do Museu onde trabalha. E ainda “A cultura é um direito e que nem o governo Doria tem o direito de roubar este nosso direito”, afirma.

Djamila Ribeiro escreve carta para Lula

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Estimado Presidente Lula,
Expresso nesta carta minha profunda solidariedade frente às injustas condenações e perseguições judiciais sofridas por você e sua família. Acompanho desde o início a farsa jurídica posta em curso para legitimar o antipetismo, a deterioração de empresas nacionais e a alteração no curso eleitoral brasileiro, farsa cada vez mais escancarada agora com o juiz como ministro da justiça do candidato favorecido pelo seu afastamento na disputa.
Não o conheço para além de um cumprimento uma única vez na quadra do Sindicato dos Bancários em São Paulo, em 2016, bem como, embora tenha sido Secretária Adjunta de Direitos Humanos na gestão de Fernando Haddad, não faço parte de partido político. Nem por isso, deixo de admirar as conquistas de seus mandatos para o país; pelo contrário, sou de família de trabalhadores que o apoiaram desde minha infância.
Meu pai, Joaquim Ribeiro dos Santos, estivador do porto de Santos, uma semana antes de falecer no hospital da cidade, folheava o jornal que trazia sua foto como Presidente da República. Havia acabado de acontecer aquele dia apoteótico em Brasília, que tanto encheu as pessoas de esperanças. Olhando a foto, com os olhos marejados, Seu Joaquim disse “vivi para ver um trabalhador ser Presidente”. Sua eleição foi um último presente antes da morte de meu pai.
Naquela época tinha 22 anos, mais à frente ia ser mãe, a vida me traria tantos outros desafios até que me vi com 27 anos e inquieta para fazer uma Faculdade e ter uma carreira diferente daquela que vivia como secretária numa empresa no Porto de Santos. Fui então ao vestibular e passei em Filosofia na Universidade Federal de São Paulo, no campus do Bairro dos Pimentas, criado durante sua gestão. Fui uma adolescente negra nos anos 90, sabia da falta de perspectiva que havia para pessoas como eu, e as mudanças promovidas pelo seu governo possibilitaram uma outra realidade para mim e para tantas pessoas. Saí em 2015, mestra em Filosofia Política, e desde então tenho me saído muito bem. Oportunidades mudam vidas.
Por isso, embora tenha ficado brava com você algumas vezes, não deixo jamais de reconhecer a importância do seu governo para pessoas do meu grupo social, sendo eu mesma um exemplo disso. Reverencio as mulheres negras que fizeram parte decisiva de políticas públicas para as pessoas negras, como a grande Luiza Bairros, Matilde Ribeiro, Nilma Lino Gomes, na certeza de que será apenas quando o campo progressista entender a pauta racial para além de um ministério que haverá maturidade suficiente para entender os novos tempos e o povo brasileiro.
Como feminista negra, me alio a Joice Berth, Juliana Borges, Carla Akotirene, as mais velhas e mais novas, uma legião de mulheres negras que pensam o mundo, a economia, as cidades, os esportes, a saúde, a educação e que estão em outro patamar de afirmação política, muito além da visão de gabinete de pessoas brancas que não aceitam a reconfiguração de espaço e de poder frente às mudanças estruturais da sociedade, graças, em boa parte, às políticas públicas formuladas pelo governo.
Convenhamos, senhor Presidente, há uma série de fatos que mostram o quanto o setor progressista tem que evoluir e coexistir com outros campos. Coexistir com pessoas negras que são independentes da tutela e aprovação de pessoas brancas, indomesticáveis, e que ditam o mundo a partir de suas experiências em comum e luz própria. Senhor presidente, é isso que o futuro pede. Uma política de drogas totalmente diferente da que foi feita nos anos de superlotação carcerária, uma representatividade real aliada à consciência crítica no Judiciário brasileiro, uma reformulação do pensamento colonizado da elite progressista do país. A disputa além da branquitude de esquerda e de direita produz mudanças radicais na sociedade brasileira, mas se percebe uma grande dificuldade em entender isso de fato, materialmente.
Espero trocar outras cartas, Presidente Lula. Saiba que você está em meus pensamentos e que a injustiça que se passa na carceragem da Polícia Federal de Curitiba é percebida por milhões aqui fora, sem contar internacionalmente, onde sua prisão é tida como um dos grandes absurdos políticos em curso. Tenho ido bastante ao exterior, e explicar o que se tornou o Brasil tem sido um grande desafio aos olhos incrédulos de quem já viu o porte deste país, quando as pessoas tinham orgulho e eram respeitadas por serem brasileiras. Era no seu governo e no de Dilma essa realidade.
Fique bem, fique em paz. Peço a Oxalá que tranquilize seu caminho.
Um abraço,
Djamila Ribeiro

Maria Célia Oliveira
Djamila Ribeiro em primeiro lugar, parabéns pela carta onde expressa todos os sentimentos e a mais pura realidade.
#Lulapresopolitico
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Aline Moraes
#Gratidao Djamila! Me sinto representada pela sua carta! 🙏🙏🙏🙏👏👏👏👏
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Susana Nobrega
Correta e coerente a tua carta. Parabéns e vamos em frente!!!