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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Jaminawa-Arara que estava em aldeia testa positivo em município isolado do Acre

Foto: Sérgio Vale
Por Fábio Pontes para Mídia NINJA
Após ficar concentrado no perímetro urbano de Marechal Thaumaturgo, o coronavírus já afeta as comunidades indígenas do município isolado do Vale do Juruá, no extremo oeste do Acre. Nesta terça-feira, 26, foi confirmado o primeiro caso da Covid-19 entre os Jaminawa-Arara que moram nas aldeias da Terra Indígena Jaminawa/Arara do Rio Bajé.
O indígena apresentava os sintomas da doença ainda enquanto estava em sua comunidade e foi para a cidade em busca de auxílio médico acompanhado de outras três pessoas. Ao ser examinado, testou positivo para a doença. Os demais companheiros também passam por avaliação clínica.
“Segundo as informações, na comunidade já tinha várias pessoas [com sintomas] e trouxeram uma pessoa para fazer o exame e deu positivo. A situação agora é o que fazer com esse pessoal lá na aldeia”, diz o prefeito de Marechal Thaumaturgo, Isaac Piyãko (PSD), da etnia Ashaninka.
De acordo com ele, a chefia do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Alto Juruá, sediada em Cruzeiro do Sul, já foi informada sobre a situação. A perspectiva é que um médico seja enviado até a aldeia para uma avaliação mais completa. “Com casos dentro de uma aldeia a gente sempre fica mais preocupado porque eles são mais vulneráveis, têm a imunidade baixa”, avalia o prefeito.
Acessível apenas por avião ou barco, Marechal Thaumaturgo tem uma situação preocupante por não contar com uma estrutura de saúde capaz de atender a população em caso de surto da Covid-19, como a falta de leitos de UTI. Segundo dados da Secretaria de Saúde, o município tem 42 casos confirmados da doença, com 35 descartados.
Os primeiros testes positivos para a doença ocorreram no dia 11 de maio, de três pessoas que foram a Cruzeiro do Sul fazer compras para abastecer seus comércios e contrariam o vírus na principal cidade do Vale do Juruá. Diante da resistência de parte dos moradores de seguir as medidas de isolamento social, o vírus tem se espalhado de forma rápida pela pequena cidade.
Uma das preocupações com a chegada do vírus ao município se dá justamente com os povos indígenas, por representarem parcela significativa dos 18 mil moradores; eles integram o chamado grupo de risco por apresentarem imunidade baixa e ter um modo de vida comunitário.
Indígenas da região
Entre os indígenas, o povo Ashaninka é maioria. Os outros povos que moram pelas aldeias espalhadas pelo município são os Jaminawa, Jaminawa-Arara, os Arara e os Huni Kuin.
Os Jaminawa do rio Bajé estão divididos em quatro aldeias: Buritizal, São Sebastião, Bom Futuro e Fazenda Siqueira. Elas estão distante entre uma hora e meia a três horas da sede urbana de Marechal Thaumaturgo.
Os povos que nelas habitam formam uma verdadeira união – ou mesmo casamento – de distintas etnias. Os Jaminawa-Arara formam a união de duas etnias: Jaminawa e os Arara (Shawãdawa). Os primeiros são originários das cabeceiras dos rio Acre, enquanto os Shawãdawa têm suas raízes no Alto Rio Juruá. Até hoje eles ainda ocupam terras em suas regiões de origem.
Essas uniões ocorreram durante as invasões da Amazônia pelos donos de seringais que chegavam à região para obter lucros por meio da extração do látex. “Devido à situação de escravização, mudança forçada e tudo mais a que os indígenas do Acre ficaram sujeitos durante o período das correrias, da exploração da borracha. Houve circunstâncias em que esses povos se viram tão diminuídos numericamente que, para não desaparecer, acabaram se juntando, realizando casamentos, E os Jaminawa-Arara são considerados o resultado do casamento destes dois povos”, explica a antropóloga Andréia Baia, que estuda as populações indígenas do Juruá e Purus.
Apesar desta união, ambos os povos fazem questão de manter as características de suas origens. Em alguns casos há aqueles que preferiram não recorrer a essa junção. “Existem algumas famílias que não se misturaram, que permaneceram sendo só Jaminawa ou só Shawãdawa. Elas formam os mesmos grupos, moram nas mesmas terras indígenas mas mantêm essa distinção”, completa a antropóloga.
Na região do Juruá estas populações vivem na Terra Indígena Jaminawa/Arara do Rio Bajé. Segundo dados do Dsei Alto Juruá, em Marechal Thaumaturgo elas somam 221 pessoas (dados de janeiro de 2020). Os Jaminawa-Arara também vivem em duas aldeias no município de Cruzeiro do Sul, na região do Igarapé Preto.
Por conta de seu elevado grau de mobilidade entre as aldeias e os centros urbanos, os Jaminawa estão entre os povos indígenas do Acre mais expostos à contaminação pelo novo coronavírus. Na semana passada, uma Jaminawa de Assis Brasil – na região do Alto Acre – foi detectada com a Covid-19. Segundo apurou o repórter, desde o começo do ano ela vinha morando na cidade.
Em Assis Brasil, os Jaminawa vivem em aldeias das terras indígenas Cabeceira do Rio Acre e Mamoadate. Em abril, a Mídia NINJA mostrou o desafio dos Jaminawa que moram no perímetro urbano de Sena Madureira para regressar às suas aldeias ao longo dos rios Iaco e Purus para ficar em autoisolamento, longe da cidade. Grande parte destas aldeias não estão em terras indígenas demarcadas, o que os impede de contar com atendimento médico da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SesaI), do Ministério da Saúde.
No Acre há muita confusão sobre os números oficiais da Covid-19, já que a secretaria federal leva em conta apenas os casos dos índios aldeados, ou seja, aqueles que moram nas aldeias. Levantamento feito pelo repórter indica que ao menos cinco índios já foram testados positivos, a maioria moradores da cidade.
A Covid-19 e os povos indígenas
Oficialmente, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) não apresenta casos de contaminações ou mortes no Acre. A realidade não é a mesma em toda a Amazônia. Os casos mais graves são registrados entre os povos indígenas do Amazonas. Segundo dados da Sesai, até esta terça (26) havia o registro de 905 indígenas testados positivos para a Covid-19, com 42 mortes. Há em análise 321 notificações.
Para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) estes dados estão subnotificados, pois a secretaria não leva em conta os índios que moram nas cidades, mais expostos ao contágio. Nas contas da entidade, até a última quinta-feira, 149 indígenas já perderam a vida para o vírus e outros 1.471 estão contaminados. Ao todo, 75 diferentes povos foram atingidos pelo novo coronavírus.
As principais vítimas são os Kokama, moradores da região do Alto Solimões, no Amazonas. Oficialmente, o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Alto Solimões registra a morte de 19 indígenas. Segundo as lideranças do povo, este número é muito maior pois muitos estão morrendo sem atendimento adequado nas cidades, em especial em Tabatinga, na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

Fonte: Mídia Ninja

Morre no Rio de Janeiro, aos 91 anos, o Acadêmico Murilo Melo Filho


O Acadêmico e jornalista Murilo Melo Filho faleceu na manhã do dia 27 de maio, no Hospital Pró-Cardíaco, vítima de falência múltipla de órgãos. O sepultamento foi feito no mausoléu da Academia Brasileira de Letras. Diante da recomendação de se evitar reuniões e aglomerações por conta do coronavírus, não houve velório.
“Murilo Melo Filho foi um dos grandes jornalistas brasileiros da segunda metade do século XX. Acompanhou de perto a política nacional, a construção de Brasília e a guerra do Vietnã. Conheceu inúmeros chefes de Estado, a quem dedicou páginas antológicas, dos mais variados espectros políticos.  Foi também um acadêmico exemplar, assíduo, com a disposição de emprestar seu talento aos mais diversos cargos e serviços na Academia. Guardo a imagem de um homem bom, de uma alta sensibilidade humana, voltada sobretudo para os mais vulneráveis e desprovidos. Um momento de tristeza.”afirmou o Presidente da ABL, Acadêmico Marco Lucchesi
“Murilo sempre foi aquele homem de caráter primoroso, amigo de seus amigos. Chamava aqueles que trabalhavam com eles de "coleguinhas", e assim ele era correspondido, sempre com muita admiração e sempre com muito carinho. Ele entrou para a Academia Brasileira de Letras na Cadeira nº20 e eu tive o privilégio de saudá-lo. Isso foi para mim uma das honras maiores da minha vida acadêmica. Murilo partiu, mas deixou uma obra extraordinária; na minha opinião foi o maior repórter político do Brasil durante todos os anos em que trabalhou ativamente na imprensa. Ele deixou um estilo cristalino, um estilo direto, formidável. Esse é o Murilo que nós saudamos.”, comentou Arnaldo Niskier, acadêmico ocupante da Cadeira nº18.
"Foi um jornalista atento, incansável, tinha fontes excelentes entre os políticos, era absolutamente sério na sua produção e fez escola no jornalismo político com o seu estilo sintético, informativo e analítico. Como companheiro na Academia Brasileira foi também sempre presente e ativo. Não havia livro de confrades ou confreiras lançados que ele não tivesse a oportunidade de dissertar. Foi uma presença ativa na Academia, foi diretor da Biblioteca, jamais faltou a uma sessão enquanto pôde. infelizmente, passou por uma fase muito dificil da doença e agora perdemos um companheiro, vamos lamentar muito e vai nos deixar muitas saudades”, declarou o Acadêmico Cicero Sandroni.
“Eu sempre fui amigo dele e de sua adorável mulher companheira, colaboradora, e que deve estar começando a sentir profundas saudades dele. E eu a entendo. Murilo vai fazer falta para nós. Ele ficou me devendo uma informação: Desapareceu da casa do embaixador brasileiro em Cuba, numa visita de Fidel Castro, o revólver do Fidel. Ele tirou e o botou em cima da mesa. Ele [Murilo] me prometeu que um dia diria, nunca disse quem roubou, mas agora que não vou saber. Saudades de Murilinho, como a gente chamava.” lembrou o Acadêmico Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça.

O Acadêmico

Sexto ocupante da Cadeira nº 20, foi eleito em 25 de março de 1999, na sucessão de Aurélio de Lyra Tavares e recebido em 7 de junho de 1999 pelo Acadêmico Arnaldo Niskier.
Murilo Melo Filho nasceu em Natal no dia 13 de outubro de 1928. Filho de Murilo Melo e de Hermínia de Freitas Melo, é o mais velho de uma irmandade de sete. Fez o curso primário no Colégio Marista e o colegial no Ateneu Norte-Riograndense. Aos 12 anos, ainda de calças curtas, começou a trabalhar no Diário de Natal, com Djalma Maranhão, escrevendo um comentário esportivo e ganhando o salário de 50 mil réis por mês. Trabalhou, a seguir, em A Ordem, com Otto Guerra, Ulysses de Góes e José Nazareno de Aguiar, e em A República, com Valdemar de Araújo, Rivaldo Pinheiro, Aderbal de França, Luís Maranhão e Luís da Câmara Cascudo; na Rádio Educadora de Natal, com Carlos Lamas, Carlos Farache e Genar Wanderley; e na Rádio Poti, com Edilson Varela e Meira Filho.
Aos 18 anos, veio para o Rio, onde estudou no Colégio Melo e Souza e foi aprovado em concursos públicos para datilógrafo do IBGE e do Ministério da Marinha, ingressando a seguir no Correio da Noite, como repórter de polícia.
Trabalhou seguidamente na Tribuna da Imprensa, com Carlos Lacerda; no Jornal do Commercio, com Elmano Cardim, San Thiago Dantas e Assis Chateaubriand; no Estado de S. Paulo, com Júlio de Mesquita Filho e Prudente de Moraes Neto; e na Manchete, com Adolpho Bloch.
Estudou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e na Universidade do Rio de Janeiro, pela qual se formou em Direito. Chegou a advogar durante sete anos. Costumava dizer que quem se forma em Direito pode até advogar.
Como repórter free-lancer, entrou para a Manchete, criando a seção "Posto de Escuta", que escreveu durante 40 anos. Nessa mesma época, dirigiu e apresentou na TV-Rio, com Bony, Walter Clark e Péricles do Amaral, o programa político Congresso em Revista, que ficou no ar ininterruptamente durante sete anos, sendo a princípio produzido e apresentado no Rio e, depois, em Brasília.
Viveu na Nova Capital durante o atribulado qüinqüênio de 1960 a 1965, que testemunhou em centenas de reportagens. Construiu ali a sede de Bloch Editores e da Manchete e foi, a convite de Darcy Ribeiro e de Pompeu de Souza, professor de Técnica de Jornalismo na Universidade de Brasília.
Sempre em missões jornalísticas, acompanhou os ex-presidentes Juscelino Kubitschek a Portugal; Jânio Quadros a Cuba; João Goulart aos Estados Unidos, ao México e Chile; Ernesto Geisel à Inglaterra e à França; e José Sarney a Portugal e aos Estados Unidos.
Cobriu a Guerra do Vietnã, com o fotógrafo Gervásio Baptista, em 1967, e foi o primeiro jornalista brasileiro a cobrir a Guerra do Camboja, com o fotógrafo Antônio Rudge, em 1973, tendo chegado a Saigon e Phnom-Penh, via Tóquio.

Depoimento do Acadêmico Marco Lucchesi

Depoimento do Acadêmico Arnaldo Niksier

Depoimento do Acadêmico Cicero Sandroni

Depoimento do Acadêmico Marco Vinicios Vilaça

Fonte: http://www.academia.org.br/academicos/murilo-melo-filho

Repórter negro da CNN é preso ao vivo, ao cobrir protestos em Minneapolis (Vídeo)

Reporter Omar Jimenez é preso ao vivo
Reporter Omar Jimenez é preso ao vivo (Foto: Reprodução)

Os integrantes da equipe de reportagem de Jimenez, incluindo um produtor e um operador de câmera, também foram algemados.

247 –O repórter negro Omar Jimenez estava cobrindo uma transmissão ao vivo no local onde aconteceram os protestos de Minneapolis, cidade grande no Minnesota, quando foi detido pela polícia dos Estados Unidos, mesmo após se identificar claramente com os oficiais. A informação é da CNN.
Os integrantes da equipe de reportagem de Jimenez, incluindo um produtor e um operador de câmera, também foram algemados.
A câmera da CNN também foi presa, mas continuou gravando enquanto Omar Jimenez e sua equipe estavam sendo algemados. A polícia aparentemente não percebeu que a câmera ainda estava ligada no momento da ação.
Confira o vídeo: 
Fonte: Brasil 247

Secretaria Municipal de Cultura de abre inscrições para projeto Conexão Casas de Cultura

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, abre chamada para interessados em participar do Conexão Casas de Cultura 2020. O projeto dá continuidade às ações de incentivo à cultura e ao setor artístico durante o período de restrições a aglomerações devido ao combate à Covid-19. Até o dia 1º de setembro, os artistas interessados podem enviar as suas propostas nas modalidades: apresentações artísticas, vivências, Intervenções artísticas e livro, leitura e literatura, nas condições determinadas pelo chamamento abaixo.
OBS: Minuta com atualização dos itens 8.6 e 8.7.
Confira os habilitados
Dos resultados publicados para a habilitação, os interessados poderão recorrer no prazo de três dias, sem efeito suspensivo para o prosseguimento das contratações. Os recursos deverão ser encaminhados via e-mail para conexao.cc.smc@gmail.com
Informamos ainda, que de acordo com o chamado, as listas de habilitados serão divulgadas quinzenalmente até o encerramento do projeto.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA