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sábado, 5 de junho de 2021

AMANTES DA BOA MUSICA NOVACRUZENSE PERDE UM GRANDE MUSICO E COMPOSITOR! JACIEL RAMOS, PRESENTE!

JACIEL RAMOS, I'MEMORIA!

MUSICA NOVACRUZENSE DE LUTO: Faleceu na manhã desta quarta feira, 02 de junho, por complicações devido ao diabetes, o músico, cantor e compositor, Jaciel Ramos da Silva, artisticamente conhecido como JACIEL RAMOS. Seu corpo está sendo velado em sua residência na rua Getulio Vargas, 358, centro, de onde será levado para sepultamento no cemitério publico às 08h da manhã desta quinta feira, 03.

Jaciel Ramos era músico, cantor e compositor, irmão do saudoso João Ramos.
A todos os familiares nossos votos de pesar e digo que a música novacruzense está de luto.
De Jaciel Ramos guardo grandes lembranças do tempo em que trabalhávamos juntos nas gestões de Cid Arruda quando eu atuava na ASSECOM da Prefeitura e ele como Agente Cultural dos vários programas educacionais e culturais, ensinando os alunos a tocar violão e praticar música e também na APAE.

Fonte: Claudio Lima e Eduardo Vasconcelos- Radialistas, amigos e dirigentes do Centro Potiguar de Cultura - CPC-RN.

UNE convoca Congresso Extraordinário entre 14 e 18 de julho

Maior evento estudantil do país será on-line e elegerá propostas, diretrizes e uma gestão provisória 

Com os dois anos do  57º Congresso da UNE, último CONUNE realizado em 2019,  se aproximando e diante do período desafiador que o país atravessa, a UNE convoca um Congresso Extraordinário entre os dias 14 e 18 de julho. Dessa vez, em formato on-line, por conta das necessidades impostas pela pandemia, os debates, GT´s e plenária estão mantidos, para aprovar as orientações e diretrizes da próxima gestão, que será em caráter provisório.

A deliberação aconteceu após reunião da Diretoria da Entidade realizada em 1º de Junho. Também foi decidido a convocação e mobilização de atos em todo Brasil contra os cortes na educação e pelo #ForaBolsonaro que devem acontecer no meio de junho – com as possíveis datas de 19 ou 26. O calendário será debatido com os demais movimentos para garantir unidade.

“Seria impossível nesse momento a realização dos tradicionais Congressos da UNE, que costumam atrair mais de dez mil estudantes de todo o Brasil, e entendemos que a diretoria da entidade deve ser renovada para construir a resistência e a formulação de saídas para esse período, e que esse processo deve estar dentro da legalidade e dos regimentos da entidade”, avalia Iago Montalvão, presidente da UNE.

Acompanhe as redes da UNE para acompanhar os processos de inscrição para o Congresso Extraordinário.

Confira a íntegra da Resolução da Reunião da Diretoria da UNE aprovada nessa terça-feira, 1º de junho

Organizar a luta para defender a educação, a vacina e derrotar Bolsonaro!

Vivemos hoje um dos períodos mais trágicos de nossa história. A pandemia do novo Coronavírus continua fazendo vítimas no Brasil, e já chegamos à triste marca de 462 mil mortos em nosso território. À medida que a pandemia avança, o governo brasileiro demonstra todo seu desprezo pela vida das brasileiras e dos brasileiros, com a recusa de vacinas e o incentivo à aglomeração e o não uso de máscaras, por exemplo, realizando um verdadeiro genocídio do nosso povo.

No campo econômico, o governo Bolsonaro também é um desastre. Segundo o IBGE, o índice de desemprego no país chega a 14,7%, atingindo cerca de 14,8 milhões trabalhadoras e trabalhadores que, sem um auxílio emergencial que corresponda ao mínimo necessário para a sobrevivência, ficam à mercê das incertezas causadas por essa catástrofe bolsonarista e da fome que volta a assolar as famílias.

A chacina do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, ocorrida no último dia 06, evidencia uma terceira face da política de morte da qual Bolsonaro e seus aliados são responsáveis, a da bala. Em nome de uma suposta guerra às drogas, corpos negros tombam diariamente em nosso país, inclusive de crianças e inclusive dentro de casa, em meio a uma pandemia, onde todos deveríamos ter o direito de permanecermos seguros.

Em meio a tudo isso, é a educação pública que vem buscando soluções para enfrentar a crise sanitária que dizima o povo brasileiro. Através de muita produção científica, as instituições públicas de ensino superior vêm dando aula no combate à Pandemia no país. Desde as vacinas produzidas por essas instituições, ao atendimento direto nos HUs e medidas pensadas para conter o avanço do vírus.

E é justamente a educação, ao lado da ciência, um dos setores mais atacados pelo governo Bolsonaro. As universidades e institutos federais vêm sofrendo cortes que ameaçam inviabilizar seu funcionamento, como anunciou a UFRJ no último mês, esses cortes foram na ordem de mais de R$ 1 bilhão somente no orçamento discricionário das universidades, além de intervenções na sua autonomia política na decisão de suas reitorias, como forma de viabilizar a política de desmonte das universidades sem nenhuma resistência por parte de seus gestores, e profundos cortes na assistência e permanência estudantil.

É importante frisar que desde o início da pandemia nenhuma proposta para minimizar os impactos da pandemia na educação foi apresentada pelo MEC. Pelo contrário, com o avanço da pandemia em nosso país, as atividades presenciais nas instituições de ensino superior foram suspensas ainda em março de 2020, sem nenhum plano concreto para a continuidade das atividades. O governo de Bolsonaro apenas buscou implementar um ensino remoto sem políticas de assistência e permanência para os estudantes que dependiam da estrutura da universidade para se alimentar, morar, ter acesso a internet e materiais didáticos. Não havendo nenhuma regulamentação sobre a implementação das  modalidades remotas de ensino e mesmo sem a garantia da ampla vacinação tenta impor a retomada das atividades presenciais através do PL 5595/2020, coube a UNE e o conjunto do movimento estudantil apresentar um projeto que abrangesse as políticas de assistência estudantil tão necessária para a manutenção de todas e todos os estudantes no ensino superior.

Diante dessa situação vemos a evasão e o número de estudantes em situação de vulnerabilidade crescer exponencialmente, fechando ainda mais as portas da universidade para aqueles grupos historicamente negligenciados, como os jovens negros, as mulheres, os trabalhadores e os LGBTQIA+. Essa condição está diretamente ligada com o crescente número de jovens que recorrem para os postos de trabalho mais precarizados, no setor informal, como é o caso dos entregadores de aplicativos.

A resposta veio no dia 29 maio, quando milhares de pessoas foram às ruas, tomando as precauções necessárias devido à Pandemia, em todos os cantos do Brasil, para gritar “Fora Bolsonaro”, por um auxílio emergencial digno, e levantar as bandeiras da defesa da educação e do direito à vacinação do nosso povo. Por vida, pão, vacina e educação!

Manter a UNE viva, forte e mobilizada: a UNE somos nós!

A UNE teve um papel destacado nesse processo, desde a posição firme quanto à necessidade da convocação dos atos, até a mobilização na base estudantil por meio de dezenas de assembleias, e também com grande responsabilidade assumindo as comissões de saúde dos atos, organizando estudantes da área da saúde, arrecadando recursos e máscaras para serem distribuídas nas manifestações. Isso ficou demonstrado pela presença massiva da juventude e dos estudantes nas ruas com grande referência na UNE.

É preciso dar continuidade a esse processo de mobilização com responsabilidade, coesão e unidade. A demonstração de forças do campo de oposição à Bolsonaro nas ruas inaugura uma nova fase das lutas populares, que serão fundamentais para a derrota de seu governo. Portanto consideramos indispensável que nos mantenhamos mobilizados respondendo ao amplo sentimento de indignação social, construindo um calendário de plenárias estudantis, de lutas unificadas junto às Frentes Brasil Popular, Povo sem Medo e a Campanha Fora Bolsonaro, ampliando cada vez mais a luta com participação de mais entidades na construção da mobilização popular, que desaguem em um novo dia nacional de luta nas ruas em 19 ou 26 de Junho, sempre reforçando os cuidados com uso de máscara, álcool gel, distanciamento.

Além disso, a União Nacional dos Estudantes se encontra em um momento importante de sua organização. Nos aproximamos da data em que completaremos o prazo de dois anos da gestão eleita no 57° Congresso da UNE em Julho de 2019. Os processos congressuais da nossa entidade têm forte tradição desde nossa fundação e configuram um caminho que percorre as eleições de delegados nas universidades, até a mobilização em congressos que tem reunido uma média de 12 mil estudantes a cada dois anos para discutir e eleger a nova diretoria e as diretrizes políticas da gestão que se sucede.

Entretanto nos encontramos em um dos momentos mais difíceis da nossa história, em que além dos graves efeitos da pandemia do covid-19, há um governo negacionista que nos impõe a necessidade de defender pressupostos básicos para salvar vidas: como as medidas restritivas, o auxílio emergencial, a vacinação urgente e massiva. Portanto estamos diante de uma situação objetiva que impossibilita a realização de um congresso presencial com milhares estudantes que se deslocariam de todo o país para um único lugar.

A ausência das aulas presenciais e a falta de perspectivas sobre um retorno que seja seguro também cria um cenário que impede a realização das eleições de delegados nas universidades, o que é indispensável para cumprir o processo congressual.

Embora hajam essas imposições objetivas do contexto em que estamos, há a necessidade de renovar as lideranças à frente da direção da União Nacional dos Estudantes, bem como o cuidado institucional que garanta a legitimidade e legalidade da nossa entidade. Assim como há também uma a necessidade de realizarmos um espaço amplo e aprofundado de debate que atualize o programa político da UNE e suas diretrizes para a atual conjuntura.

Nesse sentido, a Diretoria da União Nacional dos Estudantes convoca para os dias 14 a 18 de Julho, um Congresso Extraordinário para renovação de sua diretoria por meio de uma gestão de caráter provisório, que deverá ocorrer no formato online, composto por uma programação que contemple debates abertos, grupos de trabalho e plenárias, cujas discussões garantam a ampla participação das entidades e estudantes da base do movimento estudantil, cujas propostas sejam sistematizadas e aprovadas pela diretoria como resoluções e diretrizes para a próxima gestão.

O momento exige muita luta e responsabilidade. As dificuldades do momento não irão abater a força dos estudantes. A UNE somos nós, nossa força e nossa voz!

Fonte: UNE

26 FIART iniciou-se ontem (4) no Rio Grande do Norte.

 

Com versão online, 26ª Feira Internacional de Artesanato inicia nesta sexta e segue até domingo

Diante do cenário pandêmico ocasionado pela COVID-19, a Feira Internacional de Artesanato – FIART realiza sua 26ª edição, desta sexta feira até domingo, 06 de junho, em versão online. Artesanato, gastronomia e muita cultura, seja ela local, estadual, nacional e internacional, ao seu alcance e por um clique. Toda a programação do evento acontece de forma inédita, em plataformas digitais (site, redes sociais e streaming) conectadas e acessíveis para todos.

Por meio do site www.fiart.com.br já disponível, o público pode navegar virtualmente por todos os segmentos, procurar por lojas, apreciar detalhes como valores, tamanhos e, realizar as etapas de compra e venda diretamente com o artesão através de um direcionamento via WhatsApp.

Na plataforma, estarão à disposição produtos de 200 artesãos, exclusivamente do RN e, demais informações do evento. Outra novidade, é que, nos dias de realização da Feira online, haverá um Showroom (bordados, fibra, fios e tecidos, couro, madeira, cerâmica, areia colorida, metal e pedras) com estandes instagramáveis e uma Praça Gastronômica (mel, licor, biscoitos, cachaça e castanhas) montados no Espaço Neuma Leão. Nesse local, o público poderá fazer a retirada de produtos (comprados via site) por meio de Drive Thru que será estruturado dentro dos padrões de Bio Prevenção.

Ainda durante os três dias, além da comercialização de produtos, o público vai poder conferir muitas ações, apresentações culturais e, shows musicais com artistas da terra, sempre a partir das 7 horas da noite, pelo canal do YOUTUBE da FIART: 

Na sexta-feira (04) Júnior Santos 

Sábado (05) Samara Alves


Domingo (06) Meirão.

A FIART movimenta vários setores e, em meio a situação atual, a versão online foi uma solução encontrada pelos organizadores e realizadores, para que um evento tão importante e de impacto positivo para todo o setor produtivo, de profissionais e artesãos que fortalecem a arte e a cultura do RN, não deixasse de acontecer explica Neiwaldo Guedes, Coordenador do evento.

Feira Internacional de Artesanato – FIART é uma realização do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, com patrocínio da Prefeitura do Natal, através do Programa Djalma Maranhão, com o incentivo da Unimed Natal e, do Sebrae/RN. Idealização e produção da Espacial Eventos.

Mais informações e novidades no site www.fiart.com.br , nas redes sociais: @feirafiart e no YouTube.   

Imaginar mundos: conheça Aretha Sadick

Foto: Miguel Ricciero

 POR NINJA

Por Marcelo Mucida / @planetafoda*

Da Baixada Fluminense, a entrevistada desta semana para a seção #ArtistaFOdA possui uma trajetória que transita por diversas linguagens artísticas.

Com força e, ao mesmo tempo, leveza, Aretha Sadick consegue compartilhar importantes entendimentos através da concepção dos seus trabalhos, que por muitas vezes se conectam diretamente com as suas experiências de vida.

Para a Mídia NINJA / FOdA, ela falou sobre a sua carreira, desde o momento em que passou a desenhar na infância, e a sua formação em teatro.

Atualmente, a artista desenvolve um trabalho de contação de histórias, que para ela é uma forma de manter a imaginação sempre viva, e possui projetos em outras áreas também.

Confira a seguir a conversa na íntegra para saber mais sobre as suas criações. 

Como se deu o seu encontro com a arte e como passou a desenvolver criações artísticas?

O meu encontro com as artes se deu na infância, por meio do desenho. Durante muito tempo da minha infância, eu desenhei. Eu não era uma criança muito sociável, por conta de vários atravessamentos racistas da época e daí, então, eu desenhava muito. Foi o meu primeiro universo criativo construído.

Na adolescência, eu fui para o teatro experimentar. Me indicaram isso, para que eu deixasse de ser uma pessoa tímida. Aparentemente tímida, porque depois eu entendi que eu nunca fui exatamente tímida. Mas o teatro me possibilitou descobrir sobre mim, sobre o meu corpo, descobrir que eu tinha um corpo, que eu tinha uma voz e que eu podia brincar com ela, que eu podia experimentar com o meu corpo posições diferentes, alturas diferentes, que eu tinha um pé e que esse pé tinha sentimentos…

Acho que foi algo que me ajudou muito a ver o mundo e, de alguma forma, a querer descrevê-lo por meio do meu corpo. É meio que uma colagem, eu acho. Do desenho, do mundo que eu via e então transcrevia no papel, e que depois eu vim transcrever no meu corpo.

Qual é o significado que a arte tem na sua vida atualmente?

Hoje e há muitos anos, na verdade, a arte é a minha tábua de salvação, em todos os aspectos. De saúde, de cura – principalmente de cura -, conectada à minha espiritualidade, que eu tenho pesquisado cada vez mais.

A arte para mim nesse momento é tudo, é o que me ajuda a vislumbrar, a criar movimento, a criar atravessamento, tensão. Os meus trabalhos artísticos têm se movido cada vez mais conectados à cura, à abundância e à prosperidade, que são coisas que foram retiradas de nós, pessoas negras e pessoas trans, principalmente. Então, esse é o meu trabalho. A arte para mim, é sobre isso. Tem esse papel.

E que linguagens artísticas você tem explorado neste momento?

Eu sempre fui uma artista da performance, muito por conta do teatro. Ou seja, o meu corpo sempre foi a plataforma principal de trabalho e continua sendo. Eu voltei a pesquisar a contação de histórias, que para mim é algo em que eu me divirto muito, não é um trabalho. Com o resgate da palavra, de outras palavras, de outras histórias, conhecer o mundo de outras perspectivas, de viajar, de imaginar… Então eu tenho pesquisado isso e voltei ao trabalho de produção de fotografia. Nesse momento, eu estou focada nessas vertentes, além do trabalho como atriz, que eu voltei a fazer em 2019 e desde então eu tenho realizado alguns projetos também, nesse sentido.

Foto: Mila Cavalcante

Vi, através do seu perfil no Instagram, que você tem desenvolvido esse trabalho de contação de histórias e gostaria que você falasse um pouco mais sobre isso.

Para mim, é um lugar de manter sempre viva a imaginação. Eu sempre fui muito imaginativa, muito megalomaníaca nos meus pensamentos e o tempo, o mundo, a vida, o desamor, a falta de coragem, as pisadas na cabeça que a gente leva, vão nos deixando muito duras, e isso vai travando as capacidades de imaginar, e eu não quero perder nunca a capacidade de imaginar.

Tenho imaginado diferente. Antes eu imaginava como uma sonhadora e hoje eu imagino como uma mulher, como ser humano. A minha imaginação é mais pautada na realidade e nas ações que eu preciso fazer, no que depende de mim e de um maior conhecimento de mundo, que eu tenho hoje. Então, as histórias me permitem ir a lugares em que eu não estive, imaginar outras possibilidades de mundo, onde não há regras, onde eu não tenha que ser tão dura, dura comigo mesma, dura na maneira de fazer.

Existem projetos / ações que você gostaria de divulgar na matéria? Podem ser coisas que aconteceram recentemente ou que ainda serão lançadas.

Têm dois trabalhos em especial que estão para sair do forno. Tem um podcast, que é uma parceria entre mim, a Raquel Virgínia (das Baías) e a Pod360, e o lançamento de um trabalho artístico autoral de fotografia e vídeo. Há muito tempo eu não fazia um trabalho completamente autoral e este se chama “Pedra Cantada” e fala sobre um lançar de feitiços decoloniais, para ir contra os processos capitalistas.

Desde 2017, eu não lanço um trabalho completamente autoral, então esse projeto marca a minha volta ao circuito de artes e ele foi feito com esse objetivo. É uma obra de arte carranca, um trabalho de fotografia e vídeo que se propõe a falar sobre morte, cura e renascimento, como um desejo, como vontade. É um projeto que propõe, através dessas imagens, trazer um movimento de cura, um caminho de abundância.

Foto: Miguel Ricciero

Você nasceu no Rio? Queria que comentasse um pouco sobre a sua trajetória.

Eu nasci em Duque de Caxias, sou da Baixada Fluminense, e a minha trajetória começa num mundo bem imaginativo, bem normativo, onde as possibilidades eram muito poucas, onde a minha mãe sempre foi uma grande referência para mim e eu não sabia disso. Eu levei um tempo até entender o quão importante ela era e é para mim.

Em Duque de Caxias, eu me batizei como testemunha de Jeová, e depois, nesse mesmo lugar, eu fui desassociada.

No Rio, eu conheci o teatro, eu descobri a bebedeira, a noite, a festa, a vida… Eu fiz grandes amigos e iniciei uma trajetória artística, até que eu fui trazida para São Paulo por conta do trabalho que eu desenvolvi como arte-educadora em instituição.

Existem questões / reflexões que você busca trazer com o seu trabalho? Se sim, pode contar um pouco sobre isso?

Existem inúmeras! Essa pergunta é um oceano porque cada vez menos eu tenho me pressionado a entregar resultados, no que diz respeito aos meus trabalhos artísticos autorais. Eu tenho me permitido viver o processo. O processo de cura é longo e se conectar com o processo de prosperidade e abundância, com essas forças e energias, requer tempo também, no nosso caso.

Têm muitas coisas que eu conecto ao meu trabalho, mas as coisas mais importantes para mim hoje em dia são a promoção de abundância e prosperidade, de várias maneiras. Cura, acalanto, calma, pausa… São palavras que permeiam muito as minhas vontades e que se reverberam nas minhas produções. Eu fiquei um pouco mais calma, um pouco mais serena, mais equilibrada, mais centrada, menos oba-oba. Coisas que o tempo, o autoconhecimento e a espiritualidade nos dão. E aí, eu quero falar sobre isso. Eu não quero ser mais obrigada a causar sempre e deixar, principalmente, a branquitude extasiada porque viram algo que é extramundo, porque é isso que eles querem ver de nós.

Então, o meu convite com o meu trabalho hoje em dia é que a gente possa ocupar esse lugar da calma, da pausa, do silêncio.

Para acessar mais informações sobre os trabalhos desenvolvidos por Aretha, siga o seu perfil no Instagram: @arethasadick.

E clique aqui para conferir as outras entrevistas que já foram realizadas para a seção semanal #ArtistaFOdA.

*@planetafoda é a página de conteúdos LGBTQIAP+ produzidos pela rede FOdA, da Mídia NINJA, junto a colaboradores em todo o Brasil.

Fonte: Mídia Ninja

SAÚDE PÚBLICA - 2ª Marcha Pela Vida: um ano de luto e luta

Perto de alcançar a triste marca de quase 500 mil mortes e quase 17 milhões de casos, a Frente Pela Vida relembra e retoma sua mobilização de lançamento com a realização da 2ª Marcha Pela Vida, na próxima quarta-feira, 9 de junho. Será um dia de atividades virtuais promovidas por diversas entidades e organizações, culminando num ato político às 17 horas e que reunirá lideranças políticas, científicas e culturais.

Lançada em maio de 2020 por entidades científicas nacionais da Saúde Coletiva, Bioética, Ciência e Tecnologia e outras, a Frente Pela Vida vem promovendo posicionamentos com embasamento científico e social para auxiliar uma melhor resposta da sociedade brasileira à pandemia do SARS-CoV-2.

Se na sua declaração inicial a Marcha destacou o direito à vida como bem mais relevante e inalienável da pessoa humana; o estabelecimento de medidas de prevenção e controle com base na ciência; a defesa do SUS; e valores como solidariedade, preservação do meio ambiente e da biodiversidade e democracia, passado um ano o quadro da pandemia se agravou, mas a sociedade civil não ficou inerte.

Em julho de 2020, a Frente pela Vida lançou o “Plano Nacional de Enfrentamento à Pandemia de Covid-19”, redigido por cerca de 40 especialistas representantes de 15 associações científicas da saúde e da medicina. Em outubro, elaborou o Manifesto “Ocupar Escolas, Proteger Pessoas e Valorizar a Educação”, numa ação conjunta com entidades da Educação e que resultou mais recentemente no documento “Saúde, Educação e Assistência Social em defesa da democracia e da vida”, com a adesão das entidades da Assistência e militantes do SUAS, lançado em fevereiro deste ano.

Para esta 2ª Marcha, a Frente Pela Vida exige vacina no braço, comida no prato e auxílio emergencial de R$ 600, bandeiras que unem brasileiros e brasileiras em todo o país. Conclama também por uma ampla mobilização nacional para exigir a aceleração da vacinação; a retomada do valor do auxílio emergencial de 2020; medidas robustas de proteção social e contra fome, e o reforço das medidas de saúde pública, com fortalecimento do SUS, da educação e ciência e tecnologia públicas. Para viabilização dessas políticas é indispensável a revogação da EC 95 que asfixiou o Estado brasileiro, congelando investimentos por 20 anos. A Frente reforça também a palavra de ordem do Fora Bolsonaro, por total compreensão de que só poderemos vencer a pandemia com o fim de seu governo genocida.

Vacina no braço, comida no prato e Fora Bolsonaro!
Auxílio emergencial de R$ 600, em defesa da vida e do SUS!

Programação

Pela manhã, as entidades farão atividades virtuais e organizativas próprias. A sociedade será convocada a fazer uso do aplicativo Maniff (https://manif.app/) realizando assim uma manifestação virtual em Brasília. Junto ao aplicativo, um tuitaço chamará a atenção da sociedade. O Ato virtual final está marcado às 17 horas, gerado pela TV Abrasco e com retransmissão das demais entidades.

Fonte: CNTE

Exclusivo: Direção do Porto de Santos financiou crimes na ditadura. Por Eduardo Reina

Coronel Erasmo Dias comandava as prisões e a tortura

O Ministério Público Federal na cidade de Santos, litoral de São Paulo, recebe nova leva de documentos que implica a participação da Companhia Docas de Santos (CDS), atual Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), na repressão a trabalhadores durante o período de ditadura militar – 1964-1985.

A CDS financiou o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipês), conforme mostra recibo apresentado, no valor de três milhões de cruzeiros, relativos a “contribuição” para os meses de janeiro a junho de 1965.

Além deste documento, o inquérito civil que apura a responsabilidade da empresa portuária e sua direção na violação de direitos humanos durante o período de repressão, iniciado em 2018, voltou a caminhar.

O procurador Ronaldo Ruffo Bartolomazi retomou sessões para ouvir trabalhadores e pessoas ligadas à direção da companhia.

Está sendo ouvida Elaine Bortone, pesquisadora que estudou a vinculação do Ipês com o golpe de Estado de 1964 e o papel das empresas no apoio à repressão.“Muitas empresas contribuíam de forma dissimulada – porém deixaram os rastros – e outras abertamente como a Companhia Docas que além de financiar, assumiu cargos de direção e planejamento no Ipês”, denuncia Antônio Fernandes Neto, ex-estivador, pesquisador e uma das vítimas que encabeça a representação contra CDS.

Também já foi ouvido Nobel Soares de Oliveira, dirigente da greve portuária de 1980.

A denúncia inicial mostra que dirigentes do Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina, utilizaram a estrutura da companhia para colaborar com o aparelho de repressão durante a ditadura militar.

Os diretores do complexo permitiram a prisão de funcionários dentro do próprio porto, perseguiram trabalhadores com atuação política e sindical, além de facilitarem a tortura de servidores, produzindo informações e relatórios sobre os trabalhadores, depois encaminhadas aos órgãos militares.

Antônio Neto

“Eles sabiam quem eram os trabalhadores comprometidos com a democracia. Para criar um clima de terror dentro da companhia, prendiam a pessoa, torturavam ela. Criou-se constrangimento entre todos e tudo, a partir de ação violenta da polícia portuária”, explica Neto.

O recibo do Ipês, nº 4966, no valor de três milhões de cruzeiros, referente a contribuição para o primeiro semestre de 1965, comprova o engajamento da Companhia Docas no financiamento do aparelho de repressão, destaca o ex-dirigente sindical portuário.

O documento passará agora por análise e autenticação por historiadores.

O valor “doado” ao Instituto era equivalente, por exemplo a 50% do valor de um apartamento com um dormitório, sala, living, cozinha, hall de entrada, banheiro e área de serviço na praia de Embaré, em Santos, na avenida de frente para o mar.

De acordo com imobiliárias dessa região, um imóvel deste tipo, já mobiliado, custava 6 milhões de cruzeiros em janeiro de 1965.

Também equivale a valor menor que o preço de um outro apartamento com living-dormitório, cozinha, banheiro, área de serviço e garagem, também de frente ao mar, na Praia Grande, que era vendido por 2,5 milhões à época.

Embora fundado em 1961, o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipês) desempenhou cruzada para atuar em ampla variedade de ações para penetrar em todas as classes sociais nesse período.

Na ditadura, o Ipês criava publicações, agia como lobby no Congresso Nacional, desenvolvia cursos, com a criação da Universidade do Trabalho, por exemplo, além de incentivar cursos de alfabetização de adultos, preparação de trabalhadores em sindicatos. Tinha até programas em rádios e televisão.

O Ipês foi criado para funcionar como uma agência de inteligência, tendo como ponto de partida a Guerra Cultural e Psicológica de acordo com os princípios do combate ao totalitarismo.Não era propriamente uma agência anticomunista, aliás, como grande parte da literatura historiográfica brasileira tenta argumentar: era muito mais do que isto. Possuía no totalitarismo um conceito de mobilização e se organizava para uma batalha ideológica, cultural e psicológica, explica Elizabeth Cancelli, no livro “O Brasil na guerra fria cultural – o pós-guerra em releitura”, de 2017.

O inquérito que voltou a tramitar no MPF santista tem prazo final para conclusão em 28 de julho deste ano.

No ano passado, ação semelhante em São Paulo envolvendo a Volkswagen foi concluída e definiu acordo milionário de reparação aos trabalhadores pela empresa ter colaborado com a ditadura.

A montadora de automóveis reconheceu cumplicidade com os órgãos de repressão brasileira.

Entre as diversas ações de repressão e perseguição desempenhadas pela CDS está a prisão de trabalhadores.As forças militares utilizaram um navio, chamado Raul Soares, atracado no porto santista entre abril e outubro de 1964.

À época, o coronel Erasmo Dias havia declarado que a finalidade da prisão embarcada era “prender e humilhar” os empregados da companhia.

Documento encontrado no Arquivo Nacional em Brasília também comprova que a comissão de oficiais da Marinha de Guerra, encarregada do “IPM (Inquérito Policial Militar) da Orla do Cais”, realizou seus trabalhos dentro de salas da Divisão de Pessoal da Companhia Docas de Santos na década de 1960.

O trabalho consistia em listar os servidores portuários que, no entender dos órgãos de repressão, estavam atrelados a partidos de esquerda.

A CDS também fornecia veículos da empresa para realização de detenções de servidores e ex-funcionários.

A repressão e monitoramento realizados pela CDS possibilitou prisões em massa de funcionários.Pelo menos 250 pessoas passaram por prisão, tortura e constrangimento, relata a representação base da abertura do inquérito civil pelo Ministério Público Federal de Santos.

A Codesp, hoje denominada Autoridade Portuária – Santos Port Authority (SPA), empresa pública fundada em 1980, tem informado por meio de nota que “desconhece informações a respeito de eventuais atos de repressão que teriam sido praticados pela Companhia Docas de Santos (CDS), empresa privada que administrou o Porto de Santos, em regime de concessão, até o ano de 1980”.

Recibo que é a prova do crime será periciado e autenticado por especialistas
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Lançamento: “Identidade e Classe Social” aborda polêmica necessária

A editora Anita Garibaldi lança nesta sexta-feira (4), às 17h, o livro “Identidade” e Classe Social, de Carlos Montaño. O lançamento será online e marcará também a inauguração do canal da editora no Youtube.

“Identidade” e Classe Social (Anita Garibaldi, 2021), novo livro do professor Carlos Montaño (UFRJ), traz à luz do debate político e acadêmico um tema de grande relevância para a esquerda, mexendo no nervo central da luta pela emancipação da classe trabalhadora na atualidade. Ao abordar conceitos como identidade, identitarismo, pós-modernismo, lugar de fala, classes sociais, entre outros, o livro de Montaño se propõe a fazer uma análise crítica para a articulação das lutas de classes e antiopressivas.

A professora Angélica Lovatto (Unesp-Marília), que assina o potente prefácio da obra, destaca o “rigor intelectual e a fundamentação teórica apurada do autor no enfrentamento de um tema polêmico e, acima de tudo, necessário.”

Segundo Angélica, Montaño confere tratamento privilegiado ao tema da emancipação humana, “um tratamento raro mesmo entre autores marxistas”.

Tratando de uma das principais dimensões do irracionalismo contemporâneo e apoiando-se em uma bibliografia que vai de Marx e Engels a Silvio Almeida, passando por Boaventura de Sousa Santos, Touraine, Weber, Bauman, Habermas, Lukáks e muitos outros, a crítica geral do autor concentra-se na pós-modernidade, detalhando as diferenças entre identidade e sua transmutação em identitarismo, o segundo correspondendo a uma redução, fragmentação (e isolamento) da identidade e diminuindo – ou, na maioria das vezes, anulando – sua importância e articulação para as lutas de classes.

Dividido em duas partes, o livro anuncia no próprio título sua hipótese principal: articular lutas de classes e lutas antiopressivas, por meio de uma análise crítica: as lutas de classes trazendo a discussão sobre a exploração na sociedade capitalista, e a identidade fundamentando o debate sobre as opressões, no sentido de lutas que têm sua particularidade, mas não podem deixar de ser consideradas no contexto da classe social.

A também professora universitária Maria Lygia Quartim de Moraes (Unicamp e Unifesp) contribui com um texto na “orelha” do livro, onde registra que: “defendendo a importância primordial da luta de classes para a superação do capitalismo, Carlos Montaño faz um balanço crítico das teorias que transformaram as lutas contra opressões especificas (de gênero, raça, sexualidade) em uma espécie de identitarismo sem perspectiva unitária, levando mesmo a rivalidades e à política de ‘cancelamento’ entre distintos movimentos”. Para Maria Lygia, “a crítica do autor incide especialmente sobre os equívocos das teorias pós-modernas, que terminam sendo capturadas pela lógica individualista do neoliberalismo, em que a ideologia do empreendedorismo (que encobre o desemprego, a precarização e a perda de direitos trabalhistas) tem seu correlato na falácia do ‘empoderamento’ e o debate político é cerceado em nome do ‘lugar da fala’ que, em última instância, nega qualquer possibilidade de unidade na luta”.

O geógrafo Gerson de Souza Oliveira, membro do Grupo de Estudos “Terra, Raça e Classe”, do MST, acompanha a produção teórica do autor e avalia que “seu mérito está justamente em afirmar que a luta revolucionária não deve prescindir das lutas antiopressivas que, prospectivamente, devem estar articuladas às lutas anticapitalistas, potencialmente emancipadoras da totalidade do gênero humano.”

Gerson será um dos integrantes da mesa de lançamento, junto com o autor e com a ativista do movimento de mulheres, filósofa e mestre em Sociologia, Mariana de Rossi Venturini. A mediação será do jornalista Cezar Xavier. O debate será transmitido pelo Youtube, no novo canal da editora Anita Garibaldi, e também pelo Facebook, nas páginas da editora e da Fundação Maurício Grabois.

SERVIÇO:
Evento: Lançamento do livro “IDENTIDADE” E CLASSE SOCIAL
Quando: 4 de junho de 2021, das 17h às 18h30
Links de acesso:

Sobre o livro:
Título: “IDENTIDADE” E CLASSE SOCIAL
Autor: Carlos Montaño
ISBN: 978-65-89805-05-2
Páginas: 416
Edição: 1ª
Ano: 2021
Preço: R$ 56,00
Tamanho: 16cmLx23cmAx2,5cm

Carlos Montaño

Sobre o autor:
CARLOS MONTAÑO (Montevidéu, Uruguai, 1962). Doutor em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Titular e Pesquisador da mesma Universidade. Graduado em Serviço Social pela Universidad de la República (UdelaR, Montevidéu-Uruguai). Realizou estudos de pós-doutorado no Instituto Superior Miguel Torga (ISMT, Coimbra-Portugal). Autor dos livros: Microempresa na era da globalização (Cortez, 1997); A natureza do Serviço Social (Cortez, 1998 e 2007); Terceiro Setor e Questão Social (Cortez, 2002 e 2005); Estado, Classe e Movimento Social (em co-autoria, Cortez, 2010) e Alienação Parental e Guarda Compartilhada (Lumen Juris, 2016); e organizador, entre outras publicações, de: Coyuntura Actual, Latinoamericana y Mundial (Cortez, 2009); O Canto da Sereia. Crítica à ideologia e aos projetos do terceiro setor (Cortez, 2014) e Expressões da ofensiva ultraconservadora na conjuntura contemporânea (UFRJ, 2018). Professor visitante e conferencista em diversos países da América Latina e Europa. Foi membro da Direção Executiva de ALAEITS (Associação Latino-americana de Ensino e Pesquisa em Trabalho Social, 2006-2008) e Coordenador Nacional de Relações Internacionais da ABEPSS (Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, Brasil, 2008-2010 e 2011-2012).

Fonte: Portal BRASIL CULTURA