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domingo, 8 de agosto de 2021

ARTIGO: Não queremos nem mais um minuto de silêncio e sim uma vida toda em voz alta!

 

Por Pâmela Layla, Diretora de Mulheres da UBES

Como é ser mulher negra no Brasil ? Onde estão as mulheres negras? Todo mês de julho nos fazem essas mesmas perguntas, nós também nos fazemos essas perguntas com uma certa frequência, onde nós estamos? Quem nós somos? Para onde vamos?

Somos 55,6 milhões de mulheres negras no Brasil, isso corresponde a 25% da população. Se olharmos para os índices de desemprego e evasão escolar, infelizmente vamos ver a forte presença das mulheres negras. Mais da metade das pessoas que procuravam emprego no 4º trimestre de 2020 eram do sexo feminino e 60% se declarava de cor preta ou parda. Com o fechamento das escolas e o novo modelo de ensino (remoto), meninas negras estão expostas à evasão escolar com tarefas domésticas redobradas e sem acesso à ferramentas digitais para o acompanhamento das aulas, o trabalho infantil doméstico também atinge principalmente meninas, representando 94% do total, sendo 73% negras. Esses dados nos mostram como é perverso o cruzamento do racismo e do machismo para a vida das mulheres e meninas negras.

Desde ao longo da história mulheres negras resistem ao sistema dominador, violento e escravista que coloca nossas vidas a todo momento em uma grande disputa de sobrevivência. Força e coragem sempre foram requisitos da nossa existência, mulheres negras muitas vezes não podem demonstrar fraqueza, somos criadas para ser fortes e corajosas sempre, em qualquer situação temos que mostrar bravura.

“Amar cria um imenso quilombo entre nós, com amor criamos força e conseguimos seguir leve na luta contra o genocídio da nossa população.”

Mas será mesmo que ser mulher negra é isso? Ser negra é muito mais que um sinônimo de força, somos mulheres que desejam e necessitam ser humanizadas, amadas e acalentadas. É como Bell Hooks cita, o sistema escravocrata e as divisões raciais criaram condições muito dificeis para que os negros nutrissem seu crescimento espiritual. É muito nítido que esse sistema escravocrata criou sim um impacto na nossa relação de amar. A nossa capacidade de reprimir sentimentos, no fundo, é anseio de experimentar um ambiente de intensa vulnerabilidade à dor. Quando nós, mulheres negras, nos deixamos ser transformadas por essa força de amar, derrubamos as estruturas sociais. Amar cria um imenso quilombo entre nós, com amor criamos força e conseguimos seguir leve na luta contra o genocídio da nossa população.

Queremos muito mais que sobreviver, queremos viver, ter acesso a uma educação de qualidade, ter empregos justo com boa remuneração, queremos ter direito às nossas terras, queremos ter o direito à nossa memória, queremos ter direito à justiça, queremos políticas de reparação, queremos ter o direito de viver uma vida sem violência.

“A sensação que nós temos é de que em nenhum local que ocupemos estaremos seguras, as mulheres negras estão morrendo de fome, de covid-19 e pela a bala da polícia. Quem protege as mulheres negras?”

Um dos casos mais recentes de atrocidade e violência foi o de Kathlen Romeu, uma jovem negra, grávida que foi executada pela a PM do estado do Rio de Janeiro . A sensação que nós temos é de que em nenhum local que ocupemos estaremos seguras, as mulheres negras estão morrendo de fome, de covid-19 e pela a bala da polícia. Quem protege as mulheres negras? Por isso, precisamos urgente debater a segurança pública para as mulheres negras.

Nas eleições municipais de 2020 elegemos muitas mulheres pretas, foi um processo importantíssimo na luta das mulheres negras. Porém nesse exato momento são essas que agora estão sendo ameaçadas, maltratadas e violentadas nesse mesmo local, é primordial que as denúncias sejam feitas e as ações sejam cobradas. Pois como afirmou Marielle: Não aceitaremos ser interrompidas!

As mulheres negras têm sido fundamental e estado na linha de frente contra todas as crises, retrocessos e conservadorismo que enfrentamos nesse período. Convocamos o conjunto das e dos estudantes a se fazerem presentes nos atos contra esse governo da morte e se somarem com a UBES na resistência em defesa da vida, da segurança pública, das cotas raciais e por mais mulheres na política.

“Convocamos o conjunto das e dos estudantes a se fazerem presentes nos atos contra esse governo da morte e se somarem com a UBES na resistência em defesa da vida, da segurança pública, das cotas raciais e por mais mulheres na política.”

Neste dia 25 de julho trazemos a memória de Tereza de Benguela, líder do quilombo de Quiriterê, trazemos a memória de sua luta, de sua resistência, de sua liderança, mas também queremos trazer os quilombos como experiências concretas de sociabilidade, de trabalho e de relação com a natureza como modelo de vida em sociedade.

Por Dandara, Xica da Silva, Marielle Franco, Kathlen Romeu e muitas outras que resistiram e resistem todos os dias afirmamos: “Não queremos nem mais um minuto de silêncio e sim uma vida toda em voz alta.”

Pela vida, sustento, moradia e emprego às mulheres negras.

Fonte: UBES

Mostra do 10º Goiamum Audiovisual aborda relação Cinema e Política

Sob a curadoria do diretor Thiago Mendonça e participação de diretores Eryck Rocha, filho de Glauber Rocha, Cristina Amaral e Adirley Queirós, programa Cinema é Política apresenta debate e mostra especial na edição do Goiamum Audiovisual

Para entender como o cinema brasileiro abordou e enfrentou o autoritarismo em diferentes cenários da história brasileira, o Festival Goiamum Audiovisual abre espaço para abordar a temática Cinema é Política, em sua 10ª edição.

O programa conta com um bate-papo online “Cinema contra o autoritarismo: Ontem e Hoje”, transmitido pelo Youtube do Goiamum, e a mostra “Cinema de Contestação”, formada por oito filmes brasileiros dos diretores Andrea Tonacci, Eryck Rocha, Thiago Mendonça, Adirley Queirós, exibidos através da plataforma Embaúba Play, e também pela SPCINE, no caso dos filmes de Tonacci. A curadoria da mostra é do diretor, crítico e roteirista Thiago B. Mendonça.

Dois importantes filmes do cineasta italiano naturalizado brasileiro Andrea Tonacci integram essa importante síntese do cinema de contestação: “Serra da Desordem”, que acompanha a história de Carapiru, um indígena nômade que após escapar do massacre de seu grupo familiar, em 1977, perambula sozinho pelas serras do Brasil central até ser capturado 10 anos depois a 2000 Km de distância de seu ponto de partida. Levado para Brasília pelo sertanista Sydney Possuelo, torna-se manchete nacional e centro de polêmica criada por antropólogos e linguistas quanto à sua origem e identidade.

O segundo filme é “Blá Blá Blá” , que mergulha nas relações de poder e crise política através da história de um ditador (Paulo Gracindo), que em um momento de grave crise nacional, confrontado na cidade e no campo por revoltas e guerrilha, na busca de uma paz ilusória, faz um longo pronunciamento pela televisão. Ambos os filmes de Andrea Tonacci serão exibidos exclusivamente pela plataforma streaming da SPCINE.

Do diretor Eryk Rocha, filho de Glauber Rocha, será exibido “Edna”, sobre uma personagem que vive à beira da rodovia Transbrasiliana, na Amazônia brasileira, e passa a ser testemunha de uma terra em ruínas construída sobre massacres. Criada apenas pela mãe, ela vivencia em seu corpo e em seus descendentes as marcas de uma guerra que, segundo ela, nunca acabou. Segundo a curadoria da mostra, este filme terá dias e horários específicos para exibição, no período de 17/8 a partir das 12h até às 12h do dia 19/8, na plataforma Embaúba Play.

O curador da mostra também apresenta seu filme “Jovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um urso que dança”. Thiago narra a história de artistas que vivem na fronteira entre arte e vida. Com teatro, música e performances em espaços públicos, eles tentam construir uma consciência revolucionária. Mas os horizontes rebaixados de uma sociedade cada vez mais autoritária os faz buscar um último grande ato estético.

“Procura-se Irenice”, de Marco Escrivão e Thiago B. Mendonça, faz um resgate de uma personagem silenciada. Uma atleta esquecida, cuja história foi apagada pela ditadura.Também integra a seleção “A Guerra dos Gibis”, de Thiago B. Mendonça e Rafael Terpins. Nos anos 60 surge uma criativa produção de quadrinhos eróticos no Brasil. Mas a censura conspirava para seu fim. Satã, Chico de Ogum, Beto Sonhador, Maria Erótica e outros personagens unem-se aos quadrinistas nesta batalha contra a ditadura neste documentário onde a pior ficção é a realidade.

“A Cidade é Uma Só”, de Adirley Queirós, reflete sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do Entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a chamada Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que, em 1971, removeu os barracos que ocupavam os arredores da então jovem Brasília. Tendo a Ceilândia como referência histórica, os personagens do filme vivem e presenciam as mudanças da cidade.

No mesmo cenário ficcional de Brasília, porém em 1959, Adirley Queirós apresenta “Era uma Vez Brasília”, sobre o intergaláctico WA4 que ao ser preso por fazer um loteamento ilegal e é lançado no espaço, recebe uma missão: vir para a Terra e matar o presidente da República, Juscelino Kubitschek, no dia da inauguração de Brasília. Sua nave perde-se no tempo e aterrissa em 2016 em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, DF. Essa é a versão contada por Marquim do Tropa, ator e abduzido. Este filme, particularmente, ficará disponível por 24 horas na plataforma da Embaúba: De 17/08 a partir das 12h até às 12h do dia 18/08.

BATE-PAPO

O bate-papo do programa “Cinema É Política”, realizado no dia 18 de agosto, às 20h no canal do Goiamum no Youtube, vai abordar o tema “O Cinema contra o autoritarismo – ontem e hoje” trazendo para a pauta como o cinema criou formas originais de reflexão sobre a ditadura no Brasil e esteve presente nos movimentos de contestação nos períodos autoritários.

O debate conta com mediação de Thiago Mendonça e aproxima os realizadores contemporâneos Cristina Amaral, Adirley Queirós, Eryck Rocha, que possuem suas produções ligadas direta ou indiretamente com o cinema de contestação, realizado nos anos 1960 e 1970, pensando o lugar do cinema na reflexão do passado e do presente.

O curador da mostra é também Bacharel em Ciências Sociais e mestrando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA – USP. Recebeu por seus filmes mais de uma centena de prêmios em festivais nacionais e internacionais. Trabalha como roteirista para importantes diretores da nova geração do cinema brasileiro).

EDIÇÃO

O 10º Festival Goiamum Audiovisual vai acontecer de 16 a 20 de agosto, no formato virtual. Realizado pela Casa de Produção por meio da diretora Keila Sena, o festival conta com patrocínios da Lei Aldir Blanc, Fundação José Augusto, Governo do estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial de Cultura,  Ministério do Turismo e Governo Federal, conta com a parceria da Embaúba Play, apoio do Hotel Pipa Atlântico, Maracajaú Diver, Pajé Culinária, Albergue da Jangada, Gostoso Kite Surf  e realização da Casa de Produção.

Acesse Instagram @festivalgoiamumm

Fonte: https://papocultura.com.br

Quais os melhores filmes brasileiros de todos os tempos?

Antes de tecermos a respeito dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos, algumas palavras sobre dois gênios da sétima arte. Billy Wilder (1906-2002) e Alfred Hitchcock (1899-1980) criaram obras-primas, sem nunca deixarem de agradar ao grande público. Como poucos cineastas, eles conseguiram esta proeza: fazer cinema-arte e divertimento, ao mesmo tempo. Sou fã deles, incondicionalmente.

Sobre Billy Wilder escrevi artigo, publicado no Jornal de Fato, e no blog Papo Cultura, depois incluído na coletânea “(Espaço) Jornalista Martins de Vasconcelos” (2019).

Fiquei devendo a mim mesmo algumas palavras sobre Hitchcock. Personalíssimo, tinha ele um estilo próprio, que fez escola. Não se pode falar em “suspense” sem lembrar o seu nome. Prolífico, dirigiu cerca de 40 filmes, bem mais do que Billy Wilder. Antes de fazer carreira em Hollywood, sua filmografia, na Inglaterra, pátria de origem, já contava com doze títulos, entre sonoros e mudos. Alguns dos seus maiores sucessos – de público e de crítica – datam da década de 1950: “Pacto Sinistro”, “A Tortura do Silêncio”, “Janela Indiscreta”, “O Homem que Sabia Demais”, “Um Corpo que Cai”, “Intriga Internacional”. São filmes arrebatadores, fascinantes pela mistura bem dosada de suspense e humor. Muitos outros grandes filmes realizou o mestre Hitchcock: “Rebecca, a Mulher Inesquecível” (primeiro em Hollywood, 1940), “Festim Diabólico”, “Psicose”, “Os Pássaros”, “Frenesi” etc. Gosto de todos, mas, três deles (“Um Casal do Barulho”, “Agonia de Amor” e “O Terceiro Tiro”) não me entusiasmaram.

MELHORES FILMES BRASILEIROS DE TODOS OS TEMPOS?

Não tenho a pretensão de responder a esta pergunta, mas alinho a seguir alguns que me causaram maior impressão.

1 – AVISO AOS NAVEGANTES, de Watson Macedo, 1951.

2 – CARNAVAL ATLÂNTIDA, de José Carlos Burle, 1952.

3 – NEM SANSÃO, NEM DALILA, de Carlos Manga, 1953.

§  Os filmes acima citados faziam parte das “chanchadas”, comédias despretensiosas, imitações dos musicais da Metro, em que se sobressaíram os cômicos Oscarito e Grande Otelo e a dupla romântica Eliana/Cyl Farney, astros da empresa cinematográfica Atlântida. As chanchadas foram grandes sucessos de público, no Brasil, década de 1950, mas a crítica torcia a cara.

4 – O CANGACEIRO, de Lima Barreto, 1953.

§  Premiado no Festival de Cannes (melhor filme de aventuras e trilha musical), alcançou projeção internacional. Infelizmente, o diretor só conseguiu realizar um outro filme (“A Primeira Missa”), que não teve nem de longe o êxito deste.

5 – O PAGADOR DE PROMESSAS, de Anselmo Duarte, 1962.

§  Baseado na peça homônima de Dias Gomes, ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes (1962), verdadeira façanha. O diretor, que era também ator muito popular à época, pode ser considerado, tal como Lima Barreto, um cineasta frustrado, pois ficou só neste sucesso, e pouco mais fez que valesse a pena.

6 – VIDAS SECAS, de Nelson Pereira dos Santos, 1964.

§  A obra-prima de Graciliano Ramos transposta fielmente para a tela por um dos precursores do movimento Cinema Novo.

7 – A GRANDE CIDADE, de Carlos Diegues, 1965.

§  Outro importante filme pioneiro do Cinema Novo.

8 – MENINO DE ENGENHO, de Walter Lima Jr., 1965.

Feliz adaptação do romance de José Lins do Rego, sucesso de público e de crítica.

9 – TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA, de Arnaldo Jabor, 1973.

§  Antes de dedicar-se ao jornalismo, Jabor realizou bons filmes, destacando-se esta versão da famosa peça de Nelson Rodrigues.

10 – DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS, de Bruno Barreto, 1976.

§  Adaptação do romance homônimo de Jorge Amado, grande sucesso de público, obteve razoável aceitação por parte da crítica.

11 – BYE BYE BRASIL, de Carlos Diegues, 1980.

§  Considerado a obra-mestra do diretor, “deu uma visão premonitória de unificação do país pela televisão, matando as culturas regionais” (Rubens Ewald Filho – “Dicionário de Cineastas”, 2002).

12 – PIXOTE, A LEI DO MAIS FRACO, de Hector Babenco, 1980.

§  Drama pungente de um menino pobre, que comoveu plateias pelo mundo afora. Obra mais importante do cineasta argentino, basileiro por adoção.

13 – MEMÓRIAS DO CÁRCERE, de Nelson Pereira dos Santos, 1983.

§  O diretor volta=se mais uma vez para a obra de Graciliano Ramos, e mais uma vez se sai bem.

14 – A HORA DA ESTRELA, de Suzana Amaral, 1985.

Adaptação bem sucedida da obra de Clarice Lispector, mas a diretora não fez mais nada do mesmo nível. A fonte secou…

15 – A DAMA DO CINE SHANGAI, de Guilherme de Almeida Prado, 1987.

§  Policial na melhor linha do film noir, faz alusão, já no título, ao famoso “A Dama de Shangai”, de Orson Welles.

16 – CENTRAL DO BRASIL, de Walter Salles, 1998.

§  Na minha modesta opinião, um dos melhores senão o melhor filme brasileiro de todos os tempos. Ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim e dezenas de outros prêmios internacionais, como o Globo de Ouro e indicações para o Oscar de Filme Estrangeiro e Atriz para Fernanda Montenegro.

17 – CARANDIRU, de Hector Babenco, 2002.

§  Retrato nu e cru da vida num presídio de São Paulo, tristemente célebre, hoje desativado. Drama e tragédia. Grande arte.

18 – CIDADE DE DEUS, de Fernando Meirelles, 2002.

§  Outro filme-denúncia impactante. Com ele, o diretor abriu as portas do Cinema internacional, conseguindo realizar filmes como “Ensaio Sobre a Cegueira” e “Dois Papas”.


Fonte: https://papocultura.com.br

XIV ENCONTRO NACIONAL DE ACERVO RARO – ENAR

TEMÁTICA: “Obras Raras no Brasil: estudos e pesquisas para ampliação dos critérios de raridade bibliográfica”

O ENCONTRO NACIONAL DE ACERVO RARO – ENAR, evento bianual realizado pela Biblioteca Nacional, através do Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras (PLANOR), é considerado um dos maiores eventos científicos da área no Brasil e na América Latina. Promovido desde 1989, reúne profissionais, gestores e alunos das áreas de documentação, preservação/conservação e pesquisa, provenientes de todas as regiões brasileiras e de algumas partes do mundo.  Durante o evento são apresentadas comunicações, que visam trocas de experiências e de conhecimentos, além de fomentar reflexões sobre temáticas que envolvem acervos raros e de memória.

O XIV Encontro Nacional de Acervo Raro, será realizado nos dias 24, 25 e 26 de novembro de 2021, das 9h às 17h, em formato digital, através do Canal do YouTube da Fundação Biblioteca Nacional. Esta edição terá como temática “Obras Raras no Brasil: estudos e pesquisas para ampliação dos critérios de raridade bibliográfica”, que traz a expectativa da ampliação dos critérios de raridade em âmbito nacional.

Os trabalhos aprovados no XIV ENAR e que cumprirem com os prazos e exigências estipulados, serão publicados nos Anais da Biblioteca Nacional.

Etapas:

Envio dos Resumo Expandido – Prazo de entrega – até 25/09/2021

Os resumos deverão seguir o modelo do Template em anexo

Resultado Final dos resumos aprovados – 01/10/2021

Envio do PowerPoint dos trabalhos aprovados – Até 21/11/2021

Inscrições – De 18/10/2021 a 19/11/2021 (através da Plataforma Even3)

Envio do Artigo completo – Até 28/02/2022

Os artigos deverão estar em conformidade com as normas encaminhadas por e-mail aos autores dos trabalhos aprovados.

#A perda dos prazos implicará na desclassificação dos trabalhos.

Informações: planor.eventos@bn.gov.br

Fonte: https://www.bn.gov.br

Crueldade - Corpo de jovem indígena Kaingang de RS é encontrado dilacerado da cintura para baixo

É triste. É cruel. É revoltante! O corpo da adolescente indígena Kaingang Daiane Griá Sales, de 14 anos, foi encontrado nu com as partes debaixo da cintura para baixo dilaceradas e espalhadas ao lado do corpo.

O crime, que vem sendo investigado pela Polícia Civil, ocorreu no Setor Estiva, da Terra Indígena do Guarita, no município de Redentora, na região noroeste do Rio Grande do Sul.

 

De acordo com matéria do Sul21, relato de uma pessoa que pediu para não ser identificada por questão de segurança aponta que crianças e jovens indígenas que vivem na região enfrentam uma realidade muito difícil, “convivendo com casos de estupro, raptos, encarceramentos e outras situações de violência. Segundo ela, 90% da comunidade, de aproximadamente 6 mil pessoas, é muito sofrida e crianças, adolescentes e jovens não têm a proteção necessária diante dessa realidade”, consta do texto, que também relaciona a presença de não índios dentro da comunidade como um dos fatos de agravamento da violência.

 

A CSP-Conlutas manifesta total indignação com tamanha violência e se solidariza com o povo indígena de Guarita.

 

Abaixo, a nota divulgada pela Anmiga (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade):

 

Manifesto das Mulheres Indígenas do Brasil contra a barbárie cometida à jovem Daiane Kaingang, de 14 anos

 

 

A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), viemos por meio deste manifesto repudiar e denunciar o crime de barbárie cometida na tarde desta quarta-feira (04), no Setor Estiva, da Terra Indígena do Guarita, no município de Redentora, contra a jovem de apenas 14 anos, Daiane Griá Sales, indígena Kaingáng, moradora do Setor Bananeiras da Terra Indígena do Guarita. A jovem Daiane foi encontrada em uma lavoura próxima a um mato, nua e com as partes inferiores (da cintura para baixo) arrancadas e dilaceradas, com pedaços ao lado do corpo.

 

Temos visto dia após dia o assassinato de indígenas. Mas, parece que não é suficiente matar. O requinte de crueldade é o que dilacera nossa alma, assim como literalmente dilaceraram o jovem corpo de Daiane, de apenas 14 anos. Esquartejam corpos jovens, de mulheres, de povos. Entendemos que os conjuntos de violência cometida a nós, mulheres indígenas, desde a invasão do Brasil é uma fria tentativa de nos exterminar, com crimes hediondos que sangram nossa alma. A desumanidade exposta em corpos femininos indígenas, precisa parar!

 

Estamos aqui, reivindicando justiça! Não deixaremos passar impune e nem nos silenciarão. Lutamos pela dignidade humana, combatendo a violência de gênero e tantas outras violações de direitos. As violências praticadas por uma sociedade doente não podem continuar sendo banalizadas, naturalizadas, repleta de homens sem respeito e compostura humana, selvageria, repugnância e macabrismo. Quem comete uma atrocidade desta com mulheres filhas da terra, mata igualmente a si mesmo, mata também o Brasil.

 

Mas saibam que o ÓDIO não passará! Afinal, a violência praticada não pode passar impune, nossos corpos já não suportam mais ser dilacerados, tombado há 521 anos. Que o projeto esquartejador empunhado pela colonização, violenta todas nós, mulheres indígenas há mais de cinco séculos.

 

Somos 448 mil Mulheres Indígenas no Brasil que o estrupo da colonização não conseguiu matar e não permitiremos que a pandemia da violência do ódio passe por cima de nós.

 

Parem de nos matar! A cada mulher indígena assassinada, morre um pouco de nós.

 

Vidas indígenas importam. Gritaremos todos os dias, a cada momento, vidas indígenas importam. E a vida de Daiane importa. Importa para sua família, para seu povo. Importa para nós mulheres indígenas.

 

Somos todas Daiane Griá Kaingang!

 

Exigimos justiça!


Fonte: http://cspconlutas.org.br

PROTEÇÃO - Maria da Penha 15 anos: fortalecer mecanismos ainda é desafio

Há quinze anos, uma lei foi criada no país para punir os autores de violência no ambiente familiar. Chamada de Maria da Penha em homenagem à vitima de uma agressão, ela é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma das melhores legislações do mundo no combate à violência contra as mulheres.

Ao longo desses anos, muito já pode ser comemorado. Entretanto, há um longo caminho pela frente na garantia dos direitos e da cidadania dessas pessoas, já que os números ainda escancaram a triste realidade de quem enfrenta, todos os dias, assédio, ameaça e até mesmo a morte pelo fato de ser mulher.

De acordo com a secretária de Relações de Gênero da CNTE, Berenice D’Arc Jacinto, a pandemia ainda trouxe à tona uma preocupante realidade: embora o isolamento seja a medida mais segura, necessária e eficaz para minimizar os efeitos diretos causados pelo coronavírus, o regime de isolamento tem imposto uma série de consequências para a vida de milhares de mulheres que já viviam em situação de violência doméstica.

É o que aponta o levantamento “Violência doméstica durante a pandemia de Covid-19”, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo o documento, uma das consequências dessa circunstância tem sido a diminuição das denúncias, uma vez que em função do isolamento muitas mulheres não têm conseguido sair de casa para fazê-la ou têm medo de realizá-la pela aproximação do parceiro. 

Para Berenice, a criação da Lei Maria da Penha foi um avanço na luta das mulheres. Entretanto, a lei sozinha, sem os mecanismos que sustentam sua aplicação, não é eficaz. "Precisamos que mecanismos como o disque denúncia, o 180, funcione bem e que seja ágil. É preciso fortalecer os mecanismos nos municípios e nos estados, ter um olhar mais atento às delegacias, aos centros de referência das mulheres, ao centro de proteção, às casas abrigo, à casa da mulher brasileira", pontuou.

A ONU, por meio do seu secretário geral António Guterres, também tem recomendado aos países uma série de medidas a fim de combater e prevenir a violência doméstica durante a pandemia. Entre as propostas, destacam-se maiores investimentos em serviços de atendimento online, estabelecimento de serviços de alerta de emergência em farmácias e supermercados e criação de abrigos temporários para vítimas de violência de gênero.

Maria da Penha

Sancionada em 7 de agosto de 2006, a Lei 11.340 (Lei Maria da Penha) tornou mais rígida a punição para agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico e familiar. O nome da lei refere-se à farmacêutica bioquímica Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de violência doméstica, em 1983, praticada pelo então marido. Maria da Penha ficou paraplégica e conseguiu na Justiça a condenação de seu agressor.

Fonte: CNTE

Picanha à brasileira


Uma das coisas mais apreciadas, além das belezas naturais, por quem visita nosso país, é o sabor da comida brasileira.

Entre as diversas receitas estão as carnes. O Portal Brasil Cultura apresenta um prato saboroso: Picanha à brasileira.

Ingredientes

250 g de picanha maturada

100 g de batatas fritas

50g de arroz

50 g de feijão

15 g de alho

50 g de farinha

15 g de presunto

1 ovo

10 g de cebola

15 g de manteiga

1 tomates

Modo de preparo

Cortar 2 fatias de picanha no sentido diagonal e temperar com sal; grelhar ao ponto do convidado; fritar o alho laminado até que fique bem dourado; adicione sobre a picanha.

Montagem: dispor as picanhas com o alho laminado, batatas fritas, arroz branco e a farofa de presunto. Separadamente, montar o feijão carioca em uma cumbuca.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA