
FOTO: TOMAZ SILVA/ABR
Reitora da universidade federal com mais alunos no País afirmou que hospitais e restaurantes universitários podem ser prejudicados.
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Em nota, a UFRJ disse que o novo padrão de liberação de verbas exercido pelo MEC a partir de julho piorou a situação já dramática dos bloqueios, já que limitou o orçamento mensal de custeio a 5%. “Mantido esse padrão de liberação pelo MEC, a Universidade está sob o risco de ter vários serviços paralisados ao longo do mês de agosto e, certamente, no mês de setembro”, alertou.
A universidade ainda informou que, caso o cenário não mude, é previsto um novo plano de contingência “com a redução drástica dos serviços oferecidos”, e ainda afirmou que o orçamento previsto em lei tornou-se “inacessível”.

SOLENIDADE DE POSSE DA PROFESSORA DENISE PIRES DE CARVALHO EM JULHO DE 2019 (FOTO: MEC)
“Não só no nível ambulatorial, que também sofre com a falta de limpeza e segurança, mas também dos pacientes internados. São muitas cirurgias por dia que podem ser descontinuadas, caso a alimentação também tenha que ser descontinuada na nossa universidade”, disse. Também destacou que o repasse aos nove hospitais universitários estariam ameaçados.
No último dia 30 de julho, o governo federal anunciou mais uma rodada de contingenciamentos orçamentários, no qual o Ministério da Educação estava incluso – e teve mais 348,47 milhões bloqueados. Até o momento, o MEC foi o que mais sofreu cortes: um total de 6.182.850.753, se somados todos os bloqueios feitos pelo governo em 2019.
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A UFRJ é a universidade federal com mais alunos no Brasil; são mais de 68 mil estudantes matriculados entre graduação, pós e demais especializações. Também é a que mais recebe verba do MEC entre as federais. Denise Pires de Carvalho foi nomeada por Jair Bolsonaro em 2019 após participar de lista tríplice sugerida pela instituição, e é a primeira mulher a estar à frente da universidade.
Até o fechamento da reportagem, o MEC não havia se posicionado sobre a afirmação da reitora e da universidade.
Fonte: CARTA CAPITAL